Temporada de chuvas no DF aumenta os casos de doenças respiratórias
Com a chegada das chuvas intensas no Distrito Federal, acende um alerta para os cuidados com a saúde nesta época do ano. A combinação entre calor e umidade cria o cenário ideal para o aumento de doenças respiratórias, viroses e alergias, exigindo atenção redobrada da população. Combinação de calor com umidade propicia o aumento de doenças respiratórias, viroses e alergias | Foto: Davidyson Damasceno/Arquivo IgesDF Para muitas pessoas, o problema começa dentro da própria casa. O aumento da umidade estimula o aparecimento de mofo, fungos e ácaros, principais responsáveis por crises alérgicas e respiratórias. A advogada Carolina Araújo, moradora de Sobradinho, conta que a filha de 7 anos precisou de atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da região após uma crise de falta de ar provocada pela umidade. “Depois das chuvas, o quarto dela amanheceu com cheiro forte de mofo. Em poucos dias, começou a tossir muito e ter dificuldade para respirar. Agora, estamos deixando as janelas abertas durante o dia e lavando as paredes com água sanitária”, relata. Aumento da umidade estimula o aparecimento de mofo, fungos e ácaros, principais responsáveis por crises alérgicas e respiratórias | Fotos: Divulgação/IgesDF Prevenção De acordo com a pneumologista do Hospital de Base (HBDF), Nancilene Melo, nessa época de chuva é possível observar um aumento significativo de pessoas à procura de atendimento com sintomas gripais, crises de asma e rinite alérgica. “Com o aumento da umidade e da temperatura, há maior circulação de vírus respiratórios e fungos. Pessoas com histórico de asma, bronquite ou rinite precisam redobrar a atenção, evitando ambientes fechados e úmidos e mantendo as vacinas em dia”, orienta a especialista. [LEIA_TAMBEM]Ela explica que sintomas como tosse persistente, falta de ar, chiado no peito e febre não devem ser ignorados. “A automedicação pode mascarar sinais de agravamento. O ideal é procurar uma unidade de saúde para avaliação médica”, reforça. Dicas para cuidar da saúde A especialista reforça algumas recomendações simples que ajudam a prevenir doenças e manter o bem-estar durante o período de chuvas: • Mantenha ambientes ventilados para evitar mofo e fungos; • Lave roupas e lençóis com frequência e, se possível, seque-os ao sol; • Use máscaras durante a limpeza de locais com poeira ou mofo; • Mantenha a hidratação e a vacinação em dia, especialmente contra a gripe e a Covid-19; • Evite carpetes e cortinas pesadas que acumulam poeira. Arte: IgesDF Atenção redobrada Crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias crônicas são os mais afetados pelas mudanças climáticas e pela umidade. Para a pneumologista Nancilene, a prevenção é o melhor caminho. “Nessa época, é comum que infecções leves evoluam rapidamente para bronquite ou pneumonia. Ao primeiro sinal de piora, é importante buscar atendimento médico”, reforça. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)
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Saiba como se proteger de doenças respiratórias
Janelas fechadas, pouca ventilação e aglomerações em ambientes internos criam o cenário ideal para a circulação de vírus respiratórios no inverno. Com isso, aumentam os casos de gripe, resfriado, tosse persistente e até quadros graves que exigem internação. O alerta vale para todos, mas especialmente para bebês, crianças e idosos. Entre os vírus mais comuns neste período estão o influenza A H1N1 (da gripe), o vírus sincicial respiratório (VSR), o SARS-CoV-2 (causador da covid-19) e o rinovírus (do resfriado comum). A transmissão ocorre, principalmente, por gotículas de saliva liberadas ao falar, tossir ou espirrar. Objetos e superfícies também podem atuar como vetores de infecção. Os vírus que mais circulam neste período são transmitidos, principalmente, por gotículas de saliva expelidas durante a fala, tosse ou espirros | Foto: Breno Esaki/Agência Saúde-DF “Essas gotículas podem atingir até um metro de distância e contaminar superfícies, o que facilita a transmissão. Também pode haver formação de aerossóis que permanecem no ar por longos períodos”, explica o infectologista José David Urbaez, referência técnica distrital (RTD) da Secretaria de Saúde (SES-DF). Segundo boletim da SES-DF divulgado neste mês, foram registrados 4.079 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) entre dezembro de 2024 e maio de 2025 no Distrito Federal. Desse total, 79% ocorreram em crianças de até 10 anos, com predominância do rinovírus e do VSR nas amostras analisadas. Sintomas [LEIA_TAMBEM]Coriza, tosse, espirros e dor de garganta são os sintomas mais leves e frequentes. Em casos de síndrome gripal, surgem febre alta, dores no corpo e cansaço. Crianças pequenas podem apresentar desconforto respiratório, inquietação e dificuldade para se alimentar ou dormir. Ao notar esses sinais, a orientação é procurar a unidade básica de saúde (UBS) de referência assim que os sintomas aparecerem. “É importante iniciar o acompanhamento desde o começo para detectar qualquer sinal de agravamento, especialmente em pessoas dos grupos de risco”, reforça Urbaez. Proteção coletiva A vacina contra a influenza segue como a forma mais eficaz de prevenir casos graves e óbitos. Deve ser priorizada a imunização de crianças menores de 5 anos, gestantes, idosos, imunossuprimidos e pessoas com doenças crônicas. “É uma vacina com grande impacto, especialmente para quem tem maior risco de complicações”, destaca o médico. Além da vacinação, é essencial manter hábitos que ajudem a interromper a cadeia de transmissão dos vírus respiratórios. Confira: Arte: SES-DF *Com informações da Secretaria de Saúde (SES-DF)
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Prepare-se para o frio: como manter a saúde no inverno
Com a chegada do inverno, que começa nesta sexta-feira (20), aumentam os casos de gripes, resfriados, crises alérgicas e outras doenças respiratórias. As oscilações de temperatura, associadas à baixa umidade do ar, criam um cenário propício para a propagação de vírus e o agravamento de quadros de saúde, especialmente em grupos mais vulneráveis, como crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Período de frio exige cuidados especiais para manter a saúde em dia | Foto: Paulo H Carvalho - Agência Brasília Além das doenças respiratórias, como rinite, sinusite, bronquite e pneumonia, o frio também exige atenção redobrada com a saúde do coração. De acordo com a chefe da cardiologia do Hospital de Base, Ruiza Teixeira, os infartos podem aumentar em até 30% nos dias frios. “O frio faz os vasos sanguíneos se contraírem, o que pode aumentar a pressão arterial e agravar problemas cardíacos já existentes”, explica. O infectologista Tazio Vanni, do IgesDF, alerta que a sazonalidade dos vírus, aliada ao ar seco e à permanência prolongada em locais fechados, favorece a disseminação de doenças. “Por isso, os cuidados precisam ser intensificados durante o inverno”, orienta. Veja a seguir três dicas importantes para manter a saúde em dia durante a estação. 1. Hidrate-se — por dentro e por fora Inverno exige mais atenção para evitar o risco de desidratação | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília A hidratação é fundamental o ano todo, mas merece atenção especial no inverno. Com o frio, o organismo gasta mais energia para manter a temperatura corporal, o que aumenta o risco de desidratação — mesmo quando não sentimos sede. [LEIA_TAMBEM]Além de beber bastante água, também é importante manter a pele e as vias respiratórias hidratadas. Algumas medidas recomendadas: · Use umidificadores de ar ou toalhas molhadas no ambiente; · Evite banhos longos e muito quentes, que ressecam a pele; · Aplique cremes hidratantes regularmente. 2. Deixe o ar circular Ambientes fechados favorecem a proliferação de vírus, ácaros e fungos, aumentando o risco de doenças respiratórias e alergias. Apesar do frio, é essencial manter os locais bem-ventilados. · Abra janelas diariamente para renovar o ar · Evite aglomerações em locais fechados · Lave e higienize com frequência roupas de cama, cobertores e cortinas. 2. Vacine-se Imunização é fundamental para a prevenção de doenças | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF A vacinação continua sendo uma das principais formas de prevenção. No inverno, a vacina contra a gripe (influenza) é fundamental, especialmente para os grupos prioritários — como crianças, idosos, gestantes e pessoas com comorbidades. Além de proteger contra os sintomas da gripe, a imunização ajuda a evitar complicações como a pneumonia e reduz a sobrecarga nos serviços de saúde. *Com informações do IgesDF
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GDF investe em ações para reforçar atendimento de crianças com doenças respiratórias
Para garantir um atendimento mais eficiente às crianças durante o período de aumento de doenças respiratórias, o Governo do Distrito Federal (GDF) está investindo em ações pioneiras, como a contratação de unidades de terapia intensiva (UTI) e a aquisição de medicamentos e equipamentos modernos. De acordo com o secretário de Saúde do DF, Juracy Cavalcante, os investimentos visam melhorar o atendimento à alta demanda durante o período de maior circulação de vírus respiratórios. “Temos trabalhado em diversas frentes para aperfeiçoar a infraestrutura e o atendimento oferecido aos pacientes de todas as regiões do DF”, ressalta. Quase dois mil cateteres nasais infantis de alto fluxo serão distribuídos nos oito hospitais da rede que atendem o público pediátrico | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Medicamento moderno Mais de 240 bebês prematuros já receberam o medicamento Nirsevimabe, que protege crianças contra infecções graves causadas pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR), principal responsável por casos de bronquiolite e pneumonia nos primeiros meses de vida. O Distrito Federal é a primeira unidade da federação a adquirir o medicamento, que está sendo aplicado como medida preventiva para reduzir complicações e internações de infecções respiratórias em bebês – o que tem impacto direto na ocupação de leitos de UTI neonatal. O público-alvo do medicamento são recém-nascidos prematuros, entre 32 semanas e 36 semanas e 6 dias, nascidos a partir de 1º de outubro de 2024. O Nirsevimabe vai ampliar a estratégia de proteção, de forma complementar e integrada. O medicamento é especialmente eficaz para prematuros e crianças com menos de dois anos com comorbidades. O Palivizumabe continua sendo utilizado para os grupos de risco nascidos com menos de 32 semanas, como crianças com cardiopatias congênitas e displasias pulmonares. Mais de 240 bebês prematuros já receberam o medicamento Nirsevimabe, que protege crianças contra infecções graves causadas pelo Vírus Sincicial Respiratório | Foto: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF Mais leitos de UTI A Secretaria de Saúde publicou novo edital para contratação de serviços de terapia intensiva adulto, pediátrica e neonatal, em caráter complementar. A previsão é contratar 304 leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), com estimativa anual de investimento de R$ 635 milhões. De acordo com o secretário de Saúde do DF, a ampliação da rede de UTIs, por meio da parceria com prestadores habilitados, visa dar mais agilidade na assistência e reforça o compromisso da SES-DF com a integralidade do cuidado no Sistema Único de Saúde (SUS). “A contratação é essencial para garantir o acesso oportuno e qualificado aos serviços de terapia intensiva, sobretudo para atendimento de pacientes com doenças respiratórias, acidentes graves e condições clínicas complexas”, explica. Novos pediatras Desde 1º de março, novos pediatras estão atuando em regime de plantão nos hospitais da rede. A iniciativa visa melhorar o atendimento à alta demanda durante o período de maior circulação de vírus respiratórios, como o sincicial respiratório (VSR), rinovírus humano (RVH) e influenza. Secretaria de Saúde do DF publicou edital para contratação de serviços de terapia intensiva adulto, pediátrica e neonatal | Foto: Tony Winston/Agência Saúde-DF A coordenadora de Atenção Especializada à Saúde da SES-DF, Julliana Macêdo, destaca que os profissionais contratados atuam exclusivamente nos prontos-socorros e não em ambulatórios. “Nos primeiros meses de contrato, já observamos impactos positivos diretos nas equipes e no atendimento aos pacientes”, afirma. Cateteres [LEIA_TAMBEM]Outra iniciativa para garantir atendimento mais eficiente às crianças é a aquisição de 1,9 mil cateteres nasais infantis de alto fluxo. Os cateteres serão distribuídos nos oito hospitais da rede pública que atendem pacientes pediátricos. O cateter nasal de alto fluxo permite a oferta de maior volume de oxigênio aos pulmões por meio de dutos com diâmetro ampliado, conectados ao nariz da criança. A SES-DF, após uma experiência bem-sucedida no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), padronizou esses equipamentos como parte do esforço para modernizar e estruturar o parque tecnológico da rede pública. A tecnologia não invasiva é a mais avançada disponível para tratar síndromes respiratórias em crianças. Ele desempenha um papel fundamental para evitar a intubação e até a reintubação. Os hospitais da SES-DF que oferecem atendimento pediátrico são Brazlândia (HRBz), Ceilândia (HRC), Guará (HRGu), Planaltina (HRPL), Região Leste/Paranoá (HRL), Sobradinho (HRS), Taguatinga (HRT) e Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib). *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)
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Bronquiolite é a principal causa de internação por infecção respiratória em menores de 1 ano
Com a chegada das estações mais frias, os atendimentos por doenças respiratórias em crianças disparam, enchendo as emergências pediátricas em todo o país. No Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), a situação não é diferente – de janeiro a 10 de abril deste ano, o pronto-socorro infantil da unidade registrou 8.960 atendimentos, a maioria por problemas respiratórios. Apenas nos dez primeiros dias de abril, 903 crianças foram atendidas. Entre as doenças mais frequentes nesse cenário está a bronquiolite, atualmente a principal causa de internação por infecções respiratórias em crianças menores de 1 ano, segundo o Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). De janeiro a 10 de abril deste ano, o pronto-socorro infantil do HRSM registrou 8.960 atendimentos, a maioria por problemas respiratórios | Fotos: Divulgação/IgesDF A bronquiolite viral aguda (BVA) é uma infecção das vias respiratórias inferiores que afeta principalmente os bronquíolos – estruturas pequenas e terminais dos pulmões. Acomete com maior frequência bebês de até 2 anos, sendo mais comum entre os 2 e 6 meses de idade. Na maioria dos casos, é causada pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR). “O vírus provoca inflamação e acúmulo de muco nos bronquíolos, dificultando a passagem de ar. Em bebês, cujas vias aéreas já são naturalmente mais estreitas, isso pode evoluir rapidamente para quadros graves”, explica o infectologista pediátrico do HRSM, Pedro Bianchini. O tratamento da bronquiolite é, na maioria dos casos, de suporte. Isso inclui hidratação, controle da febre e, quando necessário, oxigenoterapia Sintomas e sinais de alerta Os primeiros sinais da bronquiolite costumam se assemelhar aos de um resfriado comum: coriza, tosse seca e febre baixa. No entanto, o quadro pode evoluir rapidamente. A criança pode apresentar respiração acelerada (taquipneia), chiado no peito (sibilância), dificuldade para mamar ou se alimentar, tiragem intercostal e batimento de asas nasais – indicativos de esforço respiratório. “É essencial que pais e cuidadores estejam atentos. Febre em bebês com menos de 3 meses, recusa persistente de alimentos, dificuldade para respirar, episódios de apneia (pausas na respiração), cianose (coloração azulada na pele ou nos lábios) e sonolência excessiva são sinais de alerta. Nesses casos, a procura por atendimento médico deve ser imediata”, orienta o especialista. Uma das abordagens mais eficazes em casos moderados a graves de bronquiolite é o uso da cânula nasal de alto fluxo (HFNC) Tratamento e cuidados O tratamento da bronquiolite é, na maioria dos casos, de suporte. Isso inclui hidratação, controle da febre e, quando necessário, oxigenoterapia. “Não há benefício comprovado no uso rotineiro de broncodilatadores, corticosteroides ou antibióticos, a menos que o quadro clínico assim exija”, afirma Pedro Bianchini. Uma das abordagens mais eficazes em casos moderados a graves é o uso da cânula nasal de alto fluxo (HFNC), que melhora a oxigenação e reduz o esforço respiratório. Em situações mais severas, pode ser necessário suporte ventilatório em unidade de terapia intensiva (UTI) pediátrica. A decisão pela internação leva em consideração o estado clínico da criança, especialmente quando há desconforto respiratório acentuado, dificuldade para se alimentar, hipóxia (baixa oxigenação do sangue), apneias ou doenças pré-existentes. A decisão pela internação leva em consideração se há desconforto respiratório acentuado, dificuldade para se alimentar e hipóxia (baixa oxigenação do sangue) Fatores de risco De acordo com o infectologista, alguns fatores aumentam o risco de evolução para formas graves da bronquiolite, como a ausência de aleitamento materno exclusivo, prematuridade (especialmente abaixo de 32 semanas), idade inferior a 6 meses durante o período de circulação do VSR, presença de doenças cardíacas, pulmonares ou neuromusculares, e imunodeficiências. “Além disso, o contato com muitas pessoas, como em creches ou lares com grande número de moradores, favorece a disseminação do vírus. Por isso, a prevenção é fundamental e envolve medidas simples: lavar as mãos com frequência, manter os ambientes ventilados, evitar contato com pessoas gripadas e higienizar brinquedos e superfícies regularmente”, destaca. Vacinação: um avanço na prevenção Uma importante novidade no combate à bronquiolite é a incorporação da vacina Abrysvo, da Pfizer, ao Sistema Único de Saúde (SUS). Aprovada pela Anvisa em 2024, ela é aplicada em gestantes entre a 24ª e a 36ª semana de gravidez, protegendo o bebê por meio da transferência de anticorpos via placenta. A imunização foi incluída no Programa Nacional de Imunizações (PNI) e começará a ser aplicada nas campanhas sazonais a partir de 2026. Além da vacinação materna, o Brasil já conta com duas formas de imunização passiva contra o VSR. O anticorpo monoclonal Nirsevimabe (Beyfortus™), disponível na rede privada desde 2023, é administrado em dose única e protege os recém-nascidos durante os cinco meses de maior risco. Já o Palivizumabe (Synagis®), que requer doses mensais, é oferecido gratuitamente pelo SUS nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) e indicado apenas para grupos de alto risco. “Essas estratégias se somam às vacinas tradicionais contra doenças respiratórias, como a da gripe, a pneumocócica conjugada, a pentavalente e a da covid-19. Juntas, têm contribuído significativamente para reduzir hospitalizações e óbitos por infecções respiratórias na infância”, reforça o médico. Pedro Bianchini também destaca que a vacina contra a gripe ajuda a diminuir internações e complicações causadas pelo vírus influenza, enquanto as vacinas pneumocócicas previnem doenças como pneumonia, otite e meningite, além de colaborar na redução do uso de antibióticos e na contenção da resistência bacteriana. “A bronquiolite pode assustar, mas informação e prevenção são nossas maiores aliadas. Vacinar, amamentar, manter a higiene e saber quando buscar ajuda médica são atitudes que fazem toda a diferença na saúde dos nossos pequenos”, conclui o especialista. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)
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Doenças respiratórias infantis são principais causas de procura por atendimento médico nesta época do ano
As doenças respiratórias são comuns ao longo de toda a vida, mas na infância costumam ocorrer com mais frequência e são responsáveis por grande parte dos atendimentos nas emergências, principalmente em meses de sazonalidade dos vírus respiratórios, entre janeiro e julho. No Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), de janeiro a março deste ano, foram prestados 7.617 atendimentos no pronto-socorro infantil. A taxa de ocupação subiu com o passar dos meses. Em janeiro, era de 89,13%; em fevereiro, de 93,98% e, em março, foi para 145,84%. As doenças respiratórias podem ser transmitidas por meio de gotículas de tosse e espirros | Fotos: Davidyson Damasceno/IgesDF “Doenças respiratórias, como gripe, resfriado e bronquiolite, são comuns na infância e podem ser transmitidas facilmente por meio de gotículas de tosse e espirros. Durante os surtos de doenças respiratórias, como é o caso agora, é importante evitar a exposição de crianças a ambientes muito fechados e aglomerados”, explica a pediatra Loren Nobre, do HRSM. A principal prevenção, segundo a médica, é manter a criança afastada de pessoas com sintomas respiratórios como tosse, febre, coriza; e, se possível, cuidar para que a criança use máscara se necessário. Ela também orienta para a implementação de cuidados adicionais, como a prática de bom uso do lenço de papel para descartar secreções e manter o ambiente limpo. “Um ambiente limpo e bem ventilado é fundamental para reduzir o risco de infecção” Loren Nobre, pediatra “Um ambiente limpo e bem-ventilado é fundamental para reduzir o risco de infecção, já que muitos microrganismos proliferam em lugares fechados e úmidos. Por isso, o indicado é abrir janelas para permitir a circulação de ar fresco e reduzir a concentração de microrganismos”, destaca. Caso os sintomas se agravem, é necessária uma consulta com o pediatra Loren Nobre chama a atenção para a higiene regular dos brinquedos e objetos de uso comum, especialmente os que são utilizados em creches, escolas ou em casa, onde várias crianças podem ter contato com os mesmos itens: “Objetos de uso pessoal, como talheres, copos, toalhas, roupas e brinquedos, podem ser veículos de transmissão de doenças, especialmente em locais com muitas crianças”. A médica ressalta que cuidados básicos, como a oferta de uma alimentação saudável e equilibrada para as crianças, a atualização constante do cartão de vacina e consultas periódicas ao pediatra, são as maneiras de prevenir as crianças e melhorar o sistema imunológico. Se, mesmo assim, a criança adoecer, o importante é observar e buscar atendimento médico caso os sintomas se agravem. Além disso, oferecer bastante líquidos ajuda a melhorar alguns sintomas em casos de gripes e resfriados. *Com informações do IgesDF
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GDF amplia atendimento de pediatria em prontos-socorros com novos profissionais
Para assegurar que nenhuma criança fique sem o cuidado médico necessário, a Secretaria de Saúde (SES-DF) contratou empresas especializadas em serviços de pediatria. Desde 1º de março, os profissionais atuam em regime de plantão em diversos hospitais da rede pública. A medida faz parte de um conjunto de estratégias da pasta para lidar com a alta demanda durante o período de sazonalidade de doenças respiratórias. Com investimento de mais de R$ 17 milhões, profissionais complementam atuação pediátrica na rede pública, garantindo assistência | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF O investimento do Governo do Distrito Federal (GDF) ultrapassa os R$ 17 milhões. Com a contratação, os novos pediatras foram distribuídos nos hospitais regionais do Guará (HRGu), Ceilândia (HRC), Brazlândia (HRBz), Taguatinga (HRT), Sobradinho (HRS), Planaltina (HRPl), Região Leste (HRL, no Paranoá) e Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib). A coordenadora de Atenção Especializada à Saúde (Cates) da SES-DF, Julliana Macêdo, explica que os profissionais contratados atuam exclusivamente nos prontos-socorros – e não em ambulatórios -, cumprindo plantões de seis horas. “No total, serão mais de 14 mil plantões ao longo de seis meses, com possibilidade de prorrogação por mais seis. Nessas duas semanas, já foi possível perceber impactos diretos tanto nas equipes quanto nos atendimentos”, destaca. Atualmente, a rede pública de saúde conta com 475 pediatras em atividade. Os pediatras contratados estão atendendo nas emergências dos hospitais regionais de Brazlândia (HRBz), Ceilândia (HRC), Guará (HRGu), Planaltina (HRPL), Região Leste (HRL), Sobradinho (HRS), Taguatinga (HRT) e Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) | Foto: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF Segundo a especialista, a sazonalidade das doenças respiratórias está menos intensa neste ano, se comparada ao mesmo período de 2024. Essa percepção, aliada a novas estratégias terapêuticas, tem garantido um atendimento mais eficiente. Exemplo disso é a padronização e ampliação do uso do cateter nasal de alto fluxo – tecnologia que reduz significativamente a necessidade de intubações e proporciona um tratamento menos invasivo e mais seguro às crianças. Medidas Além da contratação emergencial, a SES-DF tem adotado outras estratégias para fortalecer o atendimento pediátrico, como nomeações por concurso público, mudança de especialidade de médicos com formação em pediatria e ampliação da carga horária de 20 para 40 horas semanais a profissionais interessados. Na última sexta-feira (14), com foco na otimização dos fluxos de atendimento nas unidades de neonatologia e pediatria, mais 33 servidores da Saúde tiveram carga horária ampliada. Os profissionais atuam nos hospitais de Sobradinho, Planaltina, no Hmib e em outras unidades da SES-DF. UPAs Também em complemento ao reforço nos plantões, o GDF tem expandido o atendimento pediátrico nas unidades de Pronto Atendimento (UPAs), gerenciadas pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (Iges-DF). Atualmente, as UPAs de São Sebastião, Ceilândia I, Recanto das Emas e Sobradinho já contam com pediatria 24 horas, com possibilidade de expansão para outras unidades conforme a demanda. *Com informações da SES-DF
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Sazonalidade respiratória: HRSM alerta para a importância de cuidados preventivos e de vacinação
Com a sazonalidade das doenças respiratórias, que ocorre entre os meses de janeiro a junho, a busca por atendimento médico na emergência do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) tem sido cada dia maior. As crianças são as que mais sofrem com os vírus respiratórios. Em janeiro e fevereiro, o HRSM notificou 843 casos de síndromes respiratórias, dos quais 80,4% são em crianças de 1 a 9 anos de idade | Fotos: Davidyson Damasceno/Arquivo IgesDF De acordo com a chefe do Núcleo da Vigilância Epidemiológica do HRSM, Larysse Lima, é necessário intensificar as medidas de prevenção e controle, especialmente em relação à vacinação contra a influenza. “Também temos a questão da higiene das mãos, uso de máscara e evitar aglomerações. A Vigilância Epidemiológica do HRSM tem reforçado o monitoramento para que possamos detectar o mais precocemente e, assim, atuar de forma rápida e oportuna nestes casos”, afirma. Nos meses de janeiro e fevereiro, o HRSM notificou um total de 843 casos de síndromes respiratórias, entre graves e leves. Sendo que 80,4% dos casos são em crianças de 1 a 9 anos de idade. Os dados são do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep Gripe) e do aplicativo E-SUS, compilados pela Vigilância Epidemiológica do hospital. Predominância dos casos de síndrome respiratória atendidos no Hospital Regional de Santa Maria, em janeiro e fevereiro, é de influenza Entre as notificações das síndromes respiratórias agudas graves (SRAGs), em janeiro deste ano foram registrados 67 casos e em fevereiro, 120. Já os casos leves totalizaram 656 casos nos dois primeiros meses do ano. Foram 292 notificações em janeiro, sendo 6,5% dos casos por covid-19, e 364 em fevereiro, dos quais 7,6% foram notificados para o vírus SARS-CoV-2. No início de 2024, foi registrado um total de 66 notificações de SRAG, sendo 42 em janeiro e 24 em fevereiro. Já os casos leves notificados totalizaram 395, sendo 125 em janeiro e 270 em fevereiro. A chefe do Núcleo da Vigilância Epidemiológica do HRSM destaca que os dados mostram um aumento significativo nos casos de síndrome respiratória, principalmente as síndromes graves. “O aumento é perceptível, principalmente a partir da oitava semana, que é referente ao período de 16 a 22 de fevereiro, provavelmente porque é o período em que as crianças retornaram às escolas. E sendo que uma distribuição de 45% desses casos foram positivos para a influenza, 36,5% para outros vírus como o rinovírus e o restante, que é equivalente a 13% para covid-19. A distribuição dos casos indica que a predominância é a influenza”, afirma Larysse Lima. As SRAGs podem ser causadas por vários micro-organismos, como bactérias, vírus e fungos. Esses vírus podem ser influenza, sincicial, adenovírus e rinovírus. A consequência são infecções das vias aéreas como as gripes e os resfriados, pneumonias e bronquiolites. E, desde 2020, com o início da pandemia de covid-19, existe a infecção respiratória causada pelo SARS-CoV-2. *Com informações do IgesDF
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Especialista alerta sobre principais sintomas de asma na infância
Preocupante para os pais e desconfortável para as crianças, a asma é a doença crônica mais comum na infância e uma das principais causas de atendimento em emergências pediátricas. Nos primeiros anos de vida, pode ser confundida com outras doenças respiratórias – por isso, a recomendação é buscar atendimento nas unidades de saúde do Distrito Federal para um correto diagnóstico. Os sintomas mais comuns da asma incluem respiração curta e acelerada, falta de ar e chiado no peito (sibilos) | Fotos: Alberto Ruy/IgesDF Com a chegada do período sazonal das doenças respiratórias, muitas crianças têm chegado ao pronto-socorro pediátrico do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) com crises agudas de asma. A doença é caracterizada pela inflamação das vias aéreas, que provoca inchaço e estreitamento, dificultando a respiração. Afeta os pulmões, especificamente os brônquios, responsáveis por conduzir o ar. O estreitamento desses canais pode desencadear crises que, em casos graves, levam à falta de oxigenação dos tecidos e, em situações extremas, ao óbito. Por ser uma condição crônica, o primeiro passo é obter um diagnóstico correto, realizado por meio de avaliações com o pediatra “A asma se manifesta de forma heterogênea, mas tem como principal característica a inflamação crônica das vias aéreas. Geralmente, surge nos primeiros anos de vida. O termo asma é mais comumente utilizado a partir dos 6 anos, enquanto antes dessa idade, alguns médicos e autores preferem chamá-la de sibilância ou bronquite”, explica o infectologista pediátrico do HRSM, Pedro Bianchini. Os sintomas mais comuns incluem respiração curta e acelerada, falta de ar e chiado no peito (sibilos). Além disso, infecções virais respiratórias desempenham um papel fundamental na piora das crises, pois aumentam a hiperreatividade brônquica e o processo inflamatório. “Outros fatores, como poluição, tabagismo passivo e exposição a alérgenos, também contribuem para o agravamento da doença. Além disso, um histórico familiar de asma é um fator de predisposição”, acrescenta o especialista. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), a asma afeta cerca de 300 milhões de pessoas no mundo, abrangendo todas as faixas etárias. No Brasil, estima-se que aproximadamente 20 milhões de pessoas tenham a doença, com alta prevalência entre crianças e adolescentes, chegando a 20% em algumas regiões urbanas. Segundo Bianchini, por ser uma condição crônica, o primeiro passo é obter um diagnóstico correto, realizado por meio de avaliações com o pediatra. O diagnóstico preciso e o tratamento – tanto para crises agudas quanto para o controle da doença a longo prazo – costumam ser conduzidos pelo pediatra, podendo haver encaminhamento para um pneumologista ou alergista pediátrico, quando necessário. “As orientações sobre mudanças de hábitos e o uso de medicações específicas para reduzir a frequência e a intensidade das crises devem ser feitas pelo pediatra, com ajustes frequentes conforme a evolução do quadro. O acompanhamento regular da criança é essencial”, conclui o especialista. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)
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Evento capacita profissionais de saúde para manejo de doenças respiratórias
O Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) promoveu, na terça-feira (25), um curso online sobre bronquiolite aguda. O momento educativo foi a finalização do curso de emergências pediátricas, promovido pelo Hospital em janeiro e fevereiro. As aulas prepararam os profissionais de saúde da atenção primária e secundária da rede pública de saúde para atender crianças que evoluam para estado crítico e que precisem ser estabilizados até uma transferência para a terapia intensiva. O webinar contou com palestras da pneumologista pediátrica do HCB, Luciana Monte, e do intensivista pediátrico do Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB), Andersen Fernandes, além de moderação da coordenadora do Serviço de Terapia Intensiva do HCB, Selma Kawahara. Os participantes atualizaram os conhecimentos sobre o tratamento de crianças com bronquiolite e puderam sanar dúvidas sobre o acompanhamento de pacientes com a doença. O curso sobre diagnóstico, tratamento e evolução da bronquiolite aguda teve quase 500 visualizações | Foto: Divulgação/HCB O evento abordou reconhecimento, diagnóstico e manejo da bronquiolite aguda, enfatizando fisiopatologia, sinais de gravidade, critérios de internação e condutas baseadas em evidências e mantendo o foco na segurança e qualidade do atendimento ao paciente pediátrico. Realizado online, o evento foi aberto a todos profissionais de saúde interessados no tema, não se restringindo àqueles que participaram do curso de emergências pediátricas. O webinar contou com 489 visualizações, com pico de 213 espectadores simultâneos. *Com informações do HCB
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