Justiça do Trabalho assegura manutenção de 70% no atendimento nas unidades do IgesDF
Diante da paralisação anunciada pelo Sindicato dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem, com início previsto para esta terça-feira (10), o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) acionou a Justiça do Trabalho para assegurar a manutenção dos serviços de saúde prestados à população. Medida vale para garantir o atendimento em todas as unidades coordenadas pelo IgesDF | Foto: Davidyson Damasceno/IgesDF O Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região determinou que, durante o movimento grevista, seja mantido o mínimo de 70% dos profissionais escalados para garantir o funcionamento das unidades administradas pelo instituto, como hospitais e unidades de pronto atendimento (UPAs). A medida tem como objetivo assegurar o atendimento essencial, com prioridade para os casos de urgência e emergência. Em caso de descumprimento do percentual mínimo estabelecido, a decisão judicial também prevê multa diária de R$ 30 mil, a ser aplicada diretamente ao sindicato da categoria, além de outras sanções legais cabíveis. O IgesDF reforça que segue aberto ao diálogo com a entidade sindical, buscando soluções que respeitem os direitos dos trabalhadores e, ao mesmo tempo, assegurem a continuidade e a qualidade da assistência prestada à população. O instituto reafirma seu compromisso com a saúde pública e com atendimento digno, mesmo diante de cenários desafiadores. *Com informações do IgesDF
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Que tal adotar um pet? 33 animais estão à espera de um lar na Zoonoses
Entre os 33 animais à disposição, estão 19 gatos, vermifugados, vacinados contra raiva e testados contra leishmaniose, conforme o procedimento | Fotos: Lúcio Bernardo Jr / Agência Brasília Quem está planejando adotar um novo amigo pode procurar a Diretoria de Vigilância Ambiental (Dival) de Zoonoses do Distrito Federal. Mais de 30 animais estão à espera de um novo tutor, para distribuir carinho e lambidas. São 14 cães e 19 gatos que chegaram ao órgão entre setembro de 2021 e março deste ano por determinação judicial devido a maus-tratos, ou por vínculo epidemiológico, em que há suspeita de oferecer risco à saúde pública. A Zoonoses só recebe animais por meio dessas duas formas, já que não atua como abrigo e não recolhe animais nas ruas. Segundo o gerente da Dival, Isaías Silva Chianca, o objetivo do órgão é um só: evitar a transmissão de doenças de animais aos humanos. De acordo com o gerente da Dival, Isaias Chianca, “o ideal é não ter que receber nenhum animal, porque não temos estrutura ou protocolos para garantir o bem-estar e saúde deles. O nosso foco é outro, é evitar a propagação e a transmissão de doenças para os humanos” “O ideal é não ter que receber nenhum animal, porque não temos estrutura ou protocolos para garantir o bem-estar e saúde deles. O nosso foco é outro, é evitar a propagação e a transmissão de doenças para os humanos”, afirma Isaías. Em 2021, 496 animais chegaram ao órgão por determinação judicial ou por vínculo epidemiológico. Todos foram vermifugados, vacinados contra raiva e testados contra leishmaniose, conforme o procedimento. No caso judicial, os bichinhos são levados para o órgão, em geral, quando há falecimento do tutor, interdição de espaços ou maus-tratos. Os animais, então, ficam em observação clínica por 10 dias para checar se há sintomas de raiva e são examinados contra a leishmaniose visceral. Caso não seja identificada nenhuma das doenças, recebem a antirrábica e o controle de vermes e carrapatos. Em seguida, são disponibilizados para adoção. Já para os animais em que há suspeita de risco à saúde pública, geralmente cães agressores ou com sintomas de raiva, é preciso que haja um encaminhamento do Sistema Único de Saúde (SUS) ou um laudo emitido por médico veterinário. Com os documentos em mãos, os tutores ou pessoas afetadas pelos animais (que foram mordidas, por exemplo) podem levar os bichos a Zoonoses. No órgão, os animais passam por avaliação clínica e ficam em isolamento por, no mínimo, 10 dias, para acompanhamento de possíveis sinais clínicos de comprometimento neurológico. Sem sintomas da doença, o cachorro recebe a vacina antirrábica e pode ser retirado pelo tutor ou colocado para adoção. A estudante Ana Cecília (22) adotou o cachorrinho Remy, que “hoje em dia é amado por todos, principalmente por mim”. Mas, para ela, adoção não é brincadeira: “Eu super-recomendo, mas só pra quem tem responsabilidade. Não adianta levar para casa, se não puder dar atenção”| Foto: Renato Araújo/Agência Brasília Porém, nos dois caminhos, se houver comprovação do contágio com a raiva, os animais permanecem no órgão, à espera da morte. Mas, uma boa notícia: os últimos registros do vírus em cães e gatos, no Distrito Federal, ocorreram em 2000 e 2001, respectivamente, e o único em humanos em 1979. Para os pets com leishmaniose visceral, os tutores podem escolher entre o tratamento privado e a eutanásia, realizado pela Zoonoses. Em 2021, houve 204 eutanásias pela doença e, neste ano, até abril, foram 2. A doença é transmitida por um mosquito e não possui tratamento ou cura. Os principais sintomas nos pets são perda de peso, febre, crescimento exagerado das unhas, diarreia, entre outros. Novo lar Os 33 bichinhos disponíveis para adoção, atualmente, estão todos vermifugados e vacinados. Em 2021, foram adotados 125 cães e gatos na Zoonoses e, em 2020, 516 animais. Um deles foi o cachorrinho Remy, escolhido pela estudante Ana Cecília Casada, de 22 anos. Surpreendida pela pandemia, o isolamento social e a saída do irmão mais velho de casa, ela precisou de uma nova companhia e o filhote caiu como uma luva. “Foi um alívio em meio a maluquice que a quarentena trouxe. Ele é muito brincalhão, carinhoso, um amigo de verdade. Claro, tivemos alguns probleminhas, porque ele é macho, então, gosta de demarcar território. Era xixi e cocô pra todo lado! Mas, valeu a pena. Hoje em dia ele é amado por todos, principalmente por mim”, revela Ana. Para a estudante, adoção não é brincadeira. “Eu super recomendo, mas só pra quem tem responsabilidade. Não adianta levar para casa se não puder dar atenção”, alerta. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Para levar um pet para casa diretamente da Zoonoses, é necessário ser maior de 18 anos e apresentar documento de identificação e comprovante de residência, além de coleira, no caso de adoção de cães, ou caixa de transporte, para gatos. Ao escolher o animal, o interessado recebe orientação completa de um servidor e assina o Termo de Guarda Responsável, assumindo o compromisso de prover todo o cuidado e assistência à saúde do animal. Quem preferir, pode adotar por meio da ONG Amigos da Zoonoses, um grupo de voluntários cadastrados na Secretaria de Saúde do DF que cuidam da saúde e bem estar dos animais disponíveis para facilitar a adoção. Para isso, basta acessar o site Amigos da Zoonoses e responder um formulário com perguntas sobre como serão os cuidados e convívio com o cão ou o gato. Depois, junto com a equipe de voluntários, é realizada a adoção. A Dival fica no Setor de Áreas Isoladas Norte (Sain), lote 4, Estrada do Contorno Bosque, Noroeste. O horário de visitação é das 10h às 15h, de segunda a sexta-feira.
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Ocupação irregular é retirada no Refúgio de Vida Silvestre Gatumé
A desocupação do Morro do Sabão começou com a retirada de um cercado de arame e ripas de madeiras em uma das entradas do parque. Também foram removidas em uma área mais abaixo do terreno, novas cercas e paredes de alvenaria que estavam sendo erguidas em dois lotes | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília A água é improvisada. A energia elétrica, puxada por “gatos”. E ali, em meio a uma tentativa de invasão ancorada pela grilagem, demarcações ilegais de terra foram feitas em uma área de preservação ambiental do Parque Ecológico Gatumé, em Samambaia Norte. Na manhã desta quarta-feira (19), o Governo do Distrito Federal (GDF), por meio de uma ação integrada capitaneada pelo Instituto Brasília Ambiental, promoveu a retirada da ocupação irregular no chamado Morro do Sabão. [Olho texto=”“Apoiamos os órgãos ambientais na operação desta quarta-feira (19) com o objetivo de inibir novas ocupações, sendo dirigidas a marcações recentes e desabitadas”” assinatura=” Cristiano Mangueira, secretário de Proteção da Ordem Urbanística (DF Legal)” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Em setembro de 2021, a Vara do Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Fundiário do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) determinou que a ocupação irregular fosse completamente retirada do Refúgio de Vida Silvestre Gatumé. A ação inclui a realocação da população removida – o que o GDF estuda fazer pela Companhia de Desenvolvimento e Habitação (Codhab) -, a implantação da unidade ambiental e a recuperação, pela Novacap, das áreas degradadas. “Apoiamos os órgãos ambientais na operação desta quarta-feira (19) com o objetivo de inibir novas ocupações, sendo dirigidas a marcações recentes e desabitadas”, informa o secretário de Proteção da Ordem Urbanística (DF Legal), Cristiano Mangueira. O suporte operacional, com maquinários e mão de obra, ficou a cargo da pasta. A segurança foi garantida pelo grupamento da Polícia Militar do DF, com nove viaturas e 27 policiais. Participaram ainda o Corpo de Bombeiros e a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes). “Junto com os bombeiros militares, damos o suporte de segurança das equipes de remoção no caso de uma eventual desordem ser deflagrada”, afirma o comandante da operação pela PM, capitão Leonardo Paiva. De acordo com Davi Ferreira, superintendente de Fiscalização, Auditoria e Monitoramento do Brasília Ambiental, a ocupação irregular da unidade de conservação pode causar danos não só ao meio ambiente, mas a toda população O trabalho começou por volta das 10h com a retirada de um cercado de arame e ripas de madeiras em uma das entradas do parque. Não havia a presença de invasores no local. Em uma área mais abaixo do terreno, novas cercas e paredes de alvenaria que estavam sendo erguidas em dois lotes também foram removidas. Nenhuma ocupação habitada foi mexida. A área tem aproximadamente 150 hectares de mata nativa, com flora e fauna típicas do Cerrado. Estima-se que cerca de três deles tenham sido invadidos, o que já é suficiente para comprometer a natureza com a futura impermeabilização do solo, devastação e contaminação dos lençóis freáticos. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Davi Ferreira é superintendente de Fiscalização, Auditoria e Monitoramento do Brasília Ambiental e explica os danos que uma ocupação irregular pode causar, não só ao meio ambiente, mas a toda população. Isso porque a área é rica em nascentes, com flora e fauna variada. “Trata-se de uma unidade de conservação de uso sustentável que permite fomentar a educação ambiental e a pesquisa, além de resguardar esses ecossistemas naturais que aqui existem.”
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