Ampliação do acesso ao ensino técnico no DF é apresentada em evento na capital
Autoridades, especialistas e representantes de instituições públicas e privadas reuniram-se, nesta terça-feira (9), para discutir alternativas que possam tornar a qualificação profissional mais ágil, eficiente e conectada às demandas atuais do mercado, no encontro CB Fórum Educação Profissional e o Mercado de Trabalho, realizado no auditório do jornal Correio Braziliense. Na abertura do evento, a vice-governadora (na função de governadora em exercício) Celina Leão destacou as entregas recentes da Secretaria de Educação (SEEDF) voltadas à formação técnica. “A SEEDF entregou uma nova escola técnica no Paranoá, e ainda vamos entregar mais duas novas escolas da educação profissional, pensando nessa formação que realmente oferece a capacitação a esses alunos”, afirmou Celina. “Os estudantes saem de lá com uma formação técnica especializada, capacitando esses jovens para o primeiro emprego. Nós temos quase 1,1 milhão empregos formais aqui no DF, um dos melhores índices em muitos anos, para que tenhamos pessoas com a formação adequada para as vagas que o mercado de trabalho exige”, informou a governadora em exercício. Impacto da qualificação Hélvia Paranaguá reforçou que a Educação Profissional e Tecnológica tem desempenhado papel fundamental na transformação da realidade de muitos estudantes da rede pública | Foto: Felipe de Noronha/SEEDF Para a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, a Educação Profissional e Tecnológica (EPT) tem desempenhado papel fundamental na transformação da realidade de muitos estudantes da rede pública. “Fazemos todo um trabalho de identificar as áreas de maior demanda no Distrito Federal e no mundo”, explicou. Hélvia ressaltou que 50 jovens da EPT da rede pública embarcaram na semana passada para o programa de formação Pontes para o Mundo, no Reino Unido. Estudantes do Pontes para o Mundo ficarão três meses no Reino Unido | Foto: Jotta Casttro/SEEDF [LEIA_TAMBEM]A secretária destacou, ainda, que a rede pública de ensino do DF ampliou de forma expressiva a oferta de vagas em educação profissional nos últimos anos. O crescimento, segundo ela, superou 30% graças a parcerias firmadas com instituições formadoras. “As parcerias nos deram fôlego e novas opções de cursos, permitindo ampliar bastante o leque de formação para os nossos estudantes”, comentou. Hélvia comemorou também os números do crescimento da EPT na SEEDF. “Hoje, temos cerca de 82 mil alunos no ensino médio, e a meta é chegar a 30 mil matriculados em educação profissional, o que atende ao Plano Nacional de Educação [PNE] e ao Plano Distrital de Educação [PDE]. Já alcançamos resultados importantes, mas queremos ampliar muito mais”, concluiu a gestora. O debate reforçou a necessidade de aumentar os investimentos em educação profissional como estratégia de desenvolvimento nacional. A defesa da prática como eixo central da formação, aliada ao fortalecimento das políticas públicas de capacitação, apareceu como caminho para garantir não apenas o acesso, mas também a permanência de estudantes em cursos que preparem de fato para o mundo do trabalho. *Com informações da Secretaria de Educação
Ler mais...
Preparatório para alunos com deficiência ou transtornos que vão fazer o Enem tem aula inaugural
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) representa, para milhares de jovens, a porta de entrada para o ensino superior. Pensando em garantir equidade de oportunidades a todos os estudantes da rede pública de ensino, a Secretaria de Educação (SEEDF), por meio da Subsecretaria de Educação Inclusiva e Integral (Subin), lançou, no sábado (16), a edição 2025 do projeto Enem Inclusivo e Especial, que promove aulões preparatórios para o Enem para estudantes com deficiência ou transtornos funcionais. A aula inaugural ocorreu no auditório do Centro de Educação de Jovens e Adultos da Asa Sul (Cesas) e marcou o início de uma jornada que seguirá com encontros aos sábados, até a data do exame. O programa é resultado de um amplo esforço coletivo que envolve professores, gestores, estudantes e famílias, em um movimento de mobilização comunitária. “O Enem Inclusivo e Especial nasceu do coração da professora Vera Lúcia Barros, com um propósito muito simples e profundo: garantir que todos tenham as mesmas oportunidades de chegar onde desejam. Cada detalhe foi pensado para os estudantes, desde as aulas com intérpretes de libras até o carinho e dedicação dos professores”, destacou a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, durante a aula inaugural. Aula inaugural do Enem Inclusivo e Especial 2025 ocorreu no auditório do CESAS, no sábado (16) | Fotos: Felipe de Noronha/SEEDF A edição deste ano trouxe uma novidade importante: a parceria com o Senac-DF, que permite o uso de uma plataforma digital totalmente acessível. O recurso amplia a autonomia dos estudantes ao disponibilizar conteúdos com tecnologia assistiva, legendas, audiodescrição e apoio de professores especializados. “Nosso diferencial é a acessibilidade integral. Queremos que cada aluno encontre um espaço de aprendizado seguro e inclusivo”, reforçou a subsecretária Vera Lúcia Barros. Em 2025, o projeto conta com 41 estudantes matriculados especificamente no Enem Inclusivo e Especial, além de outros 50 atendidos pelo eixo de empregabilidade, que complementa a formação ao preparar os jovens para o mercado de trabalho. A proposta vai além do acesso ao ensino superior, contribuindo também para que esses estudantes conquistem independência e melhores oportunidades profissionais. Mais oportunidades, mais sonhos Exemplo disso é a trajetória de Luis Felipe Sales, ex-participante do projeto, que ingressou no curso de jornalismo por meio do Enem e, recentemente, conquistou seu primeiro emprego com carteira assinada. “Não foi fácil, fiquei quase um ano desempregado depois de formado, mas graças ao apoio do programa consegui uma oportunidade. Hoje trabalho na área administrativa de um hospital e já penso em novos passos para o meu futuro”, contou. Secretária de Educação, Hélvia Paranaguá (D), participou da aula inaugural: "A educação é a chave que abre portas, mas é o coração de vocês que decide atravessá-las" [LEIA_TAMBEM]Com a experiência de quem já trilhou esse caminho, Luis Felipe também deixa um recado aos atuais estudantes do programa: “Para quem está começando no projeto, eu indico aproveitar ao máximo cada aula. Os professores e a equipe de apoio estão sempre prontos para ajudar, então não tenham vergonha de perguntar. Outra coisa importante é criar o hábito da leitura: ler todos os dias, revisar provas antigas, praticar exercícios e até usar técnicas de memorização, como a repetição. Também é fundamental cuidar da saúde, ter uma boa alimentação e reservar momentos de descanso, porque isso faz toda diferença na hora da prova. A dedicação vale a pena, porque os resultados chegam”. O Enem Inclusivo e Especial também se firma como espaço de troca, apoio emocional e motivação. Professores e monitores dedicam os sábados para garantir que os estudantes tenham reforço, estímulo e confiança no caminho até a prova. Além de aulas de conteúdo, os encontros promovem orientações sobre autocuidado, rotina de estudos e técnicas de memorização. “A educação é a chave que abre portas, mas é o coração de vocês que decide atravessá-las”, afirmou Hélvia Paranaguá ao incentivar os alunos. Mais do que preparar para um exame, o projeto representa um passo concreto rumo à universalização da educação pública, que acolhe as diferenças e valoriza talentos. “Nosso trabalho é mostrar que todos têm competências e capacidades, e que a inclusão é uma prática que transforma vidas. Sou muito grata a toda a equipe da Subin, aos professores, por poder fazer parte desse acontecimento tão importante que é o Enem Inclusivo e Especial”, celebrou a subsecretária Vera Lúcia Barros. *Com informações da Secretaria de Educação
Ler mais...