População pode contribuir com livro sobre a história de Sobradinho até o fim deste mês
Fundada em 13 de maio de 1960, Sobradinho ganhará um livro dedicado à sua história. As memórias de quem ajudou a fundar a Cidade Serrana, como é conhecida popularmente, serão reunidas em uma publicação produzida com investimento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF). Interessados em contribuir com relatos e vivências na região podem entrar em contato com o Instagram oficial do projeto até o dia 31 deste mês. Início dos anos 1960: Sobradinho tem uma história que acompanha a fundação de Brasília | foto: Arquivo Público do Distrito Federal A iniciativa é executada pelo Instituto Latinoamerica (IL), com produção da LL Produções, e conta com termo de fomento no valor de R$ 200 mil. O lançamento está previsto para 31 de outubro. “A ideia é que o livro reflita não apenas os fatos históricos, mas também os sentimentos, sons e lembranças que fazem de Sobradinho um lugar único”, explica o historiador Léo Barros, coordenador do projeto. Atualmente, cidade tem mais de 70 mil habitantes, segundo a Pdad Ampliada mais recente | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Além de depoimentos e fotos da população, a obra apresentará dados gerais da cidade, que tem mais de 70 mil moradores, de acordo com a última Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad) Ampliada. Serão utilizados dados obtidos a partir de pesquisas em monografias, registros da imprensa e publicações já existentes, além do acervo do Arquivo Público do Distrito Federal (ArPDF). História da cidade “O projeto também busca preencher uma lacuna”, pontua Léo Barros. “Enquanto Brasília já possui vasta bibliografia publicada, muitas regiões administrativas ainda não tiveram suas histórias sistematizadas em livros. Hoje, quem pesquisa sobre Sobradinho encontra apenas registros dispersos em teses acadêmicas, documentos oficiais ou relatos orais. Queremos reunir isso em uma obra acessível e envolvente”. [LEIA_TAMBEM]O presidente do Instituto Latinoamerica, Atanagildo Brandolt, enfatiza que o intuito é valorizar a cultura e a tradição da região administrativa. “Queremos ouvir quem viveu a cidade de perto, quem a conhece por dentro”, antecipa. “Nada mais justo do que contar essa história com as vozes de quem a construiu dia após dia. Esperamos que outras regiões do Distrito Federal também possam receber projetos semelhantes, criando biografias urbanas que unam dados históricos, documentos, fotografias e, sobretudo, os depoimentos de seus moradores”. Para garantir a acessibilidade do conteúdo a pessoas cegas ou com baixa visão, haverá uma versão pocket em Braille da publicação, com trechos selecionados, e a adaptação parcial para o formato de audiolivro. Os exemplares serão distribuídos gratuitamente em escolas, bibliotecas, centros culturais e espaços comunitários de Sobradinho e de todo o DF.
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DF é a segunda unidade federativa com mais profissionais na economia criativa
Depois de ser reconhecida como a cidade com a melhor qualidade de vida e a segunda mais segura do Brasil, chegou a vez de a capital federal ganhar outro título: a segunda em economia criativa. O Distrito Federal apareceu na segunda posição no ranking do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) que analisou o número de trabalhadores em ocupações criativas no Brasil. Os dados mostram que 9,7% dos empregados do DF atuam profissionalmente em áreas da economia criativa, atrás apenas de São Paulo, que tem um percentual de 9,8%, e superando estados como Rio de Janeiro (9,3%), Ceará (9,3%), Rio Grande do Sul (8,5%) e Santa Catarina (8,4%). “O dado do Dieese corrobora com o DNA criativo de Brasília, que resulta da invenção de se criar uma cidade” Alexandre Kieling, professor “O dado do Dieese corrobora com o DNA criativo de Brasília, que resulta da invenção de se criar uma cidade. Aqui se juntaram pessoas altamente criativas: arquitetos, urbanistas, paisagistas, sociólogos e antropólogos”, destaca o professor Alexandre Kieling, que coordena o Programa de Pós-graduação em Inovação em Comunicação e Economia Criativa da Universidade Católica. “Essas pessoas trouxeram essa pegada criativa que aparece na música, na poesia, no teatro, no cinema, nas artes plásticas, no artesanato, na área de produção e no desenvolvimento de softwares”, complementa. Arte: Fábio Nascimento/Agência Brasília Atualmente, o DF conta com cerca de 130 mil agentes formais de economia criativa que geram quase R$ 10 bilhões por ano, com participação de 3,5% no Produto Interno Bruto (PIB) da capital federal. Os dados são do Panorama da Economia Criativa, projeto desenvolvido pela Universidade Católica com fomento da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF). Áreas de atuação Eventos, audiovisual, música, artesanato, turismo e jogos concentram a maior parte da atuação da indústria criativa brasiliense. Hoje, a capital federal já é conhecida nacionalmente por abrigar grandes festivais, como Capital Moto Week, Na Praia, Funn Festival, Favela Sounds e Latinidades, além de ter expressões culturais próprias, a exemplo do Boi de Seu Teodoro, e startups de games reconhecidas em premiações do segmento. Ao lado de duas amigas, Aline Karina criou o projeto Turismo Fora do Avião | Foto: Divulgação “Acho que somos um povo muito criativo e o fato de Brasília ter recebido o título de Cidade Criativa do Design [concedido pela Unesco em 2017] impulsionou a economia criativa”, avalia a agente criativa Aline Karina de Araújo Dias, que desde 2016 empreende na área. Ao lado de duas amigas, ela idealizou o projeto Turismo Fora do Avião, que valoriza as raízes pioneiras do DF por meio de rotas e consultorias turísticas. “O projeto nasceu a partir do meu trabalho de conclusão de curso na Universidade de Brasília (UnB), em que fiz um trabalho com um casal pioneiro de uma olaria para registrar as memórias de São Sebastião na construção de Brasília, porque 90% dos tijolos saíram de lá. Era uma aventura, uma trilha turística”, lembra. Batizada de Rota Turística Cultural: Arte Olaria, a proposta ganhou, em 2024, o primeiro lugar do prêmio José Aparecido, da Secretaria Cultura e Economia Criativa (Secec-DF), na categoria Patrimônio Material do DF. Após o sucesso, a iniciativa cresceu e deu origem a outros produtos, como a rota turística Afroturismo no Centro-Oeste, com mais de 200 atrativos. “Percebemos que, por meio do turismo, geramos preservação, direito à cidade, economia criativa, emprego e renda. É uma valorização das pessoas, um reconhecimento, além de uma troca de culturas”, comenta. “Como está rendendo bons frutos e, a partir desse ano de 2025 vamos nos transformar na 1ª agência de afroturismo do Centro-Oeste para termos mais rendimentos”, complementa Aline Karina. Apoio do Estado As políticas públicas do Biotic são uma das ferramentas governamentais que dão sustento à economia criativa no DF | Foto: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília O desenvolvimento da cadeia da economia criativa depende da integração de três forças: Estado, iniciativa privada e academia. “O Estado é o indutor e o fomentador com leis de incentivo e processos formativos. Mas a iniciativa privada tem que alavancar junto com a academia. De maneira planejada, em cinco anos, o DF não será só o segundo, mas vai estar no topo da cadeia do domínio criativo com capacidade de exportação nacional e internacional”, defende o pesquisador Alexandre Kieling. Entre as ações de incentivo do Governo do Distrito Federal (GDF) ao setor estão o Fundo de Apoio à Cultura (FAC) e a Lei de Incentivo à Cultura (LIC), no âmbito da Secec; as linhas de microcrédito e os eventos voltados ao artesanato fomentados pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet-DF); as pesquisas desenvolvidas com suporte da FAP-DF, da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti-DF) e do Biotic; e o projeto pedagógico da Universidade do Distrito Federal (UnDF) por meio de cursos como o de produção cultural. “Hoje, mais de 70% dos produtos comercializados em nossas feiras vêm do cooperativismo e das atividades associativas dos artesãos, dos agricultores familiares e dos trabalhadores da reciclagem, o que representa uma importante fonte de renda para essas famílias. Os resultados das vendas, tanto nas feiras regulares quanto nos eventos especiais organizados pela secretaria, comprovam o impacto positivo dessas iniciativas no desenvolvimento econômico e na inclusão social”, avalia o secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda, Thales Mendes.
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Guia digital fornece orientações para promover acessibilidade a pessoas surdas no audiovisual
Foi a partir de um incômodo com a falta de narrativas audiovisuais que respeitassem e incluíssem as pessoas surdas que a pesquisadora Beatriz Cruz, que tem deficiência auditiva desde os 14 anos, resolveu criar um conteúdo para capacitar profissionais e amadores do setor na criação de produções acessíveis, que promovessem inclusão social para pessoas com deficiência. “Fui perdendo a audição gradativamente. Eu já tinha aprendido a falar e tinha sido alfabetizada, mas quando entrei na faculdade, percebi o tanto que a falta de acessibilidade no cinema nacional me impactava. Eu não conseguia assistir a muitos filmes brasileiros por falta de legenda e acessibilidade”, conta. “Não só isso: eu não conseguia participar muito das produções porque elas não eram pensadas para pessoas como eu.” Incomodada com a falta de narrativas audiovisuais que incluíssem a comunidade com deficiência auditiva, a pesquisadora Beatriz Cruz idealizou o Guia de Produção Audiovisual Dirigida por Pessoas Surdas | Fotos: Isabelle Araujo Tentando suprir essa lacuna, Beatriz idealizou, ao lado do orientador teórico Érico Monnerat e da assistente de pesquisa Lourraynny Lima, o Guia de Produção Audiovisual Dirigida por Pessoas Surdas. Produzido com recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC), da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec-DF), o conteúdo será lançado nesta quinta-feira (26), no Espaço Cultural Renato Russo (508 Sul), a partir das 19h30. A publicação será disponibilizada online pela página Inclusive, Cultura, com orientações práticas e teóricas para garantir inclusão, representatividade e acessibilidade no setor audiovisual. O objetivo é incentivar a presença de surdos dentro das histórias e das equipes de produção, desde a filmagem e o roteiro até a direção e o protagonismo, bem como estimular que os conteúdos sejam acessíveis a todos com a tradução para a Língua Brasileira de Sinais (Libras). “Esse guia surgiu para a inclusão acontecer com equipes múltiplas, com pessoas surdas sinalizantes, que só tem a Libras como primeira língua, e pessoas ouvintes que usam português e são oralizadas”, defende Beatriz. Pessoas surdas que atuam no mercado do audiovisual foram entrevistadas para auxiliar a concepção do guia De acordo com a idealizadora, o conteúdo foi construído a partir de entrevistas com pessoas surdas que trabalham no audiovisual do Distrito Federal e em outras unidades da Federação. “Temos falas de várias áreas específicas do cinema e como cada uma delas tem potencial de ser mais acessível e inclusiva, como que elas devem ser pensadas e adaptadas para a Libras. São pontos que nós aprofundamos para que cada profissional possa entender melhor dentro da sua área e incentivar também a cultura inclusiva”, afirma. Para o subsecretário de Fomento e Incentivo Cultural da Secec, José Carlos Prestes, o guia vem para suprir uma carência de representatividade e acessibilidade no setor, demonstrando o importante papel do FAC no segmento cultural. “Esse projeto conta com recursos do Fundo de Apoio à Cultura, que é o principal instrumento de fomento às atividades artísticas e culturais da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF. O guia garante que as produções não apenas incluam, mas também sejam dirigidas por pessoas surdas”, comenta. Evento Durante o evento de lançamento, o trio responsável pelo guia participará de um bate-papo com tradução em Libras para debater o impacto da produção audiovisual acessível e a importância de capacitar pessoas surdas no meio. Logo após, haverá uma sessão especial de Cinema Surdo, com filmes em Libras e legendas descritivas. A programação inclui as seguintes produções: O milagre dos sinais, de Amanda de Oliveira, que retrata a descoberta da Libras por uma jovem surda; Dor invisível, de Lourraynny Lima, sobre a solidão e as dificuldades enfrentadas por pessoas com surdez; Cabana na floresta, de Rafael Silva, um suspense psicológico ambientado em uma cabana isolada onde uma família surda precisa enfrentar os medos mais profundos; e Paralisia do sono, também de Rafael Silva, um thriller sobre os mistérios e horrores da paralisia do sono sob a perspectiva de um deficiente auditivo. Lançamento do Guia de Produção Audiovisual Dirigida por Pessoas Surdas • Data: quinta-feira (26) • Horário: 19h30 • Local: Espaço Cultural Renato Russo • Entrada gratuita
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DF emerge como polo promissor no cenário de jogos eletrônicos
O Distrito Federal emerge como um polo promissor para o crescimento do setor de jogos eletrônicos no Brasil, tanto em termos de jogadores profissionais quanto de empresas desenvolvedoras de games. No quadradinho, os e-sports são reconhecidos pelo Governo do Distrito Federal (GDF) como modalidade esportiva desde janeiro, quando foi sancionada a Lei nº 7.390/2024. O DF é a sexta unidade da Federação com mais empresas desenvolvedoras de jogos eletrônicos | Fotos: Lucio Bernardo Jr./ Agência Brasília Dados da segunda Pesquisa Nacional da Indústria de Games, da Associação Brasileira das Desenvolvedoras de Jogos Digitais (Abragames), colocam a capital federal como a sexta cidade brasileira com mais empresas desenvolvedoras de jogos digitais. Segundo o levantamento, o DF registrou crescimento na quantidade de empresas, saltando de 43 em 2022 para 52 negócios em 2023, um aumento de 21%. A performance do Distrito Federal no cenário nacional dos games é acompanhada pelos investimentos do GDF no setor. Recentemente, a Biblioteca Nacional de Brasília estreou o Espaço Geek, com estrutura preparada para receber cursos e torneios competitivos de jogos eletrônicos. A estreia da área ocorreu em janeiro deste ano, quando 8 mil gamers se reuniram no cartão-postal da capital para competir em 11 diferentes modalidades de e-sports. A Biblioteca Nacional de Brasília oferece cursos gratuitos para a comunidade gamer; atualmente, a iniciativa conta com 50 alunos distribuídos em cinco turmas “O jogo eletrônico é uma linguagem cultural reconhecida pela nossa legislação e, portanto, muito importante e gratificante poder oferecer iniciativas de valorização desse mercado dentro da economia criativa”, ressalta Marmenha Rosário, diretora da Biblioteca Nacional de Brasília. A servidora da biblioteca, vinculada à Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF (Secec-DF), lembra de outra importante iniciativa fomentada pelo poder público e direcionada para setor: os cursos de capacitação de gamers. “Abraçamos a ideia da Federação Brasiliense de Esportes Eletrônicos [FBDEL] de termos cursos gratuitos para a comunidade e ficamos superempolgados”, destaca. Capacitação Atualmente, a iniciativa conta com 50 alunos distribuídos em cinco turmas. As aulas são ministradas em três diferentes turnos, às terças e quintas-feiras. “É um curso voltado para a profissionalização do esporte eletrônico. Nele, os participantes aprendem noções de várias modalidades, de diferentes franquias. Futuramente, vamos ampliar a oferta de vagas e trazer outros projetos, como aulas de dança que usam o jogo Just Dance como referência”, detalha Arthur Jerônimo, presidente da FBDEL. Professor Leonardo Prudente comemora a conquista de espaço dos jogos eletrônicos: “Este é um dos setores que mais cresce” O professor Leandro Prudente é hoje o responsável por ministrar as aulas do curso para pro players (gamers profissionais). Ele comemora a conquista de espaço da categoria. “A gente sabe que, no mundo inteiro, este é um dos setores que mais cresce, superando a indústria fonográfica e cinematográfica. Vemos essa iniciativa como um grande potencial para trabalharmos essa área e atendermos as demandas que vão surgindo”, completa. Com apenas 13 anos, Rafael Jesus está entre os alunos da iniciativa e sonha alto. “Quero muito ser produtor de conteúdo e profissional do esporte”. O adolescente conta que, graças às aulas, tem conseguido evoluir nas modalidades que pratica. “Eu jogo Free Fire e Valorant – especialmente no Valorant, eu tinha problema na hora da movimentação, e já aprendi a usar minhas habilidades para me movimentar e descobrir a posição dos adversários”, comemora. Aos 13 anos, Rafael Jesus é aluno do curso para pro players: “Quero muito ser produtor de conteúdo e profissional do esporte” Já Gabriel de Souza Farias, 16, viu nas aulas uma oportunidade de aproveitar melhor o tempo gasto jogando. “Geralmente, eu passava sete a oito horas por dia jogando e decidi gastar esse meu tempo explorando e aprendendo várias mecânicas que não conhecia. Aqui, meu professor está sempre me ensinando as melhores técnicas e estratégias para utilizar no cenário competitivo”, explica o jogador de Valorant e Counter-Strike. O Brasil está na quinta colocação global em população online, com 103 milhões de jogadores; mercado latino-americano de jogos eletrônicos faturou R$ 1,2 bilhão em 2022 Números nacionais Ainda conforme a Abragames, o Brasil é considerado o maior mercado latino-americano de jogos eletrônicos, tendo faturado impressionantes R$ 1,2 bilhão em 2022. O mercado mobile é quem lidera as estatísticas, representando uma fatia de 49% do faturamento, enquanto o computador atinge 26% e os consoles contribuem com 25%. O país está na quinta colocação global em população online, com 103 milhões de jogadores e 2,6 mil jogos próprios desenvolvidos entre 2020 e 2022. Do total de games, 1.009 foram lançados apenas em 2022 – 12% a mais do que no ano anterior. No âmbito profissional, houve aumento entre pessoas atuantes no segmento, passando de 12.441 para 13.225 no período. A maioria (74,2%) é de homens, que atuam como sócios ou colaboradores.
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Carnaval agita criançada e roqueiros nos blocos do domingo
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Circuito de Culturas Populares celebra samba e yabás na Praça dos Orixás
Em sua sexta edição, o Circuito de Culturas Populares promove, neste fim de semana, mais duas programações artísticas. No sábado (2) ocorre o Canteiro do Samba e no domingo (3) a Festa das Yabás, ambos na Praça dos Orixás com entrada gratuita. A realização conta com fomento do Governo do Distrito Federal (GDF), por meio de recursos de aproximadamente R$ 500 mil da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF). No sábado (2) ocorre o Canteiro do Samba e no domingo (3) a Festa das Yabás, ambos na Praça dos Orixás, com entrada gratuita | Foto: Webert da Cruz/Divulgação “O circuito é uma rede de fazedores de cultura popular e afro-brasileira do Distrito Federal. Esse projeto nasceu de forma bem espontânea a partir da demanda dos grupos tradicionais como forma de trazer o público para dentro dos festejos tradicionais. A ideia é que esses festejos não morram e levem o acesso à população à identidade brasileira”, explica a presidente do Instituto Rosa dos Ventos, Stéffanie Oliveira. Para a presidente do Instituto Rosa dos Ventos, o apoio do GDF é um investimento de retorno ao povo brasileiro. “Quando você traz uma cultura que seu povo se identifica, você está cuidando de tudo: da cabeça, do corpo e da alma das pessoas”, avalia. Dia do samba Na data em que se celebra o Dia do Samba, sábado (2), uma programação especial desembarca na Praça dos Orixás, um dos cartões-postais da cidade, a partir das 20h. O local será o palco do Canteiro do Samba. Em sua 24ª edição, serão mais de sete horas de evento com nomes e grupos que são referências no cenário cultural e musical candango, além de feira de artesanato e praça de alimentação. O evento é gratuito e os ingressos podem ser retirados no site do Sympla. Na data em que se celebra o Dia do Samba, sábado (2), uma programação especial desembarca na Praça dos Orixás, um dos cartões-postais da cidade, a partir das 20h | Foto: Nina Quintana/Divulgação A celebração contará com o Baú do Samba, um ônibus que vai transportar quem quiser participar da celebração, saindo da rodoviária às 19h30, às 20h30 e às 21h. Durante o trajeto de ida, um grupo tocará para aquecer o público apresentando o ritmo que democratiza a cultura musical no centro da capital. O transporte voltará à rodoviária de madrugada, batendo com os horários do corujão. O produtor do Canteiro do Samba, Érico Grassi, ressaltou a importância de celebrar um dos ícones da afro-brasilidade no principal território afro-candango público. “É o samba mais charmoso do coração de Brasília. A gente acha que o samba não é só um estilo de música, é um movimento afro-brasileiro. Brasília hoje é um dos principais pontos de samba do Brasil, nós temos artistas sensacionais. Virou uma capital do samba e pagode, com muita gente vindo de outros lugares”, declara Grassi. Celebração às mulheres No dia seguinte, a Praça dos Orixás será tomada por uma homenagem às mulheres. Em alusão aos dias de Iansã, senhora dos raios e trovões, e Oxum, rainha da água doce, celebrados em 4 e 8 de dezembro, ocorre a Festa das Yabás, a partir das 15h. A programação começa com homenagem às mulheres de terreiro do DF, seguida do lançamento da Escola Itinerante de Saberes Tradicionais | Foto: Tatiana Reis/Divulgação “Será uma homenagem às orixás com uma programação densa, com direito a bênção com banho de cheiro pelas nossas ialorixás, das 16h às 18h, e participação de nomes importantes, como Alessandra Leão, que vem de Pernambuco com o canto dos cocos e do maracatu, e Fabiana Cozza, de São Paulo, com o samba”, define Stéffanie, que também coordena a Festa das Yabás. A programação começa com homenagem às mulheres de terreiro do DF, seguida do lançamento da Escola Itinerante de Saberes Tradicionais e de uma roda de conversa. A partir das 18h tem roda de axé com o Coletivo das Yás e shows do Bloco Afro Rum Black (GO) com participação de Teresa Lopes; encontro de Batuqueiras com Raissa Rmano do Baque Mulher, Fernanda Vitória do Maracatu do Boiadeiro Boi Brilhante e Lirys Catharina do Zenga Baque Angola. A parte final da programação será com apresentações de Dessa Ferreira com Alessandra Leão e Filhos de Dona Maria com Fabiana Cozza. Continuidade A programação do Circuito de Culturas Populares se estende para o próximo ano com o Festival de Arte Para Crianças, que está em sua segunda edição. Após apresentações nos últimos dias 25 e 26, o projeto volta de 1º a 3 de fevereiro com os shows de Célia Porto, Rênio Quintas e Eduardo Bento com temática infantil e Grupo Badalu (SP) com música para bebês. Completam a programação os espetáculos Baby Jam e de cantigas de roda. Programação Canteiro do Samba Sábado (2) 20h – DJ Leo Cabral 21h – Samba Pinçado 22h – DJ La Reina 23h – Sambadelas 0h30 – DJ La Reina 1h – 7 na Roda + Kris Maciel 2h – DJ Leo Cabral 2h30 – 7 na Roda + Toninho Geraes 3h30 – DJ Leo Cabral Festa das Yabás Domingo (3) 16h – Homenagem às Yás do DF 16h30 – Lançamento da Escola Itinerante de Saberes Tradicionais 17h – Diálogos 18h – Roda de Axé com o Coletivo das Yás 19h – Bloco Afro Rum Black (GO) com participação de Teresa Lopes 20h – Encontro de Batuqueiras com Raissa Rmano do Baque Mulher, Fernanda Vitória do Maracatu do Boiadeiro Boi Brilhante e Lirys Catharina do Zenga Baque Angola 21h – Dessa Ferreira com Alessandra Leão 22h – Filhos de Dona Maria com Fabiana Cozza.
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Nova Política Nacional de Fomento à Cultura destinará recursos ao DF
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Programa FAPDF Learning divulga resultado de habilitação das propostas
O programa FAPDF Learning está mais próximo de distribuir os R$ 50 milhões previstos como fomento para a edição deste ano. Nesta semana, o projeto divulgou no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) o resultado final de habilitação das propostas inscritas – que pode ser consultado neste site. Com o resultado da habilitação, as propostas serão avaliadas por especialistas técnicos que farão laudos a serem analisados por uma comissão de seleção que montará um ranking. Dessa lista sairá, nos próximos dias, o resultado final com os projetos a serem fomentados. O FAPDF Learning foi criado para incentivar e apoiar a pesquisa científica básica e aplicada como instrumento de promoção e inovação tecnológica | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília As propostas do FAPDF Learning são divididas em quatro linhas de pesquisa: biotecnologia e meio ambiente (Bio Learning), agronegócio (Agro Learning), gestão pública (Gov Learning) e tecnologia da informação e comunicação (Tech Learning). Cada uma delas tem uma previsão orçamentária. Serão investidos R$ 17 milhões para o Bio Learning, R$ 14 milhões para o Agro Learning, R$ 13 milhões para o Tech Learning e R$ 6 milhões para o Gov Learning. Esse é o maior montante do projeto da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF) já investido pelo Governo do Distrito Federal (GDF). “Esse ano é um reflexo do trabalho da gestão atual do FAPDF. Lançamos o edital em 2021, contratamos e pagamos. Fizemos o mesmo em 2022. Isso fez com que as nossas submissões crescessem. Em 2023, vamos ter R$ 50 milhões para esse programa e temos R$ 260 milhões só em propostas”, revela o coordenador tecnológico e de inovação da FAPDF, Gilmar Marques. O programa de fomento estratégico disponibilizará de R$ 500 mil a R$ 1,5 milhão por projeto. Cada proposta tem prazo de execução de 24 meses, podendo ser prorrogado por mais 12 meses. Arte: FAP-DF Incentivo à pesquisa Criado para incentivar e apoiar a pesquisa científica básica e aplicada como instrumento de promoção e inovação tecnológica, o FAPDF Learning é voltado para pesquisadores vinculados às instituições públicas ou privadas de ensino, pesquisa, institutos, centros de pesquisa, empresa de base tecnológica ou de desenvolvimento que tenham sede e administração no DF. “Nosso objetivo é fomentar projetos que envolvam pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação de forma aplicada, visando um produto ou um serviço ao final do projeto”, revela o coordenador tecnológico e de inovação da FAPDF, Gilmar Marques. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] O professor, empresário e pesquisador Paulo Sérgio Foina teve um projeto contemplado pelo FAPDF Learning em 2022 na categoria Tech. Trata-se de um mecanismo de rastreamento de coisas que podem ser desde pessoas até objetos. “O nosso projeto avalia o fluxo das coisas que circulam dentro da sociedade, o caminho que elas percorrem”, afirma Foina. Utilizando o bluetooth de baixa energia pelo celular, a tecnologia pode ser usada em shoppings, hospitais, escolas e condomínios. “Num shopping, conseguimos saber qual vitrine atrai mais e qual é o local por onde passam mais pessoas. Num hospital, dá para acompanhar o deslocamento de um bebê e acionar alarmes quando for feito por alguém não autorizado. Com as crianças, os pais podem monitorar a presença dos filhos e programar se houver um afastamento de uma quantidade de metros específica”, exemplifica. Com os recursos do governo, o projeto já está pronto e atualmente busca clientes para a utilização. Essa agilidade que o fomento dá foi elogiada pelo pesquisador. “Essa é a primeira vez que a FAPDF lança um edital de fomento para a indústria, antes os financiamentos eram só de projetos de pesquisa científicas. Agora, a FAPDF está financiando produtos, então faço questão de elogiar a percepção de que inovação não é só uma ideia de laboratório, mas quando é gerada uma nota fiscal”, comenta.
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Planaltina recebe a 1ª AgroPlan, feira voltada para o agronegócio local
Ainda em comemoração aos 164 anos de Planaltina, a região administrativa recebe, pela primeira vez, o evento AgroPlan. A feira do agronegócio local será realizada entre 25 e 27 de agosto no Parque de Exposições da cidade. Com entrada gratuita, o evento terá estandes de exposição de produtos e de artesanatos rurais, fazendinha de animais para o público infantil, cavalgada, parque de diversões, praça de alimentação e apresentações musicais de grandes nomes da música sertaneja. Entre as várias ofertas da feira do agronegócio estão as frutas cultivadas na região, os doces e bebidas produzidas localmente | Foto: Lucio Bernardo Jr/Agência Brasília “A AgroPlan é mais um evento que fazemos em Planaltina em comemoração do aniversário da cidade. Teremos shows de cantores nacionais e exposições de produtos rurais”, explica o administrador regional de Planaltina, Wesley Fonseca. Organizado com apoio de órgãos do Governo do Distrito Federal (GDF), o evento, além de celebrar a cidade, fomenta a economia local. São aguardadas 15 mil pessoas durante os três dias. “São vários empregos gerados durante o evento. É um giro fantástico da economia de Planaltina”, define o administrador. Para o secretário de Turismo, Cristiano Araújo, investir em eventos ligados ao agro faz com que a cidade seja vista com outros olhos, além de potencializar o ecoturismo. O cantor Murilo Huff está entre as atrações musicais do domingo, fazendo o encerramento da 1ª AgroPlan, às 23h, no palco principal | Foto: Divulgação Murilo Huff “Essas festas regionais movimentam milhões na economia e atraem milhares de pessoas. É um outro Distrito Federal que as pessoas passam a conhecer, um setor que está em expansão”, comenta. O titular da pasta também lembrou que o governo tem incentivado o setor ao construir estradas pavimentadas e equipamentos públicos na região. Atrações do evento A programação começa nesta sexta-feira (25), a partir das 18h. No primeiro dia, os shows serão da dupla Wilian e Deivid e dos cantores Boka de Sergipe e Jefferson Moraes. No sábado (26), a feira tem início às 10h, com destaque para a chegada da 1ª Cavalgada AgroPlan, às 12h, e as apresentações musicais dos cantores Flávio Brasil, Belluco e Rick e Rangel, a partir das 20h. Já no último dia, domingo (27), a festa começa novamente às 10h, com shows a partir das 19h30. Subirão ao palco os cantores Tiago Mura, Robson Ferraz e Murilo Huff. ?Confira a programação completa [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] ?- 25 de agosto (sexta-feira) 18h – Abertura dos portões 18h às 21h – Exposições dos produtos ligados ao agro e visitas aos espaços Fazendinha Kids, brinquedoteca, gastronômico e Feirinha de Artesanato 18h às 22h – Apresentações dos artistas locais no palco alternativo do Espaço Gastronômico 20h – Show da dupla Wilian e Deivid no palco principal 21h30 – Show do cantor Boka de Sergipe no palco principal 23h – Show com o cantor Jefferson Moraes no palco principal -? 26 de agosto (sábado) 10h – Abertura dos portões 10h às 22h – Exposições dos produtos ligados ao agro e visitas aos espaços Fazendinha Kids, brinquedoteca, gastronômico e Feirinha de Artesanato 12h – Chegada da 1ª Cavalgada AgroPlan 13h às 22h – Apresentações dos artistas locais no palco alternativo do Espaço Gastronômico 20h30 – Show com o cantor Flávio Brasil no palco principal 22h – Show com o cantor Belluco no palco principal 23h30 – Show com o cantor Rick e Rangel no Palco Principal – 27 de agosto (domingo) 10h – Abertura dos portões 10h às 22h – Exposições dos produtos ligados ao agro e visitas aos espaços Fazendinha Kids, brinquedoteca, gastronômico e Feirinha de Artesanato 13h às 22h – Apresentações dos artistas locais no palco alternativo do Espaço Gastronômico 19h30 – Show do cantor Tiago Mura no palco principal 20h30 – Show do cantor Robson Ferraz no palco principal 23h – Show do cantor Murilo Huff no palco principal
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Governo investe R$ 2,8 milhões em circuitos juninos
A Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) vai destinar R$ 2,8 milhões aos circuitos de quadrilhas juninas, beneficiando 70 grupos com fomento para participar de apresentações. Só para premiar grupos e coletivos, há um aporte de R$ 600 mil. Quadrilhas vão participar de um campeonato a ser disputado em Taguatinga, Ceilândia e Samambaia | Foto: Samuel Calado/Divulgação/Secec Os investimentos são apoiados pelo decreto nº 42.315, de 20 de julho de 2021, que institui a política cultural Distrito Junino, destinada a apoiar a cadeia produtiva dos festejos desta temporada no Distrito Federal. Os recursos serão distribuídos em dois circuitos, passando por 12 regiões, além de um campeonato entre quadrilhas que será disputado em três cidades. São pelo menos 800 pessoas envolvidas nos festejos. De acordo com a subsecretária de Difusão e Diversidade Cultura, Sol Montes, o circuito junino é o segundo maior segmento de cultura popular do país. “Os grupos populares preservam a tradição e fazem parte da identidade cultural da cidade, além de fomentar a economia criativa, com artistas, músicos, bailarinos, gastronomia e feiras”, lembra. “São milhares de famílias impactadas pelo setor”. Espetáculo junino [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Robson Vilela, mais conhecido como Fusca, é integrante de uma das quadrilhas de Ceilândia que participam dos eventos – a Sanfona Lascada, que tem mais de 40 anos de história. Ele vê o circuito como uma ferramenta de transformação de quem participa, para manter viva a cultura de São João. “A economia criativa do DF é pulsante”, aponta. “Os grupos recebem ajuda de custo, então o fomento é importante, porque a preparação vem desde o mês de janeiro, e as apresentações vão até agosto. Além dos dançarinos, temos banda ao vivo, costureira, coreógrafo, toda uma cadeia produtiva… Até as escolas públicas e particulares são incentivadas pelas competições. Brasília compra esse espetáculo.” A entrada para os circuitos é gratuita. Com início no dia 9, as apresentações das quadrilhas ocorrerão em Taguatinga, Ceilândia e Samambaia – sempre de sexta-feira a domingo.
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