Confira as datas de inscrições nas olimpíadas científicas de 2025
A Secretaria de Educação (SEEDF) por meio da Subsecretaria de Educação Básica (Subeb), divulga o calendário das olimpíadas científicas de 2025, com os prazos para inscrição e link com maiores informações. As competições visam a possibilitar a descoberta de novas habilidades, fortalecer os vínculos entre os estudantes e a escola e enriquecer valores afetivos, como autoestima e sociabilidade. As olimpíadas científicas buscam facilitar a relação dos estudantes com diversas áreas do conhecimento | Foto: Álvaro Henrique/SEEDF As olimpíadas também têm como proposta intercambiar o saber do estudante com diversas áreas do conhecimento de matemática, astronomia, biologia e história do Brasil, dentre outras disciplinas. No calendário, estão listadas 14 competições oficiais com diferentes prazos de inscrições para a participação de estudantes de diferentes etapas escolares, com oportunidades que vão desde a primeira série do ensino fundamental até a Educação de Jovens e Adultos (EJA). Estudantes, professores e escolas mais bem-colocados receberão prêmios. Além disso, as competições são porta de entrada para o ingresso de estudantes medalhistas em cursos de graduação e em projetos de iniciação científica por meio dos editais das olimpíadas. A valorização dos professores também é um dos objetivos das competições. A preparação se torna um momento de envolvimento entre professor e alunos durante o qual a criatividade é estimulada na prática, pois os desafios das olimpíadas buscam incentivar os participantes a utilizar a ciência em situações diárias. Entre os editais está o da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep Nacional). Em 2024, a rede pública do Distrito Federal comemorou um feito histórico: 167 estudantes foram premiados na 19ª edição da competição. *Com informações da Secretaria de Educação (SEEDF)
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Alunos da rede pública conquistam ouro em Olimpíada Internacional de Matemática
Uma equipe de estudantes do Centro de Ensino Médio (CEM) 9 de Ceilândia foi premiada com a medalha de ouro na Olimpíada Internacional de Matemática Sem Fronteiras (MSF) de 2024. A prova foi aplicada entre 21 e 28 de maio e o resultado saiu em agosto. O CEM 9 de Ceilândia foi a única escola pública do DF, junto com o Colégio Militar Tiradentes, a receber a premiação máxima. A Olimpíada Internacional Matemática Sem Fronteiras é uma competição que exige conhecimentos interdisciplinares, envolvendo matemática, interpretação de texto e uma língua estrangeira. Voltada para estudantes do ensino fundamental e médio, a MSF se destaca por ser uma competição internacional em equipes e interclasses. Ana Luiza, Anna Beatriz, Mateus Otavio e Isaque Luiz são alguns dos alunos do CEM 9 de Ceilândia que ganharam medalhas em olimpíadas do conhecimento | Fotos: André Amendoeira/SEEDF Para conquistar a medalha de ouro, foi necessário um planejamento com aulas e atividades extraclasse duas vezes por semana, no contraturno escolar. A equipe, formada pelos alunos do 2º e 3º anos do ensino médio Anna Beatriz Luiza da Silva, Ana Luiza Sousa Silva, Adrian Raffael Lopes Sales, Giselly Fernandes de Melo, Lee Siler Kanashiro Martins e Mateus Otavio do Espirito Santo, foi orientada pela professora Paula Reiko Inoi Nishikawa. “A gente faz uma preparação desde o início do ano para as competições de matemática. Os alunos tiveram atividades teóricas e práticas além de simulados periódicos”, destacou a professora. Uma das participantes da equipe de ouro do CEM 9, Anna Beatriz agradeceu o grande apoio que recebe dos professores e funcionários da escola. “Toda a equipe aqui da escola incentiva muito a gente. Eles sempre vêm aqui em sábados, feriados, para acompanhar a gente, ajudando sempre que eles podem mesmo”, ressaltou. Incentivo em casa Mateus Otavio, filho de um representante de vendas e de uma dona de casa, ressaltou que além das atividades escolares, têm um incentivo muito grande em casa para estudar. “Eu leio bastante, e minha mãe sempre incentivou a gente a estudar, principalmente em atividades extracurriculares. Então eu e minha irmã fazemos muitos simulados, provas, esse tipo de coisa, pra tentar melhorar e ter resultados bons”, disse. Um dos segredos do sucesso obtido nas olimpíadas de conhecimento é o incentivo da própria família Sobre o futuro, Mateus já tem seus planos bem delineados. “Eu quero muito trabalhar com modificação genética. Então a minha expectativa é fazer alguma engenharia de bioprocessos ou algum curso envolvendo biotecnologia”, contou. Outra integrante da equipe, Ana Luísa, vive com a mãe, que é empregada doméstica, e o padrasto, que é bombeiro, e em casa também é muito estimulada a estudar. Ela achou a prova da MSF bastante desafiadora. “Nossa equipe era muito boa, eu trabalhei mais na parte da interpretação mesmo, porque matemática é um pouco desafiadora para mim. Mas foi um processo muito difícil”, relembrou. Tradição A tradição em preparação para olimpíadas de matemática do CEM 9 começou em 2007, dois anos depois da criação da Olimpíada Brasileira de Matemática em Escolas Públicas (OBMEP) em 2005. Desde então, a escola participa de todas OBMEP, além de outras olimpíadas voltadas à matemática, como o Canguru da Matemática e a própria Olimpíada Internacional Matemática sem Fronteiras (MSF). Em 2012, inclusive, seis alunos da escola participaram da edição do MSF realizada na Índia. Quando questionada sobre o diferencial da CEM 9 de Ceilândia dentre as escolas públicas do DF, a diretora da instituição, Maria José Ferreira dos Passos, atribuiu a uma tradição de excelência que existe na escola. Além disso, uma das prioridades é ouvir todas as vozes dentro da escola. A professora Paula Reiko Inoi Nishikawa orientou a equipe de estudantes que participou da Olimpíada Internacional Matemática sem Fronteiras “O CEM 09 é uma escola de gerações. O antigo diretor ficou lá 39 anos, foi professor de vários docentes que atuam lá hoje. Desses 39, estive com ele por quase 16 anos e hoje estou como gestora. Nosso foco é valorizar, acolher, entender e oferecer condições estruturais, emocionais, sociais para docentes e estudantes”, destacou. O professor de física Hebio Parreao Bezerra frisou que com as conquistas nas olimpíadas de matemática os próprios alunos passaram a sugerir que a escola se inscrevesse em outras, como a Olimpíada Brasileira de Astronomia Astronáutica (OBA). Para auxiliar, os professores oferecem aulas extras. “A gente consegue fazer esse trabalho por causa de uma parceria que a gente tem com a própria direção da escola, porque o antigo diretor, por exemplo, lutava muito por isso”, destacou. Em 2024, os alunos da CEM 9 já foram premiados em nove olimpíadas diferentes: Olimpíada Internacional de Matemática sem Fronteiras (OIMSF), Olimpíada Brasileira de Geografia (OBG), Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA), Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente (OBSMA), Olimpíada Brasileira de Biotecnologia (OBBIOTEC), Olimpíada Brasileira de Biologia Sintética (OBBS), Olimpíada do Oceano (O2), Olimpíada Nacional de Ciências (ONC) e Olimpíada Nacional de Ciências (ONC). *Com informações da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF)
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Professores de escolas públicas são capacitados em programação e robótica
O Planetário de Brasília se tornou, mais uma vez, um espaço de educação e conhecimento com a capacitação em robótica de 16 professores de escolas públicas do DF no Programa Steam Maker. A iniciativa está transformando a educação ao integrar as áreas de ciências, tecnologia, engenharia, artes e matemática (Steam) com a cultura do “faça você mesmo” (Maker). O programa é fruto de uma parceria entre a FAPDF, Secretaria de Educação e o Instituto Conhecer Brasil, com o apoio da Escola do Futuro da USP | Fotos: Divulgação/FAPDF A capacitação foi intitulada “mão na massa” e teve como objetivo preparar os professores para serem multiplicadores desse conhecimento inovador. O programa é fruto de uma parceria entre a Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), Secretaria de Educação (SEDF) e o Instituto Conhecer Brasil (ICB), com o apoio da Escola do Futuro da Universidade de São Paulo (USP). “O programa será implementado em escolas públicas que oferecem os anos finais do ensino fundamental, proporcionando um ambiente inovador de aprendizagem e preparando os alunos para a universidade e para a vida profissional. Eles são incentivados a explorar, experimentar e criar utilizando ferramentas e tecnologias como impressoras 3D, robótica e programação”, disse o presidente da FAPDF, Marco Antônio Costa Jr. O Steam Maker não apenas equipa professores e alunos com kits educacionais, mas também transforma a colaboração em sala de aula e promove o pensamento criativo Essa metodologia desenvolve habilidades cruciais como pensamento crítico, resolução de problemas, trabalho em equipe e criatividade. O Steam Maker não apenas equipa professores e alunos com kits educacionais, mas também transforma a colaboração em sala de aula e promove o pensamento criativo. Os alunos terão a oportunidade de criar os próprios protótipos, desenvolvendo uma compreensão prática das disciplinas estudadas. “O programa foi concebido dentro do laboratório da Escola do Futuro, da Universidade de São Paulo (USP), com objetivo de trazer para o ensino fundamental a ampliação das metodologias ativas, por meio da cultura Maker Steam, que promove inovação na gestão educacional, sobretudo, trazendo para dentro da sala de aula o conceito da transdisciplinaridade”, disse o pesquisador da USP e responsável pelo projeto, Wemerson Marinho. “Na Secretaria de Educação o programa vem transformar ambientes escolares, impulsionando habilidades transdisciplinares por meio da prototipagem pedagógica e do conceito Maker. Além disso, destaca a importância fundamental da educação de qualidade, da participação social e do preparo dos estudantes tanto para a jornada universitária quanto para o mercado de trabalho. Seu alinhamento com as políticas públicas de desenvolvimento educacional do Distrito Federal evidencia sua contribuição para a implementação de uma educação inovadora”, disse o coordenador de acompanhamento pedagógico da SEEDF, Marcelo Reis. *Com informações da FAPDF
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Planetário de Brasília celebra 50 anos dedicados à ciência espacial
Quem visita o Planetário de Brasília Luiz Cruls embarca em um fascinante centro de conhecimento e exploração científica. Nesta sexta-feira (15), o icônico espaço completa 50 anos oferecendo experiências educativas e imersivas sobre astronomia e ciências espaciais para os brasilienses. Os traços modernistas do Planetário de Brasília foram projetados pelo arquiteto carioca Sérgio Bernardes | Fotos: Paulo H. Carvalho/ Agência Brasília Ao longo das décadas, o equipamento público de responsabilidade da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Distrito Federal (Secti-DF) tem promovido programas de divulgação científica, exposições e sessões de projeção que ajudam a popularizar a astronomia entre os visitantes, que são levados a explorar as maravilhas do universo sem precisar sair do lugar. Na cúpula do Planetário, a população pode assistir a filmes sobre os astros, acompanhar exposições sobre o sistema solar e conhecer um espaço destinado à Agência Espacial Brasileira. É uma chance única de se conectar com aspectos que vão além da percepção visual humana, oferecendo também a oportunidade de aprofundar o conhecimento em astronomia. O secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Leonardo Reisman, afirma que a pasta tem feito um esforço de incluir o planetário na rota turística e educacional da capital. “Além de turístico, é um equipamento de polarização da ciência e da astronomia. Aberto constantemente, com sessões gratuitas na cúpula, exposições e diversas atrações para cidadãos, recebemos muitas escolas em passeios escolares, que é uma forma de difundir o conhecimento”, destaca. 90 mil Número de visitantes em 2023 De acordo com o secretário, investimentos feitos nos últimos anos no planetário trouxeram resultados positivos. Em 2023, o espaço recebeu mais de 90 mil visitantes. Desses, 26.939 são originários de outros estados, enquanto 877 vieram de outros países. Ao todo, foram realizadas 683 sessões na cúpula. O espaço recebeu, ainda, 21.573 estudantes de 326 escolas públicas e particulares. Experiência Alunos do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 5 do Gama visitaram o espaço na última quarta-feira (13) – cerca de 70 crianças de 11 a 14 anos conheceram mais sobre o infinito e além em uma sessão na cúpula. O filme projetado tem duração de aproximadamente 40 minutos e retrata a história da astronomia desde a época em que a Terra era tida como o centro do sistema solar. A obra também detalha a evolução científica proveniente dos telescópicos e as características de constelações e outros planetas, como Júpiter e Netuno. Equipamento público populariza a astronomia, levando os visitantes a explorar as maravilhas do universo “A nossa ideia é trazer a curiosidade para a questão da astronomia, para o estudo da ciência, da física e da matemática. Nesses 50 anos, já tivemos várias pessoas que ao virem a nossa sessão na cúpula ou mesmo conhecer o nosso museu, se interessaram pela temática e hoje são PhDs, astrofísicas, engenheiros…”, afirma o diretor do Planetário de Brasília, Júnior Berbet. A estudante Hellen Júlia de Arruda, 11, ficou com ainda mais vontade de mergulhar no mundo da ciência depois da visita ao Planetário de Brasília A visita aumentou a vontade da estudante Hellen Júlia de Arruda, 13 anos, de mergulhar no mundo da ciência. “Já falei com a minha mãe sobre isso e ela me apoia. Sempre gostei do espaço, acho muito legal. Da janela do meu quarto, fico vendo as estrelas, contando cada uma”, revela. Essa foi a primeira vez que a maioria dos estudantes conheceu o equipamento público. “Foi bem legal, gostei muito de ver as estrelas e saber mais sobre astronautas”, diz Ana Flávia Ribeiro, 11. A experiência também foi inédita para Yasmin Sousa Nascimento, 11, que aprovou o espaço e recomenda para outras pessoas: “Gostei muito das estrelas e da explicação. E recomendo a visita para outras pessoas, principalmente aquelas que gostariam de fazer curso sobre astronomia”, aponta. “Gostei muito de ver as estrelas e saber mais sobre astronautas”, comenta a estudante Ana Flávia Ribeiro, 11, ao conhecer o planetário pela primeira vez Importância científica A arquitetura modernista do planetário foi projetada pelo arquiteto carioca Sérgio Bernardes. A estrutura remete à imagem de um disco voador pousado sobre o gramado do Eixo Monumental. O prédio tem três mil metros quadrados de área construída e fica em um lugar privilegiado: entre a Torre de TV e o Centro de Convenções Ulysses Guimarães. O diretor Júnior Berbet afirma que o espaço foi reformado neste ano com apoio do programa RenovaDF, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico Trabalho e Renda (Sedet-DF), com a pintura das áreas internas e externas. Ele destaca ainda a modernização do acervo. “Nós temos aqui equipamentos analógicos e digitais, e estamos informatizando o acervo do nosso museu, para que o visitante saiba mais sobre os quadros a partir de um QR Code”, conta Berbet. Planetário completa cinco décadas nesta sexta-feira (15); espaço foi reformado neste ano com apoio do RenovaDF O nome Planetário de Brasília Luiz Cruls foi implementado em 2021, em homenagem ao astrônomo e geodesista belga que liderou a Comissão Exploradora do Planalto Central. Mais conhecida como Missão Cruls, o grupo de 21 cientistas teve a tarefa de escolher e demarcar o lugar onde seria construída a futura capital brasileira. O professor de Ciências Naturais Adriano Leonês tem uma relação afetiva com o espaço e acredita que o planetário tem suas peculiaridades, desde a arquitetura até a programação que promove. “Ele cumpre o papel de educar a comunidade, são vislumbres científicos, lembranças que ficarão guardadas na memória de qualquer pessoa por anos. Para as crianças. é um mundo novo, começando pelo prédio, que é bem diferente, e pelas programações que estimulam a curiosidade das pessoas”, acredita. Leônes é também o atual presidente do Clube de Astronomia de Brasília, e destaca a relevância científica do local na cidade. “Como astrônomo, ter um espaço como o planetário, um espaço de observações, é muito importante para a difusão do conhecimento científico para toda a comunidade. Nós, do clube, sempre estamos pensando em ações para atrair o público para o planetário”, relata. Serviço Planetário de Brasília ⇒ Entrada gratuita ⇒ Endereço: Setor de Divulgação Cultural/Eixo Monumental ⇒ Visitação gratuita, aberta de terça-feira a domingo, das 7h30 às 19h ⇒ Para visita de grupos, é necessário fazer agendamento prévio pelo telefone (61) 98199-2692
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Livro didático – Importância que vai além da sala de aula
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Hospitais públicos guardam ciência e pesquisa em bibliotecas próprias
Quando os estudantes de enfermagem Ana Aparecida Santos, 23 anos, e Thyago Pereira Decena, 27 anos, que fazem estágio no Hospital Materno Infantil Dr. Antonio Lisboa (Hmib), na Asa Sul, têm dúvidas durante um atendimento, eles sabem exatamente onde buscar o conhecimento: na biblioteca localizada na unidade de saúde. Cada biblioteca tem um acervo especializado em uma área da saúde. No caso do Hmib, o conteúdo é focado em obras de pediatria, ginecologia e obstetrícia | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília “É uma biblioteca bem completa. Quando estamos [atuando] na prática e fica uma dúvida, usamos a biblioteca para buscar as informações”, conta Ana Aparecida. O ato faz parte do período de “internato” (último ano do curso) dos estudantes, quando eles precisam entregar uma devolutiva sobre os atendimentos para serem avaliados. Servidores da Secretaria de Saúde, residentes e alunos dos cursos de medicina e enfermagem da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências de Saúde (Fepecs), da Escola Superior de Ciências da Saúde (Escs), da Escola Técnica de Saúde de Brasília (Etesb) e das entidades vinculadas têm acesso à informação especializada de saúde no acervo disponível nas bibliotecas mantidas em alguns hospitais da rede pública. Estanis Martinele, bibliotecária do Hmib A função é nutrir a categoria com bibliografia nacional e internacional em ciências da saúde. As bibliotecas disponibilizam aos usuários os serviços de empréstimo de publicações, computação bibliográfica, normalização de documentos e pesquisa em bases de dados, mediante a apresentação do crachá ou documento de identidade e comprovante de vínculo funcional. De acordo com a Secretaria de Saúde, outros três hospitais, além do Hmib, contam com bibliotecas abertas para visitação. São eles: o Hospital Regional do Gama (HRG), o Hospital da Região Leste (HRL) e o Hospital Regional de Ceilândia (HRC). Conteúdo Cada biblioteca tem um acervo especializado em uma área da saúde. No caso do Hmib, o conteúdo é focado em obras de pediatria, ginecologia e obstetrícia. “O objetivo da biblioteca é promover acesso à informação. Como o Hmib é especializado nessas três áreas, o nosso acervo tem livros com esse foco para ajudar os servidores e os estudantes”, explica a bibliotecária Estanis Martineli, que trabalha há dois anos na unidade. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Em média, o local no Hmib atende 240 pessoas por mês. Ao todo são cerca de 400 títulos disponíveis no local, mas o acervo sempre sofre alterações devido à possibilidade que as unidades têm de trocar entre si as obras, de acordo com a demanda dos usuários. Livros, artigos, trabalhos de conclusão de curso e CDs e DVDs integram a rede de bibliotecas da Secretaria de Saúde (SES). O conteúdo disponível pode ser conferido no site oficial (acesse aqui). Além das publicações, o espaço tem três computadores com acesso à internet e uma sala reservada. O local é o preferido do estudante Thyago Pereira Decena para as discussões temáticas com os demais colegas de curso. “Eu gosto muito do espaço reservado, porque podemos debater em grupo. Também considero o acervo completo, com livros brasileiros e internacionais”, afirma Thyago. Thyago Pereira Decena, estudante de enfermagem Durante a pandemia, a bibliotecária Lucimar Menezes, também do Hmib, notou uma mudança no perfil de pesquisa dos usuários. “Tivemos mais demanda sobre bibliografias ligadas à covid-19. Recebemos pedidos de levantamento bibliográfico sobre o tema”, revela. Uma das demandas foram estudos sobre o atendimento de pacientes com diabetes diagnosticados com coronavírus. “Essa foi uma novidade. Os staffs [compostos pelos médicos da SES que dão aula] nos procuraram mais nesse período de pandemia. O nosso público, em geral, são os estudantes”, completa Estanis. A crise sanitária também mudou a rotina. Os usuários podem ficar mais tempo com os livros. Cada publicação passa por 40 dias de isolamento e higiene antes de retornar para as prateleiras. O limite de pessoas dentro dos espaços também sofreu mudanças para evitar aglomerações.
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Pesquisa investiga impactos do alumínio nas plantas do Cerrado
Uma pesquisa realizada pela Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Cenargen), com apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), estuda árvores nativas do Cerrado para encontrar formas de deixar a flora regional resistente à toxicidade do alumínio. [Olho texto=”“Em solos ácidos, o alumínio, presente em todos os tipos de solo, torna-se iônico em diferentes gradações e, nestas concentrações, é extremamente tóxico para a maioria das plantas e dos seres vivos”” assinatura=”Leila Maria Gomes Barros, coordenadora da pesquisa” esquerda_direita_centro=”direita”] Intitulado “Prospecção de genes e biomoléculas em árvore do Cerrado (Sclerolobium paniculatum) tolerante ao alumínio, visando o desenvolvimento de ferramentas para otimizar o cultivo de espécies perenes em solos ácidos”, o estudo tem o objetivo de prospectar genes e metabólitos que poderão ser utilizados como marcadores moleculares ou mesmo transferidos para espécies de interesse agrícola para auxiliar na adaptação aos solos ácidos. De acordo com a coordenadora da pesquisa, Leila Maria Gomes Barros, o trabalho surge da necessidade de correção de acidez e adubação para o cultivo de plantas em solos com pH baixo, como os do Cerrado. “A correção do pH do solo é necessária porque em solos ácidos, o alumínio (Al), que está presente em todos os tipos de solo, torna-se iônico em diferentes gradações (Al +1 , Al +2 e Al +3) e, nestas concentrações, ele é extremamente tóxico para a maioria das plantas e dos seres vivos em geral”, explica a cientista. Os dados obtidos na pesquisa permitirão um avanço na compreensão dos mecanismos de tolerância ao alumínio com potenciais positivos para o cultivo de espécies arbóreas em solos ácidos | Fotos: Arquivo do projeto Impactos no Cerrado Para elevar o pH do solo e, consequentemente, evitar os efeitos prejudiciais da acidez, incorpora-se calcário ao solo por meio de calagem, que é uma etapa do preparo do solo para o cultivo agrícola. Apesar de eficiente e amplamente utilizada, essa técnica provoca danos ambientais durante sua extração, transporte para o campo e incorporação ao solo, além de encarecer a lavoura. Entre os principais efeitos negativos desse procedimento, estão: [Olho texto=”“O que esperamos para o futuro com essa pesquisa é poder transferir essas características de tolerância para espécies de interesse agronômico”” assinatura=”Leila Maria Gomes Barros, coordenadora da pesquisa” esquerda_direita_centro=”esquerda”] . Como a adição do calcário é na superfície do solo, as plantas cultivadas nesses solos se tornam mais sensíveis à seca e ao acamamento; . Dano ambiental causado pela extração do calcário, que é um recurso não renovável. Ao ser retirado do solo causa problemas ambientais graves, inerentes a qualquer mineração, como desmatamento, erosão e poluição de cursos d’água; . O maquinário utilizado na extração do calcário e seu transporte para a lavoura libera CO2 (dióxido de carbono) na atmosfera, contribuindo ainda mais para o efeito estufa. Uma alternativa para evitar o uso do calcário é cultivar plantas tolerantes à toxicidade do alumínio, mas as plantas usadas na alimentação são, na maioria, sensíveis a esse metal. Foram analisadas 31 espécies nativas da região e os resultados mostraram que 77,4% das espécies apresentam o mecanismo de exclusão do alumínio Por outro lado, as plantas nativas do Cerrado apresentam alta tolerância ao alumínio. Portanto, o grande desafio da equipe de pesquisadores é identificar genes e metabólitos presentes nas espécies do Cerrado responsáveis por essa tolerância. “O que esperamos para o futuro com essa pesquisa é poder transferir essas características de tolerância para espécies de interesse agronômico ou utilizar os metabólitos incorporados ao solo para suavizar o efeito prejudicial da toxicidade do alumínio, diminuindo o uso da calagem do solo”, afirma Leila Barros. Metodologia Inicialmente foi demarcada uma área de Cerrado sem registro de atuação humana (Sentido Restrito) e vegetação característica de propriedade da Embrapa Hortaliças, localizada no Distrito Federal. Foram analisadas 31 espécies nativas da região e os resultados mostraram que 77,4% das espécies apresentam o mecanismo de exclusão do alumínio, ou seja, 24 plantas excludentes de alumínio com potencial para fornecer genes e metabólitos envolvidos com a tolerância por exclusão do metal. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Para essa identificação, a equipe analisou as plantas horas após o cultivo na presença do metal, quando as pontas das raízes são isoladas e delas é extraído o RNA total, tanto das plantas submetidas ao alumínio como das cultivadas na ausência do metal. Neste momento, os RNAs de ambos tratamentos estão sendo analisados por protocolos de bioinformática para identificação dos genes que se expressam apenas na presença do metal. Os estudos de expressão gênica estão sendo finalizados e, paralelamente, estão sendo finalizadas as análises bioquímicas da solução nutritiva utilizada no cultivo, visando detectar compostos orgânicos que foram expelidos pelas plantas na presença de alumínio. Os dados obtidos permitirão um avanço na compreensão dos mecanismos de tolerância ao alumínio com potenciais positivos para o cultivo de espécies arbóreas em solos ácidos. *Com informações da Fundação de Apoio à Pesquisa do DF
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