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arte de rua

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Espanha projeta arte no Museu Nacional

[Olho texto=”“O ano de 2022 será totalmente ocupado por essas interações de linguagens, revelando nossas semelhanças e diferenciações. Entre uma e outra, aprenderemos juntos a construir nossas identidades por meio dessa força que é a cultura” – Bartolomeu Rodrigues, secretário de Cultura e Economia Criativa” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] O ano de 2022 é de estreitamento de laços e de trocas de saberes entre a capital brasileira e os países ibero-americanos. Enquanto a exposição Maravilhas do México abre oficialmente o ano Brasília Capital Ibero-americana das Culturas 2022 (CIC 2022), na Galeria Fayga Ostrower, a cúpula do Museu Nacional da República virou tela para a Embaixada da Espanha saudar o feminino com a projeção Cidade das Mulheres. Foram projetadas pinturas de seis artistas brasileiras e espanholas selecionadas para representar as mulheres do mundo em suas mais diversas áreas de atuação (Luna Bastos, Michelle Cunha, Heloísa Hariadne, Marina Capdevila, Lula Goce e Virgínia Bersabé). Em comum, essas artistas atuam de forma ativa para incentivar e compartilhar com outras mulheres a arte de rua. Transformada em tela de projeção, a cúpula do Museu Nacional da República exibe a projeção Cidade das Mulheres, uma saudação da Embaixada da Espanha em homenagem ao feminino | Fotos: Divulgação/Secec-DF “O ano de 2022 será totalmente ocupado por essas interações de linguagens, revelando nossas semelhanças e diferenciações. Entre uma e outra, aprenderemos juntos a construir nossas identidades por meio dessa força que é a cultura”, destaca o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues. [Olho texto=”“Iniciativas como essas de promover países na capital são muito válidas, pois aumenta a visibilidade de Brasília perante o mundo e ao Brasil. Brasília é uma cidade miscigenada de várias culturas” – Geórgios Kallimeris, empresário” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Encarregado de Negócios da Embaixada da Espanha, Alvaro Diaz Duque celebra a ação que dá visibilidade e destaque ao trabalho dessas artistas, ao mesmo tempo em que aproxima os laços Brasil-Espanha. Chefe do Escritório de Assuntos Internacionais do GDF, Renata Zuquim, integrante do comitê curatorial que rege as ações do projeto Brasília Capital Ibero-americana das Culturas, considera que essas trocas de ações culturais fortalecem a vocação internacional de Brasília. “Hoje, Brasília sedia mais de 130 representações diplomáticas e diversos organismos internacionais. Podemos dizer que Brasília, por si só, é uma cidade internacional”, destacou. Filho de imigrantes gregos, o empresário Geórgios Kallimeris se diz encantado ao lembrar-se de vários lugares do mundo quando se depara com as projeções refletidas na cúpula externa do museu. Obras de seis artistas brasileiras e espanholas – Luna Bastos, Michelle Cunha, Heloísa Hariadne, Marina Capdevila, Lula Goce e Virgínia Bersabé – representam as mulheres do mundo em suas mais diversas áreas de atuação “Iniciativas como essas de promover países na capital são muito válidas, pois aumenta a visibilidade de Brasília perante o mundo e ao Brasil. Brasília é uma cidade miscigenada de várias culturas”, opinou. Em 2022, Brasília ostentará o título de Capital Ibero-americana da Cultura, oferecido pela União das Cidades Capitais Ibero-americanas (UCCI), outra rede de cidades à qual a capital é filiada. A Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) lançou a candidatura da cidade em 2019 e, desde então, vem trabalhando em coordenação com o Governo do Distrito Federal (GDF) para promover políticas públicas e eventos que fortaleçam nossa identidade ibero-americana. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A partir da criação de um comitê curatorial formado por órgãos do GDF, serão adotadas estratégias e cronograma oficial de ações a serem realizadas em 2022, de modo que Brasília possa representar com excelência o papel de Capital Ibero-americana da Cultura neste ano. Exposição Maravilhas do México A mostra Maravilhas do México reabriu a Galeria Fayga Ostrower, no Eixo-Cultural Ibero-americano (antigo Complexo Funarte Brasília), que vai sediar parte das ações realizadas pela Secec. O espaço vai abrigar, por exemplo, as oficinas da Escola de Carnaval, na qual todas as atividades de criação vão orbitar em torno do título Brasília Capital Ibero-americano das Culturas. *Com informações Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF

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Grafite, a arte que deixa Brasília ainda mais diversificada

A presença de 100 artistas visuais numa área de aproximadamente 1.500 metros quadrados da Galeria do Estados provoca de imediato uma sensação: Brasília ficou mais diversa e inclusiva. Com 92% de criadores vindos das Regiões Administrativas fora do centro político-administrativo do Plano Piloto, a arte espalhada pelos vãos do viaduto provoca um mosaico de sensações. Kainan Campos, a Ganjart, homenageia o conceito de mãe natureza: “Meu trabalho busca retratar a força da biodiversidade como nossa mãe e os ataques que os recursos naturais têm sofrido” | Fotos: Divulgação/Secec Numa ação da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, o IV Encontro do Graffiti é um projeto que reflete a política pública de valorização dessa arte urbana, uma das pioneiras no país. Foram investidos R$ 255.714,63 (sendo R$ 150 mil só de cachês). O legado da Galeria dos Estados transformada por 2 mil sprays de tinta em dois fins de semana é de pertencimento e valorização artística. [Olho texto=”A presença feminina de grafiteiras, garantida graças à cota de 30% do edital, reflete-se em desenhos de empoderamento da mulher. Figuras fortes, de deusas e de mulheres comuns, explodem em cores nas paredes” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Muitos grafiteiros imprimem pela primeira vez a sua arte na capital federal. Antes, nunca tiveram essa oportunidade. Fazem esse processo após serem selecionados num edital de chamamento público, com recebimento de cachê (R$ 1, 5 mil por pessoa) e cercado de todos os cuidados de produção para a sua criação (infraestrutura de andaimes, segurança, matéria-prima, alimentação). Uma equipe da Subsecretaria de Economia Criativa, responsável pela execução do IV Encontro do Graffiti, esteve a serviço desses profissionais, numa valorização artística que muitos nunca tinham experimentado. O resultado artístico fala por si. A representatividade negra, por exemplo, está estampada nas figuras e no imaginário das crenças, dos mitos e das matrizes africanas, bem como na tradução de seus cotidianos. A presença de elementos culturais de Brasília (lugares, fauna, comportamento) e da influência nordestina também estão presentes nas criações A exclusão social é tratada em diversos painéis, como num grafite em que um jovem negro e em situação de rua é observado tendo o movimento frenético e bem-sucedido da capital federal como cenário. A presença feminina de grafiteiras, garantida graças à cota de 30% do edital, reflete-se em desenhos de empoderamento da mulher. Figuras fortes, de deusas e de mulheres comuns, explodem em cores nas paredes, trazendo questões como a equidade de gênero e a denúncia contra a violência. Outra vertente forte é a exaltação à natureza e a denúncia contra os crimes ambientais. De Sobradinho, Alain Silva, o Oliver Onk, trabalha no ramo há 19 anos e grafitou o foguete do Parque da Cidade e a Torre de TV. “Estou admirado com a união e o empenho de todos os grafiteiros”, falou Os estilos também se misturam nas paredes, provocando um passeio à parte. É possível observar o estêncil, grafite feito no molde, convivendo com o 3D, aquele desenho que parece sair do muro. Há ainda as telas mais figurativas e realistas, as de influências surreais que parecem dialogar com o universo das tatuagens e o grafite mais tribalista e codificado por estilos conhecidos como Wild (setas e letras, às vezes indecifráveis), thrown up (vômito em inglês, feito rapidamente e que remete a letras) e bombing (um thrown up com letras bem mais arredondadas). Há ainda o diálogo com artistas visuais modernos, como Rubem Valentim e os grafites tags, que representam a assinatura dos artistas e revelam seus estilos. Dez estilos Há 100 telas na Galeria dos Estados, cada uma mais intrigante que a outra. Num passeio pelos trabalhos, os dez criadores falam dos seus estilos. Argo Roberto de Oliveira, de Santa Maria, conhecido na cena urbana como Argo, resolveu grafitar letras que mesclam com todos os elementos do grafite. “O encontro reúne letras, desenhos e personagens de diversos estilos. Cada grafiteiro tem um codinome que remete à sua assinatura, e dessa vez vou deixar a minha marca em um letrado que significa a tag do artista, uma espécie de impressão digital artística”, esclarece. Ganjart Natural do Gama, a artista Kainan Campos – Ganjart participa pela segunda vez do evento e considera hoje o grafite não só um trabalho, mas algo que move sua vida. “Nesse painel quis homenagear o conceito de mãe natureza. Meu trabalho busca retratar a força da biodiversidade como nossa mãe, que tudo nos provê, e os ataques que os recursos naturais têm sofrido”, contemplou a jovem. Guga Baygon De Recife, Guga Baygon traz toda a experiência com a arte de tatuar para o grafite e brinca com elementos do universo onírico e surreal. “Gosto dessa mistura do sonho com cores muito fortes. O resultado é essa viagem intensa aos olhos”, frisa. Carlos Astro é morador de Ceilândia e grafiteiro há 32 anos: “Hoje vivo da arte. O grafite me salvou e continua salvando vidas, formando novos artistas”, destacou o veterano Leandro Vidão De Ceilândia (19% dos selecionados foram da cidade, um dos berços do rap no Brasil), Leandro Vidão trabalha com o grafite desde os 13 anos. Ele trouxe a força de sua diversidade de estilos. “Faço todo o tipo de desenho, do realismo às letras. Considero esse encontro uma grande oportunidade de fazer uma conexão com a arte e os colegas envolvidos neste trabalho feito especialmente para o público, como um museu a céu aberto, representando a verdadeira arte de rua”, revela o artista, com obras espalhadas por dez estados. Carlos Astro O artista, morador de Ceilândia e grafiteiro há 32 anos, traz a importância do grafite como um transformador de vidas para o painel que produziu. “Hoje vivo da arte. O grafite me salvou e continua salvando vidas, formando novos artistas. Para este encontro, fiz uma homenagem ao Comitê Permanente do Grafite e o quanto este trabalho dá força para a nossa arte urbana”, destacou o veterano da arte urbana no DF. De Planaltina, Iasmim Kali destaca que seu intuito é não só de revitalizar o local, mas de dar visibilidade ao grafite feminino e das artistas mulheres como um todo: “Os painéis representam o nosso sagrado feminino, para que mulheres possam se enxergar e se sentirem representadas pela nossa arte”, conta Mathê Moradora do Sudoeste, Mathê Avelar é professora de Artes Visuais na UnB e considera o grafite uma das principais fontes de expressão do seu trabalho. Em sua obra, Mathê trouxe uma mulher negra e empoderada, com um cabelo que revela sua beleza e identidade. Essa é sua primeira participação no Encontro do Graffiti, que foi motivada também por dançar hip-hop. “Para grafitar esse painel, me inspirei também em Rubem Valentim, que tem uma tendência muito marcante de remeter com potência toda a simbologia do povo afro brasileiro”, explicou. Nabrisa Residente em Samambaia, Sabrina Falcão, conhecida na cena como Nabrisa, revela a sensação de poder grafitar em um mural feito completamente por mulheres. Com um desenho de uma mulher segurando uma lâmpada, que significa “a mulher sendo a luz na vida de outras mulheres”, a artista quis transmitir o alerta para as causas enfrentadas pela população feminina diariamente. “Esse foi um projeto histórico destinado exclusivamente pro grafite que contemplou artistas com material, cachê e visibilidade. A localização escolhida também representou muito para a cena”, celebrou. Iasmin Kali De Planaltina, a grafiteira Iasmim Kali destaca que sua participação na intervenção tem o intuito não só de revitalizar o local, mas, também, de dar visibilidade ao grafite feminino e das artistas mulheres como um todo. Ela buscou representar as mães e filhas que passam todos os dias pela Galeria. “Estes painéis representam o nosso sagrado feminino, a maternidade, para que mulheres possam se enxergar e se sentirem representadas pela nossa arte”, conta. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Oliver Onk O artista urbano de Sobradinho Alain Silva, conhecido como Oliver Onk, trabalha no grafite há 19 anos e grafitou o foguete do Parque da Cidade e a Torre de TV. “Estou muito admirado com a união e com o empenho que todos os grafiteiros estão tendo com esse projeto e com o estímulo para colorir a cidade e movimentar o segmento artístico”, arrematou. Priscila Peçanha Moradora de Samambaia, Priscila Peçanha revela que sempre buscou participar de eventos como o Encontro do Graffiti. Grávida de sete meses de uma menina que se chamará Dora, a artista atua no grafite há sete anos e seu desenho retrata o poder místico do sagrado feminino e seu encontro com a natureza. “Combinamos uma conexão para que este painel coletivo transmita todos os nossos anseios e lutas”, acrescenta a artista. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa

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Arte do grafite invade paradas de ônibus em Taguatinga

Mensagens escritas e desenhos mudam panorama das paradas para melhor | Foto: Acácio Pinheiro / Agência Brasília A arte está tomando conta das paradas de ônibus de Taguatinga. Onde antes havia pichações e sujeira, desenhos brotam em forma de cultura e alegram quem espera pelo transporte coletivo. A iniciativa é da Administração Regional de Taguatinga. Os desenhos coloridos saem das mãos do grafiteiro Fernando Cordeiro, popularmente conhecido como Elom, que também é servidor da administração. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Em alguns locais, ele desenvolveu projeto próprio; em outros, os temas foram sugestões da comunidade. As ideias vieram por meio da página QNL, QNJ News e os assuntos abordaram feminicídio, suicídio, maus tratos aos animais, violência e drogas, entre outros. A administradora da página é a fotógrafa Fernanda Rios, 40 anos. “As paradas de ônibus estavam sujas. Com a pintura, as pessoas não colam cartazes, evitando a poluição visual”, observa Fernanda. Além dos desenhos, mensagens também estampam as paredes. “Leve sua mulher à parada de ônibus” ou “Feminicídio: não seja a próxima vítima” são alguns exemplos do que é grafitado por lá. “Sinto-me muito feliz porque estou dando minha contribuição para a cidade”, diz o grafiteiro Fernando | Foto: Acácio Pinheiro / Agência Brasília Já foram revitalizados pontos de ônibus na M Norte, na QNG, na QNH, no Pistão Norte, na Nova QNL e na Avenida Hélio Prates. Uma média de 20 neste ano. A ideia é que outros 30 sejam reformados até o final do ano. O material é doado pela comunidade. Uma média de 15 latas de spray é utilizada, além de uma de tinta acrílica, nos trabalhos  em cada ponto. As pinturas levam, em média, de 6 a 8 horas para ficarem prontas. Para o administrador regional de Taguatinga, Geraldo César de Araújo, o trabalho foi necessário porque as paradas de ônibus estavam sujas e cheias de cartazes. “A intenção é torná-las mais humanas e confortáveis. Também estamos revitalizando a parte superior das paradas, tirando entulhos e eliminando goteiras”, frisou Geraldo. Repercussão positiva Para Fernando Cordeiro, o reconhecimento é o maior prêmio pelos trabalhos. “Uma vez estava dentro do ônibus e vi uma pessoa comentando: ‘Pô, o cara arrebentou naquele grafite’. E era uma obra minha!” “Sinto-me muito feliz porque estou dando minha contribuição para a cidade. Além disso, a repercussão é positiva”, acrescenta o grafiteiro. Roselita: “É muito bom ver que o local está sendo cuidado” | Foto: Acácio Pinheiro / Agência Brasília Em algumas ocasiões Fernando ganha reforço para realizar os trabalhos. Já colaboraram os grafiteiros Scooby, Drop, Ataques, Aqez, Nativo e Paulo Órfão. Os trabalhos normalmente são executados de madrugada. Mas, quando são realizados durante o dia, chamam a atenção de quem passa pelo local ou aguarda chegada de ônibus. Um exemplo é a moradora Roselita Souza Brasileiro. “Quando cheguei e vi o trabalho, amei. Está muito bonito. Inclusive tirei fotos para mostrar para meus amigos nas redes sociais. É muito bom ver que o local está sendo cuidado. A cidade fica mais bonita e alegre”, comemora. Fernando é grafiteiro há 20 anos. Morador da Ceilândia Norte, ele conta que a arte lhe ofereceu um caminho melhor, longe da criminalidade. “O grafite e o rap foram as oportunidades que tiver de conhecer mensagens positivas. Via DF Zulu, que era a inspiração do grafite no DF. Eu quis seguir os passos dele.”

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