Saúde promove workshop para capacitar sobre práticas de demarcação de estomia
Mais de 100 enfermeiros da Secretaria de Saúde (SES-DF) participaram, nesta terça-feira (20), do Workshop de Demarcação de Estomia, no auditório do Hospital Regional da Asa Norte (Hran). Organizado pela Diretoria de Enfermagem (Dienf) da SES-DF, o evento teve como objetivo capacitar os profissionais da assistência e implementar de forma efetiva a demarcação de estomias nas unidades da rede pública. Ação reuniu profissionais de enfermagem para discutir procedimentos importantes em cirurgias eletivas, de urgência e de emergência | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde A demarcação consiste em definir previamente o local mais adequado no abdômen do paciente para a confecção do estoma, procedimento que reduz complicações pós-operatórias e melhora a adaptação ao equipamento coletor. A iniciativa busca expandir a prática, especialmente para casos de cirurgias eletivas, de urgência e emergência. “O paciente pode precisar de uma estomia de forma inesperada”, explicou o gerente de Serviços de Enfermagem da Atenção Primária e Secundária (Genfaps), Ávallus Araújo. “Se ela for malposicionada, compromete o uso da bolsa coletora e o sucesso do tratamento. Nosso objetivo é treinar os enfermeiros da atenção hospitalar para garantir uma assistência de enfermagem segura e humanizada.” A estomaterapeuta Sandra de Nazaré, da SES-DF, apresentou o passo a passo da demarcação e a importância do procedimento. “Essa prática considerada padrão ouro por diretrizes nacionais e internacionais ainda é limitada nas emergências, então queremos enfrentar esse desafio”, lembrou. “Um paciente demarcado tem mais conforto, qualidade de vida e menos complicações”. A enfermeira Ana Lígia Sousa, do Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), vai começar a aplicar a técnica. “Atendemos bebês que, por vezes, vão direto para a cirurgia, e saber demarcar será essencial para garantir mais segurança nesses casos”, avaliou. Estomia Estomia descreve o orifício aberto cirurgicamente para permitir a saída de fezes ou de urina, coletados por bolsas. As estomias são nomeadas conforme o local do estoma: colostomia (cólon), ileostomia (intestino delgado) ou urostomia (sistema urinário). [LEIA_TAMBEM]“As causas para confecção do estoma são variadas, e não há sintomas específicos”, afirmou Sabrine Mendonça, referência técnica distrital (RTD) de enfermagem em estomaterapia da SES-DF. “Indiferentemente das causas, a demarcação é uma técnica que garantirá maior sucesso operatório minimizando as suas complicações.” Atualmente, a SES-DF dispõe de 12 ambulatórios que atendem pacientes com estomas de eliminação. Além do ambulatório na Asa Norte, há unidades em Brazlândia, Ceilândia, Taguatinga, Paranoá, Gama, Santa Maria, Sobradinho, Planaltina, Núcleo Bandeirante e Asa Sul. O acesso pode ser por demanda espontânea ou por encaminhamento de outros serviços de saúde. O usuário com estomia de eliminação deve comparecer preferencialmente ao ambulatório de referência de acordo com seu endereço residencial. O diretor de Enfermagem da secretaria, Bruno de Assis, ressaltou que o encontro marca um momento de valorização da categoria: “Estamos ampliando espaços de liderança e de conhecimento. Essa troca de conhecimentos técnicos fortalece a enfermagem e impacta diretamente na qualidade de vida dos nossos usuários”. Veja a rede de laboratórios de estomia da SES-DF. *Com informações a Secretaria de Saúde
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Ambulatório de Ceilândia realiza mais de 2.500 estomias no 1º semestre
Um cuidado que vai além do conhecimento técnico e oferece conforto a quem vive uma situação incômoda, daquelas que ninguém espera. É assim o trabalho diário no ambulatório de estomias localizado na Policlínica II, no Hospital Regional de Ceilândia (HRC). Apenas no primeiro semestre de 2023, o setor realizou 925 consultas e 2.514 procedimentos. O termo estomia descreve o orifício aberto cirurgicamente para permitir a saída de fezes ou de urina, coletadas por bolsas nomeadas conforme o local do estoma: colostomia (cólon), ileostomia (intestino delgado) ou urostomia (sistema urinário). “Recebo um suporte muito bom. Estou há dois anos recebendo acompanhamento aqui e não tenho do que reclamar”, conta Ailana Augusta Lopes, de 41 anos. Há dois anos, ela retirou 20 centímetros do intestino por conta de uma diverticulite (inflamação no órgão). Uma vez ao mês, a moradora de Águas Lindas (GO) vai ao HRC para receber bolsas de colostomia e orientações sobre limpeza e uso correto, procedimentos com que pouco a pouco ela se acostumou. “Fácil não é. Eu já tive depressão por causa dela [bolsa]. Era um constrangimento. É uma coisa que não é voluntária”, relata. Há dois anos Ailana Augusta Lopes é acompanhada na Policlínica II de Ceilândia, pois usa bolsa de estomia | Fotos: Humberto Leite/ Agência Saúde No local, Ailana é recebida pelos enfermeiros Miriam Maia e Ronivaldo Ferreira, ambos com mais de 10 anos de experiência nessa área. As visitas mensais servem para fazer uma avaliação geral do paciente, eventualmente o encaminhando a outros profissionais, como psicólogos e assistentes sociais. Na parte técnica, é feita a limpeza e a entrega das bolsas e dos produtos necessários para a higienização. Cabe aos enfermeiros também, segundo Ferreira, observar o tipo de bolsa coletora mais adequada. “As características do estoma e do abdômen do usuário definem o tipo de bolsa que ele vai usar”, explica. Maia ressalta que uma das principais funções do ambulatório é ser um ambiente de acolhimento. “Trata-se de paciente que entra em uma cirurgia de emergência para acabar com uma dor e sai com suas eliminações pela barriga, por uma estoma. De repente, ele chega aqui achando que aquilo é o fim do mundo, o fim da vida. Com a nossa assistência, a pessoa vai se renovando”, afirma. São fornecidas, ainda, orientações nutricionais, prática de atividades físicas e cuidados com a pele, além de explicações a respeito dos direitos dos pacientes, legalmente considerados pessoas com deficiência. Com mais de dez anos de experiência, os enfermeiros Miriam Maia e Ronivaldo Ferreira orientam os pacientes com estoma na Policlínica II de Ceilândia [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] “O começo é assim mesmo. Você sente muito porque não sabe qual seria o final da situação, mas vai se adaptando. É igual a aprender a andar. Vai aprendendo aos poucos”, descreve Orosvaldo Macena, de 68 anos, há sete anos com estomia depois de se recuperar de cirurgia para a retirada de um câncer no intestino. Na capital, cerca de 2 mil pessoas vivem com estomias. A Secretaria de Saúde (SES-DF) disponibiliza um manual específico para o acompanhamento. Além do ambulatório em Ceilândia, há unidades em Brazlândia, Taguatinga, Paranoá, Gama, Santa Maria, Sobradinho, Planaltina, Núcleo Bandeirante, Asa Sul e Asa Norte. Mais informações aqui. *Com informações da Secretaria de Saúde
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DF possui ampla rede de atendimento a pacientes estomizados
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal possui uma rede preparada para tratar de assuntos relacionados à assistência aos pacientes estomizados. As estomias intestinais, em geral, são indicadas no intuito de se desviar o trânsito fecal do local patologicamente comprometido. São 12 polos de estomias e quatro de atendimento dentro do complexo prisional (veja a lista ao final do texto), com mais de 1,5 mil pessoas portadoras de eliminação cadastradas no Programa de Assistência ao Estomizado no DF. “As principais indicações operatórias são má formação congênita do intestino, tumores intestinais, doença inflamatória intestinal e traumas abdominais, entre outras”, explica a Referência Técnica Distrital (RTD) de Estomaterapia, Edlaine Lopes Meneses Cardoso. A Secretaria de Saúde possui uma rede de enfermeiros especialistas em estomaterapia e na Referência Técnica Distrital RTD para tratar de assuntos relacionados à assistência aos portadores, avaliação e padronização de produtos, capacitação e atualização dos enfermeiros dos polos de atendimento. Além da assistência ambulatorial de enfermagem aos usuários, a Diretoria de Enfermagem, juntamente com a RTD de Estomaterapia realiza anualmente eventos científicos e reuniões como os profissionais de saúde. “O objetivo é difundir o conhecimento, atualização e propor melhorias relacionadas às pessoas, proporcionando assim, melhor qualidade de vida para esses usuários”, afirma. Funcionamento Em todos esses serviços, o usuário passa por um cadastro e avaliação do estoma, onde são fornecidos insumos de acordo com a avaliação feita pelo enfermeiro e necessidade do paciente. A Secretaria de Saúde possui mais de 15 tipos de bolsas coletoras e diversos tipos de adjuvantes padronizados e utilizados por este público no DF. Além disso, a pasta está baseada na Portaria nº 400, de 16 de novembro de 2009, para o atendimento a pessoas com estomas. *Com informações da Secretaria de Saúde
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