Hospital de Base promove capacitação em acolhimento e classificação de risco
A Gerência de Enfermagem do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) realizou, nessa terça-feira (24), um treinamento em acolhimento e classificação de risco, com o apoio da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs). O evento, parte de uma iniciativa que incluiu o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) e as unidades de pronto atendimento (UPAs) do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), teve como objetivo integrar o Protocolo de Acolhimento e Classificação de Risco em todas as instituições. Treinamento aborda padronização da abordagem nos serviços de urgência e emergência para melhorar a comunicação entre a equipe multiprofissional, assegurando mais eficiência no atendimento | Foto: Divulgação/IgesDF A Gerência de Enfermagem do HBDF idealizou o treinamento para capacitar enfermeiros que atuam na classificação de risco do pronto-socorro. Dada a dificuldade em liberar toda a equipe assistencial, optou-se pela formação de multiplicadores. Esses enfermeiros, após a certificação, terão a responsabilidade de disseminar o conhecimento sobre o Manual de Acolhimento e Classificação de Risco (ACCR) da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) nas unidades do IgesDF. “A capacitação é essencial para garantir a identificação precisa e ágil dos usuários com maior gravidade e priorizar o seu atendimento” Tatiane Nunes, gerente de Enfermagem do HBDF O treinamento contou com 26 vagas, sendo três destinadas ao HRSM, cinco para as UPAs e 18 para o HBDF. “Essa distribuição assegura que as melhores práticas sejam compartilhadas, promovendo uma abordagem unificada no atendimento de urgência e emergência nas unidades que compõem o IgesDF”, afirma a gerente de Enfermagem do HBDF, Tatiane Nunes. Foram abordados temas como a Política Nacional de Humanização (PNH) e a Rede de Urgência e Emergência do DF (RUE). O foco principal foi o ACCR da SES-DF, que inclui diretrizes para adultos, pediatria e obstetrícia. Além disso, foi apresentada a tela de classificação de risco no sistema MV, ferramenta crucial para a prática diária nas unidades. “A capacitação é essencial para garantir a identificação precisa e ágil dos usuários com maior gravidade e priorizar o seu atendimento”, ressalta Tatiane. A padronização da abordagem nos serviços de urgência e emergência melhora a comunicação entre a equipe multiprofissional, resultando em um atendimento mais eficiente e com menos chances de erros. “Isso não apenas eleva a qualidade do serviço, mas também aumenta a confiança dos usuários nas unidades de saúde do IgesDF”, completa. Tatiane também destacou que o desenvolvimento contínuo da equipe é fundamental no atendimento eficiente utilizando Protocolo de Acolhimento e Classificação de Risco da SES-DF (ACCR). A capacitação permitirá uma melhor aplicação do ACCR, promovendo uma linguagem comum entre os profissionais de saúde. “Essa abordagem integrada garantirá um sistema de saúde mais organizado e dinâmico, alinhado às diretrizes da RUE e da PNH”, afirma. *Com informações do IgesDF
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Fluxo de atendimentos no HRSM é tema de reunião
O atendimento à população que procura o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) foi o principal tema de reunião, nesta quarta-feira (12), entre representantes da superintendência do hospital, da Secretaria de Saúde e do Conselho Regional de Saúde de Santa Maria. Entre as pautas debatidas estavam o atendimento da classificação de risco dos prontos-socorros adulto, infantil e do centro obstétrico, além dos números de partos realizados em 2024 no hospital. O tempo médio de permanência de atendidos no pronto-socorro infantil no HRSM é de dois dias | Foto: Divulgação/ IgesDF “É sempre bom poder esclarecer com os órgãos de controle social os fluxos de atendimento das nossas portas de emergência. Desde janeiro até o dia 11 de junho, realizamos cerca de 30 mil atendimentos no pronto-socorro adulto. Já na pediatria, no pronto-socorro infantil, foram 14.376 atendimentos”, destacou a superintendente do HRSM, Eliane Abreu. A superintendente destacou que o tempo médio de permanência de atendidos no pronto-socorro infantil no HRSM é de dois dias e que cerca de 47% dos atendimentos são de crianças de fora do DF, tendo em vista a falta de pediatria nos municípios do Entorno Sul. Referência no atendimento de gestantes de alto risco, o HRSM atende todas as pacientes que chegam até a unidade. Com isso, de janeiro até junho, já foram realizados mais de 10 mil atendimentos e mais de 2,3 mil internações, além de 1.695 partos. A presidente do Conselho Regional de Saúde de Santa Maria, Denise Bastos, destacou a importância de haver esse diálogo entre os gestores e os órgãos fiscalizadores. “É essencial ter essa abertura para que a gente possa debater melhorias nos atendimentos à população”, concluiu. *Com informações do IgesDF
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Entenda como funciona a classificação de risco em hospitais e UPAs do DF
O atendimento na porta das unidades de saúde pode ser restringido em períodos de emergência, como epidemias ou sazonalidades. Para atender melhor todos os pacientes, o Hospital de Base, o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) e as 13 unidades de pronto atendimento (UPAs) do Distrito Federal sob gestão do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) seguem o Protocolo de Classificação de Risco do manual da Secretaria de Saúde (SES-DF). O Protocolo de Classificação de Risco ajuda a identificar os usuários mais graves, permitindo um atendimento mais ágil e seguro | Fotos: Davidyson Damasceno/IgesDF Ferramenta de apoio à tomada de decisão clínica, a classificação de risco é uma maneira de padronizar a linguagem para urgências clínicas, traumáticas e obstétricas. “O principal objetivo é a imediata identificação dos usuários mais graves, o que permite um atendimento mais ágil, seguro e oportuno, sempre seguindo cada uma das cores e suas orientações”, explica a enfermeira encarregada da UPA de Ceilândia I, Leny Cátia Xavier Santos. “Tem dias em que recebemos tantas pessoas com necessidade de classificação de risco vermelha, ou seja, em estado gravíssimo e que necessita de atendimento imediato, que precisamos deixar de atender as outras classificações temporariamente”, conta Leny. Porém, ninguém deixa de ser avaliado e receber sua classificação. Além disso, o protocolo é combinado à metodologia de humanização e de acolhimento ao usuário. A classificação pode ser realizada novamente, a pedido do paciente. De acordo com a enfermeira, se um paciente classificado como verde há 20 minutos ou mais pede para ser reclassificado por sentir que sua dor aumentou ou por entender que apareceram outros sintomas, é feita uma nova avaliação. Com isso, ele pode ser colocado em outra faixa de risco que necessite de um atendimento mais urgente. Na classificação por cores, o vermelho é reservado para pacientes com risco iminente de morte, enquanto o azul indica os casos menos graves da escala Entendendo as classificações Às vezes, o paciente chega à recepção de uma UPA se queixando de dor de cabeça e cansaço no corpo. Ao ser examinado pela equipe de enfermagem, não apresenta febre, pressão alta ou qualquer outra alteração. O paciente reforça que a dor de cabeça está muito forte e que ele não consegue aguentar mais. “Os pacientes laranja possuem risco de agravamento, necessitando atendimento médico e assistencial de enfermagem de modo contínuo” Ronaldo Lima Coutinho, chefe do Núcleo da Central Tática de Resolutividade do HRSM De acordo com Leny, a dor é considerada o quinto sinal vital. “A dor é um sentimento muito subjetivo, mas sabemos que, quando ela é intensa, temos também alteração de outros sinais vitais ,como aumento de frequência cardíaca ou da pressão arterial”, afirma. A presença de alteração nesses outros sinais vitais é o que vai ajudar o profissional classificador a saber qual a melhor forma de atender o paciente. Segundo o chefe do Núcleo da Central Tática de Resolutividade do HRSM, Ronaldo Lima Coutinho, o tempo de espera entre a classificação até o atendimento médico depende da gravidade de cada paciente na chegada à porta da emergência. “Casos vermelhos são de atendimento imediato, pois são pacientes com risco iminente de morte. Já os pacientes laranja possuem risco de agravamento, necessitando atendimento médico e assistencial de enfermagem de modo contínuo”, explica. De acordo com Ronaldo, pacientes classificados com a cor amarela necessitam de atendimento médico imediato, ou seja, podem ter acesso aos consultórios médicos do pronto atendimento por ordem de chegada. A classificação de risco é combinada à metodologia de humanização e de acolhimento ao usuário Um paciente colocado na faixa de risco azul seria atendido por um médico e encaminhado para uma unidade básica de saúde (UBS). Lá ele teria a atenção primária necessária para a resolução do seu problema. Já alguém classificado como faixa verde, amarela, laranja ou vermelha seria encaminhado para a área determinada dentro da própria unidade para prosseguir com o tratamento. Etapas do acolhimento O paciente, quando busca atendimento, é acolhido pelos colaboradores, que seguem algumas etapas. Após realizar a abertura da ficha de atendimento, por meio da Guia de Atendimento de Emergência, a pessoa é acolhida por um profissional treinado que fará a escuta ativa qualificada, entendendo a queixa inicial. Esse paciente será então encaminhado para a classificação de risco. A primeira avaliação tem como objetivo afastar o risco iminente de morte. A partir daí, procura-se entender o motivo da procura pela unidade de saúde. De posse dessa informação, o profissional da enfermagem deve identificar o fluxograma correspondente no protocolo da SES-DF e realizar a classificação de risco, avaliando ventilação do paciente, circulação sanguínea, sinais vitais e, em gestantes, o grau da dor. Para cada queixa há um fluxograma diferente. O protocolo de classificação de risco para uma queixa de dor de cabeça ou tontura é diferente para uma queixa de falta de ar ou sintomas respiratórios. Dentro de cada um desses fluxogramas há questões diferentes que precisam ser identificadas para que seja possível estratificar o risco e inseri-lo no prontuário do paciente. *Com informações do IgesDF
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GDF alinha com rede privada protocolo de atendimento para pacientes com dengue
O Governo do Distrito Federal (GDF), em conjunto com o Ministério da Saúde (MS), reuniu, na tarde desta quarta-feira (13), os diretores dos hospitais particulares para alinhar as diretrizes de atendimento aos pacientes com dengue. Foi apresentado aos gestores da rede suplementar um manual de manejo clínico atualizado da doença, com a escala de classificação de risco. As instituições particulares se comprometeram a aderir ao protocolo, cujo objetivo é auxiliar na preconização e efetividade do atendimento às pessoas com sintomas da doença. A vice-governadora Celina Leão aproveitou para fazer um pedido para que pais e responsáveis levem as crianças para se imunizarem contra a doença nos pontos de vacinação disponibilizados no site da Secretaria de Saúde | Foto: Renato Alves/Agência Brasília “O Ministério da Saúde tem observado na rede pública do Distrito Federal os ajustes, os avanços e as potencialidades da classificação e do manejo clínico para trazer um olhar apurado sobre a dengue” Lucilene Florêncio, secretária de Saúde “Há uma necessidade da integração da rede pública com a rede particular, porque as pessoas não morrem somente na rede pública. Há uma necessidade de nivelamento de protocolos e procedimentos”, afirmou a vice-governadora do DF, Celina Leão. “É isso que nós estamos fazendo, chamando a rede privada para discutir, porque o que nós estamos enfrentando não é nada do que foi passado da dengue nos últimos 10 anos. Então o recado que nós deixamos aqui é para não subestimar a dengue e não aceitar o efeito rebote sem procurar uma unidade de saúde”, acrescentou. O documento apresentado foi criado pelo Ministério da Saúde a partir dos dados mais atuais sobre a doença, que, apesar de acometer o Brasil há mais de 40 anos, teve suas características modificadas com a circulação de novos sorotipos que têm se mostrado mais graves. Atualmente, nove estados e o Distrito Federal estão em estado de emergência em saúde pública devido à epidemia de dengue. “É importante colocar que nenhum estado do Brasil consegue ter um diagnóstico claro e sem subnotificação igual ao nosso. Nós estamos encarando esses dados e os abrindo para o Ministério da Saúde, pesquisando para que não tenhamos mais óbitos, para que possamos enfrentar essa epidemia gravíssima de frente, sem subnotificação e sem perder mais ninguém” Celina Leão, vice-governadora “Períodos de epidemia trazem um aumento da demanda e para isso os serviços precisam estar melhor organizados para não só receber essa maior demanda, mas avaliar com todo o cuidado necessário”, destacou o coordenador geral de Urgências do Ministério da Saúde, Felipe Requi. Segundo ele, é preciso organizar o fluxo assistencial de forma adequada, com equipes mais sensíveis aos sinais de alerta, ao estadiamento (grau de classificação de risco) e o acompanhamento continuado do paciente após a alta. A secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, reforçou que a medida visa atender toda a população do DF de forma mais efetiva e organizada. “O Ministério da Saúde tem observado na rede pública do Distrito Federal os ajustes, os avanços e as potencialidades da classificação e do manejo clínico para trazer um olhar apurado sobre a dengue”, comentou. “Setenta por cento da nossa população é ‘susdependente’, mas ainda temos 30% que busca a rede suplementar, por isso temos que alinhar e observar as condições”, disse. Representando a rede particular, a superintendente do Sindicato Brasiliense de Hospitais, Casas de Saúde e Clínicas, Danielle Feitosa, classificou a reunião como de extrema importância. “Para nós da rede privada ter esse olhar do setor público, que está analisando dados, descobrindo as cepas e identificando qual paciente tem mais chance de mortalidade e que tem mais sucesso no tratamento, é muito importante. Vem para contribuir com a evolução dos nossos tratamentos e atendimentos, que já seguem os protocolos do Ministério da Saúde, mas eles têm sido atualizados a cada dia, porque descobrimos uma dengue diferente”, diz. Enfrentamento no DF Desde 25 de janeiro após a publicação de um decreto governamental, o Distrito Federal está em estado de emergência em saúde pública devido ao aumento do número de casos de dengue. Entre as ações de enfrentamento à doença, o governo adotou a ampliação do horário de atendimento das unidades básicas de saúde, a instalação de tendas de acolhimento e hidratação, os mutirões de limpeza e de atendimento médico nas regiões administrativas, a aplicação de vacinas no público alvo de 10 a 14 anos, além da testagem e sequenciamento dos casos e dos óbitos da doença. “É importante colocar que nenhum estado do Brasil consegue ter um diagnóstico claro e sem subnotificação igual ao nosso. Nós estamos encarando esses dados e os abrindo para o Ministério da Saúde, pesquisando para que não tenhamos mais óbitos, para que possamos enfrentar essa epidemia gravíssima de frente, sem subnotificação e sem perder mais ninguém”, acrescentou a vice-governadora. Celina Leão aproveitou para fazer um pedido a população para que os pais e responsáveis levem as crianças para se imunizarem contra a doença nos pontos de vacinação disponibilizados no site da Secretaria de Saúde. “Peço que as pessoas venham para que a gente não tenha também todas essas crianças expostas a essa gravidade dessa doença”, pediu.
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