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Governador inaugura primeira etapa de obras de modernização hídrica no Núcleo Rural Rio Preto, em Planaltina

O governador Ibaneis Rocha inaugurou, neste sábado (4), a primeira etapa das obras de modernização da infraestrutura hídrica no Núcleo Rural Rio Preto, em Planaltina. Durante a cerimônia, o chefe do Executivo ainda assinou a ordem de serviço para início da construção do sistema de esgotamento sanitário no setor Estância, também em Planaltina. “Estamos trazendo o que eu chamo de segurança hídrica para os nossos produtores. A gente faz desde a ponta, no plantio, e também utilizamos os nossos programas para a compra desses alimentos para fornecer merenda escolar de qualidade para os nossos alunos. Então, é um trabalho conjunto, feito por várias mãos, e a gente tem que agradecer muito à força desses produtores rurais que aguardavam há muito tempo por essa segurança. E nós temos certeza que vamos, cada vez mais, aumentar a produção no Distrito Federal, tornando a nossa capital sustentável do ponto de vista da alimentação”, destacou o governador. Na primeira etapa, foram construídos cerca de 6,5 km de canais de irrigação e instalados 60 tanques lonados, com capacidade conjunta de cerca de 25 milhões de litros de água — cada tanque comporta 405 mil litros. Ao todo, estão previstas a instalação de 247 reservatórios e a construção de 16,5 km de canais de irrigação, beneficiando as cerca de 300 famílias que vivem nas 247 propriedades da região. Governador Ibaneis Rocha: ”Estamos trazendo o que eu chamo de segurança hídrica para os nossos produtores" | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília “São 25 milhões de litros de água reservada e isso é importante em dois aspectos. Primeiro, que o produtor tem a garantia da água para irrigação. O produtor não tinha condição de fazer uma irrigação muito eficiente, hoje ele tem água em abundância durante o ano todo. Por outro lado, quando a gente reserva água nesses tanques, a gente diminui a captação direta do córrego e também dos canais, então a gente acaba contribuindo com mais água no sistema e é mais água disponível inclusive para a população que vai fazer o consumo”, pontuou o secretário de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, Rafael Bueno.  O produtor Wuander Monhol, 32 anos, foi um dos contemplados com um tanque lonado nesta primeira etapa. "Antes, a gente tinha um problema aqui de falta de água. Às vezes, na época da seca, o vizinho usava mais água lá em cima e aí a gente ficava com o que sobrava. Agora, tendo o reservatório, já temos uma garantia a mais para poder molhar as nossas plantas neste período de seca severa. Isso aqui, para mim, foi inesperado, chegou do céu", celebrou.   Além disso, Wuander, que hoje planta hortaliças como abóbora, beterraba, couve-flor e repolho, projeta também criar peixes, que serão repassados à Secretaria de Educação, pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), para uso na alimentação de estudantes de escolas públicas: "É uma renda extra para a nossa família e para outros produtores. E vamos diversificar e produzir cada vez mais para alimentar as escolas onde a gente entrega essa mercadoria de qualidade". Após a cerimônia, o governador reuniu-se com cerca de 150 produtores em um almoço na sede da Associação dos Produtores Rurais do Rio Preto (Aprorp) As obras são fruto de cooperação entre o Governo do Distrito Federal (GDF) — por meio da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri) e da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) — e o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF). Também participaram do esforço de cooperação a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa) e a Agência de Bacia Hidrográfica Peixe Vivo (APV). Hoje, o Distrito Federal conta com aproximadamente 250 km de canais de irrigação, sendo que mais de 150 km já foram tubulados, com recursos do GDF, de emendas parlamentares e de acordos de cooperação técnica. A Bacia Hidrográfica do Rio Preto é considerada o coração da agricultura irrigada do DF, concentrando 74% da área irrigada: dos 23 mil hectares irrigados totais, 17 mil estão nessa área. Saneamento As obras para construção da rede de coleta de esgoto no setor Estância, cuja ordem de serviço foi assinada pelo governador Ibaneis Rocha na cerimônia em Planaltina, contarão com investimento total de R$ 7,1 milhões e devem beneficiar mais de 2 mil moradores, além de proteger rios da região e reduzir riscos à saúde pública. Serão instalados, ao todo, 7,7 km de novas tubulações, que vão atender 601 residências. Os trabalhos fazem parte da estratégia da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) de ampliar a cobertura de saneamento em todo o DF. O produtor Wuander Monhol, 32 anos, foi um dos contemplados com um tanque lonado nesta primeira etapa | Foto: Matheus H. Souza/Agência Brasília “O lançamento dessa obra do Estância era um pedido antigo da comunidade que ainda vivia com esgoto a céu aberto, poluindo nossos mananciais de água. Então, vem em bom momento essa obra da Caesb, que se integra com essa obra que nós entregamos na Bacia do Rio Preto”, ressaltou Ibaneis Rocha. “Nós fizemos todos os projetos, os projetos executivos, já licitamos e estamos assinando a ordem de serviço, então a obra começa imediatamente. É uma obra muito grande e daqui 30 dias exatamente a gente licita a elevatória de esgoto que vai levar todo esse esgoto, quando a obra estiver pronta, para a nossa estação de tratamento, beneficiando o meio ambiente, porque ali tem um córrego e esse córrego hoje recebe efluentes de fossas sépticas. Tudo isso vai acabar e vai proteger mais o meio ambiente e o córrego. Então, é uma obra muito importante para a comunidade”, emendou o presidente da Caesb, Luis Antonio Reis. Encontro Após a cerimônia, o governador reuniu-se com cerca de 150 produtores em um almoço na sede da Associação dos Produtores Rurais do Rio Preto (Aprorp). "Para nós, é importante que haja essa comunicação próxima do setor produtivo com o governo, então, ficamos muito felizes com a vinda dele, para agradecer as demandas que foram atendidas e para atender às que existem. As demandas são contínuas, se cumpre uma e acabam aparecendo outras, então é de extrema importância para nós recebê-lo aqui", enfatizou o presidente da Aprorp, Eduardo Ceolin Tiggermann. "Nós nunca tivemos uma proximidade tão grande com o governo aqui do DF. Em um ano, é a segunda vez que o governador Ibaneis vem aqui para ter essa conversa conosco", completou Tiggermann, referindo-se a um outro encontro, no início deste ano. “Hoje, para além de fazer essas inaugurações que nós fizemos, essas obras que estão sendo entregues [em Planaltina], nós estamos aqui para reafirmar o nosso compromisso com os produtores rurais. Estamos trabalhando muito para aumentar a produção agrícola do Distrito Federal. Nós temos que dar condições para o homem que resolveu se fixar no campo, até para que ele possa ter esperança para os seus filhos de dizer que vale a pena cuidar do agro, cuidar do campo na nossa cidade”, arrematou o governador Ibaneis Rocha.

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Emater-DF encerra 2024 com mais de 167 mil atendimentos e impulsiona a agricultura no DF

Em um ano marcado por ações fundamentais para o desenvolvimento agropecuário no Distrito Federal, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF (Emater-DF) realizou, de janeiro a novembro de 2024, 167 mil atendimentos, beneficiando mais de 12 mil agricultores. Por meio de visitas técnicas, cursos, oficinas e orientações, a empresa promoveu avanços na produção sustentável, no fomento ao crédito, na capacitação profissional e na inclusão social. Com 15 escritórios regionais, a Emater-DF atua para a promoção da agricultura sustentável e a qualidade de vida dos produtores rurais | Fotos: Divulgação/Emater-DF “Cada atendimento reflete nosso compromisso em promover uma agricultura inovadora, sustentável e inclusiva. O impacto positivo no campo é uma conquista coletiva, que envolve ações de governo, o trabalho desenvolvido pelos técnicos, o empenho dos agricultores e as parcerias, que viabilizam muitos projetos”, destacou o presidente da Emater-DF, Cleison Duval. Um dos marcos de 2024 foi o I Concurso Distrital de Queijos Artesanais, que contou com mais de 60 queijos inscritos e premiou mais de 40 produtos pela qualidade, fomentando a formalização e o desenvolvimento da Rota dos Queijos no DF. Realizado em setembro, o I Concurso Distrital de Queijos Artesanais reuniu 20 queijarias do DF e Entorno, com 66 queijos inscritos que concorreram em diversas categorias; ao final, 40 queijos foram premiados Na sustentabilidade, o programa Emater-DF no Clima foi criado, e 330 sistemas de saneamento rural foram instalados, com investimentos de R$ 3,8 milhões provenientes de emendas parlamentares e convênio entre a Emater e a Caesb. Além disso, ações de reforma de canais de irrigação e construção de reservatórios com geomembrana garantiram segurança hídrica para as propriedades rurais. Fomento ao crédito e à comercialização A Emater-DF desempenhou um papel importante na comercialização e no fomento ao crédito. Por meio dos programas de compras governamentais, mais de R$ 44,39 milhões foram direcionados aos agricultores. Também foram aprovados 141 projetos de crédito rural, totalizando R$ 9,65 milhões em investimentos. Capacitação e inclusão social Mais de 1.250 produtores participaram, em 2024, de cursos e oficinas promovidos pela Emater-DF Ao todo, mais de 1.250 produtores participaram de cursos e oficinas voltados para o fortalecimento das cadeias produtivas. Na área social, 67 oficinas de artesanato beneficiaram 102 mulheres rurais, enquanto rodas de Terapia Comunitária Integrativa trouxeram acolhimento às comunidades. Cadeias produtivas Na fruticultura, 58 produtores de açaí e 14 de mirtilo participaram da Rota das Frutas do DF e Ride. Na agricultura orgânica, o programa Certifica DF ampliou em 51 o número de produtores certificados. Já na pecuária, a parceria com a Conafer possibilitou a inseminação de 858 matrizes, alcançando uma taxa de prenhez de 57%. Impacto econômico Com um Valor Bruto da Produção superior a R$ 6 bilhões, a Emater-DF consolidou seu papel como agente essencial na promoção da agricultura sustentável e na qualidade de vida dos produtores rurais. “Em 2025, seguiremos comprometidos em tornar nossa área rural ainda mais forte e sustentável, promovendo avanços tecnológicos e fortalecendo os laços entre o campo e a cidade”, concluiu Cleison Duval. Com 15 escritórios regionais, a Emater-DF continua desempenhando um papel estratégico no desenvolvimento rural, levando assistência técnica, inovação, resultados aos produtores do DF e alimento para a população. *Com informações da Emater-DF  

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GDF passa de 100 km de canais de irrigação com inaugurações em Planaltina

O Governo do Distrito Federal (GDF) inaugurou, nesta sexta-feira (22), mais dois canais de irrigação na área rural, chegando a 100,97 km de novas tubulações desde 2019, beneficiando 874 famílias responsáveis por produzir os alimentos que chegam às mesas de milhares de brasilienses. As mais recentes entregas são os projetos do Núcleo Rural Rio Preto, a Lagoinha, e do Núcleo Rural Monjolo, ambos em Planaltina, que correspondem a 5,5 km e 3,7 km em tubos, respectivamente. As obras integram o projeto do governo de renovar os canais de irrigação do campo. O governador Ibaneis Rocha destacou, nesta sexta-feira (22), em Planaltina, o empenho do governo para viabilizar projetos sobre irrigação e tubulação da água | Foto: Renato Alves/Agência Brasília “Temos um olhar muito focado nas áreas rurais do Distrito Federal. Quando assumimos o governo, vínhamos em um período de seca, em 2017, em que inúmeras propriedades rurais não tinham água, inviabilizando a produção“, enfatizou o governador Ibaneis Rocha. “Assumimos o governo em janeiro de 2019 e tiramos da gaveta todos os projetos que diziam respeito à questão da irrigação e da tubulação da água. E hoje temos um grande projeto em andamento, para dar segurança a todas as famílias que querem produzir na nossa cidade, levando também qualidade de vida aos produtores rurais, acesso às escolas para as nossas crianças e professores, saúde nas áreas rurais e acompanhamento da comunidade como um todo”, acrescentou. “Estamos tendo água para produção agropecuária, então é o produtor tendo renda, gerando emprego, fixando sua família no campo, evitando inclusive que a especulação imobiliária urbana invada mais as áreas rurais” Rafael Bueno, secretário de Agricultura As obras são fruto de parceria entre a Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF), a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF) e a comunidade rural. O secretário de Agricultura, Rafael Bueno, enfatizou que os canais de irrigação são sinônimos de prosperidade: “Estamos fixando o homem no campo, valorizando o meio ambiente, porque a água não está sendo mais perdida com infiltração ou evaporação e nem com o risco de animais mortos contaminarem essa água. Estamos tendo água para produção agropecuária, então é o produtor tendo renda, gerando emprego, fixando sua família no campo, evitando inclusive que a especulação imobiliária urbana invada mais as áreas rurais. É o governo Ibaneis Rocha fazendo uma revolução no campo e na cidade, trazendo qualidade de vida para a população do DF”. O presidente da Emater-DF, Cleyson Duval, ressaltou o compromisso desta gestão do GDF em amparar o produtor rural: “Isso tudo traz ânimo para os produtores rurais produzirem mais, porque sem água ninguém produz. No ano passado, nessa mesma região, entregamos o canal de irrigação do Márcia Cordeiro Leite, com 11 km de tubulação, que beneficia 32 famílias. É um governo que tem trabalhado muito em levar infraestrutura para a área rural para que cresça cada vez mais e produza cada vez mais”. Segurança para plantar Todos os produtores rurais do Núcleo Rural Monjolo agora recebem a mesma quantidade de água, diariamente | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília No Núcleo Rural Monjolo foram investidos mais de R$ 340 mil, originários de emenda parlamentar do deputado federal Rafael Prudente, para garantir água para plantio e criação de animais em 45 propriedades – antes, apenas 35 famílias tinham acesso ao recurso. Os trabalhos foram iniciados em maio deste ano. Assim como ocorria em outras regiões já atendidas por este GDF, o canal de irrigação do Monjolo era a céu aberto, logo, sofria com infiltração, assoreamento e interferência da natureza, como a queda de galhos e folhas. Dessa forma, a água não chegava a todas as propriedades, prejudicando tanto o plantio de subsistência quanto o destinado ao comércio. Agora, a realidade mudou: todos os produtores rurais do núcleo recebem a mesma quantidade de água, diariamente. “Agora tem água para todo mundo”, diz o presidente da Associação do Núcleo Rural Monjolo, Luiz Carlos Cardoso | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília “Como era apenas uma vala no chão, mais da metade da água era perdida por infiltração. A política da Emater, juntamente com a Seagri, é evitar essa perda e gerar maior eficiência ao recurso. Conseguimos economizar água e atender muitos produtores”, destaca o extensionista da Emater Leandro Moraes. “As primeiras propriedades eram atendidas, e as demais, às vezes, não recebiam água. Hoje todos recebem a mesma quantidade de água, que tubulada desde o início até o último produtor.” O presidente da Associação do Núcleo Rural Monjolo, Luiz Carlos Cardoso, revelou que alguns produtores tinham que usar bombas para captar água do rio ou utilizar do recurso potável para o serviço. “Agora tem água para todo mundo, tanto para o pequeno quanto para o grande produtor. Antigamente não tinha isso, cada um pegava o tanto que queria e quem está mais próximo do canal pegava mais água. Não chegava água para quem estava mais distante”, disse. A quantidade de água disponível a cada propriedade foi estabelecida pela Emater-DF. Localizado a cerca de 57 km do centro de Brasília, o núcleo é reconhecido pelo cultivo de hortaliças, frutas, peixes e pela criação de animais, como aves e bovinos. O produtor rural Leonardo Disegna Manzoli, 28 anos, usa o recurso hídrico para cultivar tomate, pimentão e couve em uma chácara com 28 hectares. “Às vezes faltava água, e a gente tinha que buscar no rio, com bomba. Dava mais trabalho e gastava muito mais energia. Com o canal é diferente: a gente ganha tempo, economiza e temos a certeza de que teremos água para plantar”, relatou. Décadas de espera O produtor rural Sebastião Batista celebra o novo canal de irrigação na área da Lagoinha: “O pessoal falava que isso era ilusão, que nunca iria sair” | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília A história de que um novo canal de irrigação seria construído na área da Lagoinha, no Núcleo Rural Rio Preto, passou de geração para geração. É o que conta o produtor rural Sebastião Batista Neto: “Isso aí vem de muito tempo. É da época do meu avô ainda, tanto que o pessoal falava que isso era ilusão, que nunca iria sair”. Hoje, mais de 30 anos depois, o homem vê a sua fazenda ser abastecida com a água que passa pela tubulação recém-instalada pelo GDF. “Antes aqui era muito trabalhoso, chegava pouca água e a gente tinha que sair do serviço para fazer manutenção porque dava muito problema”, comenta Sebastião. De acordo com o produtor, a água costumava chegar suja de barro, devido às enxurradas, e com elementos químicos. Agora, ela sai direto do córrego de forma abundante e limpa para irrigar a horta de seis hectares composta por tomate, pimentão, mandioca e mexerica, entre outros. A produção da lavoura é o sustento de toda a família, um total de 12 pessoas. A qualidade da água é fundamental para o volume da produção rural, enfatiza o engenheiro agrônomo da Emater-DF Rodrigo Marques Batista | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília Foram investidos R$ 400 mil de recursos provenientes de emenda parlamentar do deputado distrital Roosevelt Vilela para construir a estrutura de irrigação. São 5,5 km de extensão para atender mais de 60 pessoas em 21 propriedades. A tubulação passa por baixo da terra dos produtores, garantindo segurança hídrica e mais espaço para o cultivo de plantas e a criação de animais. “A qualidade da água é imprescindível para eles, porque é ela que vai dizer o quanto eles vão produzir e a qualidade do produto deles. O novo canal não tem interferência no processo de obtenção de água”, explica o engenheiro agrônomo e extensionista rural da Emater-DF Rodrigo Marques Batista. “Imagine 12 meses e você só produzir nesse período que tem chuva? Então eu fiquei muito feliz com a questão do canal”, diz a produtora rural Leonice Mendes | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília Em seis meses de obra, o canal foi todo escavado na saída oposta do anterior, que era aberto e atendia apenas 15 propriedades. A água sai da lagoa e atravessa a tubulação por declive de 1% a 2% chegando às caixas feitas de manilha instaladas em cada uma das fazendas. Trata-se de uma tubulação corrugada em polipropileno com diâmetro de 150 a 300 milímetros. “Cada caixa tem um difusor de que sai uma tubulação de 50 milímetros com 2 litros por segundo. Temos uma vazão de 42 litros por segundo sendo fornecida”, completa Batista. A propriedade de Leonice Mendes foi uma das beneficiadas com o novo projeto. O anterior não atendia a fazenda dela, o que interferia diretamente na produção agrícola da família, determinando, inclusive, o insumo a ser cultivado pelos produtores. “O nosso carro-chefe é a batata doce, e por que nós a escolhemos? Justamente porque, no período em que nós viemos morar aqui, era a única cultura que dava para plantar com o déficit de água que nós tínhamos. Era o que atendia”, lembra. “Imagine 12 meses e você só produzir nesse período que tem chuva? Então eu fiquei muito feliz com a questão do canal”. Com a chegada da água, a produção se expandiu para o repolho e o pepino e, em breve, seguirá para outras culturas. “Nós vamos implementar a abóbora-itália e baianinha. Estamos escalonando. Tiramos uma cultura e já vem a próxima. Já montamos a nossa questão da irrigação, tanto por aspersão [técnica de borrifar] como gotejo”, revela. Outro desejo da produtora é iniciar a piscicultura, atividade que demanda água em abundância.

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Obras vão modernizar sistemas hídricos na Bacia do Rio Preto

Produtores rurais da Bacia do Rio Preto, na região administrativa de Planaltina, terão oito canais de irrigação reformados, num total de quase 16km, além de 245 reservatórios lonados para utilizar a água de forma mais sustentável. Na manhã desta sexta-feira (18), foi assinado o termo de entrega de materiais para as obras, numa solenidade que reuniu representantes do GDF, governo federal, entidades representativas e dos agricultores da região. O projeto é fruto de um Acordo de Cooperação Técnica entre Seagri, Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), Agência da Bacia Hidrográfica Peixe Vivo (APV), Adasa e Emater-DF | Foto: Divulgação/Emater-DF O evento contou com uma mesa-redonda composta por especialistas que discutiram aspectos técnicos, ambientais e econômicos ligados ao uso sustentável da água para irrigação. A mesa focou nos desafios e soluções para a sustentabilidade hídrica, bem como nas práticas que asseguram o manejo correto e eficiente da água na Bacia do São Francisco. Os participantes realizaram visita técnica a uma propriedade que já implementou o tanque lonado e o sistema de irrigação, onde todos puderam observar na prática o funcionamento dos materiais entregues, destacando os benefícios da modernização dos sistemas e a redução das perdas de água. “O trabalho de modernização dos sistemas de irrigação e a construção de reservatórios vão trazer benefícios significativos para os produtores da Bacia do Rio Preto, que agora poderão contar com uma gestão mais eficiente dos recursos hídricos” Cleison Duval, presidente da Emater-DF O projeto é fruto de um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) entre Secretaria de Agricultura (Seagri), Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), Agência da Bacia Hidrográfica Peixe Vivo (APV), Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do DF (Adasa) e da Emater-DF. “O trabalho de modernização dos sistemas de irrigação e a construção de reservatórios vão trazer benefícios significativos para os produtores da Bacia do Rio Preto, que agora poderão contar com uma gestão mais eficiente dos recursos hídricos. São muitas instituições trabalhando desde o lençol freático, com instalação de 750 sistemas de saneamento, proteção e recuperação de nascentes e programas como o Produtor de Água”, afirmou Cleison Duval, presidente da Emater-DF. Ele destacou ainda que, nos últimos cinco anos, o Governo do Distrito Federal (GDF) revitalizou mais de 150 km de canais de irrigação. De acordo com o secretário de Agricultura, Rafael Bueno, o GDF está preocupado em otimizar os recursos hídricos, que são finitos. “Doamos mais de 80 mil mudas para o Programa Reflorestar, recuperamos estradas e canais. Se a água for bem utilizada, teremos constantemente”, observou. O presidente do CBHSF, Maciel Oliveira, destacou a redução da vazão do rio São Francisco e a necessidade de diminuir as perdas de água. “Ações como essa servem para o produtor ter real valor do uso da água e a refletir sobre a eficiência na irrigação”, observou. A iniciativa busca garantir o uso sustentável da água e melhorar a infraestrutura de irrigação na Bacia do Rio Preto, contribuindo para a preservação ambiental O diretor da Agência Nacional de Águas (ANA), Nazareno Araújo, lembrou que daqui a 16 anos poderemos ter 40% menos água se ações não forem adotadas. “Com isso, perdemos dinheiro e produção. Por isso, celebramos essa junção entre os governos federal e distrital e setores da sociedade para unir esforços e preservar os recursos hídricos”, avaliou. “Quando conseguimos unir os órgãos de governo e a sociedade civil, os resultados são sempre melhores. É fundamental que trabalhemos de forma integrada para oferecer serviços de qualidade e garantir a satisfação dos cidadãos. A Adasa, por exemplo, está investindo na digitalização, com o lançamento de um aplicativo que facilita a comunicação e oferece serviços como solicitação de outorga, simulações de valores e consulta de informações”, acrescentou o diretor-presidente Adasa, Raimundo Ribeiro. A cerimônia foi marcada ainda pelas falas de Alexandre Saia, coordenador-geral de políticas públicas de recursos hídricos do Ministério da Integração Nacional. Ele parabenizou os envolvidos e reforçou o compromisso do governo com a segurança hídrica: “O ministério valoriza iniciativas como esta, que colocam a segurança hídrica como prioridade. O trabalho de conscientização e a parceria com os produtores são essenciais para o uso adequado da água e a preservação dos mananciais.” Ivan Engler, presidente da Cooperativa Central dos Agricultores Familiares do Distrito Federal, destacou a importância da iniciativa para os produtores da região. Segundo ele, a entrega dos novos equipamentos é a realização de um antigo desejo da comunidade: “É o sonho que a gente tinha de poder produzir com segurança. Com a tubulação, evitamos a perda de água. E agora, com as geomembranas, conseguimos armazenar a água e garantir a irrigação o ano todo. Isso nos dá a certeza de que podemos plantar sem medo de faltar água”. Engler também mencionou a possibilidade de diversificação das atividades dos produtores, com a criação de peixes, por exemplo. A iniciativa é resultado de um acordo de cooperação técnica entre diversas instituições, que busca garantir o uso sustentável da água e melhorar a infraestrutura de irrigação na Bacia do Rio Preto, contribuindo para a preservação ambiental e o desenvolvimento da agricultura familiar na região. Com as ações em andamento, a expectativa é que o projeto fortaleça a produção agrícola local e promova maior segurança hídrica para os produtores. O Rio Preto, que nasce na Lagoa Feia, em Formosa (GO), banha parte da região leste do Distrito Federal, beneficiando vários núcleos rurais de importante produção agrícola, e deságua no Rio Paracatu, em Minas Gerais, que é afluente do Rio São Francisco. *Com informações da Emater-DF

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GDF investiu R$ 17,4 milhões na recuperação de 19 canais de irrigação desde 2019

Para que um alimento chegue à mesa do consumidor, é preciso dedicação dos agricultores e, especialmente, garantia de irrigação. O Governo do Distrito Federal (GDF) trabalha para que os produtores rurais do Quadradinho tenham acesso a água farta e de boa qualidade por meio da recuperação dos canais que levam o recurso até as propriedades. Nos últimos cinco anos, foram investidos mais de R$ 17,4 milhões na tubulação de 98,57 km de canais de irrigação, beneficiando 758 famílias em oito regiões administrativas. A reforma dos canais conta com a união de esforços entre o governo e a população. A Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural  (Seagri-DF) fornece o maquinário e os tubos usados na recuperação. Já a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF) é responsável pelo projeto e acompanhamento técnico. Aos moradores da comunidade, cabe construir as caixas de passagem e captação de água em suas propriedades. Nos últimos cinco anos, foram investidos mais de R$ 17,4 milhões na tubulação de 98,57 km de canais de irrigação, beneficiando 758 famílias em oito regiões administrativas | Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília O agricultor José Eduardo Gonçalves, 54 anos, é atendido pelo canal de Tabatinga, em Planaltina, concluído em 2023. Com acesso pleno à água, José e a família expandiram a plantação de hortaliças, colhidas para consumo próprio, e lançaram-se no mercado da piscicultura, com a criação de tilápias. Sem a tubulação do canal, ele não teria conseguido esses resultados, já que precisava bombear água até a chácara com energia elétrica. “Era uma operação muito cara e trabalhosa, mas, depois que começou a obra do canal, nunca mais tivemos problema com água aqui, agora passa em toda a chácara por gravidade”, conta José, que tem mais de 30 anos de história com a agricultura. Segundo ele, o abastecimento hídrico impacta também a qualidade da tilápia oferecida ao consumidor. “O peixe que é criado na mesma água, sem substituição, tem o gosto diferente daquele que é criado em água corrente, em que a água entra no tanque, oxigena e sai naturalmente. A qualidade desse peixe é infinitamente melhor.” O investimento na recuperação do canal de Tabatinga também beneficiou o produtor rural Roberto Correa, 46. Ele e a família puderam iniciar o plantio de outras culturas na propriedade, aumentando a cartela de alimentos oferecidos aos clientes em feiras de Planaltina. “Antes do canal, a gente plantava muita soja, milho e limão. Hoje temos muitas verduras, como tomate, abóbora, pepino e repolho”, conta. “Esse canal foi a salvação de todos nós. O canal era aberto e nem sempre chegava para todo mundo. Agora todos os produtores têm água para plantar, não falta para ninguém”. O agricultor José Eduardo Gonçalves: “Era uma operação muito cara e trabalhosa, mas, depois que começou a obra do canal, nunca mais tivemos problema com água aqui, agora passa em toda a chácara por gravidade” Construídos originalmente com manilhas de concreto ou no próprio leito da terra a céu aberto, os canais sofriam com perda de cerca de 50% do volume de água. Havia infiltração do recurso hídrico no solo e interferência da natureza, como a queda de galhos e folhas. O cenário para os produtores era de insegurança: não sabiam se a água chegaria à propriedade nem se o que chegasse seria suficiente para manter a irrigação das plantações. A incerteza chega ao fim graças à recuperação dos canais com tubos feitos com polietileno de alta densidade (PAD) e policloreto de vinila (PVC). O diretor de Engenharia da Seagri, Emanuel Fernandes Lacerda, afirma que os materiais são mais resistentes e duradouros, com vida útil estimada em mais de 50 anos. “Essas tubulações são fáceis de trabalhar e vão atender as famílias por muitos, muitos anos. É uma ação importante da secretaria para incentivar a permanência dos produtores no campo e a produção rural do DF”, observa. “Sem a tubulação, os produtores precisam buscar por outras alternativas, como o bombeamento e a abertura de poços artesianos, ou ficam sem água. Ano passado, concluímos o Capão Seco, que tinha um histórico grande de escassez, e finalizamos o Lagoinha, que passava pela mesma situação”, afirma o assessor técnico da Emater-DF Edvan Ribeiro. “A Emater recebe a demanda nos escritórios locais e dá andamento ao processo, com o projeto, outorgas e outras questões, além de auxiliar os produtores durante a obra também.” Ao todo, o DF tem 65 canais em operação, com mais de 235 km de extensão. As estruturas que já foram reformadas estão localizadas em Planaltina, Brazlândia, Sobradinho, Paranoá, Gama, Ceilândia, Park Way e Riacho Fundo. Atualmente estão em obras trechos dos canais Rio Preto e Sítio Novo, em Planaltina.

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Modelo de licenciamento ambiental mais ágil é apresentado na AgroBrasília

O Instituto Brasília Ambiental vai lançar, por meio da Superintendência de Licenciamento Ambiental (Sulam), na próxima sexta-feira (24), na AgroBrasília 2024, a Licença Ambiental por Adesão e Compromisso (LAC), voltada para as atividades rurais. Estão contemplados no novo tipo de licenciamento, por exemplo, canais de irrigação, suinocultura, manutenção de estradas rurais, entre outras atividades. O novo tipo de licenciamento contempla canais de irrigação, suinocultura, manutenção de estradas rurais, entre outras atividades | Foto: Arquivo/Agência Brasília “Esperamos facilitar o acesso ao processo de licenciamento para diminuirmos o impacto no meio ambiente e garantirmos o desenvolvimento sustentável” Roney Nemer, presidente do Brasília Ambiental O presidente do Brasília Ambiental, Rôney Nemer,  lembra que a intenção do instituto é mostrar para a comunidade agro que eles são muito importantes, que são parceiros da autarquia. “Esperamos facilitar o acesso ao processo de licenciamento para diminuirmos o impacto no meio ambiente e garantirmos o desenvolvimento sustentável”, ressalta. De acordo com a Resolução do Conselho de Meio Ambiente do Distrito Federal (Conam-DF) nº 02/2023, que dispõe sobre a LAC, este é um mecanismo simplificado de licenciamento. Ele visa agilizar o processo de obtenção de licenças para empreendimentos e atividades cujas consequências sobre o ambiente sejam, minimamente, conhecidas e para as quais as medidas preventivas e mitigadoras possam ser padronizadas. Foi incluído nas normas do DF pela Lei nº 6.269/2019, que institui o Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) local. O mecanismo busca proporcionar um equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e a preservação do meio ambiente, garantindo que determinadas atividades possam ser permitidas de maneira rápida e eficaz, executando-se o devido acompanhamento e fiscalização A superintendente de Licenciamento Ambiental do instituto, Nathalia Almeida, explica que a implementação deste tipo de autorização surgiu, justamente, da vinculação do licenciamento ambiental ao ZEE. Ela destaca também a agilidade que este instrumento trará ao processo. “É um procedimento no qual o empreendedor, ao aderir a um conjunto de normas e compromissos previamente estabelecidos pelo órgão, obtém a licença de forma mais célere, mas mantendo-se a segurança e controle exigidos. Se baseia na autodeclaração do empreendedor, que se compromete a cumprir todas as exigências”, detalha. Vantagens Além da agilidade do processo, a superintendente ressalta, como vantagens da LAC, a desburocratização e a eficiência no licenciamento ambiental. Ressalta que o mecanismo busca proporcionar um equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e a preservação do meio ambiente, garantindo que determinadas atividades possam ser permitidas de maneira rápida e eficaz, executando-se o devido acompanhamento e fiscalização. Este tipo de licenciamento já é adotado por outros órgãos estaduais. Neste momento, o Brasília Ambiental trabalha na elaboração das Notas Técnicas específicas de cada atividade. Essas informações, assim que concluídas, serão disponibilizadas no site do instituto para consultas dos empreendedores. O protocolo do requerimento da LAC seguirá o mesmo trâmite dos demais processos de licenciamento ambiental, via peticionamento eletrônico pela plataforma Harpia. Mais à frente o órgão disciplinará outra Instrução Normativa para as demais atividades passíveis de LAC descritas nos anexos I e II da Resolução nº 02, de 21 de novembro de 2023. A Feira de Tecnologia e Agronegócios está sendo promovida desde o dia 21, na BR-251, km 5 – PAD-DF, Rodovia Júlio Garcia, Paranoá. *Com informações do Brasília Ambiental

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Cerca de 30 km de canais de irrigação recuperados ou construídos em 2023

Resultado de parceria entre a Secretaria de Agricultura do DF (Seagri), Emater-DF e a comunidade, além de órgãos parceiros, como a Caesb, Adasa e a Superintendência do Centro-Oeste (Sudeco), a revitalização e construção de novos canais de irrigação chegou a quase 30 km de extensão em todo o DF em 2023. Os canais localizados no Assentamento Márcia Cordeiro, em Planaltina; Capão Seco, no PAD-DF; Sobradinho II e Tabatinga foram concluídos utilizando recursos de emendas dos parlamentares Chico Vigilante, Reginaldo Sardinha, Leandro Grass e Claudio Abrantes, respectivamente, e totalizam 14,5 km de extensão. Aqueles situados no Núcleo Rural Lagoinha, em Planaltina, e no Rodeador, em Alexandre de Gusmão, estão em andamento, usando recursos de emenda do deputado Roosevelt Vilela, da ABHA Gestão de Águas, e da Sudeco, respectivamente. Apenas no trecho principal do Canal do Rodeador estão sendo construídos 11,5 km de canal. “Hoje até sobra água e por isso aumentei muito o meu plantio. Tenho até irrigação por gotejamento, que a Emater-DF fez o projeto”, diz o produtor rural José Oliveira dos Santos | Fotos: Divulgação/Emater Os canais recuperados beneficiam 100 propriedades rurais e os que estão em obra vão beneficiar 205 propriedades. Em quantidade de pessoas diretamente impactadas até o fim de dezembro, somando todos os trechos, o montante cresce para 915. No entanto, de acordo com o presidente da Emater-DF, Cleison Duval, os benefícios à comunidade podem alcançar um número ainda maior tendo em vista que, indiretamente, envolvem toda a cadeia produtiva, principalmente da olericultura. Outro ponto importante é o ganho indireto para os consumidores, que se beneficiam com maior oferta de produtos agrícolas. [Olho texto=”“Garantir racionalização e segurança dos recursos hídricos é solucionar dificuldades de cultivo aos produtores rurais durante o ano todo, principalmente, no período da seca”” assinatura=”Cleison Duval, presidente da Emater-DF” esquerda_direita_centro=”direita”] “Recuperar ou construir novos canais é prioritário para o nosso governo é fruto de um esforço conjunto, que envolve diversos órgãos e o legislativo local. Todos reconhecemos a importância desse programa para a agricultura local, pois vai eliminar os problemas, como distribuição, infiltração, erosão e tantos outros que causam desperdício da água. Garantir racionalização e segurança dos recursos hídricos é solucionar dificuldades de cultivo aos produtores rurais durante o ano todo, principalmente, no período da seca”, afirmou Cleison. “A Secretaria de Agricultura, junto com a Emater, tem um importante papel quando falamos de preservação, disponibilização e manutenção dos recursos hídricos e também do meio ambiente. Um trabalho de tubulação desses canais tem sido feito em parceria também com a comunidade rural. Você consegue reduzir as perdas e em muitos casos, como no canal do Capão Comprido, fazer com que a água seja novamente ofertada a todas as propriedades”, declarou o secretário-executivo da Seagri, Rafael Bueno. [Olho texto=”“Temos feito diversas parcerias com os parlamentares para recursos, novas obras se iniciarão e outras tantas neste momento estão em andamento. Uma parceria de sucesso, e quem lucra são o meio ambiente e a sociedade rural”” assinatura=”Rafael Bueno, secretário-executivo da Seagri” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Esse ano foram diversas comunidades atendidas, não só com a tubulação de canais já existentes, mas também com a abertura de novos canais, como no Assentamento Márcia Cordeiro Leite. Temos feito diversas parcerias com os parlamentares para recursos, novas obras se iniciarão e outras tantas neste momento estão em andamento. Uma parceria de sucesso, e quem lucra são o meio ambiente e a sociedade rural”, acrescentou. José Oliveira dos Santos é produtor rural no Assentamento Márcia Cordeiro, em Planaltina, há um ano. No início, a sua produção era limitada a vagem e pepino, pois a pouca água disponível de um poço artesiano não dava para aumentar a produção. No entanto, com o acesso à água do canal de irrigação inaugurado há seis meses, sua produção triplicou. “Hoje até sobra água e por isso aumentei muito o meu plantio. Tenho vagem, pepino, inhame, abóbora-itália e vou plantar tomate, pimenta-de-cheiro e jiló. Tenho até irrigação por gotejamento, que a Emater-DF fez o projeto”, declarou José dos Santos. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O Distrito Federal tem 66 canais de irrigação com extensão de 240 km e, desse total, cerca de 125 km foram recuperados ou tiveram obras de manutenção entre 2019 e 2023, garantindo racionalização e segurança dos recursos hídricos para 600 propriedades, aproximadamente. O projeto de recuperação dos canais de todo o Distrito Federal foi implantado pela Secretaria de Agricultura, em parceria com a Emater-DF e os produtores locais. A parte do projeto, o acompanhamento no local e a assistência técnicos são realizados pela Emater-DF. A mão de obra para instalação foi toda da comunidade, incluindo a construção das caixas de passagem e de captação. Segundo o assessor da Emater-DF, Edvan Sousa Ribeiro, os projetos feitos pela empresa visam atender as demandas de cada comunidade rural. “Em alguns canais escavados em terra, o produtor não via água há 10 anos no final do percurso. Quando recuperamos, reduzimos a perda de água por evaporação ou infiltração a praticamente zero, além de facilitar a distribuição porque a padronizamos entre os produtores. Nos canais recuperados, são feitas caixas de concreto que padronizam a saída de água. Além de atender todo mundo, há uma padronização. Cada canal tem uma realidade de quantidade de água, assim o uso da água depende do tamanho da propriedade, da disponibilidade de água do manancial, então os projetos formatados pela Emater-DF são todos individualizados”, explicou. *Com informações da Emater-DF  

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Canal do Rodeador vai economizar 170 litros de água por segundo

Mais um trecho do canal de irrigação Rodeador, o principal da Bacia do Rio Descoberto, será reformado pelo Governo do Distrito Federal (GDF). A assinatura para o início da obra ocorreu nesta sexta-feira (16) com a presença do governador Ibaneis Rocha em Brazlândia. Nesta fase do Canal do Rodeador, serão recuperados 11,54 km de tubulações, incluindo o canal principal e os ramais 2 e 3, atendendo 96 propriedades rurais e cerca de 180 famílias, o que beneficia diretamente 750 moradores da zona rural e indiretamente milhares de famílias que consomem os produtos desta grande região agrícola do DF. [Olho texto=”“Queremos complementar a tubulação em todo o DF para que os agricultores tenham segurança hídrica para tocar as suas produções”” assinatura=”Ibaneis Rocha, governador” esquerda_direita_centro=”direita”] O investimento na obra é de R$ 5,99 milhões, em parceria com a Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), e anteriormente o GDF já havia recuperado 5,76 km de tubulações deste mesmo canal, o que atendeu, à época, 195 famílias. No evento, o governador Ibaneis Rocha lembrou a crise hídrica que o DF atravessou para reforçar a importância da obra. “Antes de entrar na política eu via as imagens do problema da água, do racionamento que o DF passou e a dificuldade que as famílias rurais tiveram de sustentar a produção. Essa foi uma grande preocupação quando assumi o governo, buscando os recursos e fazendo as obras. Queremos complementar a tubulação em todo o DF para que os agricultores tenham segurança hídrica para tocar as suas produções”, destacou. Nesta fase do Canal do Rodeador, serão recuperados 11,54 km de tubulações, incluindo o canal principal e os ramais 2 e 3, atendendo 96 propriedades rurais e cerca de 180 famílias | Foto: Renato Alves/Agência Brasília Esse investimento é essencial para garantir o abastecimento de água aos produtores e também combater o desperdício de água, que não é pouco, conforme explicou o presidente da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF), Cleison Duval. “Hoje, aqui no Rodeador, nós estamos perdendo 170 litros de água por segundo por infiltração e evaporação. Este é o tamanho da importância desse canal: que ele dê continuidade à água para os produtores continuarem com a sua produção, mas que sobre esses 170 litros por segundo para abastecer essa cidade, a nossa cidade”, detalhou Duval. [Olho texto=”“A tubulação do Canal do Rodeador vem com esse objetivo: reduzir as perdas por infiltração, reduzir as perdas por evaporação e termos mais disponibilidade de água na Bacia do Descoberto para consumo humano e também para o produtor”” assinatura=”Rafael Bueno, secretário-executivo de Agricultura” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Para ilustrar o tamanho do desperdício, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o brasileiro consome em média 117,5 litros de água por dia. Uma família de quatro pessoas chega a consumir 470 litros de água por dia. Ou seja, a cada três segundos, o desperdício gerado no Canal do Rodeador seria capaz de abastecer o consumo diário de uma família. Eficiência no uso Segundo a Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri) e a Emater, responsáveis por esse trabalho, a melhoria dos canais é importante, porque aumenta a eficiência na condução das águas para os produtores rurais, zerando as perdas e facilitando a distribuição da água entre os beneficiados. Entre 2019 e 2022, o governo recuperou 107,3 km de canais de irrigação em todo o DF, beneficiando mais de 700 propriedades rurais, o que atinge cerca de 2,8 mil moradores da zona rural. Até 2026, o GDF pretende recuperar mais 130 km de tubulações. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Para evitar esse desperdício, Seagri e Emater trabalham juntas. Elas prestam suporte aos produtores, desde a elaboração dos projetos, aquisição de tubulações, disponibilização de maquinário, assistência para obtenção de outorgas e autorizações ambientais e acompanhamento técnico dos serviços. “Brazlândia, por si só, tem um papel fundamental para o DF. Mais de 60% daquilo que tem de água disponível para consumo humano vem da Bacia do Descoberto. Temos uma produção muito pujante, principalmente de frutas e verduras, e essa água precisa ser conciliada de uma maneira que a gente tenha as menores perdas, seja por infiltração, seja por evaporação. A tubulação do Canal do Rodeador vem com esse objetivo: reduzir as perdas por infiltração, reduzir as perdas por evaporação e termos mais disponibilidade de água na Bacia do Descoberto para consumo humano e também para o produtor”, acrescenta o secretário-executivo de Agricultura, Rafael Bueno. Presidente da Associação do Rodeador, Ricardo Sassa sofreu com a crise hídrica na região e agora comemora o início das obras. “O sonho dos produtores é essa tubulação do Canal. Vai ajudar muito na questão das perdas e até de manutenção. Aqui na região produzimos hortaliças, frutas e a água é o principal insumo da agricultura. Sem água não tem vida nas propriedades rurais. O Canal do Rodeador foi feito para manter o produtor na sua propriedade fazendo o que ele gosta de fazer, que é produzir”, afirma. *Colaborou Thaís Miranda

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Mais regularização fundiária e canais de irrigação a partir de 2023

Regularizar terrenos, reformar 160 km de canais de irrigação e construir creches em áreas rurais estão nos planos do Governo do Distrito Federal para os próximos quatro anos. É o que garantem o secretário de Agricultura, Cândido Teles, e a presidente da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), Denise Fonseca, ao comentar os trabalhos na comissão de transição na sexta-feira (18). O secretário de Agricultura, Cândido Teles, afirma que uma prioridade é a expansão dos canais de irrigação: “Nós fizemos 100 km de canais de irrigação e temos mais 160 km, com projetos prontos” | Foto: Rildon Oliveira Para acelerar a regularização fundiária e dar aos agricultores a propriedade dos seus terrenos, o GDF vai criar o Instituto de Terras. Sobre os canais, a intenção é ampliar o serviço que já vem sendo executado. “Nós fizemos 100 km de canais de irrigação e temos mais 160 km, com projetos prontos. Só no Canal do Rodeador, nós estamos licitando uma obra de mais de R$ 7 milhões e os produtores vão ter água para produzir o ano inteiro”, explica o secretário Cândido Teles. As obras da primeira creche rural do Distrito Federal, localizada no Núcleo Rural Jardim, no Paranoá, foram concluídas pela Novacap em setembro | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília A Emater, por sua vez, tem concurso para ser realizado, creches para serem construídas e o fortalecimento do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) e do Programa de Aquisição da Produção da Agricultura do DF (Papa-DF). [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “O plano de governo está muito robusto na área da agricultura e a Emater está com várias metas que estão sendo ampliadas, como os canais de irrigação, o Papa, o Pnae, as creches rurais em parceria com a Secretaria de Educação, o concurso público autorizado, o Programa de Demissão Voluntária (PDV), planos de capacitação para os servidores e instalação de energia fotovoltaica nas escolas”, detalha Denise Fonseca. Todo esse trabalho deve ser refletido em mais atendimentos da Emater junto à população do campo. Em 2022, a empresa deve atingir a marca de 190 mil atendimentos, marca que pretende aumentar. “Temos uma proposta de aumentar em 10% para o próximo ano”, adianta Denise. No âmbito das creches rurais, trabalho feito com a Secretaria de Educação, o DF deve ganhar uma creche no Núcleo Rural Pipiripau, em Planaltina, e outra na Colônia Agrícola São José, no Núcleo Rural Rio Preto, também em Planaltina. Vale lembrar que o governo já entregou uma unidade no Núcleo Rural Jardim, no Paranoá.

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R$ 1,8 milhão para reforma de canais de irrigação em regiões agrícolas

[Olho texto=”“Vamos possibilitar a essas propriedades um aumento de 50% no fornecimento de água” ” assinatura=”Odilon Vieira, subsecretário de Desenvolvimento Rural da Seagri” esquerda_direita_centro=”direita”] A Secretaria da Agricultura (Seagri) recebeu tubos de polietileno de alta densidade (Pead) para a execução de 14,2 km de obras que contemplarão quatro canais de irrigação no DF. Com investimento de R$ 1,81 milhão, o trabalho beneficiará produtores de Sobradinho II, do Núcleo Rural Tabatinga e do assentamento Sítio Novo –  ambos em Planaltina – e do Núcleo Rural Capão Seco, no Paranoá. Tubos de polietileno de alta densidade garantem mais de 14 km de obras para canais de irrigação | Foto: Divulgação/Seagri “Vamos possibilitar a essas propriedades, só com a colocação dos tubos de polietileno ou de PVC, um aumento de 50% no fornecimento de água”, afirma o subsecretário de Desenvolvimento Rural da Seagri, Odilon Vieira.  A região de Planaltina abriga também outros importantes canais de irrigação, como Capão Seco, Santos Dumont, Tabatinga, Barro Preto e Rio Preto, contemplados recentemente com obras de reforma. Os equipamentos são essenciais para garantir que a água chegue ao produtor com redução significativa das perdas pelo caminho. Os antigos canais foram escavados há mais de 30 anos no próprio leito da terra e a céu aberto. A exposição à natureza, junto à deterioração promovida pelo tempo, causava a esses “regos d’água” uma perda de mais de 50% por vazamentos, infiltrações e evaporação. [Olho texto=”Canal do Assentamento Márcia Cordeiro terá mais de 5 km e potencial para atender todas as 70 famílias locais” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A aquisição dessas peças é um processo que leva alguns meses para ser concluído. “O primeiro passo é buscar recursos, seja com emenda parlamentar, seja a partir de convênios da União”, explica o subsecretário de Administração Geral da Seagri, Edson Rohden. “Depois, abrimos um processo por pregão eletrônico, e apenas quando esse processo é finalizado é que podemos adquirir os tubos. Depois de recebê-los, fazemos a destinação para cada projeto”.  Reforma no Márcia Cordeiro Além das obras previstas, outras estão em andamento. A reforma do canal de abastecimento de água no Assentamento Márcia Cordeiro, em Planaltina, já começou. Com investimento de R$ 450 mil, o canal terá mais de 5 km. Esse trabalho é esperado há cerca de oito anos pela comunidade, e beneficiará ao menos 28 propriedades rurais.  Segundo o assessor técnico da Emater Edvan Ribeiro, a obra tem potencial para, em um projeto futuro, atender todas as 70 famílias do local. “O córrego Monjolo é a única fonte de água para essa comunidade”, pontua. “Hoje, quem consegue pegar direto do rio, tem água. Quem não consegue, fica desabastecido. Com essa obra, eles vão conseguir tocar suas atividades produtivas, desenvolver lavouras e criar animais. A gente espera que a obra seja um marco no desenvolvimento do assentamento”. *Com informações da Secretaria de Agricultura 

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