Restaurantes comunitários servem quase 42 mil refeições em ação do aniversário de Brasília
Sob a gestão da Secretaria de Desenvolvimento Social do Distrito Federal (Sedes-DF), os 16 restaurantes comunitários serviram, nesta terça-feira (22), um total de 41.830 refeições durante o almoço especial em celebração ao aniversário de Brasília. Com o tema “Cultura Alimentar em Brasília”, o objetivo do evento foi promover uma ação educativa com foco na valorização dos costumes locais. Com o tema “Cultura Alimentar em Brasília”, o almoço especial em celebração ao aniversário de Brasília serviu o total de 41.830 refeições nesta terça-feira nas 16 unidades nas regiões administrativas do DF | Foto: Renato Raphael/Sedes DF O cardápio servido das 11h às 14h, ao preço de R$ 1, incluiu frango ao molho pizzaiolo, jardineira de legumes, salada de alface e tomate, arroz, feijão e, o mais esperado, bolo de coco gelado como sobremesa. “São espaços (os restaurantes) também de convívio comunitário, então por que não promover ações educativas e de valorização da culinária local? Essa foi a proposta do evento para celebrar os 64 anos da nossa capital” Ana Paula Marra, secretária de Desenvolvimento Social O evento também faz parte do cronograma de Educação Alimentar e Nutricional (EAN) da Sedes, que ocorre todos meses nos restaurantes comunitários com o objetivo de orientar os consumidores a adotarem hábitos saudáveis em casa. Desta vez, a ação foi inspirada no aniversário de 64 anos de Brasília. Cada região administrativa organizou ações culturais para o público. No restaurante do Itapoã, onde foram servidas 2.491 refeições, houve contação de histórias para crianças e exposição de artesanato do grupo “Geração de Renda”, coordenado pela Unidade Básica de Saúde (UBS) 1 do Itapoã. A artesã Leni Brito, 54 anos, é uma das participantes do evento. Uma dos participantes da ação no restaurante do Itapoã, a artesã Leni Brito diz que o evento foi uma “oportunidade para a comunidade conhecer nosso trabalho e fortalecer ainda mais o convívio” “Mostrar nossa arte nesse almoço especial do restaurante comunitário é uma oportunidade para a comunidade conhecer nosso trabalho e fortalecer ainda mais o convívio”, disse. Na unidade de Arniqueira, onde houve a saída de 2.885 refeições, teve músicas típicas de Brasília, exposição de quadros de artistas plásticos, apresentação teatral e de jazz. O restaurante comunitário da Região Administrativa do Pôr do Sol serviu 2.931 refeições. Na unidade, teve apresentação musical de forró, exposição de fotos históricas da cidade e orientação sobre vacinação e aferição de pressão arterial com apoio da UBS. “Os restaurantes comunitários vão além de garantir uma alimentação adequada”, afirma a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra. “São espaços também de convívio comunitário, então por que não promover ações educativas e de valorização da culinária local? Essa foi a proposta do evento para celebrar os 64 anos da nossa capital”, completa a gestora, que esteve na ação do restaurante comunitário do Itapoã. Restaurantes comunitários Os equipamentos servem refeições de segunda a sábado, com almoço no valor de R$ 1 para o público em geral, e gratuidade para a população em situação de rua referenciada pela equipe de Abordagem Social da Sedes. Algumas unidades servem café da manhã e jantar ao custo de R$ 0,50, cada refeição. Confira aqui os endereços dos restaurantes comunitários do DF. *Com informações da Sedes-DF
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Programas do GDF fomentam agricultura e promovem segurança alimentar
Cerca de 80 carinhas empolgadas esperam ansiosamente o almoço chegar, em um pratinho repleto de arroz, feijão, carne e salada, com legumes e hortaliças fresquinhas vindas do Banco de Alimentos do Distrito Federal. Produtos do Banco de Alimentos complementam a alimentação de cerca de 80 crianças do Instituto Doando a Vida, que atende a comunidade em situação de vulnerabilidade da Chácara Santa Luzia, na Estrutural | Fotos: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília As crianças, entre 2 e 5 anos, são do Instituto Doando Vida, um projeto que atende a comunidade em situação de vulnerabilidade da Chácara Santa Luzia, na Estrutural. De segunda a sexta, entre 7h e 17h, são feitas cinco refeições por dia alimentando 100 pessoas – 80 crianças e 20 funcionários. [Olho texto=”“Sem comida, tudo fica difícil. Então, esses produtos que vêm do banco de alimentos é essencial. Sem ele, a gente não tem como colocar comida na mesa dessas crianças”” assinatura=”Luciana Andrade, vice-presidente do Instituto Doando Vida” esquerda_direita_centro=”esquerda”] É uma média de 500 refeições por dia, sem contar os sábados, quando há atividades para crianças um pouco maiores, como balé, judô. A instituição é uma entre muitas que recebem mantimentos das Centrais de Abastecimento (Ceasa-DF), que fornecem para as entidades assistenciais sem fins lucrativos. “Muitas delas chegam aqui com baixo peso e um estado nutricional bem deficiente. O aprendizado é dificultado, o equilíbrio, a socialização… Sem comida, tudo fica difícil. Então, esses produtos que vêm do banco de alimentos é essencial. Sem ele, a gente não tem como colocar comida na mesa dessas crianças”, explica Luciana Andrade, vice-presidente do Instituto. O Banco de Alimentos é um dos principais locais de distribuição de vegetais do Distrito Federal. O total aproveitado em 2023, entre 1º janeiro e a primeira quinzena de agosto, foi de quase 84 toneladas hortifrutis, beneficiando 108 instituições e alcançando um público de aproximadamente 30 mil atendidos. Nas segundas e quintas-feiras, os produtores já sabem que é hora de doação. O repasse desses alimentos é basicamente para as famílias em situação de vulnerabilidade no DF. A instituição é uma entre muitas que recebem mantimentos das Centrais de Abastecimento (Ceasa-DF), que fornecem para as entidades assistenciais sem fins lucrativos “Vivemos um momento ainda pós pandemia, com necessidade de uma alimentação mais nutritiva para contemplar todas as famílias. Diante disso, o banco tem um papel fundamental”, reforçou Miro Gomes, diretor de segurança alimentar e nutricional do banco de alimentos da Ceasa. Sem desperdício Miro Gomes, diretor do Banco de Alimentos da Ceasa, lembra do Programa Desperdício Zero (PDZ), onde os produtos que não estão em condição de serem comercializados são doados pelos produtores e comerciantes da Ceasa ou de outros locais para serem aproveitados. As doações passam por uma pré-seleção, com uma nutricionista que avalia se estão em condições de consumo. Em seguida, as instituições são convocadas para retirar o alimento no banco. Na parte da tarde, as instituições cadastradas vão ao Banco de Alimentos para buscar os mantimentos e distribuírem às famílias, entregarem refeições ou cestas de vegetais. São compras de produtos sazonais com muitas folhagens, frutas e legumes da época. Cerca de 84 toneladas de hortifrútis já foram aproveitadas este ano, beneficiando 108 instituições e alcançando um público de aproximadamente 30 mil atendidos E, para continuar o combate à insegurança alimentar, nas próprias instituições também há a preocupação com o desperdício. De acordo com Luciana Andrade, do Instituto Doando Vidas, o que não é utilizado é entregue a famílias em situação de vulnerabilidade da região. “Se a gente sabe que um alimento não vai ter durabilidade pra gente segurar aqui, a gente doa para as famílias. Porque nas famílias há outras crianças que não são dessa idade entre 2 e 5 anos, mas são crianças. E tem os pais, os idosos. Então, a gente faz essa cadeia e assim vai conseguindo aos pouquinhos melhorar a vida de cada um”, conta Luciana. Produção Um outro lado importante do fornecimento de mantimentos é realizado por meio de programas do Governo do Distrito Federal GDF), como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que abrange cerca de 240 entidades sociais que atendem a mais de 40 mil pessoas diretamente; o Programa de Aquisição da Produção da Agricultura (PAPA-DF), que tem em torno de 648 agricultores familiares cadastrados para compras governamentais; e, ainda, o Programa Doação Simultânea. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O PAA, por exemplo, faz o repasse do dinheiro, que vem de recurso federal, para execução dos programas usados pela Secretaria de Agricultura e pela Empresa de Assistência Técnica Rural (Emater). Elas selecionam os produtores rurais e agricultores familiares para as compras governamentais, que geram cerca de dez toneladas de alimentos na Ceasa-DF por semana. Maria do Carmo Souza Pereira, de 67 anos, é uma dessas selecionadas. A agricultora familiar é de Sobradinho, do assentamento Chapadinha, e chega a fornecer entre 500 e 800 quilos semanais para o Banco de Alimentos, entre morango, rabanete, cenoura, beterraba, couve, coentro e repolho. Dona Maria acorda cedo todas as manhãs, às 6h para cuidar de sua roça. Fim de semana de feira, mais cedo ainda, às duas da manhã. Mesmo com a muleta, trabalha. “O que eu vendo aqui vai para a mesa de quem precisa e para a minha também. E nada se perde. Quando não vai pro PAA, vai pro PNAE ou pro PAPA-DF”, afirma a agricultora.
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