Mais de cem militares, 12 viaturas e aeronave atuam no combate ao incêndio no Guará
Mais de cem militares do Corpo de Bombeiros do DF (CBMDF) trabalham no combate às chamas que atingem o Parque Ecológico Ezechias Heringer, no Guará. Com o emprego de 12 viaturas e uma aeronave, os bombeiros atuam no local desde às 11h deste sábado (5). A suspeita é de que o incêndio tenha sido causado de forma criminosa. “Há indícios de que uma pessoa tenha colocado fogo na área. O incêndio estava controlado e de repente começou a surgir um novo foco. Um suspeito foi preso, em flagrante, ateando fogo na região”, relatou o comandante operacional do CBMDF, coronel Pedro Anibal. A suspeita é de que o incêndio tenha sido causado de forma criminosa | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Segundo o militar, o local abriga pessoas que trabalham com materiais recicláveis, que servem de combustão para o alastramento das chamas. “Ali tem muito catador que armazena pneu, plástico e papelão, por exemplo, por isso a gente vê uma fumaça mais escura”, esclareceu o coronel Anibal. No momento, as equipes continuam trabalhando para controlar as chamas e erradicar os focos de incêndio. “É uma região mais delicada para atuarmos justamente pela quantidade de materiais recicláveis e pelo tipo de vegetação também, considerada mais alta e com muito capim exótico. Tudo isso provoca chamas muito altas”, conclui o coronel.
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Brigadistas brasileiros e americanos trocam conhecimentos para combate a incêndios florestais
Consideradas invasoras e até propagadoras de fogo, as árvores das espécies pinus e eucalipto requerem maior atenção com a chegada do período de seca. Ciente dessa questão e dos alertas para incêndios em todo o país, o Jardim Botânico de Brasília (JBB) sedia um curso para brigadistas aperfeiçoarem o manejo do fogo em diferentes biomas do Brasil. “Essa ação vai se refletir não só em âmbito distrital, mas também no federal. Vai ser fundamental para conservação do Cerrado e outras fitofisionomias e biomas do país. No Brasil, a gente não tinha como expertise esse tipo de utilização de equipamento para abertura de linhas de defesa” Diego Miranda, gerente de preservação e combate a incêndio do Jardim Botânico de Brasília O diferencial desse curso é o uso de motosserra e motobombas, concentradas no combate ao fogo. O objetivo é que os equipamentos possam ser utilizados de forma estratégica em operações de combate aos incêndios, assim como já ocorre em outras partes do mundo, a exemplo dos Estados Unidos. A parte prática é executada dentro do Jardim Botânico, local que já prevê a retirada das espécies invasoras. O curso de S-212 – Motosserra para Incêndios Florestais começou em 2 de julho e segue até este sábado (6). Nos dias 9 e 10 de Julho será a vez do Workshop de Motobomba. A oferta é fruto de uma parceria entre a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid), o Serviço Florestal Norte-Americano, o Ibama Prevfogo, a Funai e outras instituições do DF, como o Corpo de Bombeiros, Instituto Brasília Ambiental e o próprio Jardim Botânico. Cerca de 30 brigadistas de diversas partes do Brasil, como Tocantins, Maranhão e de comunidades tradicionais e povos originários, participam das aulas. O curso de S-212 – Motosserra para Incêndios Florestais começou no último dia 2 e segue até este sábado (6). Nos dias 9 e 10 de julho será a vez do Workshop de Motobomba | Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília Um dos envolvidos no processo é o gerente de preservação e combate a incêndio do Jardim Botânico de Brasília, Diego Miranda. Ele é formado neste curso e atua como monitor este ano. Diego avalia que, além da capacitação dos servidores e do corpo efetivo e dos brigadistas, o curso serve para que as equipes utilizem os equipamentos de motosserra com mais segurança e objetividade, visando também a conservação do meio ambiente com a retirada de espécies invasoras e exóticas que são biocombustíveis. Segundo o especialista, este é um fator determinante para incêndios florestais. Cerca de 30 brigadistas de diversas partes do Brasil, como Tocantins e Maranhão, e de comunidades tradicionais e povos originários participam das aulas “Essa ação vai se refletir não só em âmbito distrital, mas também no federal. Vai ser fundamental para conservação do Cerrado e outras fitofisionomias e biomas do país. No Brasil, a gente não tinha como expertise esse tipo de utilização de equipamento para abertura de linhas de defesa”, ressalta. Habilidades Os brigadistas aprendem a progressão das habilidades usando a motosserra e, ao final do curso, há um módulo para cortar na linha de fogo e técnicas específicas usadas para isso nos Estados Unidos da América (EUA). O instrutor líder do curso é o norte-americano Christopher Mark Ives, do Serviço Florestal dos EUA. Ele também é capitão do Hotshots, um grupo de brigadistas no Arizona, e destaca que a formação é uma excelente maneira de compartilhar conhecimento, pois há muitas habilidades e técnicas que são usadas no Brasil que podem beneficiar os Estados Unidos e vice-versa. O diferencial desse curso é o uso de motosserra e motobombas, concentradas no combate ao fogo. O objetivo é que os equipamentos possam ser utilizados de forma estratégica em operações de combate aos incêndios, assim como já ocorre em outras partes do mundo, a exemplo dos Estados Unidos “O governo do Brasil e as agências de gestão daqui têm sido muito apoiadores em fazer um ambiente de aprendizagem e ensinamento para nós caminharmos facilmente, nos apoiando com equipamentos e todas as outras coisas necessárias para efetivamente fazer um curso. E os estudantes têm mostrado muita vontade de aprender e compartilhar conhecimentos. Isso nos ajuda a ser mais universais em fazer nosso trabalho, além de entender e trocar com outras culturas”, declara Chris. Para o brigadista do Brasília Ambiental, Thyago Dantas, o curso é de suma importância para a atuação no DF. “Nos EUA eles usam há muito tempo de forma contínua, então é importante que a gente adapte essa realidade para a nossa. Era um curso que eu já tinha vontade de fazer porque em todos os parques existe necessidade, seja tirando essas espécies invasoras, no desbloqueio de estradas ou na manutenção do parque em geral. Poder ter acesso a esse conhecimento e passar para os meus companheiros é muito gratificante”, ressalta. A parte prática é executada dentro do Jardim Botânico, local que já prevê a retirada das espécies invasoras A chefe da divisão de prevenção do Prevfogo Ibama, Paula Mochel, reforça que, cada vez mais, os brasileiros têm sido chamados para atuarem em combates em outros países como Estados Unidos, Canadá, Chile e Espanha – o que intensifica a importância de que haja uma padronização na capacitação dos brigadistas para atuar em um corpo único. “Ter esse intercâmbio é extremamente importante por causa disso, a gente está aprendendo a lidar com máquinas e equipamentos que são utilizados em outros países e cedidos no local onde vamos combater”, observa. Dois problemas, uma solução O curso aproveita para eliminar outro problema além dos incêndios florestais que assolam o Cerrado: espécies com potencial invasor. De acordo com a diretora de vegetação e flora do Jardim Botânico de Brasília, Priscila Oliveira, o projeto treina as equipes envolvidas, principalmente do JBB, a fazer o corte das espécies exóticas como os pinheiros – onde é necessário saber a altura do corte, direcionar a queda ou se precisa tirar os galhos primeiro. No Jardim Botânico são cerca de 30 hectares de pinheiros que as equipes precisam retirar, ação prevista no plano de manejo do local e também na instrução normativa do Ibram número 409/2018. A retirada dos pinheiros do local está com tratativas avançadas, com um pedido que foi reforçado após a queda de uma árvore aparentemente saudável em abril deste ano. “Essas plantas não têm pragas que consigam conter o crescimento acelerado delas. São competidoras muito mais árduas por recurso e espaço e tomam o espaço das plantas com muita facilidade”, explica Priscila. Ela exemplifica que uma espécie de pinos em seis ou sete anos já tem cinco metros de altura, enquanto no mesmo período uma espécie de Cerrado não passa de trinta centímetros. “É um consumo muito grande de espaço, recursos e água que preocupa muito a gente. Além da diminuição da biodiversidade, porque quanto mais espaço ela toma, menor é a biodiversidade que ocupa aquela área. Ela solta uma resina que não deixa outras espécies se desenvolverem onde ela está presente”, acrescenta a gestora. O especialista em manejo integrado do fogo do serviço florestal dos EUA e representante do povo indígena Xerente de Tocantins, Pedro Paulo Xerente, deixa um alerta para a população brasiliense, prestes a enfrentar os períodos de seca. “Combater incêndios florestais é uma atividade com um grau de dificuldade extremo. É muito quente e com muita vegetação que favorece a disseminação dos incêndios. Então, é importante que a população tome bastante cuidado com qualquer tipo de ação que envolve fogo e contate profissionais capacitados para evitar incidentes”.
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Cerca de 150 brigadistas florestais são homenageados
O Governo do Distrito Federal (GDF), por meio do Instituto Brasília Ambiental e da Secretaria do Meio Ambiente e Proteção Animal (Sema), homenageou, nesta quarta-feira (29), cerca de 150 brigadistas florestais com um certificado de honra ao mérito por atuarem no combate ao fogo nas unidades de conservação (UCs) da autarquia ambiental. A solenidade foi realizada na sede do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) do Ibama. O presidente do Brasília Ambiental, Rôney Nemer, agradeceu o trabalho realizado nas UCs pelos brigadistas florestais nesta temporada e salientou a importância de se estender a permanência dos profissionais. “Os brigadistas florestais já fazem parte da família do Brasília Ambiental, inclusive ajudam na educação ambiental e nos aceiros preventivos. Este ano, foram essenciais na redução dos incêndios nas nossas unidades no DF. Por isso, estamos, juntamente com a Sema, empenhados em prolongar [os contratos] para que fiquem mais tempo, pois sabemos os efeitos que estão ocorrendo nas mudanças climáticas”, destacou. O presidente do Brasília Ambiental, Rôney Nemer, falou sobre estender a permanência dos brigadistas nas UCs: “Este ano, foram essenciais na redução dos incêndios nas nossas unidades no DF. Por isso, estamos, junto com a Sema, empenhados em prolongar os contratos para que fiquem mais tempo, pois sabemos os efeitos que estão ocorrendo nas mudanças climáticas” | Fotos: Divulgação/Brasília Ambiental De acordo com a coordenadora do Plano de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Ppcif) da Sema, Carolina Schubart, o êxito da redução da área queimada no DF deve-se ao trabalho de excelência desenvolvido pelos órgãos que compõem o plano. “E também queria ser grata, em nome do secretário Gutemberg Gomes [do Meio Ambiente] e a todos vocês pelo empenho, dedicação, e frisar que a contratação dos brigadistas florestais do Brasília Ambiental faz a diferença no combate aos incêndios florestais no DF”, disse. Mérito Brigadistas florestais receberam certificado de honra ao mérito por atuarem no combate ao fogo nas UCs da autarquia ambiental Na ocasião, foram entregues os certificados ao mérito pelos representantes da Sema, Brasília Ambiental e Prevfogo. Também participaram do evento a superintendente de Unidades de Conservação, Água e Biodiversidade, Marcela Versiani, e o diretor do Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais, Érissom Cassimiro. Para o brigadista florestal Gelsi de Souza, que participa da brigada do Brasília Ambiental pelo segundo ano, a temporada foi de mais aprendizado, pois, além dos cursos oferecidos, houve a oportunidade de se engajar em outras atividades. “Tive a oportunidade de interagir com as crianças, por meio da educação ambiental, e de ter contato com o plantio de mudas no viveiro do Parque do Riacho Fundo”, contou. “Foi incrível participar pela primeira vez como brigadista florestal, uma experiência que levarei para a minha vida. Retornarei”, completou Aline Nunes Rocha. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Os brigadistas florestais que fizeram parte do Brasília Ambiental deste ano tomaram posse dia 18 e foram distribuídos em 14 UCs, com contrato firmado até o dia 30 deste mês. Além do Veredinha, receberam as brigadas os parques ecológicos de Jequetibás, em Sobradinho; do Lago Norte; Olhos d`Água, na Asa Norte; do Paranoá; Ezechias Heringer, no Guará; Lago do Cortado, em Taguatinga; Saburo Onoyama, em Taguatinga; Águas Claras; Três Meninas, em Samambaia; Riacho Fundo; Parque Distrital do Gama; Estação Ecológica de Águas Emendadas (Esecae), em Planaltina; Monumento Natural Dom Bosco, no Lago Sul, e do Jardim Botânico. As brigadas não atuam, exclusivamente, nas UCs onde estão lotadas. Caso ocorra necessidade, são deslocadas paras outras unidades. A contratação dos 150 profissionais do Brasília Ambiental faz parte do Plano de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Ppcif), da Sema, que tem como objetivo prevenir e combater incêndios florestais nos espaços ecológicos do DF. Os brigadistas florestais contratados temporariamente também puderam atuar em outras áreas, em parceria com o Corpo de Bombeiros (CBMDF). *Com informações do Instituto Brasília Ambiental
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Brigadistas treinam voluntários para combater incêndios
Treinamento foi dividido em atividades teóricas e práticas | Foto: Davidyson Damasceno / Iges-DF Com o objetivo de prevenir sinistros e preservar vidas, colaboradores do Instituto de Gestão Estratégica do Distrito Federal (Iges-DF) que atuam no Hospital de Base (HB) participaram, nesta quarta-feira (16), do Treinamento de Brigada Voluntária para aprimorar técnicas de combate a princípios de incêndio e procedimentos de evacuação do prédio. Coordenado pela equipe de brigadistas do próprio hospital, o treinamento foi dividido em atividades teóricas e práticas. Pela manhã, no Espaço de Ensino da Radiologia, os voluntários aprenderam sobre os tipos de extintores e as formas de uso deles, além de receber recomendações de como proceder em casos de incêndio. À tarde, aulas práticas sobre como combater incêndios com extintor. [Olho texto=”“O que mais me chamou a atenção foi a diversidade dos extintores e a utilidade de cada um para determinado tipo de situação. Acredito que todos deveriam fazer o curso para ajudar o Hospital de Base”” assinatura=”Laís Roberta Dias, auxiliar administrativa do projeto Humanizar” esquerda_direita_centro=”centro”] Para ensinar as técnicas, os brigadistas usaram um tambor em chamas. Os voluntários também percorreram todas as unidades do Hospital de Base para conhecer as rotas de fuga em caso de incêndio. Os voluntários gostaram do que aprenderam. “O curso me proporcionou conhecer a estrutura física do Hospital de Base e aprender, na prática, a técnica para usar extintores e combate de incêndio. Caso seja necessário, estou pronta apara ajudar”, afirma Isabel Cristina Lima, de 40 anos, enfermeira do Bloco de Procedimentos Especiais do Ambulatório. Meta para 2021 é oferecer os cursos mensalmente | Foto: Davidyson Damasceno / Iges-DF Auxiliar administrativa do projeto Humanizar, Laís Roberta Dias, de 26 anos, também aprovou o treinamento. “O que mais me chamou a atenção foi a diversidade dos extintores e a utilidade de cada um para determinado tipo de situação. Acredito que todos deveriam fazer o curso para ajudar o Hospital de Base”, sugere. Treinamentos O curso de combate a incêndio está previsto em normas técnicas da Brigada de Incêndio do Corpo de Bombeiros, que estipulam que 10% da população fixa das unidades de saúde sejam treinadas. No ano passado foram treinados 158 colaboradores no Hospital de Base. Neste ano, por causa da pandemia, o curso só pode ser realizado em novembro e dezembro, com a participação de 80 colaboradores. O Hospital Regional de Santa Maria também oferece o curso. Neste ano foram capacitados 157 colaboradores. A direção do Iges-DF quer levar o mesmo treinamento para outras unidades, e a próxima deverá ser a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Ceilândia. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A meta para 2021 é oferecer os cursos mensalmente. É o que diz o gerente de Saúde, Segurança e Qualidade de Vida no Trabalho do Iges-DF, Caio Oliveira Martines. “O objetivo é que cada vez mais colaboradores participem da capacitação”, destaca. Já o bombeiro civil Renato Gomes, responsável pelo treinamento no HB, entende que esforços devem ser feitos para que o curso seja realizado mesmo diante da pandemia, desde que todos os cuidados sejam tomados. “O treinamento é necessário para que as equipes e que os profissionais estejam preparados e saibam, cada um, o que fazer na hora do sinistro”, defende. Brigadistas do Iges-DF Os brigadistas são pessoas capacitadas para atuar na prevenção e no combate a princípios de incêndio. Ao todo, 42 brigadistas compõem o quadro do Iges-DF, dos quais 20 em ação no Hospital de Base, 14 no Hospital de Santa Maria e oito na UPA de Ceilândia. O serviço nas unidades de saúde é terceirizado, sob responsabilidade da empresa City Service. * Com informações do Iges-DF
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