Acordo de cooperação técnica facilita acesso a emprego a egressos do sistema prisional
Em uma iniciativa inédita que visa reforçar o compromisso com a ressocialização e inclusão social, a Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso do Distrito Federal (Funap), órgão vinculado à Secretaria de Justiça e Cidadania do DF (Sejus), celebrou um acordo de cooperação técnica com a Procuradoria-Geral do Trabalho (PGT) e a Procuradoria Regional do Trabalho da 10ª Região (PRT10). O objetivo é garantir a reserva de cotas destinadas a pessoas egressas do sistema prisional em contratos administrativos firmados pelos órgãos signatários. Segundo a diretora-executiva da Funap-DF, Deuselita Martins, a reserva de vagas representa uma nova chance de reconstrução para o público contemplado | Foto: Divulgação/Funap-DF Publicado nesta segunda-feira (12) no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF), o acordo estabelece que todos os contratos firmados pela PGT e pela PRT10 que envolvam a contratação de serviços contínuos com dedicação exclusiva de mão de obra deverão reservar uma porcentagem mínima de vagas para egressos do sistema prisional. O percentual mínimo de vagas será estabelecido no edital de licitação e no aviso de contratação direta. “Esse acordo é uma demonstração clara do compromisso do Ministério Público do Trabalho com a promoção da justiça social e a criação de oportunidades para aqueles que mais necessitam”, afirmou o diretor-geral da Procuradoria-Geral do Trabalho, Gláucio Araújo de Oliveira. “Ao assegurar a reserva de vagas para essas pessoas nos contratos administrativos, estamos oferecendo uma nova chance de reconstrução de suas vidas, ao mesmo tempo em que fortalecemos a função social das contratações públicas. Esse acordo representa um marco na nossa missão de apoiar a ressocialização dos egressos do sistema prisional”, ressaltou a diretora-executiva da Funap-DF, Deuselita Martins. O acordo tem vigência de cinco anos, com possibilidade de prorrogação, e reforça o compromisso das instituições envolvidas com a inclusão social e a promoção de oportunidades para todos, especialmente para aqueles que enfrentam maiores desafios em sua trajetória de reintegração na sociedade. *Com informações da Funap
Ler mais...
Sejus cria escritório para promover a reinserção social
Ferramenta on-line facilita o acesso a emissão de documentos, cursos e processos | Imagem: Reprodução A Secretaria de Justiça e Cidadania do DF (Sejus) está finalizando a implantação de Escritório Social físico para reinserção na sociedade de egressos do sistema prisional, segundo informou a pasta nesta sexta-feira (23). A nova unidade vai utilizar o aplicativo Escritório Social Virtual (ESVirtual), lançado nesta semana, em cerimônia virtual, pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com a presença do presidente do órgão e do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux. Como objetivo, a ferramenta foi criada para facilitar o acesso de egressos do sistema prisional e de seus familiares a políticas e serviços de apoio para reinserção social, incluindo a emissão de documentos, cursos de qualificação e acompanhamento processual. [Olho texto=”“É responsabilidade de todos nós caminharmos juntos para trazer dignidade e apoio às pessoas egressas do sistema prisional”” assinatura=” Marcela Passamani, secretária de Justiça e Cidadania” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O aplicativo foi desenvolvido por meio de acordos com a Universidade de Brasília (UnB) e a Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF). Kroton e Fundação Pitágoras (Cogna Educação) participaram da disponibilização de conteúdos de qualificação, gratuitos para os usuários do app. A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, disse que está finalizando os trâmites internos para a implementação do Escritório Social físico, que será apoiado pelo aplicativo. “O Escritório Social Virtual trabalha a intersetorialidade, com cidadania, direitos e dignidade da pessoa humana”, disse. “Quando temos suporte entre sociedade civil e governo, conseguimos boas políticas. É responsabilidade de todos nós caminharmos juntos para trazer dignidade e apoio às pessoas egressas do sistema prisional.” Desestímulo à reincidência [Olho texto=”“Estamos invocando a tecnologia para atuar em benefício da disseminação de serviços e de políticas de cidadania que facilitem a estabilização social” ” assinatura=” Marcela Passamani, secretária de Justiça e Cidadania” esquerda_direita_centro=”direita”] Por ocasião do lançamento, o ministro Luiz Fux destacou que o aplicativo está alinhado aos princípios constitucionais para uma sociedade mais justa e atenta ao retorno social de quem já cumpriu pena. “Quebrar o ciclo vicioso do crime, restabelecendo a dignidade da vida de milhares que passam pela prisão, é garantir segurança pública para toda a população, desestimulando à reincidência”, afirmou Fux. “Estamos invocando a tecnologia para atuar em benefício da disseminação de serviços e de políticas de cidadania que facilitem a estabilização social.” O presidente do CNJ também fez referência ao programa Fazendo Justiça, parceria entre o CNJ e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), contexto onde se deu a criação do aplicativo. “Que possamos seguir o caminho da defesa dos direitos fundamentais de todas as pessoas, pois, como nos lembram os objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, ‘ninguém pode ficar para trás’. O CNJ e o Judiciário não se furtarão a essa obrigação”, acrescentou Fux. [Olho texto=”A inovação na atenção a egressos, com o apoio do programa Fazendo Justiça, coloca o país em posição de destaque no continente” assinatura=” Katyna Argueta, representante de programa das Nações Unidas” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Tecnologia para o bem-estar A reitora da UnB, Márcia Abrahão Moura, destacou o papel da universidade além da formação de pessoas para atuar junto à sociedade. “A tecnologia tem que servir ao bem-estar da sociedade, especialmente em situação de pandemia”, disse. Para a representante-residente do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), Katyna Argueta, a inovação na atenção a egressos com o apoio do programa Fazendo Justiça coloca o país em posição de destaque no continente. “O aplicativo chega como mais um passo do reconhecido esforço de modernização e transformação social do país, com a atenção especial a populações em situação de vulnerabilidade”, comentou. O presidente do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, desembargador Romeu Gonzaga Neiva, lembrou que as políticas judiciárias de atenção aos egressos atuam desde o programa Começar de Novo, em 2009. “Seguimos desenvolvendo projetos voltados à ressocialização dos egressos com vista a minimizar os efeitos deletérios do encarceramento, neutralizando, assim, vulnerabilidades recorrentes, como mobilidade, documentação civil, trabalho e moradia, entre tantas outras”, disse. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O supervisor do Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas do CNJ) conselheiro Mário Guerreiro, falou sobre o assunto: “Poucos se dão conta, mas é para além do cárcere que as dificuldades do apenado aparecem. Nós, enquanto Estado e sociedade organizada, temos que fazer frente a esse desafio”. * Baixe o ESVirtual para Android * Baixe o ESVirtual para iOS *Com informações da Sejus
Ler mais...