Com investimento do GDF, oficina promove capacitação gratuita em marcenaria
Jovens, mulheres, trabalhadores informais e pequenos empreendedores em situação de vulnerabilidade poderão se inscrever em novas vagas do "Recircule: Laboratório de Design Circular e Reciclagem Criativa" pelo perfil da iniciativa no Instagram: @nosetor. O projeto, que ocorre no Setor Comercial Sul, oferece oficinas de marcenaria prática em que resíduos são transformados em móveis e objetos funcionais, ao mesmo tempo em que abre caminho para novas oportunidades de geração de renda. Com investimento de R$ 484.187,90 do Governo do Distrito Federal (GDF), a iniciativa oferece formação técnica de 400 horas. Durante as atividades, os participantes aprendem todas as etapas do processo: da escolha dos materiais ao uso de ferramentas e técnicas de acabamento em madeira reaproveitada. Projeto oferece oficina de marcenaria e abre caminho para novas oportunidades de renda | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Para o secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda, Thales Mendes, a iniciativa mostra o potencial da união entre inovação e impacto social. “Ao apoiar essa iniciativa, a Sedet reforça o compromisso do GDF em fomentar ideias que transformam comunidades, promovem a economia criativa e apontam novos caminhos para o desenvolvimento sustentável de Brasília”, afirmou. Segundo a coordenadora pedagógica do Recircule, Tamara Gonçalves, a oficina busca aliar formação técnica e impacto comunitário. “Trabalhamos com materiais descartados que podem ser transformados em mobiliários e artesanatos. Além da habilidade prática, o curso estimula o empreendedorismo e a construção de redes voltadas à sustentabilidade e à circularidade”, explicou. Ela ressalta que o curso não se limita a ensinar a parte prática da marcenaria, mas busca estimular a consciência ambiental nos participantes. “Eles aprendem desde o processo de seleção dos resíduos até o acabamento das peças, compreendendo toda a cadeia produtiva”, explica. "Além da habilidade prática, o curso estimula o empreendedorismo e a construção de redes voltadas à sustentabilidade e à circularidade”, explicou Tamara Gonçalves, coordenadora pedagógica do projeto Atualmente, o projeto reúne 44 participantes — mais que o dobro da capacidade inicial. A previsão é atingir ao menos 100 pessoas ao longo dos cinco módulos planejados até maio de 2026. O terceiro módulo, previsto para outubro, deve envolver catadores da Estrutural e será voltado ao reaproveitamento de plásticos com tecnologia capaz de produzir madeira plástica e insumos para impressão 3D. Para o instrutor do curso de marcenaria, o artesão Maurício Capovilla, o projeto é uma oportunidade de multiplicar conhecimentos. “Aqui conseguimos ensinar práticas seguras e criativas para transformar materiais em objetos úteis. O mais importante é oferecer autonomia para que cada participante possa gerar renda e desenvolver seus próprios projetos”, afirmou. Estudante Iago Guimarães foi um dos 44 participantes da oficina. Meta, até maio de 2026, é atingir 100 alunos Alunos relatam que a experiência amplia tanto a prática profissional quanto a vivência comunitária. A professora de escalada e dançarina Priscila Carneiro destaca o caráter social da iniciativa. “Além da qualificação, o curso aproxima a gente da comunidade. Muitas vezes consertamos objetos de pessoas em situação de rua e aprendemos a dar novo valor ao que seria descartado”, disse. Já o estudante Iago Guimarães Rocha ressalta o impacto pedagógico e social do Recircule. “O curso oferece aprendizado técnico seguro e, ao mesmo tempo, traz uma reflexão sobre o olhar que temos para os resíduos e para as pessoas ‘invisíveis’ da cidade, aqueles que estão em situação de rua e, muitas vezes, são ignorados pela sociedade”, avaliou.
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Sobradinho e Sol Nascente receberão dois novos institutos federais de educação
O Distrito Federal está entre as regiões que serão beneficiadas com a implantação de dois novos institutos federais (IFs) de Educação, Ciência e Tecnologia. A medida foi anunciada pelo governo federal nesta terça-feira (12). No total, serão entregues 100 novas unidades em todo o Brasil, sendo que Sobradinho e Sol Nascente foram escolhidos como os locais para receberem essas instituições no DF. “São institutos importantes para a formação técnica profissionalizante dos nossos alunos. Tenho muita gratidão por eles terem essa possibilidade de caminho, além da universidade” Hélvia Paranaguá, secretária de Educação A iniciativa abrangerá todas as unidades da Federação, proporcionando a criação de 140 mil novas vagas, com foco em cursos técnicos integrados ao ensino médio. “São institutos importantes para a formação técnica profissionalizante dos nossos alunos. Tenho muita gratidão por eles terem essa possibilidade de caminho, além da universidade”, comemora a secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá. Essa medida é fruto do trabalho conjunto entre o Ministério da Educação (MEC), a Casa Civil, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e o Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO). Por meio do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), será feito um investimento significativo de R$ 3,9 bilhões em obras. Desse montante, R$ 2,5 bilhões serão destinados à criação dos novos campi e R$ 1,4 bilhão será voltado para a consolidação das unidades dos IFs já existentes. Medida anunciada pelo governo federal nesta terça-feira (12) beneficia o DF com a implantação de dois novos IFs, em Sobradinho e no Sol Nascente. No total, serão investidos R$ 3,9 bilhões na construção de 100 novas unidades em todo o Brasil | Foto: Divulgação/IFB Os recursos serão aplicados na construção de estruturas como refeitórios estudantis, ginásios, bibliotecas, salas de aula, além da aquisição de equipamentos. O custo estimado para cada nova unidade é de R$ 25 milhões, dos quais R$ 15 milhões serão destinados à infraestrutura e R$ 10 milhões à aquisição de equipamentos e mobiliário. A ampliação da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica visa a aumentar a oferta de vagas na Educação Profissional e Tecnológica (EPT), com oportunidades tanto para jovens quanto para adultos, especialmente os mais vulneráveis. Além disso, a construção de novos campi impacta positivamente o setor da construção civil, contribuindo para a geração de emprego e renda. Quando em pleno funcionamento, essas novas escolas promoverão o desenvolvimento local e regional. “O Instituto Federal proporciona novas experiências, nos preparando para a vida profissional, além de democratizar a educação. Alunos em situações vulneráveis podem ter acesso a professores mestres e doutores antes mesmo de irem à universidade”, comenta Wanessa Santana, aluna do IF Samambaia. Histórico O processo de expansão dos institutos federais de Educação, Ciência e Tecnologia teve início em 29 de dezembro de 2008, com a criação de 38 unidades. Desde então, o Brasil registrou um crescimento significativo nesse setor. Entre os anos de 2005 e 2016, foram criados 422 campi, com 214 inaugurados entre 2005 e 2010 e mais 208 entre 2011 e 2016. Nesse mesmo período, outras 92 unidades foram entregues ou incorporadas à rede. Atualmente, o país conta com 682 unidades e mais de 1,5 milhão de matrículas. Com a inclusão dos 100 novos campi, a rede federal passará a ter 782 unidades, sendo 702 campi de IFs. *Com informações da SEEDF
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