Número de leitos de UTI pediátrica é ampliado
Em meio ao período do ano com maior número de casos de doenças respiratórias entre crianças, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) ampliou a oferta de leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) pediátrica. São dez novas vagas contratadas no Hospital da Criança de Brasília (HCB). Os primeiros pacientes foram internados neste sábado (23). Ampliação da oferta de leitos faz parte do planejamento para garantir atendimento neste período que tem aumento de casos de doenças respiratórias | Fotos: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF “Essa ampliação da oferta de leitos faz parte do planejamento para garantir atendimento neste período de doenças sazonais. Não medimos esforços para assegurar o cuidado às nossas crianças”, afirma a secretária de Saúde do DF, Lucilene Florêncio. Os pacientes serão encaminhados de unidades da rede pública em todo o Distrito Federal, conforme prioridade de atendimento. Os leitos adicionais contratados no HCB se destacam por permitirem o isolamento dos pacientes, procedimento indicado para casos de doenças contagiosas. Crianças e adolescentes de 28 dias de vida a 18 anos de idade serão atendidas por equipes multiprofissionais, com médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem, fonoaudiólogos, psicólogos, fisioterapeutas e nutricionistas, dentre outros. No HCB também é possível realizar exames sem necessidade de transferência dos pacientes. Bebês, crianças e adolescentes serão atendidos por equipes multiprofissionais, com médicos, enfermeiros, fonoaudiólogos, fisioterapeutas e nutricionistas, dentre outros “Todas as equipes trabalharam arduamente para que pudéssemos acomodar uma nova unidade de terapia pediátrica”, conta a superintendente executiva do HCB, Valdenize Tiziani. A nova unidade foi batizada de “Estrela do Mar”. Cinco leitos foram ativados neste sábado (23) e outros cinco começam a receber pacientes no dia 3 de abril. “Vamos atender tudo o que a Secretaria precisar, mas o foco principal neste momento são as doenças respiratórias”, completa a diretora de práticas assistenciais do HCB, Simone Prado. A Secretaria de Saúde já contava com 26 leitos de UTI pediátrica contratados no HCB, além de outros dez no Hospital Santa Marta. A rede pública conta ainda com 20 leitos de UTI pediátrica no Hospital de Base e quatro no Hospital Materno-Infantil de Brasília (Hmib), sem contar as UTIs neonatais. Os leitos adicionais contratados no HCB se destacam por permitirem o isolamento dos pacientes, procedimento indicado para casos de doenças contagiosas Ampliação de serviços A expansão do número de leitos de UTI faz parte de um conjunto de ações tomadas pela SES-DF conforme estabelecido no Plano de Enfrentamento para Doenças Respiratórias da Infância no Distrito Federal. As medidas têm como objetivo atender o acréscimo esperado na demanda para esta época do ano, quando há maior circulação de vírus causadores dessas enfermidades. O Hospital Regional de Ceilândia (HRC) ganhou mais seis leitos pediátricos e no Hospital Materno-Infantil de Brasília (Hmib) foram ativados mais 14 leitos de enfermaria para as crianças. Já as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) em São Sebastião, Recanto das Emas e Ceilândia, administradas pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF), passaram a contar com atendimento pediátrico 24 horas. A expansão do horário de atendimento de Unidades Básicas de Saúde (UBSs), fundamental para o acolhimento de pacientes com dengue, também resultou na ampliação da assistência às crianças. Servidores lotados nessas unidades passaram por treinamentos. Já as equipes de portas de emergência dos hospitais foram capacitadas acerca dos procedimentos para receber pacientes pediátricos. Ao todo, são dez novos leitos de UTI pediátrica no Hospital da Criança de Brasília (HCB) A SES-DF tem ainda investido no reforço de equipes. Foi realizado o chamamento para contratação de 200 médicos generalistas temporários que vão atender todos os públicos, inclusive crianças. Além disso, houve a nomeação de 26 pediatras de carreira. O DF também se destaca por ter ampliado a aplicação do palivizumabe, medicamento que favorece a prevenção contra doenças respiratórias graves até os dois anos de idade. A medicação é voltada a crianças menores de dois anos com cardiopatia congênita ou adquirida em tratamento ou displasia broncopulmonar, além de todas as crianças de até um ano que nasceram com idade gestacional de até 28 semanas e seis dias. No início de fevereiro, foi iniciada a aplicação no Hmib, no HCB e nos hospitais regionais localizados no Guará, Paranoá, Planaltina, Sobradinho, Ceilândia, Taguatinga e Gama. A aplicação deve prosseguir até julho, período em que é esperada uma redução dos casos das doenças respiratórias entre o público infantil. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)
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Taxa de ocupação de leitos de UTI se mantém acima de 90% no DF
Com a taxa de ocupação alta, Saúde vai criar 119 leitos, ainda nesta semana | Foto: Breno Esaki/Agência Saúde O Distrito Federal tem hoje mais leitos de internação em hospitais e UPAs do que no primeiro pico da covid-19, em agosto do ano passado. Mas nem isso tem sido suficiente para diminuir o estado crítico que a capital federal enfrenta nesta pandemia. A ocupação de leitos de UTI continua acima dos 90%, causando preocupação nos médicos e técnicos da Secretaria de Saúde (SES), que vai ampliar ainda mais a capacidade, com a criação de 119 novos leitos ainda nesta semana. Às 11h15 deste domingo (7), a Sala de Situação mostrava que a ocupação total de leitos no Distrito Federal era de 93,39%. [Numeralha titulo_grande=”93,39% ” texto=”Taxa de ocupação de leitos no DF até as 11h15 de domingo (7)” esquerda_direita_centro=”direita”] “Por meio da Sala de Situação, é possível ver todos os leitos que estão desocupados, mas esse número, em sua grande maioria, é de leitos de UTIs neonatais e pediátricas, que não suportam internação de pacientes adultos”, explica a diretora-geral do Complexo Regulador em Saúde do Distrito Federal (CRDF), Joseane Gomes. No fim da manhã deste domingo, havia poucos leitos de UTI Covid disponíveis, sendo um leito livre de UTI Covid pediátrica no Hospital da Criança de Brasília (HCB), um na UTI do Hospital de Campanha da Polícia Militar e outro de UTI no Hospital de Campanha de Ceilândia. Fila de espera [Olho texto=”Leitos de UTI Neonatal e de Cuidados Intermediários Neonatais (Ucin) são os que têm mais vagas, mas a maioria é destinada a recém-nascidos” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Joseane esclarece que, apesar de muitas vezes constar na Sala de Situação que o leito está livre, ocorre de já haver paciente que estava na fila de espera direcionado para essas vagas. Os leitos de UTI adulto realmente vagos, ressalta, são poucos no atual momento. Além disso, há situações em que os leitos estão bloqueados – muitas vezes isso ocorre por manutenção, falta de algum equipamento ou de recursos humanos. Os leitos de UTI Neonatal e de Cuidados Intermediários Neonatais (Ucin) são os que oferecem mais vagas, mas a maioria vai para recém-nascidos que têm alguma complicação no parto – prematuros ou que precisam ganhar peso, necessidades bem específicas. Já entre os leitos pediátricos (UTI Pediátrica) ocupados neste momento, a maioria tem crianças de até 3 anos. Segundo Joseane, os critérios pelos quais se decide se o bebê vai ficar em um leito de neonatal ou pediátrico são, geralmente, a idade – até 28 dias para UTI Neonatal – e o peso – acima de 3kg, já é utilizado um leito de UTI Pediátrica. Em algumas unidades, porém, há um perfil diferente em que os leitos de UTI Pediátrica não ficam junto aos de UTI Neonatal e têm camas que comportam até adolescentes. Esse é o caso do Hospital da Criança de Brasília (HCB), do Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) e do Hospital de Base (HB). Ampliação [Olho texto=”“A UTI pediátrica, em alguns hospitais, vai ter uma extensão da idade, que antes era até 14 anos incompletos e agora será até 18 anos incompletos” ” assinatura=”Petrus Sanchez, secretário adjunto de Assistência” esquerda_direita_centro=”direita”] De acordo com secretário adjunto de Assistência, Petrus Sanchez, para melhor atender a demanda por leitos, a UTI Materna do Hmib, que antes era exclusiva para gestantes ou mulheres em pós-parto com complicações, será aberta para atender aquelas que tenham outras comorbidades não relacionadas à covid. Serão oito leitos regulados pelo CRDF. “Os leitos de UTI Materna são leitos que estavam com a taxa de ocupação muito baixa, e decidimos ampliar esse atendimento”, informa o médico. “Já a UTI Pediátrica, em alguns hospitais como HCB, Hmib e Hospital de Base, vai ter uma extensão da idade, que antes era até 14 anos incompletos e agora será até 18 anos incompletos.” Sanchez destaca que o total de leitos de UTI Covid disponíveis na rede em 10 de fevereiro era de 145, número que foi ampliado para 284 – seja, um aumento de 139 leitos exclusivos para atender pacientes com covid-19. “É uma média de cinco leitos de UTI Covid por dia nesta ampliação da assistência”, resume. “Se for considerado apenas o período da última semana, esse quantitativo chega a 15 leitos por dia colocados na rede para tratamento de covid.” [Relacionadas esquerda_direita_centro=”centro”]
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