GDF orienta população no combate a escorpiões
O Governo do Distrito Federal (GDF) intensificou o combate contra escorpiões, com mais inspeções em imóveis residenciais. As ações incluem visitas para identificar possíveis esconderijos do animal tanto no interior quanto nos quintais das casas. Nesta sexta-feira (18), as equipes da Secretaria de Saúde (SES-DF) estiveram na Asa Norte para verificar as casas da Superquadra 711. Os escorpiões são aracnídeos e podem ser encontrados nas zonas tropicais e subtropicais do mundo. A recomendação é que, ao encontrar um escorpião em casa, o morador entre em contato com a Vigilância Ambiental, por meio do número 162, ou registrando um chamado na Ouvidoria pelo sistema Participa DF. Durante as ações, os profissionais orientam os moradores sobre cuidados como a instalação de vedação nas portas, colocação de telas nos ralos, controle de baratas — principal fonte de alimento dos escorpiões — e a eliminação de entulhos e restos de materiais de construção. As medidas visam à segurança da população diante da maior incidência de acidentes com escorpiões em determinadas épocas do ano. Durante as ações, os profissionais orientam os moradores sobre medidas contra escorpiões | Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília “São visitas domiciliares tanto em relação à dengue quanto a animais peçonhentos e outros animais sintomáticos. Além disso, a gente também atende os canais de ouvidoria do GDF”, explica a agente de vigilância ambiental em saúde Ranny Keatlyn de Oliveira. “Estamos aumentando as nossas vistorias, tanto com as visitas domiciliares, quanto com o atendimento da ouvidoria”. Na inspeção desta manhã, a equipe encontrou pelo menos dois espécimes na casa da aposentada Gláucia Maria da Silva. “Moro aqui há dois anos e meio. Desde quando a gente mudou, que a casa já estava em reforma, eu já encontrava escorpião. Às vezes eu estava na frente da casa e percebia o escorpião entrando”, conta. Gláucia considera importantes as ações da Secretaria de Saúde. “Sou idosa, tenho criança em casa, então todo cuidado é pouco”, afirma. Gláucia Maria da Silva: "A orientação que já recebi foi de vedar tudo que for buraquinho de tomada, qualquer possibilidade que o escorpião possa entrar" A aposentada conta que faz a limpeza das caixas de gordura e de esgoto a cada seis meses por precaução. “A gente limpa, faz a dedetização e o cuidado. A orientação que já recebi foi de vedar tudo que for buraquinho de tomada, qualquer possibilidade que o escorpião possa ter para entrar. Mantenha a limpeza, não acumular coisas pelo chão, porque tudo isso se torna esconderijo”, aconselha. Orientações A agente Ranny reforça as orientações: “A maioria da população pensa que os escorpiões acessam as casas por meio de ralos, mas o animal gosta de ambientes úmidos, mas não com água. Então, muito dificilmente ele vai entrar na casa por meio de um ralo que esteja em uso constante. É importante deixar fechado, mas o principal local de acesso vai ser por meio dos condutores elétricos”. Ranny aconselha a população a passar um pente-fino nas casas. “Olhar se as tomadas estão bem-encaixadas, ver se tem algum buraquinho que esteja saindo no fio, que esteja um pouco aberto, se as lâmpadas e luminárias estão bem-encaixadas e tentar vedar esses conduítes elétricos para evitar que os escorpiões entrem nas casas”, enumera. Ranny Keatlyn de Oliveira: “Para o escorpião a gente não tem uma dedetização específica, então o que que a gente vai fazer? Tentar fazer a dedetização voltada às baratas, que são o principal alimento deles" A presença de baratas no ambiente também é apontada pela agente como um fator que merece atenção. “Para o escorpião a gente não tem uma dedetização específica, então o que que a gente vai fazer? Tentar fazer a dedetização voltada às baratas, que são o principal alimento deles. Expulsando as baratas, a gente acaba também expulsando o escorpião porque ele vai buscar alimento em outros lugares”, conclui. Aumento no número de casos O número de acidentes com escorpiões no Distrito Federal aumentou 43,75% nos primeiros seis meses de 2025. De janeiro a junho, foram registrados 2.073 casos. No mesmo período do ano passado, foram 1.442 ocorrências. No segundo trimestre deste ano, foram registrados 1.146 acidentes, superando os 927 do primeiro trimestre. Em todo o ano de 2024, foram 3.517 casos, com distribuição praticamente igual entre homens e mulheres, e com maior concentração de vítimas entre 20 e 49 anos. O aumento no número de escorpiões achados na área residencial foi verificado em todo o país O biólogo da Secretaria de Saúde Israel Moreira explica que os casos estão aumentando em todo o país. “Um conjunto de fatores pode explicar o crescimento nos últimos anos. São eles: a elevação da temperatura, a alteração dos regimes de chuvas, o crescimento desordenado das cidades, o descarte irregular de resíduo sólido, a falta de produtos químicos eficazes para o controle no ambiente domiciliar e a desinformação acerca das medidas preventivas e de controle”, enumera. Serviço A Secretaria de Saúde disponibiliza soros antivenenos contra picadas de escorpiões em diversos hospitais no Distrito Federal. As pessoas que forem picadas pelo aracnídeo podem procurar os seguintes locais: ⇒ Hospital Materno Infantil de Brasília (atendimento exclusivo para crianças de até 13 anos, 11 meses e 29 dias); ⇒ Hospital Regional da Asa Norte (Hran); ⇒ Hospital Regional do Guará; ⇒ Hospital Regional de Brazlândia; ⇒ Hospital da Região Leste (Paranoá); ⇒ Hospital Regional de Ceilândia; ⇒ Hospital Regional do Gama; ⇒ Hospital Regional de Santa Maria; ⇒ Hospital Regional de Planaltina; ⇒ Hospital Regional de Sobradinho; ⇒ Hospital Regional de Taguatinga. A população também pode acionar o Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox), que oferece atendimento 24 horas, pelos telefones 0800 644 6774 e 0800 722 6001. Para solicitar inspeção em casos de aparecimento do animal, o contato com a Vigilância Ambiental pode ser feito pelo número 160 ou pelo e-mail gevapac.dival@gmail.com. [LEIA_TAMBEM]Principais espécies de escorpião no Brasil De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil, os escorpiões mais perigosos são as seguintes espécies do gênero Tityus. Escorpião-amarelo (T. serrulatus) - com ampla distribuição em todas as macrorregiões do país, representa a espécie que mais preocupa, em função do maior potencial de gravidade do envenenamento e pela expansão na distribuição geográfica no Brasil, facilitada por sua reprodução partenogenética e fácil adaptação ao meio urbano. Escorpião-marrom (T. bahiensis) - encontrado nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil. Escorpião-amarelo-do-nordeste (T. stigmurus) – Também apresenta reprodução do tipo partenogenética. É a espécie mais comum no Nordeste, apresentando alguns registros nos estados de Tocantins, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Escorpião-preto-da-amazônia (T. obscurus) – Principal causador de acidentes e óbitos na região Norte e no Mato Grosso.
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Chuvas aumentam o risco de picadas de escorpião
Com a chegada do período chuvoso no Distrito Federal, a Secretaria de Saúde (SES-DF) alerta para o aumento no número de acidentes envolvendo animais peçonhentos. Em 2023, foram registrados 2.771 casos, e em 2024, até setembro, já são 2.552. Escorpiões, animais artrópodes invertebrados, são responsáveis por mais de 85% dessas ocorrências. Isso se deve ao fato de que, com o aumento de água em bueiros, caixas de energia e esgotos, esses aracnídeos são forçados a buscar novos refúgios, frequentemente invadindo residências. Foto: Tony Winston/Agência Saúde-DF A picada do escorpião-amarelo, a espécie mais comum e perigosa no Brasil, pode causar reações graves e até fatais. De janeiro a setembro de 2024, o DF registrou 2,1 mil notificações de acidentes com escorpiões, contra 2,2 mil no mesmo período de 2023. Manter jardins, quintais e outros espaços abertos limpos e organizados é essencial para evitar o aparecimento de animais peçonhentos. A Secretaria de Saúde recomenda o uso de luvas de couro e botas ao lidar com entulhos As unidades de saúde referência para tratamento de picadas de escorpião no DF incluem o Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) e dez hospitais regionais: Guará, Brazlândia, Paranoá, Ceilândia, Gama, Santa Maria, Planaltina, Sobradinho, Taguatinga e Asa Norte. O Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox-DF), em operação desde 2004, desempenha papel crucial na prevenção e no tratamento de emergências toxicológicas e acidentes com animais peçonhentos. Em 2024 foram realizados 484 atendimentos, 91 deles com escorpiões. Josiane Canterle, jornalista, moradora da zona rural de Sobradinho, relata que foi picada por um escorpião este ano e também por uma lagarta-de-fogo. “Liguei para o CIATox e eles me explicaram todos os cuidados que deveria tomar. Até enviei uma foto da lagarta para identificação e, como era venenosa, me recomendaram fazer exames de sangue. Também recebi orientações para monitorar sintomas como ardência, vermelhidão e febre”, conta. “Não é necessário capturar o escorpião, mas é importante informar ao profissional de saúde o máximo de características possíveis, como cor e tamanho do animal. Lave o local da picada com água e sabão e, em hipótese alguma, aplique no local substâncias como pó de café ou álcool” Andrea Amora, médica do CIATox-DF “No dia seguinte, a mesma atendente entrou em contato para saber como eu estava e me orientou a verificar se havia mais lagartas na propriedade. A espécie identificada foi a Lonomia obliqua”, completa a jornalista. Telefones do CIATox-DF: → 0800 644 6774 → 0800 722 6001 → (61) 9 9288-9358 O que fazer em caso de picada de escorpião? Em caso de picada de escorpião, é essencial procurar atendimento médico imediatamente. A médica Andrea Amora, do CIATox-DF, alerta: “Não é necessário capturar o escorpião, mas é importante informar ao profissional de saúde o máximo de características possíveis, como cor e tamanho do animal. Lave o local da picada com água e sabão e, em hipótese alguma, aplique no local substâncias como pó de café ou álcool”. A especialista também ressalta que nem todos os casos de picada exigem o uso de soro antiescorpiônico. “Mas, se a picada ocorrer em uma criança, é fundamental levá-la imediatamente ao hospital mais próximo”. Em casos graves, o paciente poderá receber soro antiveneno e medicação sintomática nas unidades de saúde para evitar a piora do quadro clínico. O tratamento com soro é mais eficaz se administrado nas primeiras 48 a 72 horas após a picada. Além de escorpiões, as chuvas também podem favorecer o aparecimento de lacraias e lagartas peçonhentas, como as de borboletas e mariposas, que estão em fase jovem durante essa estação. Prevenção Manter jardins, quintais e outros espaços abertos limpos e organizados é essencial para evitar o aparecimento de animais peçonhentos. A Secretaria de Saúde recomenda o uso de luvas de couro e botas ao lidar com entulhos. Os escorpiões costumam se esconder em ambientes úmidos e escuros, podendo entrar nas casas por tomadas, ralos e redes elétricas. A presença de baratas pode atrair escorpiões e aranhas, enquanto ratos podem atrair cobras. Por isso, é importante inspecionar sapatos, roupas e roupas de cama antes de usá-los. *Com informações da SES-DF
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Saiba o que fazer em caso de acidente com escorpiões no DF
O Distrito Federal registrou 2.035 acidentes com animais peçonhentos de janeiro a setembro deste ano. Mais de 1,7 mil dos casos foram protagonizados por escorpiões – aracnídeos que injetam veneno por meio do ferrão, causando dor intensa e imediata às vítimas. De acordo com a Secretaria de Saúde (SES-DF), 80% dos acidentes são classificados como leves, em que há apenas desconforto na área afetada e são tratados com medicação. Já sintomas como náuseas, vômitos e dores de cabeça aparecem em situações moderadas e graves, em que pode ser necessário o uso do soro antiescorpiônico. A solução só pode ser encontrada na rede pública de saúde do DF. Para saber qual a unidade mais próxima em que o soro está disponível, o cidadão pode entrar em contato com o Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox) pelos telefones 0800 644 6774 / 0800 722 6001 / (61) 99288-9358. Referência no DF para casos de intoxicação, o serviço funciona 24 horas e fornece o primeiro atendimento em casos de picada por animais peçonhentos. Embora possam ser encontrados o ano inteiro, é no período chuvoso que os escorpiões são vistos com maior frequência na casa das pessoas | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília Logo após a picada do escorpião, a vítima deve lavar o local com água e sabão, manter o membro afetado elevado e procurar atendimento médico o mais rápido possível. É indicado que sejam retirados acessórios como anéis, fitas amarradas ou calçados apertados. Além disso, nunca se deve tentar sugar o veneno, furar, cortar ou aplicar qualquer tipo de substância na área afetada. Outra orientação é que o animal capturado seja levado com a vítima ao atendimento médico para que seja avaliado o melhor tratamento para a situação. Caso não seja possível, a vítima pode levar uma fotografia do animal ou descrever os detalhes, como cor e tamanho, para os agentes de saúde. Os tipos mais encontrados na capital federal são o amarelo – sendo este o mais comum na área urbana -, o de patas rajadas e o preto. Arte: Fábio Nascimento/ Agência Brasília Nas unidades de saúde, os cidadãos são avaliados e medicados. O biólogo Israel Moreira, da Diretoria de Vigilância Ambiental (Dival) da SES-DF, explica que cada paciente pode apresentar níveis diferentes de dores, dependendo da quantidade de veneno injetada, do tipo de escorpião e do peso e sistema imunológico da vítima. Segundo ele, crianças e idosos são mais vulneráveis devido ao peso e à fragilidade do organismo, respectivamente. “Normalmente, a picada resulta em dor local intensa, mas os sintomas podem evoluir para vômito, suor e taquicardia – sinais de que a intoxicação do organismo pode ser mais séria. Por isso é importante que o cidadão vá o mais rápido possível para uma unidade de saúde para que um médico avalie o grau de envenenamento e receite a medicação adequada e até mesmo o soro antiescorpiônico”, explica Moreira. Fique de olho! “A água da chuva invade o esconderijo dos animais, fazendo com que eles venham para a superfície em busca de novos lugares e se escondam em sapatos, atrás de cortinas, entulhos…” Israel Moreira, biólogo Embora possam ser encontrados o ano inteiro, é no período chuvoso que os escorpiões são vistos com maior frequência na casa das pessoas. “A água da chuva invade o esconderijo dos animais, fazendo com que eles venham para a superfície em busca de novos lugares e se escondam em sapatos, atrás de cortinas, entulho…”, exemplifica o biólogo. Os locais preferidos dos escorpiões são, em geral, úmidos e escuros, como caixas de esgoto, rachaduras e espaços entre tubulações. Para conter o acesso dos animais às residências, é preciso criar barreiras físicas. “Telas nas janelas e ralos, vedação de portas, frestas e buracos em paredes, além de deixar os eletrônicos bem-encaixados nas tomadas, são algumas das estratégias para evitar que eles entrem nas casas”, esclarece Moreira. Outras medidas de prevenção são retirar entulho como restos de materiais de construção do quintal e outros locais, manter a caixa de gordura limpa e bem-tampada, checar toalhas, roupas e sapatos antes de utilizar, e afastar as camas das paredes antes de deitar-se. Ao mexer com entulho, em redes de esgoto ou mesmo em dutos de passagem de cabos telefônicos ou de energia, é importante proteger mãos, braços e pés com luvas de couro e botas, a fim de evitar a picada dos animais. Juliana Magalhães alerta: “Eles ficam escondidos em frestas nas paredes, na fiação, às vezes até em lâmpadas” O biólogo alerta ainda sobre o uso de inseticidas pulverizados, que, segundo ele, podem assustar os escorpiões e fazer com que se espalhem pelas residências. “O ideal é usar inseticidas sólidos para conter baratas, pois os pulverizados acabam desalojando os escorpiões, e não temos informações científicas que comprovem a eficácia contra eles no ambiente urbano. As barreiras físicas e as medidas de prevenção são as melhores estratégias para evitar o contato com esses animais”, enfatiza. Sete escorpiões foram encontrados na SQN 216 no início deste mês após a retirada de folhas e galhos dos jardins nas áreas entre os prédios. “Não é a primeira vez que encontramos escorpiões por aqui, então tomamos bastante cuidado. Eles ficam escondidos em frestas nas paredes, na fiação, às vezes até em lâmpadas”, conta a secretária-executiva da Associação de Moradores e Comerciantes da 216 Norte, Juliana Magalhães. Os aracnídeos foram recolhidos de maneira segura e a Vigilância Ambiental recebeu uma notificação do caso. “Avisamos todos os moradores para que tomem cuidado e vamos continuar a limpeza para garantir que não tem mais nenhum por aqui. Ficamos preocupados por causa dos idosos e crianças, além dos pets, que passeiam pelos jardins todos os dias praticamente”, completa a secretária-executiva. Telefones úteis Ao encontrar escorpiões e outros animais em casa, como lagartas, aranhas e lacraias, é recomendado acionar a Vigilância Ambiental pelo telefone 160 ou pelo e-mail gevapac.dival@gmail.com. Os agentes visitam os locais para verificar caixas de esgoto, entulhos e outros locais propícios para o aparecimento dos animais. As equipes dedetizam os pontos com registro dos animais, coletam os que são encontrados e orientam os moradores sobre os cuidados necessários para evitar o surgimento de novos animais. Em caso de emergência, a pessoa pode chamar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (192) ou o Corpo de Bombeiros (193).
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Saiba o que fazer em caso de acidente com escorpiões e como evitá-los
Desde o início de janeiro, 470 registros de aparecimento de escorpiões foram feitos no Distrito Federal. Os animais apareceram em maior quantidade em regiões como Planaltina, Taguatinga e Recanto das Emas, podendo surgir em qualquer cidade e demandando cuidados para evitar a picada desses animais peçonhentos, que têm a capacidade de injetar veneno por meio do ferrão. Segundo dados da Secretaria de Saúde do DF (SES-DF), nos dois primeiros meses do ano foram 352 notificações de acidentes por escorpião na capital. As unidades de saúde de Brasília dispõem do soro antiescorpiônico, antídoto disponível apenas na rede pública. Arte: Agência Brasília Após encontrar seis escorpiões em seu apartamento no Guará, a servidora pública Wanessa Fonseca Machado, 38, acionou a Vigilância Ambiental. Dois agentes inspecionaram o condomínio e notaram que os animais poderiam estar entrando por meio de um espaço na tubulação de energia. A casa foi dedetizada e o buraco vedado, mas a família permanece em alerta. Para Wanessa, a preocupação maior é com o filho de 3 anos. “Até ele já entende o perigo. Estamos sempre vigilantes e já sei qual o hospital mais próximo, porque, infelizmente, tem que pensar no pior e ser rápido”, ressaltou. Medidas preventivas Os escorpiões se alimentam principalmente de baratas, então, lugares que propiciam um bom habitat para esses insetos são atrativos para eles. Entre os cuidados para evitar o aparecimento de escorpiões em casa estão impedir o abrigo das baratas bem como o acesso ao interior da residência. Ao encontrar escorpiões em casa, é recomendado acionar a Vigilância Ambiental pelo telefone 160 Outras medidas são importantes, como evitar acúmulo de umidade, checar toalhas, roupas e sapatos antes de utilizar, afastar as camas das paredes, usar telas nas janelas e vedação nas portas, deixar os eletrônicos bem encaixados nas tomadas para impedir o acesso dos animais pela tubulação, retirar entulhos como restos de materiais de construção do quintal e outros locais, além de manter a caixa de gordura limpa e bem tampada. Uma dica também é dar preferência a inseticidas sólidos. “Os pulverizantes incomodam os escorpiões e acabam por desalojá-los do ambiente que estão escondidos, fazendo com que se espalhem pela casa”, explicou Israel Martins, biólogo da Diretoria de Vigilância Ambiental (Dival) da Secretaria de Saúde do DF. Ele reforçou que não existe um inseticida 100% eficaz contra os escorpiões, por isso as medidas preventivas são sempre indicadas. No caso de ocorrer a picada, lave o local afetado na medida do possível e dirija-se imediatamente a uma unidade de saúde pública. É importante reforçar que apenas a rede pública de hospitais possui o soro antiescorpiônico Fui picado e agora? No caso de ocorrer a picada, lave o local afetado na medida do possível e dirija-se imediatamente a uma unidade de saúde pública. É importante reforçar que apenas a rede pública de hospitais possui o soro antiescorpiônico. Ao chegar, o paciente será examinado antes de ser medicado, pois em alguns casos o soro não é necessário. Segundo a Secretaria de Saúde, 80% dos casos no DF são leves, variando o quadro de acordo com a quantidade de veneno injetada e o peso da vítima. Crianças e idosos são mais vulneráveis nessas situações. Telefones úteis Ao encontrar escorpiões em casa, é recomendado acionar a Vigilância Ambiental pelo telefone 160, para que os agentes identifiquem de onde vem os animais e façam a captura dos encontrados. O extermínio dos escorpiões, ao serem avistados, deve ser feito da forma mais segura possível. Para saber qual é a unidade mais próxima que contém o soro antiescorpiônico, o Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox) é referência no DF para casos de intoxicação. Funciona 24h e fornece o primeiro atendimento em casos de picada por animais peçonhentos. O serviço está disponível pelos seguintes telefones: 0800 644 6774 / 0800 722 6001 / (61) 99288-9358.
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População deve ficar atenta ao surgimento de escorpiões no período chuvoso
Embora mais frequentes durante o período chuvoso, os escorpiões têm sido encontrados em diferentes épocas no Distrito Federal. O aumento da população de aracnídeos tem exposto mais pessoas aos animais, o que resultou no crescimento do registro de acidentes. Segundo a Secretaria de Saúde (SES-DF), de janeiro a outubro de 2023, foram 2.360 casos identificados. No mesmo período, foram registrados 2.262 chamados da população para captura dos peçonhentos. “Nos últimos anos, nós temos visto um aumento importante na quantidade de acidentes causados por escorpiões no Distrito Federal. Vários fatores podem explicar essa situação, entre eles o crescimento desordenado das cidades e a ocupação irregular do solo”, afirma o biólogo da Diretoria de Vigilância Ambiental (Dival) da SES-DF, Israel Martins. “Isso acaba formando mais esconderijos e oferecendo mais alimentos para os escorpiões”, acrescenta. De janeiro a outubro de 2023, foram 2.360 registros de acidentes com escorpião no DF | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília De acordo com o boletim, as regiões administrativas com mais ocorrências de acidentes com escorpiões no DF são Planaltina, Ceilândia, Samambaia e São Sebastião. Nesses locais os cuidados devem ser redobrados. Onde buscar ajuda [Olho texto=”“Nos últimos anos nós temos visto um aumento importante na quantidade de acidentes causados por escorpiões no Distrito Federal. Vários fatores podem explicar essa situação, entre eles o crescimento desordenado das cidades e a ocupação irregular do solo”” assinatura=”Israel Martins, biólogo da Diretoria de Vigilância Ambiental (Dival) da SES-DF” esquerda_direita_centro=”direita”] Na capital federal são encontrados três tipos de aracnídeos: amarelo, de patas rajadas e preto. O primeiro é o mais comum na área urbana e costuma ser o maior causador dos acidentes, enquanto os demais estão mais presentes em localidades rurais. Ao encontrar um escorpião, a pessoa deve ligar para a ouvidoria da Secretaria de Saúde pelo número 160. Uma equipe será enviada para capturar o animal. No caso de picada, a rápida resposta ao acidente é o principal aliado contra possíveis sequelas e até óbitos. O local deve ser lavado com água e sabão e o paciente deve procurar atendimento médico o quanto antes, se possível com o animal causador do acidente. Em caso de emergência, a pessoa pode chamar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (192) ou o Corpo de Bombeiros (193). O DF conta com 11 unidades de saúde com o soro antiveneno disponível. São elas: Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), na Asa Sul, Hospital Regional de Guará (HRGu), Hospital Regional de Brazlândia, Hospital da Região Leste, no Paranoá, Hospital Regional de Ceilândia (HRC), Hospital Regional do Gama (HRG), Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), Hospital Regional de Planaltina (HRP), Hospital Regional de Sobradinho (HRS), Hospital Regional de Taguatinga (HRT) e Hospital Regional da Asa Norte (Hran). Prevenção As regiões administrativas com mais ocorrências de acidentes com escorpiões são Planaltina, Ceilândia, Samambaia e São Sebastião | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Sem inseticidas eficazes para controlar os animais no perímetro urbano, a melhor forma é adotar cuidados para prevenir as ocorrências, eliminando condições favoráveis de acesso, abrigo e alimentação dos animais peçonhentos. “Há, ainda, a necessidade de adotarmos medidas que impeçam a entrada do animal no interior da casa”, revela Martins. Evitar o acúmulo de lixo, entulho e materiais de construção junto às habitações é um dos métodos de precaução. É recomendado que móveis, cortinas, quadros, cantos de parede, terrenos baldios próximo das residências, jardins, quintais e celeiros sejam regularmente limpos. Também é sugerido que plantas trepadeiras sejam evitadas. Tudo isso pode servir de refúgio para os aracnídeos. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Frestas e buracos em paredes, assoalhos, forros e rodapés nas residências devem ser vedados. Calçados, roupas, toalhas, panos e tapetes devem ser inspecionados antes de utilizados para que possa ser verificada a presença ou não dos bichos. Outra preocupação é com a presença de roedores e insetos, principalmente baratas. Os animais servem de alimento para os escorpiões. As ações devem ser feitas pela população, mas a Secretaria de Saúde também é responsável por inspeções domiciliares a partir da identificação de áreas infestadas e das demandas da população. Locais em vulnerabilidade também são verificados pela Dival.
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Acidentes com animais peçonhentos no DF cresceram 34% no 1º semestre
No primeiro semestre de 2023, os acidentes com animais peçonhentos notificados no Distrito Federal cresceram 34%, na comparação com o mesmo período de 2022. Foram notificados, ao todo, 1.904 acidentes, contra 1.176 no ano anterior. A Região de Saúde Norte, especialmente Planaltina, destacou-se como a área de maior ocorrência de acidentes. Os dados são do Boletim Epidemiológico de Acidentes por Animais Peçonhentos no DF, elaborado pela Subsecretaria de Vigilância à Saúde (SVS), da Secretaria de Saúde do DF (SES). Segundo o documento, a média de notificações em 2022 foi de 45 por semana epidemiológica, enquanto 2023 registrou 73 na mesma periodicidade. Agente de saúde faz inspeção em residência: principalmente em época de chuvas, cuidados devem ser redobrados | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília Dos 1.904 acidentes notificados, 1.790 (94%) envolveram residentes no DF e o restante (6%), moradores de outros estados que estavam no DF. Desses, 78,1% representam ocorrências envolvendo escorpiões. “Os acidentes causados por esses animais são os que mais chamam a atenção, representando a grande maioria; o que preocupa é a tendência de crescimento identificada”, explica o biólogo da Diretoria de Vigilância Ambiental em Saúde (Dival) Israel Moreira. Apesar do aumento no número de acidentes, não houve óbito no DF. Foi notificada, contudo, a morte de um adulto, causada por serpente em Goiás. O paciente apresentou complicações sistêmicas, mesmo com o uso de soroterapia. O documento na íntegra pode ser conferido no portal da SES-DF. Com o retorno das chuvas, especialistas afirmam que as ocorrências com escorpiões crescem, enquanto as lagartas lonomia – que queimam e podem provocar hemorragias – começam a aparecer nos pés de manga e de outras árvores frutíferas. Perfis Os dados de acidentes causados por animais peçonhentos no DF foram separados pelas notificações de picadas de escorpião, serpentes, aranhas, abelhas e lagartas. O perfil dos acidentes por escorpião, que representaram 78,1% dos casos, demonstra que 747 (53,4%) ocorreram com pessoas do sexo feminino. Desse total, 714 (51,1%) pessoas são da faixa de 20 a 49 anos e 1.265 (90,5%) residem em área urbana. A maioria dos episódios – 1.236 – é classificada como leve (88,4% do total). Em relação às serpentes, foram 68 acidentes, 50 dos quais (73,5%) com pessoas do sexo masculino, 37 (54,4%) na faixa etária de 20 a 49 anos, 29 (42,6%) residentes em zona rural e periurbana e 30 (44,1%) classificados como acidente moderado e grave, recebendo soroterapia. [Olho texto=”Registros apontam que acidentes com lagartas, no primeiro semestre deste ano, tiveram a maioria dos casos classificada como leve” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Em relação a acidentes envolvendo aranhas, foram notificadas 75 ocorrências entre residentes do DF, sendo 41 (54,7%) do sexo masculino, 38 (50,7%) adultos jovens e a maior parte – 65 casos – entre moradores de áreas urbanas (86,7%). Os acidentes com lagartas, por sua vez, representaram 5,4% (88) do total, sendo 51,1% (45) do sexo feminino, 79,6% (70) residentes de área urbana e a maioria (82) classificada como caso leve (93,2%). Houve ainda notificação de 82 (4,6%) acidentes com abelhas em residentes de área urbana, 43 (52,5%) em pessoas do sexo masculino e 69 (84,2%) classificados como leve. Prevenção Para evitar os acidentes, é necessário um cuidado especial da população com os ambientes de trabalho e residencial, segundo Israel Moreira. A atenção visa eliminar as condições favoráveis de acesso, abrigo e alimentação dos animais peçonhentos. “Quando se elimina um desses componentes, é possível interferir na ocorrência de peçonhentos, reduzindo a exposição ao risco de picadas”, explica o biólogo. O especialista sugere manter os quintais livres de vegetação alta, entulhos e restos de materiais de construção, além de acondicionar o lixo corretamente. Além disso, é recomendável usar telas em ralos e janelas e vedar frestas e vãos. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Em caso de acidente, deve-se lavar o local da picada com bastante água e sabão, mantendo elevado o membro afetado, e procurar atendimento médico imediatamente. É importante informar ao profissional o máximo possível de características do animal e, se possível e seguro, capturá-lo e levá-lo junto para identificação. Vale ainda retirar acessórios que possam levar à piora do quadro, como anéis, fitas e calçados apertados. Em nenhuma hipótese, afirma o biólogo, deve-se fazer torniquete, garrote ou furar, cortar ou ainda aplicar qualquer substância no local da picada. Para acidentes com cobras, escorpiões ou aranhas, existem soros antivenenos disponíveis na rede pública de saúde. Confira aqui a lista das unidades que disponibilizam esse material. Assistência Em Brasília, a SES disponibiliza os serviços do Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox), por meio dos números 0800 644 6774 ou 0800 722 6001. As equipes auxiliam com informações sobre os primeiros cuidados. A recomendação é acionar a Dival (160) em caso de escorpiões, aranhas, lagartas e lacraias; o Corpo de Bombeiros (193), se forem abelhas, e o Batalhão de Polícia Militar Ambiental (190), quando se tratar de serpentes. Se um escorpião for encontrado na residência, é necessário comunicar à Vigilância Ambiental por meio do número 160 ou ainda pelo e-mail gevapac.dival@gmail.com. Uma equipe será enviada para capturar o animal. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Saiba como evitar acidentes com escorpiões e onde buscar ajuda
O soro contra o veneno do escorpião está disponível em dez hospitais regionais do Distrito Federal e no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib). O antídoto escorpiônico é administrado nos pacientes com quadros de saúde considerados graves e moderados, conforme avaliação médica. [Olho texto=”“O melhor e mais rápido caminho é procurar um dos hospitais que ministram o soro, já que a aplicação deve ser o mais precoce possível”” assinatura=”Luiz Antônio de Almeida Silva, médico emergencista pediatra do HRT” esquerda_direita_centro=”direita”] As unidades regionais que oferecem o serviço são a do Guará, Asa Norte, Brazlândia, Paranoá, Ceilândia, Gama, Planaltina, Santa Maria, Sobradinho e Taguatinga. O hospital de Samambaia não armazena o soro, mas, sempre que necessário, solicita o antídoto à unidade de Taguatinga (HRT). Já a rede privada de saúde não disponibiliza soros antiescorpiônicos. Estabelecimentos particulares podem encaminhar pacientes picados por escorpião a uma unidade regional ou solicitar o contraveneno à rede pública. As unidades regionais que oferecem o antídoto escorpiônico são a do Guará, Asa Norte, Brazlândia, Paranoá, Ceilândia, Gama, Planaltina, Santa Maria, Sobradinho e Taguatinga, além do Hmib | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília “O melhor e mais rápido caminho é procurar um dos hospitais que ministram o soro, já que a aplicação deve ser o mais precoce possível. A função do antídoto é inibir, neutralizar a ação do veneno, evitando o efeito tóxico no organismo”, explica Luiz Antônio de Almeida Silva, médico emergencista pediatra do HRT. O protocolo seguido pela Secretaria de Saúde, estipulado pelo Ministério da Saúde, é que acidentes com quadro considerado leve não precisam receber o antídoto. A picada de escorpião pode ser letal, dependendo das condições da vítima, como peso, idade, alergias e outras patologias. “Via de regra, crianças e idosos têm maior chance de complicação pela fragilidade natural da saúde”, explica o médico. Todos os cidadãos picados pelo aracnídeo permanecem em observação no ambiente hospitalar por mais de quatro horas. Em 2022, foram registrados 2.187 acidentes por escorpião – mais do que em 2021, em que houve a notificação de 2.019 acidentes com os bichos. Em seguida à picada, há orientação de que o animal seja fotografado para a identificação da espécie e da gravidade do acidente. Além disso, é recomendado que o local afetado seja lavado com água e sabão, desde que não haja atraso na ida ao pronto-socorro. Cuidados [Olho texto=”“É muito importante a busca ativa e a constante limpeza e supervisão na casa, dentro e fora”” assinatura=”Vilma Feitosa, bióloga da Vigilância Ambiental” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Os escorpiões são aracnídeos noturnos, por isso, costumam se esconder em ambientes escuros e úmidos durante o dia e, à noite, saem em busca de alimentos. O cardápio é formado por insetos em geral, mas, principalmente, baratas. E o mais importante: não atacam as pessoas, só reagem quando são tocados. “A melhor prevenção que existe é cuidar do quintal e da casa, no sentido de tentar minimizar ao máximo possível o risco de contato com eles. Sabendo que gostam de se esconder, esteja atento a possíveis esconderijos para que não haja encontro aversivo”, explica Vilma Feitosa, bióloga da Vigilância Ambiental. Portanto, o ideal é manter a residência limpa, sem entulho, fechar ralos de banheiros, tanques e pias, limpar periodicamente as caixas de esgoto e gordura, providenciar a vedação de frestas em paredes, muros, rodapés, janelas e portas. Também é aconselhável manter fechados os pontos de energia e de telefone e utilizar borracha de vedação ou rolos de areia nas portas. A bióloga também orienta a realização de limpezas frequentes atrás de móveis e eletrodomésticos, bem como atenção a camas, sofás e até roupas. “Sempre olhe embaixo de travesseiros, faça uma busca geral em armários, levante o colchão, sacuda roupas antes de vestir, e não deixe que se acumule roupas por lavar ou até lavadas nos cômodos, porque são bons esconderijos para o escorpião. É muito importante a busca ativa e a constante limpeza e supervisão na casa, dentro e fora”, enfatiza. Além disso, é necessário atenção ao mexer em possíveis esconderijos. “O escorpião não ataca, se defende. Então, é justamente na hora em que a pessoa está mexendo em áreas externas, arrumando alguma coisa, que é picado”, explica Vilma Feitosa, que indica o uso de botas e luvas como proteção. Arte: Agência Brasília O aparecimento de escorpiões deve ser comunicado à Vigilância Ambiental pelos números 160 e (61) 2017-1344 ou pelo e-mail gevapac.dival@gmail.com para agendamento da inspeção. Assim que possível, uma equipe é enviada à residência para a busca dos bichos em caixas de esgoto, entulhos e outros locais, além da orientação aos moradores. Serviço Além do antídoto antiescorpiônico, também estão disponíveis no DF soros antibotrópicos, para acidentes com jararaca, jararacuçu, urutu, caiçaca, cotiara; anticrotálico, contra veneno de cascavel; antiaracnídico, para acidentes com aranhas armadeira e marrom (também útil contra picada de escorpiões); antielapídico, contra o veneno da coral; e antilonômico, para acidentes com taturanas. Confira aqui a relação de antídotos disponíveis em cada hospital regional.
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Combate a entulhos e escorpiões
Bocas de lobo no Noroeste foram revistadas | Foto: divulgação Foi um susto quando a equipe do GDF Presente remexeu, com uma retroescavadeira, o entulho descartado irregularmente em Sobradinho. Além da sujeira provocada pelo acúmulo de lixo, ratos, baratas e escorpiões saíram em busca de abrigos nas casas próximas do terreno baldio que a população fazia de lixão. Os animais, principalmente os peçonhentos, são um dos problemas encontrados pelo Governo do Distrito Federal (GDF) na limpeza das regiões administrativas, o que muitas vezes requer o suporte da Vigilância Ambiental nas remoções diárias feitas pelas cidades. Na desobstrução e lavagem das bocas de lobo os problemas se repetem. Como restos de comida e embalagem acabam sendo jogados nas caixas que deveriam receber apenas as águas das chuvas, baratas se acumulam e atraem escorpiões – que se alimentam desses insetos. Resultado: na última semana, a equipe do GDF Presente encontrou dez escorpiões em dois dias de limpeza das bocas de lobo da W3 Norte. “Infelizmente, ainda temos muito descarte de todo tipo de resíduo pelas ruas do DF, lamenta a administradora do Plano Piloto, Ilka Teodoro. Segundo ela, o governo tem reforçado ações de conscientização, seja por meio das redes sociais ou em reuniões frequentes junto às prefeituras comunitárias. “Fazemos uma série de ações para estimular o descarte adequado do lixo, mas precisamos cada vez mais da participação dos moradores nessa luta”, afirma. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A espécie característica e proeminente na região do Cerrado é o Tityus Serrulatus, ou escorpião amarelo. Chefe do Núcleo de Vigilância Ambiental Norte, Ozenilde Miranda acompanhou uma operação de limpeza de bocas de lobo no Setor Noroeste. Na ocasião não foram encontrados os animais, mas quando os técnicos os identificam, fazem a coleta e os levam para análise de laboratório. “O veneno dessa espécie é grave e é o tipo mais comum aqui no DF”, conta ela, ao lembrar que o período de início das chuvas é o mais crítico para o surgimento desses bichos. Ao fugir das águas, eles saem das galerias onde se escondem para se alimentar das baratas o que requer da população cuidado redobrado em casa. “Manter frestas vedadas, caixas de tomadas tampadas e manter os ambientes limpos é um meio de inibir a presença deles.” Não há veneno contra escorpiões e aqueles jogados para matar os insetos, como baratas, apenas os espantam e os fazem migrar de ambientes. Além de auxiliar o GDF Presente na limpeza da cidade, a Vigilância Ambiental atende demandas da população feitas na Ouvidoria do governo. Ceilândia, Vicente Pires e o Núcleo Bandeirante foram as regiões administrativas que mais solicitaram inspeções residenciais entre janeiro de 2019 e 18 de setembro de 2020. Plano Piloto, Samambaia, Águas Claras e Planaltina vêm empatados na sequência. Michelle Peçanha chefia o núcleo de Vigilância Ambiental de Planaltina e lembra que os escorpiões estão no habitat natural deles, invadido pelas construções. Na natureza, eles se alimentam de insetos, mas em áreas urbanas comem baratas para se adaptar às alterações de espaço. “Por isso é importante que as pessoas não acumulem coisas em casa, inclusive materiais de construção.”
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Animais peçonhentos: basta prevenir para evitar acidentes
O Distrito Federal registrou, de janeiro a junho deste ano, 1.039 acidentes envolvendo animais peçonhentos – como aranhas, escorpiões e lagartas. Esses animais podem ser encontrados nos centros urbanos devido à grande oferta de abrigo e alimento. A melhor forma de evitar acidentes é se prevenir e seguir as orientações de quem entende do assunto. No DF, a maior quantidade de ocorrências envolve escorpiões: 712. E 623 inspeções já foram feitas pela Vigilância Ambiental para captura destes animais em residências ou estabelecimentos comerciais. O biólogo Israel Martins afirma que barreiras físicas são essenciais para bloquear o acesso do animal ao domicílio ou estabelecimento. Rodos de vedação nas portas e telas nos ralos dos banheiros são alguns cuidados que podem evitar a invasão. “É necessário também o controle do alimento dos escorpiões, que são as baratas e pequenos insetos. Recomenda-se o uso de inseticida sólido, pois o pulverizado pode ocasionar o desalojamento do animal e resultar em uma picada”, afirma Israel. Entre as várias espécies aptas a viver no clima do Cerrado, o escorpião amarelo (Tityus serrulatus) é o mais encontrado pela população, por ser o mais adaptado às condições urbanas. O biólogo explica que durante a seca e a estiagem a reprodução ou invasão ocorrem com menor frequência. “Como eles vivem também no subterrâneo das cidades, nos esgotos e galerias pluviais, as chuvas acabam por desabrigar esses animais, que procuram novos lares – muitas vezes, as nossas casas”, observa. No mesmo período, o DF registrou 84 acidentes envolvendo serpentes, 66 envolvendo aranhas, 60 envolvendo abelhas e 64 envolvendo algumas espécies de lagartas. Além disso, outras 53 ocorrências foram registradas envolvendo outros animais, ou que não tiveram especificação notificada. Prevenção A Diretoria de Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde recomenda algumas medidas de prevenção e cuidados que devem ser tomados (veja quadro abaixo). Serviço Para combater estes animais, a Saúde conta também com o Centro de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox) do Samu, referência no atendimento aos pacientes picados e funciona 24 horas por dia. O Ciatox possui equipe multidisciplinar de médicos, enfermeiros e farmacêuticos que prestam orientação à população. Em caso de ocorrência, disque 0800 644 6774. * Com informações da Secretaria de Saúde/DF
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