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Doença de Chagas: Vigilância Ambiental do DF orienta sobre o que fazer ao encontrar um barbeiro

Os barbeiros são comumente associados à transmissão da doença de Chagas, enfermidade que provoca febre, dor de cabeça, inchaço, fraqueza e, na fase crônica, sérios problemas cardíacos e digestivos. Ao encontrar um desses insetos (ou suspeitar que encontrou), é possível capturá-lo com um pote de vidro ou saco plástico transparente, de preferência sem matá-lo. Ao tentar capturar o barbeiro, é necessário usar luvas ou sacos plásticos sem furos, evitando, assim, o contato direto | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Segundo o biólogo da Diretoria de Vigilância Ambiental em Saúde (Dival), Israel Martins, é necessário usar luvas ou sacos plásticos sem furos ao tentar capturar, evitando o contato direto com o animal. "O inseto deve ser colocado em um recipiente com tampa para evitar a fuga. É importante não colocá-lo em água ou álcool", ressalta. Após a captura, a pessoa deve acionar a Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde (SES-DF) pelo telefone (61) 3449-4427 ou pelo Disque-Saúde 160. Outra opção é entregar o inseto em um dos 84 Postos de Informações de Triatomíneos (PITs) para análise. “A comunicação do morador precisa ser imediata. No laboratório, o inseto será examinado para confirmar se é mesmo um barbeiro. Em caso positivo, verificamos se está infectado, ao mesmo tempo em que fazemos uma inspeção domiciliar e tomamos outras medidas de controle”, explica a bióloga da Gerência de Vigilância Ambiental de Vetores e Animais Peçonhentos e Ações de Campo da SES-DF, Vilma Ramos Feitosa. Arte: SES-DF Contaminação Embora sejam identificados como o principal vetor da doença de Chagas, os barbeiros não nascem naturalmente com o parasita: eles se infectam ao picar um animal ou pessoa que já tenha o Trypanosoma cruzi no organismo. A transmissão ocorre por meio das fezes do inseto, que são depositadas sobre a pele do indivíduo enquanto ele suga o sangue. A coceira causada favorece a entrada do protozoário. Há também outros mecanismos de contaminação: vertical ou congênita (quando a mãe infectada transmite a doença ao filho), acidentes laboratoriais e ingestão de alimentos contaminados. [LEIA_TAMBEM]No Distrito Federal, a mortalidade por doença de Chagas crônica (DCC) é a segunda maior do Brasil. Esse índice se mantém mesmo sem registros de transmissão vetorial autóctone, isto é, dentro da região endêmica. O fato pode ser explicado pelo movimento migratório no país e pela vinculação das taxas de mortalidade ao local de residência. Nos últimos três anos, a Dival — órgão responsável pelo controle de vetores de doenças endêmicas e de animais peçonhentos — capturou 317 barbeiros no DF, a maioria da espécie Panstrongylus megistus. Desse total, dez foram encontrados neste ano, 45 em 2024 e 262 em 2023. Dos insetos coletados entre 2023 e 2024, oito estavam contaminados com o protozoário causador da doença de Chagas. Dessas amostras, 77% foram recolhidas em quintais e 23% dentro de casas. As regiões do Park Way, Planaltina, Águas Claras e Vicente Pires estão entre as mais comuns para ocorrência do barbeiro. Todos os casos são acompanhados pelo Programa de Vigilância Entomológica dos Triatomíneos da SES-DF. A atuação envolve exames para identificar o inseto e a contaminação, além de orientações e medidas operacionais para evitar sua proliferação. Dos insetos coletados entre 2023 e 2024, oito estavam contaminados com o protozoário que causa a doença de Chagas. As regiões do Park Way, Planaltina, Águas Claras e Vicente Pires são apontadas como as áreas mais comuns de encontrar o barbeiro Sintomas A doença de Chagas se manifesta em duas formas: aguda e crônica. A fase aguda pode ser assintomática ou apresentar febre, mal-estar, inchaço em um dos olhos, fraqueza, dor de cabeça e dores no corpo. Nesse estágio, ainda há possibilidade de tratamento e cura. Na fase crônica, podem surgir problemas cardíacos (insuficiência cardíaca, arritmias) e digestivos (como megaesôfago e megacólon). Nessa etapa, devido ao longo tempo de evolução da doença, a infecção pode se tornar uma condição de risco de morte. Prevenção Nas residências, recomenda-se instalar telas metálicas apropriadas nas janelas e adotar medidas de proteção individual, como uso de repelentes e roupas de mangas longas, durante atividades noturnas (caçadas, pescarias ou pernoites) em áreas de mata. Na limpeza do domicílio, é importante inspecionar atrás de quadros nas paredes, sofás, camas, colchões e travesseiros, além de observar frestas em paredes e evitar acúmulos que sirvam de esconderijo. Para prevenir a transmissão oral, deve-se redobrar a atenção ao local de manipulação dos alimentos consumidos. *Com informações da Secretaria de Saúde (SES-DF)

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Saúde discute papel da vigilância hospitalar em eliminação de doenças

Todos os meses, a Secretaria de Saúde (SES-DF) promove uma reunião com a Rede de Vigilância Epidemiológica Hospitalar do Distrito Federal (Reveh-DF). Nesta semana, profissionais da área, tanto da rede pública quanto da complementar, debateram estratégias de resposta rápida a doenças, como sarampo, malária, infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), HTLV (vírus linfotrópico de células T humanas) e doença de Chagas.  Encontro debateu a importância dos profissionais da saúde na detecção precoce de doenças que tenham alto potencial de disseminação | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde Enfermeira da Gerência de Epidemiologia de Campo (Gecamp) da SES-DF, Ana Paula Sasaki explica que o encontro mensal busca atualizar os núcleos hospitalares de epidemiologia (NHEs) sobre temas de relevância para a rede. “Queremos que os profissionais se reconheçam como parte essencial do processo, sendo mais ágeis na coleta de dados e mais sensíveis às suspeitas de doenças, garantindo uma resposta oportuna e eficaz”, aponta. Para o coordenador da Rede Nacional de Vigilância Epidemiológica Hospitalar (Renaveh), do Ministério da Saúde, Silvanei Gonçalves, é essencial atuar na detecção precoce de doenças com alto potencial de disseminação. “Isso nos dá a chance de agir antes que essas enfermidades se espalhem pela população”, afirma. A Reveh-DF foi instituída pela portaria nº 527/2022 e hoje conta com 63 núcleos, entre públicos, privados, militares e UPAs. Desses, 17 estão na rede pública de saúde.  “A troca de informações nos dá uma direção clara sobre como prevenir o retorno ou o aumento de doenças que já estavam controladas”, avalia a chefe do NHE das unidades de pronto atendimento (UPAs), Aimée Maciel. “Ela amplia nosso entendimento do cenário epidemiológico e nos prepara melhor para atuar.” *Com informações da Secretaria de Saúde      

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