Agosto Lilás conscientiza para o combate à violência contra as mulheres
O mês de agosto é dedicado à conscientização sobre o enfrentamento da violência doméstica e familiar contra a mulher. A campanha Agosto Lilás foi criada para intensificar a divulgação da Lei Maria da Penha e garantir mecanismos específicos de combate à violência, além de promover serviços especializados para atendimento às vítimas e os meios de denúncia disponíveis. No primeiro semestre de 2024, a Secretaria da Mulher realizou 17.680 atendimentos voltados ao enfrentamento da violência | Foto: Vinicius de Melo/SMDF Durante este mês, a Secretaria da Mulher (SMDF), em parceria com as demais secretarias do Governo do Distrito Federal e entidades privadas, realiza uma série de ações para combater a violência contra a mulher em todo o DF. O extenso calendário da campanha inclui o lançamento da campanha Mulher, Não se Cale, a iluminação dos principais prédios da cidade, a inauguração de dois novos comitês de Proteção à Mulher, além de eventos esportivos e educacionais. “A sociedade tem o dever de agir de forma solidária e ativa, denunciando casos de violência e apoiando as vítimas em seu caminho para a recuperação” Giselle Ferreira, secretária da Mulher Para a secretária da Mulher, Giselle Ferreira, a luta pela liberdade das mulheres para viverem sem violência é contínua e requer a participação de todos. “Somente por meio de um esforço coletivo e constante poderemos criar um mundo onde todas as mulheres possam viver com dignidade, respeito e segurança, livres de medo e opressão. A sociedade tem o dever de agir de forma solidária e ativa, denunciando casos de violência e apoiando as vítimas em seu caminho para a recuperação”, destaca. Atendimentos na rede No primeiro semestre de 2024, a Secretaria da Mulher do DF realizou 17.680 atendimentos voltados ao enfrentamento da violência. Este período foi marcado por ações significativas para garantir o acolhimento de mulheres em situação de vulnerabilidade, vítimas de violência e órfãos do feminicídio. Os espaços Acolher, um serviço que recebe mulheres e homens de forma espontânea ou encaminhados pelo Poder Judiciário, aumentaram para nove unidades com a inauguração do espaço em Ceilândia, em abril. No primeiro semestre, foram feitos 4.971 atendimentos, realizados por uma equipe técnica composta por assistentes sociais, psicólogos e pedagogos. A Casa da Mulher Brasileira (CMB), que oferece assistência 24 horas por dia e alojamento temporário para mulheres e seus dependentes, registrou 6.677 atendimentos de janeiro a junho. Além disso, a implementação do Sistema Iris na Casa Abrigo aprimorou significativamente a gestão e o atendimento, totalizando 3.955 atendimentos para 702 mulheres e dependentes. Maíra Castro, subsecretária de Enfrentamento à Violência, destacou a importância do trabalho conjunto para alcançar esses resultados: “Nosso trabalho tem sido realizado por várias mãos para alcançar cada vez mais mulheres e reduzir significativamente os índices de violência contra a mulher”, afirmou. Atualmente, as três unidades em funcionamento dos Centros Especializados de Atendimento à Mulher (Ceams) no DF — 102 Sul, Planaltina e Plano Piloto — mantêm as portas abertas para as mulheres. Com 2.077 assistências nos primeiros seis meses do ano, o acesso ao atendimento não requer encaminhamento e as mulheres recebem atenção e suporte de uma equipe especializada em acolhimento e acompanhamento interdisciplinar para situações de violência de gênero. *Com informações da SMDF
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Encontro discute estratégias de proteção às mulheres
Em alusão à campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, a Secretaria da Mulher do DF (SMDF) realizou o I Colóquio Busca Ativa e Estratégias Intersetoriais de Proteção das Mulheres e Prevenção de Violências, nesta sexta-feira (24), no Parque Tecnológico de Brasília (Biotic). A campanha é uma ação anual e internacional iniciada em 25 de novembro, Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres, e vai até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos. I Colóquio Busca Ativa e Estratégias Intersetoriais de Proteção das Mulheres e Prevenção de Violências discutiu, nesta sexta-feira (24), estratégias de prevenção à violência contra mulheres | Foto: Divulgação/SMDF O evento teve o objetivo de aprofundar estratégias de busca ativa e abordagens intersetoriais inovadoras como mecanismos vitais para a proteção de mulheres em situação de violência no DF. Participaram representantes da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF) e palestrantes do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Polícia Civil, Sindicato da Indústria da Informação do DF e Observatório da Mulher. [Olho texto=”“A punição no DF é efetiva para aqueles que cometeram violência contra a mulher, mas temos que sempre aprimorar e trabalhar na prevenção. O problema é de toda a sociedade”” assinatura=”Mônica Miranda, comandante-geral do Corpo de Bombeiros do DF” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A abertura foi feita pela subsecretária de Proteção à Mulher, Maria José Rocha Lima. “Este encontro é muito importante para elevar a discussão da busca ativa daquelas mulheres que, por algum motivo, se encontram em situação de vulnerabilidade e não querem ou conseguem procurar a proteção do Estado, e principalmente não deixar que esses casos evoluam para um feminicídio”, destaca. Para a comandante-geral do Corpo de Bombeiros do DF, Mônica Miranda, a troca de experiências entre os órgãos participantes é fundamental para o aperfeiçoamento do acolhimento da vítima. “O desafio de enfrentar a violência doméstica é o maior de todos. Temos que pensar juntos e agir em conjunto para que todas as mulheres tenham o acolhimento devido. A punição no DF é efetiva para aqueles que cometeram violência contra a mulher, mas temos que sempre aprimorar e trabalhar na prevenção. O problema é de toda a sociedade”, comenta. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Também estiveram presentes a subsecretária de Prevenção à Criminalidade da SSP, Regilene Siqueira, a coordenadora geral do policiamento Provid da PMDF, capitã Mônica Pontes, o presidente do Sindicato da Indústria da Informação do DF, Carlos Jacobino, o gestor em Políticas Públicas e governamental Aníbal Araújo, a subsecretária de Articulação Social do Trabalho, Fabiana Ferreira, a delegada da Mulher, Mariana Almeira, e a secretária-executiva do Observatório de Violências contra a mulher, Rachel Heringer. Os 16 Dias de Ativismo começaram em 1991, quando mulheres de diferentes países, reunidas pelo Centro de Liderança Global de Mulheres (CWGL), iniciaram uma campanha com o objetivo de promover o debate e denunciar as várias formas de violência contra as mulheres no mundo. A data é uma homenagem às irmãs Pátria, Minerva e Maria Teresa, conhecidas como Las Mariposas, assassinadas em 1961 por integrarem a oposição ao regime do ditador Rafael Trujillo, na República Dominicana. *Com informações da Secretaria da Mulher
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Palestra discute enfrentamento da violência contra a mulher no DF
Políticas para o enfrentamento da violência de gênero foi tema da palestra realizada nesta quarta-feira (30) para alunos da pós-graduação em Altos Estudos em Segurança Pública. Além de levantamentos realizados pela Câmara Técnica de Monitoramento de Homicídios e Feminicídios (CTMHF), da Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP), foram apresentados aos discentes as políticas de enfrentamento adotadas pela pasta e demais forças de segurança. Palestra sobre combate à violência contra a mulher foi dada em curso composto por servidores da Secretaria de Segurança Pública, das polícias Civil e Militar, do Corpo de Bombeiros e do Detran-DF | Foto: Rivo Simões/PCDF “É muito importante que esta temática seja apresentada constantemente aos nossos profissionais e em diferentes plataformas, para que possamos debater em diferentes esferas e receber a contribuição de profissionais que lidam diretamente com o público e com a investigação desses crimes”, ressalta o secretário-executivo de Segurança Pública, Alexandre Patury. [Olho texto=”O objetivo do curso é que esses profissionais possam atuar em projetos inovadores, capazes de formular e desenvolver novas metodologias e produtos para a segurança pública do Distrito Federal” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O curso é composto por 40 servidores das polícias Civil (PCDF) e Militar (PMDF), Corpo de Bombeiros (CBMDF), Detran-DF e da própria pasta. “A integração é a marca deste curso, em que os participantes podem construir e contribuir com estudos voltados à segurança pública do DF”, completa Patury. Os dados apresentados são disponibilizados pela CTMHF por meio do Painel Interativo de Feminicídios, desde 2021. De forma dinâmica e interativa, é possível ter acesso a análises e estudos, disponibilizados por meio de tecnologia de Business Intelligence (BI). Acompanhamento do processo “São informações detalhadas de todos os feminicídios ocorridos no Distrito Federal, não apenas por meio do registro de ocorrência, mas por meio de uma massa de dados robusta, obtidos com o acompanhamento de todo o processo judicial dos crimes ocorridos desde a publicação da lei nº 13.104, em março de 2015”, ressaltou o palestrante e coordenador da CTMHF, Marcelo Zago. “O grande número de acessos endossa a importância da disponibilização desses dados à população, gestores públicos, sistema de justiça, acadêmicos e imprensa, que são sistematicamente atualizados.” A capacitação em gestão é oferecida pela SSP-DF em parceria com o Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec). Após processo seletivo, que levou em conta tempo de serviço e experiência profissional, servidores que trabalham em setores estratégicos, especialmente da alta gestão, deram início à pós-graduação. O objetivo é que esses profissionais possam atuar em projetos inovadores, capazes de formular e desenvolver novas metodologias e produtos para a segurança pública do Distrito Federal. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Para o discente da PMDF coronel Antunes, a palestra contribuiu para a formação dos alunos. “O processo de construção do conhecimento deve transpor as barreiras da sala. As exposições do conhecimento por intermédio de seminários temáticos trazem a vivência e experiência do palestrante – o que, somado ao aprendizado do ambiente acadêmico, proporciona maior sensação de aplicabilidade das matérias apresentadas durante o curso”, ressalta. “A palestra instigou reflexões acadêmicas no contexto da segurança pública com base em dados reais disponíveis a qualquer cidadão em painel no site da SSP. Está evidente o interesse da população sobre esses dados, bem como sobre as políticas e ações de enfrentamento ao feminicídio”, afirma o servidor da PCDF Rivo Simões. A transparência dos dados foi ressaltada pela aluna e major da PMDF, Aline Leandro: “A informação alicerçada em dados robustos da Câmara Técnica de Feminicídios e Homicídios traz excelente bagagem para transformar realidades sociais na segurança pública”. Os estudantes participarão de outras palestras até o final do dia sobre políticas públicas, comunicação organizacional, ciências e comportamento na atividade policial, inovações e pesquisas, liderança, planejamento estratégico e gerenciamento de desastres. *Com informações da SSP
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Disque Defensoria 129 terá ramal para denunciar violência contra a mulher
A Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF) lançará seu novo número da Central de Relacionamento com os Cidadãos (CRC) nesta sexta-feira (10), às 14h30, no Salão Branco do Palácio do Buriti. O Disque Defensoria 129 será gratuito e contará com ramal exclusivo para denúncias de violência contra a mulher. “O serviço tem a atribuição de informar às mulheres acerca de seus direitos e também orientar as mulheres vítimas de qualquer tipo de violência de gênero sobre como ter acesso aos serviços da Defensoria”, afirma o defensor público-geral da DPDF, Celestino Chupel. Arte: Defensoria Pública do DF O novo número recepcionará as ligações telefônicas e encaminhará as solicitações aos setores responsáveis, além de agendar atendimentos, quando possível. O serviço também fornecerá esclarecimentos sobre os requisitos de acesso aos serviços da DPDF, a competência dos órgãos de execução da Defensoria, os documentos necessários para a realização do primeiro atendimento e o andamento de processos que tenham pessoas representadas pela DPDF como partes. Criada pela Resolução nº 233/2021 do Conselho Superior da DPDF, a CRC consiste em um Núcleo de Assistência Jurídica projetado para se tornar a porta de entrada das cidadãs e dos cidadãos aos serviços da DPDF, reduzindo a quantidade de pessoas que procuram, presencialmente ou remotamente, os diversos núcleos de atendimento jurídico (NAJs). Com a CRC, o acesso aos serviços da Defensoria depende apenas de uma ligação gratuita para o número 129, situação que se alinha à eficiência pública e à modernização dos serviços públicos, em atenção à Lei Federal nº 14.129/2021 e ao Programa Justiça 4.0. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] ?Dentre as atribuições da CRC, destaca-se a humanização e a modernização dos serviços prestados pela DPDF, desonerando o assistido, que, para ter acesso ao atendimento, não precisará se deslocar a um NAJ e, eventualmente, enfrentar filas e despender seu tempo para obter informações. A proposta engloba a ampliação e o aprimoramento da assistência jurídica integral, de forma a democratizar o acesso à justiça, materializar o direito à informação e atribuir eficácia e padronização à orientação jurídica. ?A CRC também otimiza o tempo e os recursos de defensores e defensoras, reduzindo a quantidade de atendimentos de pessoas que não se enquadrem no perfil de usuários dos serviços, que buscam serviços que devem ser prestados por outras instituições, que acessam os NAJs sem a documentação apropriada para viabilizar o atendimento jurídico e que buscam apenas informações sobre o andamento do processo. *Com informações da Defensoria Pública do DF
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DF oferece serviços de acolhimento para vítimas de violência de gênero
[Olho texto=”A Lei Maria da Penha é considerada um marco no combate à violação dos direitos da mulher. Além de criminalizar a violência familiar e doméstica, a legislação tipifica as situações de agressão para uma melhor aplicação das penas e garante o encaminhamento da vítima e seus dependentes a serviços de proteção e assistência social” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Brasília, 7 de agosto de 2022 – O principal instrumento de proteção às mulheres no Brasil completa 16 anos neste domingo (7). A Lei Maria da Penha garante os direitos de todas as vítimas de agressão doméstica e familiar, física ou psicológica, que se identificam com o sexo feminino. É reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) como uma das melhores legislações do mundo no enfrentamento à violência de gênero. No Distrito Federal, um dos principais instrumentos de acolhimento à mulher em situação de violência é a Casa Abrigo. Em local sigiloso, o espaço oferece lugar para dormir, alimentação e atendimento psicossocial. A casa consegue receber até 40 usuários, entre vítimas e dependentes. De 2019 a maio de 2022, foram abrigadas 805 pessoas. Se o acolhimento à mulher em situação de vulnerabilidade é importante, a promoção da autonomia é fundamental. Na Casa da Mulher Brasileira, aberta em Ceilândia em 20 de abril de 2021, as vítimas são capacitadas profissionalmente para que possam sair do ciclo de violência com independência financeira. O espaço atendeu 3.717 mulheres em um ano de atividade. Mulheres vítimas de violência podem contar com uma rede de apoio no Distrito Federal, como a Casa da Mulher Brasileira e a Casa Abrigo | Foto: Breno Esaki/Agência Saúde Outros dois equipamentos do Governo do Distrito Federal (GDF) investem na capacitação como forma de enfrentamento aos crimes de gênero. O Centro Especializado de Atendimento à Mulher (Ceam) oferece acolhimento e acompanhamento interdisciplinar – social, psicológico, pedagógico e jurídico – às vítimas de agressão maiores de 18 anos. [Olho texto=”“As políticas de enfrentamento à violência doméstica e familiar estabelecidas no DF são importantíssimas porque atendem a vítima, de forma personalizada, em seu estado de maior vulnerabilidade”” assinatura=”Vandercy Camargos, secretária da Mulher” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Mais do que interromper a situação de violação dos direitos, o trabalho do Ceam tem como focos o fortalecimento da autoestima e a conquista de autonomia. Os quatro centros do DF atenderam 4.613 mulheres, de 2019 a abril de 2022. No Núcleo de Atendimento à Família e aos Autores de Violência Doméstica (Nafavd), a proposta é atender todos os envolvidos na agressão, com o desenvolvimento de capacidades pessoais em busca por autonomia social e econômica. Além disso, os agressores passam por trabalho de responsabilização, reeducação e conscientização. De 2019 a abril deste ano, foram realizados 17.630 atendimentos nos nove núcleos do Nafavd do DF. “As políticas de enfrentamento à violência doméstica e familiar estabelecidas no DF são importantíssimas porque atendem a vítima, de forma personalizada, em seu estado de maior vulnerabilidade”, afirma a secretária da Mulher, Vandercy Camargos. “São diversos equipamentos que acolhem e encaminham cada uma das mulheres de acordo com sua necessidade pessoal.” Redução de casos A tecnologia é uma grande aliada no combate à violência de gênero. No DF, vítima e agressor podem ser acompanhados de forma dinâmica 24 horas por dia, se o sistema judiciário julgar necessário. É o Dispositivo de Monitoramento Pessoal Portátil (DMPP), projeto que faz parte do Programa Mulher Mais Segura. Enquanto o autor da agressão usa tornozeleira eletrônica, a mulher recebe um equipamento que pode ser acionado caso se sinta em perigo. “Também ampliamos os canais de denúncia com o Maria da Penha Online, que possibilita a solicitação virtual de medidas protetivas”, comenta o secretário de Segurança Pública, Júlio Danilo. [Olho texto=”“Seguimos trabalhando com conscientização e tecnologia para que nenhum crime deste tipo aconteça”” assinatura=”Júlio Danilo, secretário de Segurança Pública” esquerda_direita_centro=”direita”] A ferramenta permite, ainda, o preenchimento de um questionário de avaliação de risco, a abertura de representação contra o agressor e o pedido de acolhimento na Casa Abrigo. “Seguimos trabalhando com conscientização e tecnologia para que nenhum crime desse tipo aconteça”, destaca o secretário. De acordo com Júlio Danilo, os programas de combate aos crimes de gênero têm refletido diretamente na quantidade de agressão apontadas no DF. “O número de feminicídios registrados de janeiro a julho de 2022 é o menor desde 2019”, observa Júlio. “Em relação a 2021, a redução ultrapassa os 40%”. Marco legal O nome da lei é uma homenagem à biofarmacêutica Maria da Penha Maia Fernandes. Em 1983, ela ficou paraplégica depois de ter sido atingida por um tiro disparado pelo então marido, Marco Antônio Heredia Viveiros. Como se não bastasse, foi mantida em cárcere privado, sofreu outras agressões e passou por uma nova tentativa de assassinato até conseguir deixar sua casa com as três filhas. A punição ao agressor veio depois de 19 anos. A Lei Maria da Penha é considerada um marco no combate à violação dos direitos da mulher. Além de criminalizar a violência familiar e doméstica, a legislação tipifica as situações de agressão para uma melhor aplicação das penas e garante o encaminhamento da vítima e seus dependentes a serviços de proteção e assistência social.
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Jornada Zero Violência contra Mulheres e Meninas chega a Ceilândia
Até quinta-feira (23), o programa Jornada Zero Violência contra Mulheres e Meninas promoverá palestras, conversas e uma caminhada em Ceilândia, com a proposta de reforçar a importância do combate à violência de gênero e mostrar à população os caminhos disponíveis de proteção e acolhimento das vítimas. A agenda será iniciada nesta segunda (20), às 19h, com um encontro na Casa da Mulher Brasileira, onde representantes do governo e comunidade estarão reunidos pela causa. O programa Jornada Zero Violência contra Mulheres e Meninas, que será realizado em Ceilândia esta semana, já passou por Paranoá, Sobradinho, Samambaia e Planaltina | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília O programa, que está na quinta edição, é uma parceria da Secretaria da Mulher (SMDF) com o Fundo de Populações da ONU (Unfpa) e conta com o apoio da Secretaria de Segurança Pública (SSP). Um dos objetivos é sensibilizar as lideranças comunitárias e os moradores para conhecerem, divulgarem e, assim, fortalecerem a rede de enfrentamento à violência contra as mulheres. Outra meta é capacitar servidores e reforçar a importância da atuação da administração regional para criar pontos focais no atendimento às vítimas de violência. Nesses locais, as mulheres deverão ser acolhidas, orientadas e encaminhadas aos atendimentos especializados, indicados para cada caso. A equipe do programa vai orientar a população sobre como denunciar uma situação de violência, além de indicar os sete locais, em Ceilândia, onde as vítimas podem procurar ajuda. Na programação, estão previstas visitas a equipamentos do Governo do Distrito Federal (GDF) voltados para acolhimento e atendimento a mulheres, como a Casa da Mulher Brasileira (CMB), o Centro Especializado de Atendimento à Mulher (Ceam), o Centro de Referência de Assistência Social (Cras), o Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas) e o Centro de Especialidade para Atenção às Pessoas em Situação de Violência Sexual, Familiar e Doméstica (Cepav) Flor de Lótus. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Ainda serão apresentados à comunidade local os serviços oferecidos pela equipe de Prevenção Orientada à Violência Doméstica e Familiar (Provid), pelos conselhos tutelares, pelas delegacias e pela própria administração. Também haverá um bate-papo com diretores e coordenadores da rede de ensino local, para que possam difundir a importância do tema dentro das escolas, e um encontro com os homens para falar sobre violência de gênero. No encerramento da ação, a equipe da Secretaria da Mulher e as lideranças locais farão uma caminhada para a distribuição de cartazes, com os endereços e telefones dos equipamentos da rede de enfrentamento à violência de gênero local, que serão afixados nos estabelecimentos comerciais da cidade. O Jornada Zero já passou pelas cidades do Paranoá, Sobradinho, Samambaia e Planaltina. Veja, abaixo, a programação da ação em Ceilândia. Apresentação ? Data: segunda-feira (20) ? Hora: 19h às 21h ? Local: Auditório da Casa da Mulher Brasileira (CNM 1, Bloco I, Lote 3, Ceilândia) Visita aos equipamentos da rede ? Data: terça-feira (21) ? Hora: 9h às 13h ? Local: Administração Regional de Ceilândia (QNM 13, Módulo B) Bate-papo com representantes da Regional de Ensino de Ceilândia ? Data: quarta-feira (22) ? Hora: 10h às 11h ? Local: Auditório da Casa da Mulher Brasileira Palestra para homens ? Data: quarta-feira (22) ? Hora: 15h às 16h ? Local: Auditório da Administração Regional de Ceilândia Caminhada para distribuição de cartazes no comércio local ? Data: quinta-feira (23) ? Hora: 9h30 às 11h ? Local: Concentração na Casa da Mulher Brasileira *Com informações da Secretaria da Mulher
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Jornada Zero Violência conclui etapa em Sobradinho
A etapa de Sobradinho da Jornada Zero Violência Contra Mulheres e Meninas foi concluída na tarde desta sexta-feira (25) com uma caminhada da secretária da Mulher, Ericka Filippelli, pelo comércio local. Ela conversou com moradores da cidade e entregou panfletos que ensinam onde procurar ajuda em caso de violência. A secretária Ericka Filippelli conversou com moradores da cidade e entregou panfletos com orientações a mulheres sobre onde procurar ajuda em caso de violência | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Antes de chegar a Sobradinho, a ação passou pelo Paranoá, Samambaia e Planaltina. A proposta é mobilizar a população do Distrito Federal para divulgar e fortalecer a rede de enfrentamento à violência de gênero, além de reforçar os canais de denúncias disponíveis e também apresentar à comunidade equipamentos de atendimento, acompanhamento psicossocial, apoio e acolhimento de vítimas. [Olho texto=”“É preciso mostrar que existem equipamentos públicos para acolher a mulher. A informação é o mais importante que temos no enfrentamento à violência” – Ericka Filippelli, secretária da Mulher” assinatura=”” 0150esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Esse programa nasceu em parceria com o Fundo de Populações da ONU e tem o objetivo de mobilizar a sociedade no enfrentamento da violência contra a mulher. Ele possui uma programação muito especial que vai desde a visita à comunidade, a lideranças de diversos setores, aos equipamentos que podem atender ou acolher mulheres em situação de violência, até a capacitação de homens e servidores da rede de atenção e da comunidade”, explicou Filippelli. Durante a caminhada pelas ruas de Sobradinho, a secretária da Mulher deparou-se com muitos homens que não hesitaram em deixar o machismo transparecer. Brincadeiras como “não pode bater todos os dias, mas de vez quando pode” foram ditas por alguns. No entanto, muitos homens se ofereceram para ser agentes multiplicadores do programa. Entre esses estava Cícero Pedro dos Santos, de 56 anos, vendedor ambulante, que ofereceu sua carrocinha de picolé para colar um dos cartazes produzidos pela secretaria. O cartaz mostra os diversos equipamentos e respectivos endereços de locais onde mulheres vítimas de violência podem ser atendidas e acolhidas. A diarista Luna Ribeiro pediu panfletos para divulgar e revelou que já chamou a polícia em um caso de violência que presenciou: “Hoje são muitos os casos de assassinatos dentro de casa” “Quero ajudar porque as mulheres não têm muita defesa. Se eu coloco aqui no carrinho, pode ser que alguma mulher que tenha sido vítima de violência veja o cartaz e saiba para onde ir”, disse Cícero, enfatizando que violência contra mulheres é sempre uma covardia. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A diarista Luna Ribeiro, de 26 anos, que também pediu panfletos para divulgar, revelou que já chamou a polícia em um caso de violência que presenciou. “A situação estava muito complicada, tive que chamar a polícia. “Acho que, ao divulgar o trabalho, a secretaria faz uma coisa importante, porque ajuda a prevenir a vida da mulher. Hoje são muitos os casos de assassinatos dentro de casa”, avaliou. “É preciso mostrar que existem equipamentos públicos para acolher essa mulher. A informação é o mais importante que temos no enfrentamento à violência”, destacou a secretária. *Com informações da Secretaria da Mulher do DF
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Cidade da Segurança Pública prioriza combate à violência de gênero
Região administrativa que está recebendo a sétima edição da Cidade da Segurança Pública, Ceilândia contará com uma programação especial de proteção à mulher e combate à violência de gênero. Equipes do Programa de Prevenção Orientado à Violência Doméstica e Familiar (Provid) e da unidade móvel da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) estarão presentes na estrutura montada na região central da região, ao lado do restaurante comunitário. Os atendimentos serão oferecidos até sábado (26), das 9h às 14h. No sábado (26), haverá uma reunião com lideranças religiosas da região, por meio da Aliança Distrital de Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar. “Durante a Cidade da Segurança, criamos um canal de interlocução com a população, o que permite criar uma programação direcionada. Neste caso do enfrentamento da violência de gênero, focamos principalmente na divulgação dos canais de denúncia e na busca ativa de mulheres que precisam de orientação”, ressalta explica o secretário de Segurança Pública, Júlio Danilo. Equipes do Programa de Prevenção Orientado à Violência Doméstica e Familiar (Provid) e da unidade móvel da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) oferecem atendimentos até sábado (26), das 9h às 14h | Fotos: Divulgação/SSP-DF “No caso de Ceilândia, em especial, a população conta, ainda, com uma delegacia especializada no atendimento das mulheres, a Deam II. Além do Plano Piloto, a região é a única região a contar com um equipamento como este”, acrescentou, que também mencionou a Casa da Mulher Brasileira na região. “O acesso mais fácil a esses serviços mostra que o combate à violência de gênero é, de fato, prioridade para todo o Governo do DF”, completa Danilo. Proteção No sábado (26), será realizada a Oficina de Atenção à Vítima de Violência Intrafamiliar. Serão ministradas palestras, das 9h às 11h, no auditório da Escola Técnica de Ceilândia. Servidores da Subsecretaria de Prevenção à Criminalidade (Suprec), da SSP-DF, irão conversar com os participantes. [Olho texto=”A unidade móvel da Secretaria da Mulher estará no local. A equipe fará bate-papos sobre o enfrentamento à violência de gênero e apresentará os equipamentos de acolhimento da secretaria” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O objetivo é capacitar lideranças, servidores públicos e comunidade para atenção qualificada das vítimas de violência intrafamiliar. “Será uma oportunidade de compartilhar com o público presente as leis de proteção das mulheres e vulneráveis, da rede de atenção do governo, bem como habilidades básicas de comportamento para auxiliar vítimas na procura de ajuda na rede de segurança pública, saúde e assistência”, detalha o subsecretário de Prevenção à Criminalidade da SSP, Sávio Ferreira. Deam Móvel Os policiais lotados na Deam II farão orientações sobre a Lei Maria da Penha. A ação tem como objetivo conscientizar mulheres vítimas de violência, bem como a população em geral, em relação à importância do registro policial. Também serão distribuídas cartilhas com informações sobre a lei e medidas protetivas. As mulheres que decidirem registrar ocorrência serão orientadas a buscar a Deam II ou realizar o procedimento de forma virtual pelo site da Polícia Civil do DF (Maria da Penha Online). Provid [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Equipes do Provid farão esclarecimentos sobre as formas de acesso ao programa e irão distribuir panfletos informativos, bem como disponibilizar o telefone direto do Provid (99977-2710), no 8º Batalhão da Polícia Militar (PMDF), responsável pela área. O programa atende, além de mulheres, todas as vítimas de violência doméstica que, independentemente de gênero, aceitam o acompanhamento de forma voluntária. A unidade móvel da Secretaria da Mulher estará no local. A equipe fará bate-papos sobre o enfrentamento à violência de gênero e apresentará os equipamentos de acolhimento da secretaria. Também serão oferecidas informações sobre os cursos de capacitação gratuitos promovidos pela pasta. *Com informações da SSP-DF
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Palácio do Buriti fica laranja para promover combate à violência contra a mulher
A iluminação externa do Palácio do Buriti ficará laranja a partir desta sexta-feira (23) para promover a campanha de 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher. O objetivo é chamar a atenção da sociedade para fatores que naturalizaram a agressão contra mulheres. Brasília participa da campanha de 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher proposta pela ONU e terá programação até 10 de dezembro. Foto: Toninho Tavares/Agência Brasília Desde 2003, o governo do Distrito Federal participa da iniciativa proposta pela Organização das Nações Unidas (ONU). A campanha é realizada neste ano também em cidades-membros da União de Cidades Capitais Ibero-Americanas (UCCI), sob a denominação de Cidades Ibero-Americanas Livres da Violência de Gênero. A Secretaria-Adjunta de Política para Mulheres iniciou atividades como capacitação de profissionais de saúde, mobilizações em hospitais e debates com a comunidade na terça-feira (20), Dia Nacional da Consciência Negra. Mesma data em que a campanha teve início no Brasil. No restante do mundo, a iniciativa começa em 25 de novembro, Dia Internacional da Não Violência Contra a Mulher, e vai até 10 de dezembro, quando se celebra a proclamação da Declaração Universal dos Direitos Humanos. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] A última atividade da secretaria-adjunta será o lançamento do 2º Plano Distrital de Políticas para Mulheres. A pasta é vinculada à Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos. A campanha da ONU foi criada em 25 de novembro de 1991, dia escolhido como homenagem às irmãs Pátria, Minerva e Maria Teresa Mirabal, assassinadas em 1960 por se posicionarem contrárias ao regime do ditador da República Dominicana Rafael Trujillo. Edição: Amanda Martimon
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Voluntários são chamados a se alistar no combate à violência contra mulheres
Enfrentamento à violência contra mulheres e meninas no Itapoã. Esse é foco do projeto que será desenvolvido pelas equipes de atenção primária à saúde na região administrativa. O objetivo é ampliar as ações frente às agressões à população feminina. Estão abertas, até sexta-feira (16), no Portal do Voluntariado, as inscrições para 30 vagas destinadas a interessados em integrar as atividades. Podem se cadastrar voluntários sociais, estudantes e profissionais, que terão valorizados seus saberes pessoais na formulação das ações, segundo a gerente de Serviços da Atenção Primária à Saúde 2, do Itapoã, Fernanda Santana Gonçalves. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Após a seleção, iniciaremos os debates para elaboração do projeto, com a participação de pessoas em todas as esferas — política, social cultural, educacional, bem como da saúde física, sexual ou psicológica”, enfatiza Fernanda. Também serão incluídas atividades inovadoras nas áreas de artes, esportes, tecnologias da informação e de comunicação, mídia e campanhas. As ações já são promovidas pela ONU Mulheres, entidade das Nações Unidas voltada à prevenção da violência de gênero. A proposta prevê ainda oficinas e rodas de conversas. “A participação feminina nos movimentos sociais pode despertá-las para questões comunitárias, como protagonistas, de modo a romper com o isolamento, fator encontrado em quase todas as situações de violência”, completa a gerente. Segundo ela, os voluntários serão divididos em grupos para conduzir o processo nas seguintes frentes: 1 — Identificar instituições com o mesmo propósito e/ou que já façam algum atendimento a essas mulheres e meninas 2 — Acionar a rede de proteção à mulher da região 3 — Identificar espaços comunitários para que mulheres e meninas possam se reunir 4 — Criar rodas de conversa com troca de experiências e espaço para discussões sobre o tema 5 — Possibilitar oficinas a fim de reconhecer e valorizar o trabalho doméstico e de cuidado não remunerado 6 — Identificar no território habilidades e talentos para uma possível oficina de geração de renda 7 — Desenvolver conversas sobre a responsabilidade compartilhada dentro do lar e da família 8 — Promover espaços onde a mulher poderá conhecer seus direitos Projeto de enfrentamento à violência contra mulheres e meninas no Itapoã Inscrições até 16 de março (sexta-feira) No Portal do Voluntariado
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