Resultados da pesquisa

grafite

Thumbnail

Painel coletivo de grafiteiros do DF dá cara nova à passagem subterrânea da 103/104 Norte

No último mês, artistas grafiteiros de diferentes regiões do Distrito Federal levaram vida e cores à passagem subterrânea da 103/104 Norte. Para receber o mural, o local passou por reforma estrutural que incluiu instalação de câmeras e reforço na iluminação. A ação integra um projeto de reforma das passagens subterrâneas, que recebe investimento de mais de R$ 4 milhões, realizado por meio de acordo de cooperação técnica entre a Diretoria das Cidades da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) e a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF). Grafiteiros de diferentes regiões do Distrito Federal deram um visual novo à passagem subterrânea da 103/104 Norte | Fotos: Divulgação/Novacap Por muitos anos, a passagem subterrânea da 103/104 Norte foi sinônimo de medo e abandono. Agora, quem circula pelo local encontra luz, cor e histórias estampadas nas paredes. Além de funcionar como um corredor cultural, o espaço também estimula a reflexão sobre temas importantes, como o combate à violência contra a mulher. A convite da Novacap, o grafiteiro Elom Cordeiro, de Ceilândia, fez a curadoria do projeto artístico e convidou outros 15 artistas de diferentes regiões do DF para compor o painel coletivo de grafite. A proposta foi transmitir sensação de segurança e pertencimento, além de aprimorar a estética da passagem. As entradas sul e norte receberam elementos gráficos dos órgãos do Governo do Distrito Federal (GDF) envolvidos no projeto, inspirados nos azulejos de Athos Bulcão, símbolo importante da identidade visual de Brasília. A estética institucional nas entradas buscou marcar a presença do poder público, sem perder a essência do espaço frequentado diariamente pelos pedestres. Elom explica que o projeto precisava respeitar a identidade dessas pessoas e equilibrar a linha institucional com a liberdade da arte urbana. A proposta da iniciativa foi transmitir sensação de segurança e pertencimento, além de aprimorar a estética da passagem Trabalho coletivo Cada parte dos 382 metros de paredes recebeu a arte de um grafiteiro diferente, que assinou seu trabalho em homenagem à região administrativa em que vive. Além do curador Elom Cordeiro, de Ceilândia, participaram Scooby, Neco e Atax, de Taguatinga; Lapixa e Karek, de Sobradinho; Rivas, do Sol Nascente; Guga, da Asa Norte; Spek, do P Norte; Drop, Du Santos, Síria, Scorpia e Camz, de Ceilândia; e Naty, do Recanto das Emas. [LEIA_TAMBEM]Guga, por exemplo, retratou os punks que frequentam o local, ilustrando o nome de cada crew, como são chamados os grupos, em homenagem à cena underground da cidade. Rivas levou frases motivacionais, como “Você só vence amanhã se não desistir hoje”. Já Elom, atendeu aos pedidos dos pedestres e ilustrou personagens como As Meninas Superpoderosas, representando a força feminina de quem enfrenta o vai e vem diário nas passagens. “Quem decide o que a gente vai fazer é o pessoal da rua. A galera passa aqui todo dia, então as ideias vêm deles”, explicou Elom. A grafiteira Síria trabalhou em conjunto com o colega Speck e contou que o objetivo de sua obra é fazer com que todas as mulheres se sintam representadas e protegidas: “O Speck retratou uma mulher negra, que também me representa, e eu compus ao redor dela minha caligrafia. O turbante, as cores e o gesto remetem à ancestralidade, e a mandala caligráfica em volta representa o brilho das mulheres negras dentro da construção social e econômica da nossa cidade”, comentou. O grafiteiro Elom Cordeiro fez a curadoria do projeto artístico e convidou outros 15 artistas para compor o painel coletivo de grafite Aprovação popular O novo visual da passagem não passou despercebido pelos usuários do local. Morador da Asa Norte há mais de quatro décadas, Luís Barbosa, de 72 anos, celebrou a mudança: “Antes era depredado, horrível. Agora está tudo limpo e bonito. Dá mais segurança, sem dúvidas”. Já a moradora de Planaltina Domingas Dias, 42, destacou a transformação: “Aqui era muito ruim — estava tudo quebrado, escuro e ficavam muitos moradores de rua. Às vezes eu nem passava por aqui e me arriscava entre os carros mesmo. Depois da reforma ficou lindo e acho que transmite até uma segurança maior, ainda mais que colocaram câmeras. Agora passo aqui por baixo quatro vezes na semana para trabalhar”. A Novacap segue realizando intervenções nas demais passagens. Atualmente, a da 107/108 Sul está na etapa de reforma estrutural. A companhia reforça o pedido para que a população ajude a preservar os espaços revitalizados, evitando o descarte irregular de lixo e garantindo o uso adequado das áreas. Atitudes simples, mas essenciais, mantêm o espaço seguro, acolhedor e em boas condições para todos. *Com informações da Novacap

Ler mais...

Thumbnail

Grafite leva cor e dá vida às passagens subterrâneas do Plano Piloto

Um verdadeiro painel a céu aberto. Essa é a passagem subterrânea na altura da 103 Norte. Nesta segunda-feira (20), o grafiteiro Elom Cordeiro, de Ceilândia, desenhou, no local, formas geométricas que remetem a Athos Bulcão e a monumentos, como Torre de TV, Congresso Nacional e Praça dos Três Poderes.   Muitos outros trabalhos vão colorir os quase 1,2 mil metros quadrados da passarela de pedestres e ciclistas. Cada parede tem cerca de 200 metros de extensão e 2,90 metros de altura. Outros nomes da arte urbana do Distrito Federal vão se juntar a Elom. Entre eles, Toys Daniel, conhecido mundialmente por seus murais e ilustrações; e Vinícius Lap!xa, referência do grafite em Sobradinho. Elom Cordeiro: "A ideia é dar vida a essas estruturas monocromáticas mostrando a genialidade dos artistas candangos" |  Foto: Divulgação/Novacap “Outros talentos da periferia ainda vão se juntar a nós, uma vez que esse projeto vai crescer para as demais passagens subterrâneas. A ideia é dar vida a essas estruturas monocromáticas mostrando a genialidade dos artistas candangos", destaca Elom, responsável por diversos painéis em todo o DF. “Queremos, com isso, incentivar esses moleques novos que querem mostrar a própria arte e firmar parcerias para que seus trabalhos ganhem oportunidades e sejam contemplados pela comunidade.” "As 16 passagens vão ficar mais harmoniosas e totalmente agradáveis, melhorando muito a estética e, com ela, o bem-estar e a sensação de segurança do cidadão" Fernando Leite, presidente da Novacap   A iniciativa faz parte do processo de reforma dessas passarelas gerido pela Diretoria das Cidades da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap). “Esse trabalho está dentro do contrato da empresa executora das obras, responsável por contratar os profissionais que vão estampar sua arte nas paredes”, explica o presidente da empresa, Fernando Leite. “As 16 passagens vão ficar mais harmoniosas e totalmente agradáveis, melhorando muito a estética e, com ela, o bem-estar e a sensação de segurança do cidadão”. Cada caminho deve levar de uma a duas semanas para ficar completamente grafitado. Assim que a 103 Norte ficar pronta, os artistas seguem para a Asa Sul, nas estruturas na altura da 102 e da 104, que também já foram reformadas. “Eu passei na ida para deixar minha filha na escola e fiz questão de voltar pelo mesmo caminho para apreciar com mais calma. Está lindo demais. Deu outra cara”, comenta o servidor público Túlio Figueiredo, de 43 anos, morador da região. [LEIA_TAMBEM]A Novacap reforça o apelo à comunidade para preservar os espaços reformados, evitando descarte irregular de lixo e estacionamento de veículos nas áreas de acesso, bem como a utilização do local para necessidades fisiológicas. Essas práticas indevidas comprometem a conservação e o uso seguro das passagens, fundamentais para a mobilidade e segurança de pedestres. Além disso, um acordo de cooperação técnica entre a Novacap e a Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF) está em estudo para garantir a segurança e inibir a depredação das passagens subterrâneas do Plano Piloto. A companhia prepara um edital para a aquisição e manutenção de câmeras de segurança que vão fazer o videomonitoramento 24 horas das passagens. A projeção é que o sistema conte com cerca de 220 equipamentos de filmagem. *Com informações da Novacap

Ler mais...

Thumbnail

Projeto vai formar novos artistas do grafite no DF

A Secretaria da Família e Juventude (SEFJ) publicou, na semana passada, no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF), a portaria sobre o projeto Embaixadores da Paz, que tem como objetivo formar novos artistas do grafite no DF por meio de oficinas para jovens com idade entre 15 e 29 anos, preferencialmente residentes em regiões periféricas. A arte do grafite será estimulada com as atividades do projeto Embaixadores da Paz | Foto: Divulgação/SEFJ De acordo com a publicação, os participantes receberão ajuda de custo de transporte e alimentação durante o período das oficinas. Em breve, a pasta abrirá chamamento público para grafiteiros, que serão contratados como coordenadores com remuneração e ficarão responsáveis por ministrar as oficinas de desenho e grafite, conforme metodologia previamente definida. [LEIA_TAMBEM]Também faz parte das atribuições dos artistas selecionados estabelecer padrões técnicos e pedagógicos para o desenvolvimento das atividades, coordenar a execução das artes nas paredes e muros autorizados, indicar a quantidade e o tipo de materiais necessários para as oficinas e as pinturas, contribuir para a definição de temas gerais a serem desenvolvidos nas oficinas e nas pinturas, em conjunto com a SEFJ. “O projeto Embaixadores da Paz visa a estimular jovens da periferia a aprender grafite, promovendo expressão artística, cidadania e a valorização dos espaços urbanos do Distrito Federal”, resume o secretário da Família e Juventude, Rodrigo Delmasso. O cronograma com todas as etapas será divulgado, posteriormente, no site e nas redes sociais da pasta.   *Com informações da Secretaria da Família e Juventude

Ler mais...

Thumbnail

Projeto conecta juventude e prevenção às drogas por meio da batalha de rimas

A cultura hip-hop tem se consolidado como um importante instrumento de resistência e transformação social nas periferias do Brasil — e no Distrito Federal, não é diferente. Atenta a esse potencial, a Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF), por meio da Subsecretaria de Enfrentamento às Drogas (Subed), aposta na batalha de rimas contra as drogas e na oficina de grafite como estratégias criativas e eficazes de prevenção. Ambas as ações passaram a integrar, de forma permanente, as edições do programa GDF Mais Perto do Cidadão, aproximando os jovens da arte e do debate sobre temas relevantes como o uso de drogas e a violência. A grande inovação do projeto da Sejus é exatamente essa: dar protagonismo aos jovens, permitindo que eles contem a própria história. Nos duelos de rima, eles não apenas competem, mas também refletem sobre suas realidades, se provocam em versos e discutem temas como desigualdade, identidade, superação e resistência. A linguagem da periferia se transforma, então, em uma poderosa ferramenta de educação e empoderamento. Para a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, valorizar a cultura periférica é essencial para garantir que adolescentes e jovens se sintam representados e ouvidos. “Nosso objetivo é justamente criar um ambiente de escuta e diálogo, onde os jovens possam se expressar sem medo de julgamento e, ao mesmo tempo, se conscientizar sobre as consequências do uso de drogas e das suas escolhas”, afirma. A grande inovação do projeto da Sejus é exatamente essa: dar protagonismo aos jovens, permitindo que eles contem a sua própria história | Fotos: Roberto Peixoto/Sejus Pedro Nogueira da Cruz, o MC Pedrinho, de apenas 12 anos, vencedor da batalha no Arapoanga, exaltou a importância da iniciativa. “O movimento foi muito marginalizado, mas agora estamos provando o contrário. O hip hop é sobre união e resgate, não sobre violência. É muito bonito ver essa galera reunida por uma causa boa. Quando imaginei um garoto como eu, tímido, agora falando e sendo ouvido?” Festival Henrique Souza da Silva, de 20 anos, vencedor da batalha na Vila Buritizinho, em Sobradinho II, destacou o poder da cultura hip hop para promover mudanças reais. “As pessoas pensam que o rap é só zoeira, mas ele vai muito além disso. Rimar exige inteligência, estudo e, mais do que tudo, uma reflexão sobre a vida. Esses projetos salvam vidas, porque nos dão uma nova perspectiva”, contou o jovem, que tem um histórico de superação relacionado ao uso de drogas em sua família. As batalhas já passaram por Planaltina, Arapoanga, Brazlândia e Sobradinho II. Os quatro melhores MCs de cada etapa estão sendo classificados para um grande evento de encerramento, previsto para o fim do ano, que deve reunir 80 MCs e cerca de 200 jovens participantes ao longo de dois dias de atividades. A ideia é promover um festival que não apenas celebre a arte da rima, mas também consolide o projeto como uma vitrine de novos talentos. Pedro Nogueira da Cruz, o MC Pedrinho, de 12 anos, foi o vencedor da batalha no Arapoanga A cada edição, cerca de 10 a 12 jovens se apresentam em duelos divididos em três rounds de 45 segundos, cada. Um dos MCs atua como mestre de cerimônias, conduzindo o evento dentro do limite de uma hora de programação. Além das batalhas, a iniciativa promove rodas de conversa com os MCs, abordando temas como autoestima, escolhas e o enfrentamento às drogas. A organização também busca parcerias com empresas, para garantir premiações e incentivos aos vencedores. Em algumas ocasiões, a própria equipe gestora contribui financeiramente para apoiar os participantes. [LEIA_TAMBEM]Há ainda um cuidado com o conteúdo apresentado: são feitas orientações para evitar linguagem inapropriada ou conotações político-partidárias, considerando o público diverso do GDF+. A proposta central é oferecer um espaço de pertencimento e valorização, onde jovens — muitos deles historicamente marginalizados — possam se ver representados e reconhecidos. Grafite Complementando a batalha de rima, a Sejus também promoveu uma oficina de grafite com o artista Gilmar Satão. O objetivo foi engajar os jovens na arte urbana como forma legítima de expressão e pertencimento. Durante os encontros, os participantes aprenderam técnicas de grafite e desenvolveram mensagens de resistência ao consumo de drogas. Sejus também promoveu uma oficina de grafite com o artista Gilmar Satão “O grafite, assim como a rima, é uma ferramenta poderosa para mostrar que existem outros caminhos”, afirmou Satão. “A arte muda a mentalidade. Aqui, estamos ajudando a transformar o espaço público e, mais importante, estamos ajudando a transformar vidas.”

Ler mais...

Thumbnail

Paradas de ônibus do Pistão Norte ganham nova vida com obras de artistas plásticos

As paradas de ônibus do Pistão Norte, em Taguatinga, vêm ganhando um colorido especial. Os pontos foram restaurados e receberam pinturas e grafites de artistas plásticos do Distrito Federal, por meio do programa GDF Presente. Os artistas começaram o trabalho na terça-feira (29); até o momento, três paradas estão prontas. A princípio, a projeção é de que seis pontos sejam estilizados. Aves e exemplares da flora do Cerrado estão entre os destaques nas pinturas que têm sido feitas nas paradas de ônibus | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília “Muda o visual, dá uma cara nova para as paradas”, pontua o grafiteiro Edmar Brito, que assina como Simpson. “A gente passava e via tudo pichado; parece que fica morto, não tem nada a ver. Os grafites e os desenhos já dão uma diferença, dão mais vida. É bom, está mostrando a nossa arte.” Edmar Brito, o Simpson:  “Às vezes, o passageiro chega estressado, senta aqui, vê a natureza e já tira um pouco desse estresse”  Entre as pinturas, estão elementos que fazem menção à educação no trânsito — como o respeito à faixa de pedestres — e à própria região de Taguatinga, a exemplo da Praça do Relógio. Também há ilustrações de plantas e animais do Cerrado, como os ipês e os tucanos. “Às vezes, o passageiro chega estressado, senta aqui, vê a natureza e já tira um pouco desse estresse”, completa Edmar. A manicure Marília Seabra gostou da arte nas paradas: “É muito interessante, porque é cultura. Ficou mais colorido, mais alegre”  Um desses passageiros é o autônomo José Ribamar Pereira. Morador do Assentamento 26 de Setembro, ele elogia a iniciativa: “Fica mais bonito, mais atrativo. Foi muito bem-bolado, uma ideia inteligente. Antes era mais monótono, agora está melhor”. A manicure Marília Seabra, moradora de Samambaia, reforça: “É muito interessante, porque é cultura. Ficou mais colorido, mais alegre”. DF no Ponto [LEIA_TAMBEM]Quem usa transporte público na capital federal ganhou um outro importante reforço nesta semana: o aplicativo gratuito DF no Ponto. Lançada na terça-feira (29), a ferramenta oferece dez funcionalidades para facilitar a vida do passageiro, como planejador de rotas, busca por linhas e localização dos ônibus em tempo real. O sistema permite que o usuário consulte os horários dos coletivos em cada parada, acompanhe alertas operacionais e registre sugestões ou reclamações. Além do app, o Governo do Distrito Federal (GDF) testa o uso de QR Codes em dez pontos estratégicos da cidade, permitindo ao usuário consultar, com a câmera do celular, quais linhas passam por ali e em quanto tempo o próximo ônibus vai chegar — sem necessidade de baixar o aplicativo. A ideia é garantir que qualquer cidadão tenha informação rápida sobre sua linha.

Ler mais...

Thumbnail

Aberta temporada de apresentações do ciclo de palestras ‘Compartilhando Saberes’

Na manhã desta sexta-feira (21), o Instituto Brasília Ambiental deu início à programação do ano ciclo de palestras “Compartilhando Saberes”, com a apresentação do estudo de doutorado Grafites nas superquadras de Brasília: Da invisibilidade ao mapa online e rotas de visitação, do geógrafo Marcos Ferreira, analista de planejamento urbano e infraestrutura do instituto.  Grafites do Plano Piloto são o tema de abertura do ciclo de palestras do Brasília Ambiental | Fotos: Divulgação/Brasília Ambiental Um olhar atento ao redor é o que Ferreira aponta como a motivação para conduzir o seu trabalho acadêmico. “Tenho essa característica de observar o meu entorno, seja o ambiente natural, seja o urbano, que são os nossos lugares de vida e de interação”, define-se. “Partindo disso, durante a pandemia, para evitar a proximidade com outras pessoas, passei a fazer caminhadas pelo interior das quadras do Plano Piloto e a observar os grafites inseridos em áreas de pouca circulação, o que me inspirou a realizar a tese.” Marcos Ferreira (D): “Tenho essa característica de observar o meu entorno, seja o ambiente natural, seja o urbano, que são os nossos lugares de vida e de interação” Ele avalia que essas artes não estão visíveis ao grande público, mais presente nas principais áreas de circulação das asas Sul e Norte, nas avenidas L2 e W3. Concluiu então que, com o mapeamento integrado e as fotografias desses grafites, é possível ter a visibilidade ampliada e aprimorada por meio de uma plataforma online. Para tanto, propõe  identificar, localizar em um mapa e elaborar rotas para visitação. Mapa “Esse trabalho técnico, que observa as particularidades da nossa diversidade, é de extrema importância” Rôney Nemer, presidente do Instituto Brasília Ambiental Com base nas informações desse estudo, é possível elaborar rotas turísticas para a visitação destes pontos, a exemplo das já existentes rotas do Rock e do Cavalo, atraindo, assim, mais turistas à cidade e gerando novos empregos. “É interessante como a percepção de cada indivíduo pode diversificar as formas de interpretar Brasília como um todo”, pontua o presidente do Brasília Ambiental, Rôney Nemer. “Esse trabalho técnico, que observa as particularidades da nossa diversidade, é de extrema importância.”  A vice-governadora Celina Leão reforça o trabalho: “O estudo apresentado pelo geógrafo Marcos Ferreira é um exemplo brilhante de como a arte urbana, em particular os grafites nas superquadras, pode transformar o espaço público e enriquecer a experiência cultural dos cidadãos de Brasília. Essa iniciativa destaca a riqueza da nossa diversidade artística e abre novas perspectivas para o turismo e o engajamento comunitário”.   Incentivo Iniciativa da Comissão Permanente de Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) do Brasília Ambiental, o “Compartilhando Saberes” tem o objetivo de incentivar a troca de conhecimento entre os servidores e favorecer a integração com a sociedade. O projeto começou levando servidores afastados para participar de programa de pós-graduação stricto sensu, conforme o artigo 161 da lei complementar n° 840/2011, e logo após retornarem às. Além dos estudos acadêmicos, o ciclo de palestras dá também a oportunidade da apresentação de outros tipos de trabalhos desenvolvidos pelos servidores do Brasília Ambiental. Acesse o mapa elaborado por Marcos Ferreira. *Com informações do Brasília Ambiental

Ler mais...

Thumbnail

Portais do Parque da Cidade ganham vida com obras de artistas locais

Com um trabalho de arte urbana iniciado nos portais de acesso do Parque da Cidade Dona Sarah Kubitschek, nove dos 15 murais existentes já estão com as pinturas completas, compondo um cartão-postal da cidade. Ao todo, oito artistas locais foram convidados para preencher as entradas e saídas do maior parque urbano da América Latina, deixando os espaços mais coloridos, atrativos e representativos com figuras importantes para a capital federal, como Burle Marx, Joaquim Cruz, Bernardo Sayão, entre outros. Portal em frente ao Setor de Rádio e TV Sul, que dá acesso ao parque Nicolândia, celebra o corredor de meia-distância brasileiro Joaquim Cruz, campeão e medalhista olímpico nascido em Taguatinga | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Nas obras, elementos contemporâneos e artísticos são incorporados aos homenageados, levando mensagens e valorizando os artistas da cidade na arte a céu aberto. De acordo com o administrador do Parque da Cidade, Todi Moreno, além de um incentivo grande para os artistas, a parceria com o GDF também proporciona uma geração de renda. “É uma valorização do nosso artista aqui, prata da casa. Valorizar o artista e o grafismo do DF não é algo que começamos agora, a gente sabe que é muito forte essa relação com os grafiteiros, e precisamos prestigiar e beneficiar tanto os artistas quanto ao público brasiliense”, afirmou. Arte personalizada “Estou em sintonia com a obra dele, trazendo um pouco da minha realidade artística também, com uma natureza mais potente, porque isso também está dentro da minha identidade”, diz a artista urbana Didi Colado, que homenageia Burle Marx no mural No Portal do Eixo Monumental, que fica em frente ao Estádio Mané Garrincha, a artista urbana Didi Colado, 38, completa o mural de entrada com referências ao artista plástico e paisagista Burle Marx – responsável por introduzir o paisagismo modernista no Brasil e com diversas obras espalhadas por toda a cidade. A artista destacou que busca incorporar pontos de releitura da obra de Burle Marx com singularidade à sua origem paraense. “Sou do Pará, do norte do Brasil, com uma vegetação muito presente, e gostei de terem escolhido ele pra mim, achei bem emblemático. Estou em sintonia com a obra dele, trazendo um pouco da minha realidade artística também, com uma natureza mais potente, porque isso também está dentro da minha identidade”, pontuou. “Caminhando pelo mural você chega na corrida como campeão. Então é um pouco dessa história, de começar pequeno e lá no fim ser grande”, diz o artista plástico Toys Daniel, que pintou o moral em homenagem ao corredor Joaquim Cruz Já no portal em frente ao Setor de Rádio e TV Sul (SRTVS), que dá acesso ao parque Nicolândia, o mural de entrada representa o corredor de meia-distância brasileiro Joaquim Cruz, campeão e medalhista olímpico nascido em Taguatinga. O atleta foi marcado na parede pelo artista plástico Toys Daniel, 33, que contou ter idealizado uma linha do tempo não tão óbvia, mas lúdica – onde a atenção está nos detalhes que contam não apenas a história do atleta, mas dos sonhadores. “Quis trazer lembranças da infância, da pipa que remete à liberdade, a flutuar no céu, depois a casinha com uma janela com a luz acesa retratando as noites que a gente vira buscando um sonho. Com certeza o Joaquim virou muitas noites buscando ser campeão olímpico. Caminhando pelo mural, você chega na corrida como campeão. Então é um pouco dessa história, de começar pequeno e lá no fim ser grande. Ao mesmo tempo, o que vale é o caminho, não a linha de chegada”, detalhou. Visibilidade O militar Bruno Rodrigues costuma correr no Parque da Cidade e diz que os murais deixam o ambiente ainda mais bonito O encarregado do mural que representa o engenheiro agrônomo Bernardo Sayão, importante  na construção de Brasília com o legado da construção da rodovia Belém-Brasília, foi o artista urbano e designer Rodolfo Caburé, 31. Encarando como uma grande responsabilidade, o artista disse ter incorporado um olhar de orgulho ao ver Brasília, colocando também elementos marcantes como o céu azul da capital. Caburé destacou, ainda, a importância da visibilidade que os murais agregam à trajetória dele e de outros artistas locais – além de ressaltar a felicidade ao colocar o trabalho em um lugar importante não só para a cidade, mas para ele também, resgatando memórias afetivas do artista com o Parque da Cidade, aonde ia com o pai quando era mais novo para andar de bicicleta e comer churrasco. “Brasília é um lugar onde a cena da arte urbana é muito grande, com artistas muito bons que precisam dessa disponibilidade. Esses murais são cobiçados por grafiteiros, todos querem expor seu trabalho. Quando há essas oportunidades, faz com que a cultura do grafite cresça, seja cada vez mais valorizada e vista como algo artístico. Quando as pessoas veem que o próprio governo nos contratou, percebem que é algo sério, um trabalho que traz mais vida para a cidade. A arte passa emoção, e só tem a agregar para a população”, observou. O militar da Aeronáutica Bruno Rodrigues, 37, costuma correr no Parque da Cidade com frequência, preferindo as atividades ao ar livre. Para ele, o trabalho dos artistas trouxe outro visual para suas corridas: “Sem dúvida, é um trabalho muito bacana que está sendo realizado. Deixa mais atrativo, mais bonito o ambiente e até melhor para correr. A gente tem que valorizar mesmo os artistas locais, e fazer essas homenagens com essas personalidades enriquece demais o trabalho dos artistas aqui de Brasília”.

Ler mais...

Thumbnail

Portais de acesso ao Parque da Cidade homenageiam, com grafite, figuras importantes para a capital

Entre esboços e traços, a arte começa a delinear figuras marcantes de personagens da história da capital federal nos portais de acesso ao Parque da Cidade. Nesta segunda-feira (25), o cartão-postal de Brasília recebeu o primeiro artista plástico para iniciar um novo projeto que vai transformar muros vazios em obras de arte. Neew, artista do grafite: “A ideia é essa, pegar um espaço que está abandonado, sujo, e que é importante de Brasília, e deixar algo bonito para a cidade” | Foto: Matheus H. Souza/Agência Brasília “O destaque das personalidades que marcaram a cidade reforça a importância do local como um espaço cultural e inclusivo, representando com orgulho a história e identidade de Brasília” Renato Junqueira, secretário de Esporte e Lazer Lucio Costa, Burle Marx, Darcy Ribeiro e Sarah Kubitschek são alguns dos nomes escolhidos. Ao todo, oito artistas foram convidados para grafitar os homenageados, trazendo elementos contemporâneos e artísticos durante a visitação de turistas e brasilienses ao parque. “Este projeto marca mais um avanço no que diz respeito às melhorias que vêm sendo realizadas no Parque da Cidade”, aponta o secretário de Esporte e Lazer, Renato Junqueira. “O destaque das personalidades que marcaram a cidade reforça a importância do local como um espaço cultural e inclusivo, representando com orgulho a história e identidade de Brasília. Além disso, acredito que o resultado final deste trabalho vai conectar moradores e visitantes ao legado artístico, esportivo e cultural da capital, mantendo o parque como um símbolo vivo de Brasília.” Homenagens “Os grafites nas entradas e saídas do Parque da Cidade vão valorizar a arte urbana a céu aberto e representam um encontro da vida com a arte, enquanto o ser humano vive e se desloca pela cidade” Todi Moreno, administrador do Parque da Cidade Além das tradicionais figuras da capital, o projeto também busca homenagear brasilienses que se destacaram na sociedade, como a influenciadora digital Vitória Mesquita, que utiliza as redes sociais para desmistificar a síndrome de Down, e Joaquim Cruz, medalhista olímpico brasileiro no atletismo. “Nesse primeiro momento, houve uma comissão priorizando artistas e personagens que têm identidade com a cidade”, explica o administrador do Parque da Cidade, Todi Moreno. A partir de uma parceria da administração do parque com a Secretaria de Esporte e Lazer (SEL-DF) e com o Serviço Social do Comércio (Sesc), a previsão é que as artes sejam finalizadas até o Natal. A proposta é unir arte, história e conhecimento na composição do ambiente urbano, para maior interação com os indivíduos e diversidade cultural. “Os grafites nas entradas e saídas do Parque da Cidade vão valorizar a arte urbana a céu aberto e representam um encontro da vida com a arte, enquanto o ser humano vive e se desloca pela cidade”, valoriza Moreno. Segundo o gestor, a iniciativa vai se estender para outros pontos do Parque da Cidade. “Em um segundo momento, vamos contemplar outras figuras importantes do país, a exemplo do Ayrton Senna, em outras estruturas dentro do parque, como guaritas e banheiros”, anuncia. Artista contemplado Há 11 anos a produção materializada em muros e paredes por meio de tinta em spray é a realidade do artista Caio de Aguiar, 35, o Neew. Ele é um dos convidados a participar da iniciativa a ilustrar o arquiteto e urbanista Lucio Costa. “Na 507 Sul, há quatro anos, fui convidado para um projeto que fazia referência a Brasília e desenhei o Lucio Costa, então fiquei bem feliz de representá-lo novamente”, conta.  Desta vez, o artista vai apresentar mais elementos autorais. “[São detalhes] que fazem referência ao meu trabalho e que identificam minha identidade”, afirma. “É um trabalho muito livre, e estou bem à vontade para grafitar”.  A média da confecção é de até três dias, dependendo das condições climáticas. Neew gosta de ver seus trabalhos espalhados pela cidade: “Acho que é muito importante ter essa visibilidade do grafite. A ideia é essa, pegar um espaço que está abandonado, sujo, e que é importante de Brasília, e deixar algo bonito para a cidade. Eu sei que eu estou ali expondo minha arte, mas também estou contribuindo com a cidade”. O Parque da Cidade Dona Sarah Kubitschek completou 46 anos em outubro.  O espaço tem uma área de 420 hectares e é classificado como o maior parque urbano da América Latina. Em média, recebe a visita de 790 mil pessoas por mês. O local reúne o trabalho do quarteto ícone da capital: projeto de Oscar Niemeyer, obra paisagística de Burle Marx e área urbanística desenvolvida por Lucio Costa, além dos azulejos de Athos Bulcão.

Ler mais...

Thumbnail

Painel na 507 Sul com grafite de artistas locais é concluído

Oscar Niemeyer, Juscelino Kubitschek, Lúcio Costa, Burle Marx, Athos Bulcão e Marianne Peretti — autora dos vitrais da Catedral — dão as boas-vindas a quem passa pela W3 Sul. Os nomes por trás da construção de Brasília foram homenageados em murais que acabam de ser concluídos, no Espaço Cultural do Turismo e Artesanato, na 507 Sul. Fruto de parceria entre a Secretaria de Turismo (Setur-DF) e a Câmara de Dirigentes Lojistas do Distrito Federal (CDL-DF), o painel foi inaugurado em 2021 em meio às obras de recuperação da W3 Sul. Em setembro deste ano, o espaço precisou ser reformado, devido à deterioração natural e às pichações. Então, os mesmos artistas responsáveis pela primeira obra foram novamente convidados a estamparem o local que, agora, também ganhou uma instalação elétrica de LED. Fruto de parceria entre a Secretaria de Turismo e a Câmara de Dirigentes Lojistas do Distrito Federal (CDL-DF), o painel foi inaugurado em 2021 em meio às obras de recuperação da W3 Sul | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília “O mural da W3 Sul já se tornou um ponto conhecido na cidade. As artes representam algumas das figuras mais importantes na história da construção e desenvolvimento da nossa capital, um verdadeiro ponto turístico, feito por artistas locais, o que torna tudo ainda mais especial. A restauração era necessária. Em diversos lugares do mundo, murais de grafite transformaram espaços em pontos turísticos, e Brasília também merecia um trabalho brilhante como este. Agora, a população poderá aproveitar ainda mais”, destacou o secretário de Turismo, Cristiano Araújo. Entre as cidades que promoveram essa transformação está Miami, nos Estados Unidos, que, segundo o presidente da CDL-DF, Wagner Silveira Júnior, foi a inspiração para a capital federal. “Com esse trabalho, a gente traz para o comércio e para a população em geral um pouco de cultura, um pouco de turismo e valorizando os artistas de Brasília que fizeram o grafite aqui no painel”, apontou. Silveira Júnior ainda ressaltou a importância das obras que deixaram a W3 de cara nova, como as trocas de calçadas e de pavimentação na via: “Isso faz com que o aspecto da avenida melhore para poder atrair as empresas e é o que está acontecendo. Aos poucos, nós vamos ter algumas empresas sendo instaladas aqui na W3 e isso vai fazendo com que a gente gere mais empregos, gere mais negócios”. Wagner Silveira Júnior, presidente da CDL-DF: “Com esse trabalho, a gente traz para o comércio e para a população em geral um pouco de cultura, um pouco de turismo e valorizando os artistas de Brasília que fizeram o grafite aqui no painel” Artistas Sete artistas nascidos ou radicados em Brasília foram convidados para grafitar o painel: Key Amorim, Neew, Michele Mic, Didi, Breubs, Mikael Omik e Torquatto. Aos dois últimos coube a tarefa de pintar a parte central do muro — Omik no alto, onde estão Marianne Perretti e Burle Marx, e Torquatto no canto inferior, que homenageia Oscar Niemeyer. “Acredito que se tornar um artista da cidade e poder representar, por meio de seu trabalho, outras figuras que tiveram importância na construção e características da nossa cidade é algo grandioso, afinal é uma cidade que inspira, que vai além da política. Existe cultura e pessoas muito qualificadas no que fazem”, pontuou Omik. “A combinação dos meus trabalhos e do Omik ficou muito boa, a ideia que a gente teve de trazer ao fundo elementos de cada personagem ficou muito legal”, celebrou Torquatto. “É um mural muito bonito, grande, com uma visibilidade muito boa, muitas pessoas passam por aqui, a gente sente que é um muro querido pela população, chama também bastante para a questão turística de Brasília. Então, para mim, é uma satisfação muito grande participar desse projeto”, acrescentou. De fato, a população aprovou o resultado. “Achei muito legal, bem bonito, traz uma cara nova para a W3”, observou a dona de casa Ivaneida Fontenela. “Eu vi a transformação com o passar do tempo e está lindo. Chama a atenção, várias pessoas passam olhando, observando. Parabéns para quem fez”, arrematou a auxiliar de serviços gerais Jane Nascimento.

Ler mais...

Thumbnail

Encontro de Graffitti do DF terá oficinas e atrações musicais neste fim de semana

Ceilândia sediará o encerramento do 5º Encontro de Graffitti do Distrito Federal sábado (5) e domingo (6), das 17h às 22h. O evento inclui apresentações artísticas da cultura hip-hop na Praça dos Direitos. No local, artistas de grafite do DF criarão uma galeria a céu aberto e também auxiliarão e orientarão os jovens na criação de murais e instalações urbanas, promovendo a integração entre os jovens, a comunidade e a arte. O Encontro de Graffitti do DF terá oficinas criativas, atrações musicais e a criação de murais e instalações urbanas | Foto: Divulgação/Secec A edição deste ano conta com oficinas formativas em hip-hop (rap, MC, DJ, breaking, graffiti e empreendedorismo) com dois dias de encontro. Na ocasião, 80 grafiteiros contratados pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF) realizarão pinturas de grafite ao vivo com os oficineiros e artistas convidados. O encontro também vai receber atrações musicais locais e regionais. Os destaques desta edição são os DJs Ketlen, Jay Lee, Ocimar, Jappa, Marola e Janna Markynhos Smurphies; os rappers Liberdade Condicional, Coktel Molotov, Rivas Alibi, Tropa de Elite, Combatentes MCs, Crucial e a Cia de Dança Pegada Black, com apresentação de Laiz Cecilia. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa

Ler mais...

Ordenar

Ordenar

Faceta do tipo

Tipo

Filtro personalizado

Faceta da marca

Marcador