Hospital de Santa Maria apresenta estudos no V Congresso Brasileiro de Saúde Pública
O Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), unidade administrada pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), tem apresentado estudos inovadores no V Congresso Brasileiro de Saúde Pública (Conbrasp), em curso no formato virtual até esta quinta-feira (6). O evento é um dos principais fóruns de debate sobre os desafios e avanços da saúde pública no país, reunindo pesquisadores, gestores e profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS). Equipe do HRSM apresentou um trabalho que tem como foco a segurança das gestantes | Foto: Alberto Ruy/IgesDF Apresentado pela equipe multiprofissional do HRSM, o estudo “Implantação de uma linha de cuidados em fisioterapia obstétrica em hospital público de referência no Distrito Federal: relato de experiência” reflete o compromisso da instituição com uma assistência cada vez mais humanizada e segura às gestantes. Trabalho coletivo “Trabalhamos para oferecer conforto e humanização às gestantes, respeitando o corpo e o protagonismo da mulher em todas as fases, do pré-parto ao pós-parto” Giovanna Cassaro, fisioterapeuta e coautora do estudo apresentado A fisioterapeuta Giovanna Cassaro, coautora do estudo, lembra que o reconhecimento no congresso é resultado do empenho coletivo da equipe: “Esse estudo representa a valorização de todo o esforço e dedicação de cada fisioterapeuta que atua no centro obstétrico, na maternidade e no ambulatório. Trabalhamos para oferecer conforto e humanização às gestantes, respeitando o corpo e o protagonismo da mulher em todas as fases, do pré-parto ao pós-parto”. Segundo Giovanna, quando o corpo da mulher e sua fisiologia são respeitados, os resultados são melhores. “Há menos necessidade de intervenções, redução de lacerações e maior autonomia da parturiente”, aponta. “É gratificante ver esse empoderamento acontecer no nosso dia a dia”. Dor crônica Outros trabalhos do HRSM também foram aprovados no congresso, entre eles, o estudo sobre linha de cuidados para pacientes com dores crônicas e a implantação do primeiro fluxo digital da assistência e faturamento nutricional do SUS. De acordo com a chefe do Serviço de Psicologia do HRSM, Paola Bello, o grupo tem caráter interdisciplinar, com atuação conjunta de enfermagem, psicologia, fisioterapia, nutrição, farmácia, serviço social e terapia ocupacional, garantindo uma abordagem integral e mais efetiva aos pacientes. “A dor crônica é uma condição que exige aprendizado e estratégias de enfrentamento”, enfatiza a gestora. “Criamos uma linha de cuidados voltados à psicoeducação, à promoção da autonomia e ao manejo da dor — inclusive com métodos não farmacológicos.” [LEIA_TAMBEM]A nutricionista Patrícia dos Santos, chefe do Serviço de Nutrição Dietética do IgesDF, explica que a iniciativa trouxe mais agilidade e rastreabilidade ao trabalho entre as áreas: “Com o novo sistema, todas as etapas da prescrição e do acompanhamento nutricional ficaram integradas e automáticas. Hoje conseguimos rastrear quem solicitou, quem prescreveu e em quanto tempo o atendimento foi realizado, garantindo mais eficiência e qualidade no cuidado ao paciente”. A gerente multiprofissional do HRSM, Luciana Gomes, lembra que a participação no congresso reforça a credibilidade do hospital e sua contribuição para o fortalecimento da saúde pública no Brasil. “Cada vez que levamos nossos projetos e boas práticas a congressos como o Conbrasp, ganhamos visibilidade e inspiramos outras instituições públicas e privadas”, enfatiza. Com uma programação diversificada, o encontro reúne palestras, minicursos e apresentações científicas que incentivam a integração entre ensino, pesquisa e extensão. Para acompanhar o evento, acesse este link. *Com informações do IgesDF
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Hospital de Base realiza cirurgia de implante de eletrodo medular para dor crônica
A equipe de neurocirurgia do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) executou, na manhã da sexta-feira (21), três procedimentos cirúrgicos para o implante de eletrodos medulares em pacientes com dores crônicas. Um dos implantes foi em caráter definitivo, e os outros dois são testes temporários para avaliação da eficácia do tratamento. Neuromodulação invasiva, técnica utilizada no procedimento, é indicada para pacientes que não obtiveram êxito em tratamentos convencionais | Foto: Divulgação/IgesDF “Quando não conseguimos eliminar a causa da dor, buscamos bloquear a transmissão dessa informação ao cérebro por meio da estimulação elétrica da medula” Antônio Oliveira, neurocirurgião As cirurgias serviram como a parte prática do encerramento de um curso de aperfeiçoamento em neuromodulação invasiva que teve início na quinta-feira (20) e reuniu médicos do próprio Hospital de Base, residentes e especialistas convidados de diversas regiões do país. O evento também incluiu aulas teóricas e teve o atendimento aos pacientes, além dos procedimentos cirúrgicos. Segundo o neurocirurgião Antônio Oliveira, a neuromodulação invasiva é uma técnica avançada para o tratamento de dores crônicas refratárias, indicada para pacientes que não obtiveram sucesso com métodos convencionais, como medicação, fisioterapia e infiltrações. “Quando não conseguimos eliminar a causa da dor, buscamos bloquear a transmissão dessa informação ao cérebro por meio da estimulação elétrica da medula”, explica. Eletrodos e bateria O procedimento consiste no implante de eletrodos na coluna do paciente, que são conectados a uma bateria programável via bluetooth. A tecnologia permite o controle da dor ao emitir impulsos elétricos que interrompem os sinais dolorosos antes de chegarem ao cérebro. “É um tratamento consolidado, disponível no Brasil há cerca de 30 anos de forma eletiva; nos últimos anos, conseguimos torná-lo acessível 100% pelo Sistema Único de Saúde aqui no Distrito Federal”, relata Tiago Freitas, cirurgião responsável pelos procedimentos realizados. “O procedimento de troca é minimamente invasivo, semelhante à substituição de um marca-passo cardíaco” Tiago Freitas, cirurgião O Hospital de Base, gerido pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), possui contrato com a empresa Medtronic e pode contar com os materiais necessários para esse tipo de neuromodulação. Apesar disso, a disponibilidade do tratamento ainda é limitada. “É um serviço oferecido por poucos centros no país, e aqui atendemos não só pacientes do DF, mas também de estados vizinhos, como Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso e até Nordeste e Norte”, lembra Antônio Oliveira. Implante ajuda a diminuir dor crônica O paciente submetido ao implante definitivo nesta sexta já havia passado por cirurgias na coluna sem obter alívio total da dor. Após um teste bem-sucedido com a estimulação medular temporária, foi aprovada a implantação permanente do dispositivo. Os testes temporários, que duram alguns dias, permitem avaliar a eficácia do tratamento antes da cirurgia definitiva, garantindo que apenas os pacientes com boa resposta sigam para a próxima etapa. A manutenção do sistema envolve a troca da bateria a cada cinco anos, em média. Há opções de baterias recarregáveis, que prolongam a durabilidade do equipamento, e modelos que requerem substituição periódica. “O procedimento de troca é minimamente invasivo, semelhante à substituição de um marca-passo cardíaco”, explica Tiago. Apesar do avanço na oferta do tratamento pelo SUS, existem desafios para atender à demanda reprimida. “Há poucos profissionais especializados para realizar o procedimento”, pontua Antônio Oliveira. “Antes, o problema era a falta de material; agora é a necessidade de mais recursos humanos”. Referência nesses procedimentos, o Hospital de Base conta hoje com o apoio de especialistas em fase de formação para ampliar a equipe. *Com informações do IgesDF
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HRSM tem grupo que ajuda a tratar pacientes com fibromialgia
A campanha Fevereiro Roxo é dedicada para dar visibilidade à fibromialgia, condição que se caracteriza por dor muscular generalizada, crônica (dura mais que três meses), mas que não apresenta evidência de inflamação nos locais de dor. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Reumatologia, a doença se manifesta em pelo menos 2,5% da população adulta no Brasil. Ela pode ser acompanhada de outras patologias que também causam sintomas semelhantes, potencializando a carga da doença e diminuindo a qualidade de vida. Além disso, a fibromialgia pode ter um componente familiar genético envolvido. A reumatologista do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), Tainá Carneiro, explica que a fibromialgia é uma síndrome complexa cujo principal sintoma é a dor difusa, em qualquer área do corpo, de maneira contínua ou intermitente, piorada com a movimentação. Ela é acompanhada de sintomas como fadiga, alterações do sono, alterações do humor, alterações da cognição e memória e sensações como dormências, formigamentos, choques. O tratamento para a fibromialgia é multidisciplinar para que o paciente mantenha bem e funcional | Fotos: Alberto Ruy/IgesDF Segundo a médica, nem todos os sintomas podem estar presentes em todas as pessoas, e não precisam estar presentes concomitantemente. Por isso, a fibromialgia é uma doença que se manifesta diferente em cada indivíduo, tornando o diagnóstico por vezes desafiador e o tratamento e acompanhamento personalizados. “Não existe receita de bolo no tratamento da dor crônica. Cada paciente possui particularidades que precisam ser abordadas individualmente. A dor envolve aspectos físicos, emocionais e sociais que precisam fazer parte da abordagem”. O tratamento é multidisciplinar para que o paciente mantenha bem e funcional. Os quatro pilares principais do tratamento envolvem medicamentos, psicoterapia, terapias como biofeedback (ajuda a controlar funções corporais involuntárias, como a frequência cardíaca e a respiração) e atividade física. “Apesar dos pacientes com dor crônica experimentarem uma aversão ao movimento (cinesiofobia), o exercício físico é fundamental para a melhora do sono, da fadiga e dos sintomas dolorosos. Estudos mostram que a atividade física também é importante para diminuir os sintomas depressivos e ansiosos que podem acompanhar o diagnóstico de fibromialgia. Possíveis causas Gatilhos estressores como outras dores crônicas, traumas físicos e emocionais, sobrecarga articular e sedentarismo podem ser o gatilho para desenvolvimento da fibromialgia. De acordo com Tainá, as mulheres são mais acometidas do que os homens, principalmente na faixa etária dos 30 aos 50 anos. Porém, idosos, adolescentes e crianças também podem ser acometidos pela enfermidade. “Hábitos de vida saudáveis, atividade física regular e terapias de relaxamento são fundamentais para o tratamento e prevenção das crises de piora da doença”, ressalta a médica. Hoje, o reumatologista é o médico responsável pelo diagnóstico e manejo da doença, porém, médicos da atenção primária à saúde, clínicos gerais e ortopedistas devem estar familiarizados com o tratamento, diagnóstico e manejo de crises e sintomas. Gatilhos estressores como outras dores crônicas, traumas físicos e emocionais, sobrecarga articular e sedentarismo podem ser o gatilho para desenvolvimento da fibromialgia Grupo de dor crônica Para ajudar pacientes com a doença e outras enfermidades que podem gerar desconforto ou dificultar nas atividades do dia a dia, o HRSM, criou, desde agosto de 2023, o Grupo de Dor Crônica. Os encontros são para os pacientes que estão fazendo acompanhamento com os reumatologistas e ortopedistas do ambulatório do HRSM e, após avaliação dos profissionais, se enquadram nos critérios de pacientes com dores crônicas. “O objetivo do grupo é proporcionar estratégias de enfrentamento para os pacientes com dores crônicas. Entender que a dor crônica é uma condição e como é possível a pessoa ser ativa para o seu tratamento, via psicoeducação e ferramentas de enfrentamento”, explica a chefe do Serviço de Psicologia e especialista em dor crônica, Paola Palatucci Bello. Com o intuito de aprimorar a qualidade de vida diante das limitações físicas e dos desafios cotidianos impostos pela dor crônica, a abordagem adotada busca explorar diferentes estratégias ao longo de 12 encontros, realizados todas às quintas-feiras pela manhã. Essas estratégias variam desde psicoeducação até técnicas de mindfulness, com a colaboração de uma equipe de especialistas de diferentes áreas. A equipe é composta por psicólogos, fisioterapeutas, médicos reumatologistas, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, enfermeiros, farmacêuticos e nutricionistas. São profissionais que unem forças para ir além do tratamento convencional e proporcionar estratégias de enfrentamento e conscientização do papel dos pacientes em seu próprio tratamento. “Hoje, a maioria dos pacientes que participam do Grupo de Dor Crônica possui fibromialgia. Trabalhamos com eles a higiene do sono, dietas anti-inflamatórias, psicoeducação e utilizamos técnicas de mindfulness para fortalecer a atenção concentrada dos pacientes, visando sempre estratégias de enfrentamento”, ressalta Paola. O tratamento necessita de abordagem multidisciplinar, entre elas, a fisioterapia desempenha um papel bastante significativo. Em todos os encontros, são realizados exercícios adaptados para trabalhar alongamento e analgesia. O programa também incorpora a auriculoterapia, uma técnica derivada da acupuntura, que aplica pressão em pontos específicos da orelha para tratar vários tipos de dores. Essa prática terapêutica visa não apenas o bem-estar físico, mas também o equilíbrio emocional. *Com informações do IgesDF
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Grupo de dor crônica do HRSM cria rede de apoio a pacientes
No Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), uma iniciativa muito aguardada se tornou realidade: o grupo de dor crônica. O espaço vai além do tratamento convencional, criando uma rede de apoio para pacientes que enfrentam diariamente desafios impostos por essa doença Em um contexto onde a dor crônica afeta aproximadamente 37% da população brasileira, cerca de 60 milhões de pessoas, conforme dados da Sociedade Brasileira de Estudos da Dor (SBED), a linha de cuidados para pessoas com dores crônicas do HRSM se destaca como uma resposta inovadora. Grupo conta, entre outros profissionais, com psicólogos, fisioterapeutas, reumatologistas, assistentes sociais e terapeutas ocupacionais | Fotos: Divulgação/ IgesDF O grupo funciona no ambulatório e é formado por aproximadamente 15 participantes que se encontram semanalmente. As manhãs de quinta-feira são marcadas pela conexão e pelo compartilhamento de experiências e de conhecimento. Com o intuito de aprimorar a qualidade de vida diante das limitações físicas e dos desafios cotidianos impostos pela dor crônica, a abordagem adotada busca explorar diferentes estratégias ao longo de aproximadamente 12 encontros. Essas estratégias variam desde psicoeducação até técnicas de mindfulness, (prática terapêutica de concentração máxima no presente) com a colaboração de uma equipe de especialistas de diferentes áreas. [Olho texto=”“O nosso objetivo é trabalhar estratégias de enfrentamento para a dor, para que eles possam recuperar a qualidade de vida e consigam seguir com essas condições”” assinatura=”Paola Palatucci, psicóloga” esquerda_direita_centro=”direita”] Psicólogos, fisioterapeutas, reumatologistas, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, enfermeiros, farmacêuticos e nutricionistas unem forças para proporcionar estratégias de enfrentamento e conscientização do papel dos pacientes em seu próprio tratamento. A psicóloga Paola Palatucci, especialista em dor crônica e uma das mentes por trás do projeto, explica: “O nosso objetivo é trabalhar estratégias de enfrentamento para a dor, para que eles possam recuperar a qualidade de vida e consigam seguir com essas condições”. Albertina Fernandes, de 53 anos, membro do grupo desde o início, mencionou que usava remédios controlados para dor por mais de uma década. Desde que ingressou no grupo, reduziu o uso de algumas medicações. Ela comentou: “Estou me sentindo bem melhor. O grupo tem sido de grande ajuda; durmo melhor e estou bem emocionalmente. Só tenho a agradecer”. Paula Palatucci reforçou: “Trabalhamos higiene do sono, dietas anti-inflamatórias, psicoeducação e utilizamos técnicas de mindfulness para fortalecer a atenção concentrada dos pacientes, visando sempre estratégias de enfrentamento”. [Olho texto=”Em todos os encontros, são realizados exercícios adaptados para trabalhar alongamento e analgesia” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O tratamento exige uma abordagem multidisciplinar na qual a fisioterapia também desempenha um papel significativo. Em todos os encontros, são realizados exercícios adaptados para trabalhar alongamento e analgesia. O programa incorpora, ainda, a auriculoterapia, uma técnica derivada da acupuntura que aplica pressão em pontos específicos da orelha para tratar vários tipos de dores. Essa prática terapêutica visa não apenas ao bem-estar físico, mas também ao equilíbrio emocional. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A fisioterapeuta Alessandra Sandro Meireles enfatiza a importância da abordagem integral da equipe, ressaltando o compromisso em proporcionar não apenas um alívio imediato, mas uma melhoria significativa na qualidade de vida dos pacientes: “Todas as estratégias são apresentadas para que possam ser aplicadas no dia a dia, permitindo que os pacientes tenham consciência de seu papel ativo na melhoria de seu quadro clínico”. Desde os 20 anos, Suely Pinheiro Barreira, 61, convive com o desafio da fibromialgia, uma condição dolorosa e persistente. “Esse grupo está sendo uma maravilha; tenho aprendido como lidar com a dor da fibromialgia, porque é uma dor crônica, uma dor que você acha que não vai conseguir suportar. Eu tenho aprendido muito com toda a equipe e me sinto acolhida. Para mim tem dado resultado, tenho parado até de tomar alguns medicamentos fortes”, relata *Com informações do IgesDF
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