Estudantes do CEM 01 de São Sebastião reforçam estoques do Hemocentro
Nesta quarta-feira (10), estudantes e professores do Centro de Ensino Médio 01 de São Sebastião participaram de um projeto solidário da Fundação Hemocentro de Brasília e doaram sangue. Cerca de 14 jovens, entre 16 a 18 anos, ajudaram a reforçar os estoques do banco de sangue do Distrito Federal, que estão em situação crítica. A iniciativa contribui não apenas para a manutenção das reservas, mas também para a formação de novos doadores conscientes e para o estímulo a uma atitude contínua de solidariedade. Estudantes do Centro de Ensino Médio 01 de São Sebastião participaram do projeto solidário da Fundação Hemocentro, nesta quarta-feira (10) | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Como são menores de idade, os estudantes levaram a autorização dos pais, com formulário assinado de forma idêntica ao documento oficial com foto do responsável, além da apresentação da própria identidade. A professora e responsável pela mobilização no CEM 01 de São Sebastião, Keila Pereira, contou que a motivação para chamar os alunos surgiu quando recebeu o informativo de que o Hemocentro estava com a campanha “Volta às Aulas com Doação Solidária”. Como já é doadora há muitos anos, ela se sentiu tocada e decidiu abraçar a causa. “Comecei a incentivar os estudantes durante as aulas, e expliquei a importância da doação de sangue. Muitos alunos se interessaram e vamos, inclusive, montar um mural com fotos do grupo durante a doação”, conta. Segundo ela, a receptividade foi muito positiva. “Respondi dúvidas sobre quem pode doar, quais são os impedimentos, e esclareci questões relacionadas a uso de drogas, bebidas, tatuagens e piercings. Os alunos que se sentiram motivados a participar procuraram a coordenação espontaneamente. Essa já é a terceira rodada de doações organizadas pela escola: em cada uma, vieram cerca de 14 estudantes.” O estudante Samuel Ferreira, 17, doou sangue pela primeira vez e disse que pretende repetir a experiência. Ele contou que aceitou o convite porque queria ajudar outras pessoas e também porque reconhece que, um dia, pode ser ele quem precise de sangue. Samuel também afirmou que pretende continuar com essa ação: “Pretendo, até porque tem lanchinho, mas não é só por isso. É principalmente para ajudar o próximo”. Samuel Ferreira doou sangue pela primeira vez e quer repetir a experiência: "É principalmente para ajudar o próximo" Já a aluna Andressa Carvalho, 17, contou que aceitou o convite para doar sangue como uma forma de enfrentar um trauma de infância. Quando era mais nova, ao fazer um exame, sofreu com múltiplas tentativas de coleta devido às veias finas, o que a deixou roxa nos dois braços e em pânico. “Eu gritava muito, chorava, e precisaram de três pessoas para me segurar. Desde então, fiquei com esse medo”, relatou. Apesar disso, decidiu encarar a experiência e transformar o desafio em um gesto solidário. “Estou aqui hoje para enfrentar meu medo e também para ajudar o próximo”, afirmou. Educação e solidariedade A ação do Hemocentro de Brasília junto às escolas da rede pública do DF existe há mais de 15 anos. A iniciativa educativa faz parte do rol de atividades propostas pela fundação. Com a alteração da idade mínima para o ato, segundo a Portaria nº 158/2016 do Ministério da Saúde, o FHB direcionou o foco para os estudantes do ensino médio com o objetivo de introduzir o conhecimento sobre a doação de sangue e incentivar a formação de doadores. Segundo a assistente social do Hemocentro, Lara Lisboa, a doação é permitida a partir dos 16 anos e que os requisitos são os mesmos para todos: estar bem alimentado, em boas condições de saúde e atender ao peso mínimo exigido. “O incentivo desde cedo é fundamental, porque os jovens estão em formação e quanto antes compreenderem a importância da doação, melhor. A necessidade de sangue é diária e permanente, e estimular a consciência solidária nesse público garante a continuidade das doações no futuro”, explica. “O incentivo desde cedo é fundamental, porque os jovens estão em formação e quanto antes compreenderem a importância da doação, melhor. A necessidade de sangue é diária e permanente, e estimular a consciência solidária nesse público garante a continuidade das doações no futuro" Lara Lisboa, assistente social do Hemocentro Antes da coleta de sangue, os candidatos passaram pela triagem feita para avaliar o estado geral de saúde, que até então ainda não era considerado doador. Nessa etapa, são analisados estilo de vida, comportamentos de risco e condições de saúde para definir se ele poderá ou não doar sangue. As entrevistas são sigilosas e conduzidas por profissionais do Hemocentro, que classificam o voluntário como apto ou inapto. Caso seja considerado inapto, ele recebe orientação sobre o motivo, se poderá retornar em outra ocasião ou se deve aguardar um prazo maior. Para conferir os estoques de sangue atualizados, acesse o site da FHB.
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Alunos da rede pública se mobilizam para doar sangue e reforçar os estoques do Hemocentro
Com apenas 16 e 17 anos, os alunos da rede pública de ensino deram uma aula de solidariedade e cidadania nesta terça-feira (5) ao participarem de uma campanha de doação de sangue junto à Fundação Hemocentro de Brasília (FHB). Até outubro deste ano, mais de 80 grupos, de escolas públicas e particulares, se mobilizaram para a ação, o que resultou em 826 candidatos à doação. Por meio do Estudante Sangue Bom, o aluno Alessandro Menezes deixou o medo de lado e contou com a ajuda do professor para fazer a sua primeira doação | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília “É muito relevante a gente ter essa parceria com as escolas porque conseguimos trabalhar de uma forma sustentável dentro das salas de aula sobre a importância de doar sangue. O intuito é estimular jovens com 16 e 17 anos a iniciarem sua vida como doadores para seguirem assim até aos 70”, defendeu a gerente de Captação de Doadores do Hemocentro, Kelly Barbi. Até outubro deste ano, mais de 80 grupos, de escolas públicas e particulares, se mobilizaram para a ação, o que resultou em 826 candidatos à doação A ação foi coordenada pelo professor Francisco Banck, do Centro de Ensino Médio 11 do Recanto das Emas. Ele idealizou o projeto Estudante Sangue Bom, que busca incentivar o engajamento dos jovens em ações que beneficiam a comunidade. “Já tem 12 anos que eu trabalho com essa iniciativa. Eu sou professor de Filosofia e Sociologia, então tenho para mim que devemos viver com ética, cidadania e altruísmo. Precisamos nos colocar no lugar do outro. A doação é realmente um ato de amor. Um dia nós podemos estar precisando”, defendeu o professor. O projeto foi lançado em 2012, quando Francisco Banck ainda trabalhava no Centro Educacional Myriam Ervilha, em Água Quente. Desde então, a campanha se consolidou e, em 2024, é a quinta vez que alunos do CEM 111 participam da ação. Com apenas 16 e 17 anos, os alunos da rede pública de ensino deram uma aula de solidariedade e cidadania nesta terça-feira (5) ao participarem de uma campanha de doação de sangue junto à Fundação Hemocentro de Brasília Por meio do Estudante Sangue Bom, o aluno Alessandro Menezes, 17, deixou o medo de lado e contou com a ajuda do professor para fazer a sua primeira doação: “Eu estou muito nervoso porque nunca fiz isso antes. Faltava só esse empurrãozinho para eu criar coragem e vir. Eu até ia trazer amigos, mas pelos requisitos ninguém pôde doar. Pretendo vir mais vezes, com certeza”. A mesma empolgação também chegou na aluna Lindikerly Costa, 18, que destacou a necessidade de ajudar o próximo: “Eu sempre tive muito medo. Mas, com o passar do tempo, a gente acaba entendendo a real necessidade. Foi quando criei coragem. Eu pretendo manter uma rotina fixa de doação porque, da mesma forma que as pessoas precisam, eu também posso um dia precisar”. Professor Francisco Banck, do Centro de Ensino Médio 11 do Recanto das Emas, idealizou o projeto Estudante Sangue Bom, que busca incentivar o engajamento dos jovens em ações que beneficiam a comunidade Educação e doação A atuação do Hemocentro de Brasília junto às escolas do Distrito Federal existe há mais de 15 anos. É uma ação educativa que faz parte do rol de atividades propostas pela fundação. Com a alteração da idade mínima para o ato, segundo a Portaria nº 158/2016 do Ministério da Saúde, o FHB direcionou o foco para os estudantes do ensino médio com o objetivo de introduzir o conhecimento sobre a doação de sangue e incentivar a formação de doadores a partir dos 16 anos de idade. Em 2023, o Hemocentro de Brasília recebeu 35 escolas, com um total de 555 candidatos à doação de sangue. Em 2024, até outubro, foram recebidos 81 grupos de escolas, totalizando 826 candidatos. No ano passado, foram efetivadas 56.499 doações de sangue. Já neste ano, até 4 de novembro, este número chegou a 47.026. Hoje, a situação mais crítica é a de sangue tipo O+. Por ser o mais comum entre a população, ele é o mais doado, mas, ao mesmo tempo, o mais requisitado. Para conferir os estoques de sangue atualizados, acesse o site da FHB.
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