DF reforça combate à transmissão da sífilis de mãe para filho
O Distrito Federal está perto de atingir um marco importante na saúde pública: a eliminação da transmissão vertical da sífilis, quando a doença é passada da gestante para o bebê durante a gravidez ou o parto. Em 2024, a taxa de incidência de sífilis congênita foi de nove casos por mil nascidos vivos, abaixo da média nacional de 9,6. Em relação ao ano anterior, houve queda de 13,5%, uma das maiores reduções do país. O resultado reflete ações de testagem precoce no pré-natal, tratamento adequado de gestantes e parceiros e integração entre a Atenção Básica e a Vigilância em Saúde. Este ano, Brasília está entre as capitais com taxas mais baixas de detecção de sífilis adquirida, com 119,1 casos por 100 mil habitantes | Foto: Matheus Oliveira/Agência Saúde-DF O Brasil adaptou o modelo internacional para certificar estados e municípios com mais de 100 mil habitantes A taxa de detecção de sífilis em gestantes ficou em 34,6 por mil nascidos vivos, também inferior à média nacional, que foi de 35,4. Esses indicadores mostram que o DF tem conseguido interromper a cadeia de transmissão da doença por meio de diagnóstico precoce e acompanhamento contínuo. Neste ano, Brasília está entre as capitais com taxas de detecção de sífilis adquirida mais baixas que a média nacional, com 119,1 casos por 100 mil habitantes. Também aparecem nesse grupo Aracaju (SE), Porto Alegre (RS), Fortaleza (CE), Macapá (AP), Belém (PA) e Teresina (PI). A transmissão vertical ocorre principalmente por via transplacentária, podendo acontecer também no parto, por contato direto com lesões. A falta de tratamento adequado durante a gestação pode causar aborto, natimorto, parto prematuro, morte neonatal e sequelas congênitas. O processo de certificação da eliminação da transmissão vertical faz parte de uma iniciativa global liderada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). O Brasil adaptou o modelo internacional para certificar estados e municípios com mais de 100 mil habitantes, abrangendo também HIV, hepatite B, doença de Chagas e, futuramente, HTLV. Controle do HIV [LEIA_TAMBEM]O Distrito Federal já está entre os estados certificados pela eliminação da transmissão vertical do HIV. No país, 151 municípios e sete estados receberam algum tipo de certificação ou selo. No total, são 228 certificações municipais vigentes, sendo 139 relacionadas ao HIV. “Nos últimos anos, conseguimos manter a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde e pela Opas, que é manter em zero o número de crianças infectadas. As crianças nascem expostas”, afirma Daniela Magalhães, referência técnica distrital em vigilância da sífilis no DF. “A transmissão só acontece quando a gestante não realiza o tratamento ou quando há amamentação em casos ativos. A redução é fruto de um trabalho intenso de qualificação do pré-natal, ampliação da testagem rápida e tratamento oportuno.” O Brasil registrou em 2023 a menor taxa de mortalidade por aids desde 2013, com 3,9 óbitos por 100 mil habitantes. A cobertura de pré-natal também atingiu níveis recordes: mais de 95% das gestantes fizeram ao menos uma consulta e foram testadas para HIV, enquanto aquelas que vivem com o vírus tiveram acesso ao início imediato do tratamento. *Com informações da Secretaria de Saúde
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GDF leva vacinação ao Tribunal de Contas do Distrito Federal
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) promoveu campanha de vacinação no Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF). Foram disponibilizadas doses dos imunizantes contra difteria e tétano (dT), influenza, hepatite B e tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), além de testes rápidos de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), como HIV, sífilis e hepatite B e C. A iniciativa, nesta quarta-feira (4), faz parte de ações externas da SES-DF, que levam vacinas para diferentes locais da cidade e, no TCDF, foram aplicadas 245 doses. Para o servidor do TCDF Marco Aurélio Aguiar, que foi imunizado contra hepatite e tétano, a imunização no local de trabalho economiza tempo, por não precisar ir até uma unidade básica de saúde | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF Um dos primeiros na fila de vacinação foi o servidor do TCDF Marco Aurélio Aguiar, que foi imunizado contra hepatite e tétano. Para ele, a imunização no local de trabalho economiza tempo, por não precisar ir até uma unidade básica de saúde (UBS). A estagiária Bruna Tavares também aproveitou o momento e atualizou seu cartão de vacinas com a vacina antitetânica. “Entendo a importância da vacinação, mas na correria do dia a dia, a gente acaba deixando para depois e esquecendo. Aqui fica muito acessível”, avalia. André Clemente, conselheiro e vice-presidente do TCDF, avalia que a vacinação é um programa de cuidado para a população e também para os servidores da casa: “Essa atenção que o Governo do Distrito Federal, por meio da Secretaria de Saúde, está dando para os servidores do TCDF e para os trabalhadores de diversos órgãos, é uma lição de qualidade de vida” O conselheiro e vice-presidente da casa, André Clemente, avalia que a vacinação é um programa de cuidado para a população e também para os servidores do TCDF. “Essa atenção que o Governo do Distrito Federal, por meio da Secretaria de Saúde, está dando para os servidores do TCDF e para os trabalhadores de diversos órgãos, é uma lição de qualidade de vida”, declara Clemente, que foi vacinado com os imunizantes de influenza, tríplice viral, dT e hepatite B. Além da UBS As ações externas da SES-DF aproximam o serviço de saúde da população e já levaram vacinas para vários pontos de grande circulação de pessoas, como feiras e exposições, shoppings, escolas, órgãos públicos do DF e do governo federal, além de comunidades do DF mais afastadas das UBSs, em especial em áreas rurais. Os esforços de levar vacinação para outros locais é um adicional que se somam às mais de 170 salas de vacinação espalhadas por todas as regiões administrativas. *Com informações da SES-DF
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Alunos de escola na Asa Sul recebem vacina contra gripe e outras doenças
Nesta terça-feira (2), a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES), em parceria com a Secretaria de Educação (SEEDF), realizou uma campanha de vacinação para alunos do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 405 Sul, localizado na Asa Sul. Foram disponibilizadas doses contra gripe (influenza), HPV, ACWY (meningite), febre amarela, tríplice viral e hepatite B. Durante a ação no CEF 405 Sul, foram disponibilizadas doses contra influenza, HPV, meningite, febre amarela, tríplice viral e hepatite B | Foto: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF No início da manhã, os estudantes entre 11 e 17 anos formaram fila para participar da ação. Segundo a técnica em enfermagem da SESDF, Adriana Ribeiro, a vacinação é fundamental para a prevenção de doenças na infância e adolescência. “Além de atualizar o cartão de vacinas dos alunos, essa iniciativa facilita a estratégia de imunização, especialmente porque muitos pais não conseguem levar os filhos às unidades de saúde para realizar as vacinas”, afirmou. A diretora da escola, Daniela Correa, ressaltou a importância da integração entre as duas secretarias. “Essa parceria faz parte do Programa Saúde na Escola e é muito importante para proporcionar a imunização aos nossos estudantes e aumentar a cobertura vacinal”, explicou. O Programa Saúde na Escola (PSE) é uma colaboração interdisciplinar entre a SES e a SEEDF. Somente em 2023, cerca de 294 mil estudantes foram atendidos pela iniciativa. Em termos de cobertura vacinal, os profissionais aplicaram 130 mil doses no ambiente escolar. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Biotic promove campanha de vacinação no dia 19
O Parque Tecnológico Biotic, em parceria com a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES), realizará uma ação de vacinação no dia 19 deste mês. O evento, voltado para os trabalhadores do parque e para a população próxima, como da Granja do Torto e do Lago Norte, será das 9h às 16h no auditório do Sebrae Lab, situado no térreo do Edifício de Governança do Biotic (Granja do Torto, Lote 4, Bloco B, 2º andar). A campanha de vacinação incluirá vacinas contra influenza, covid-19 (apenas para grupos prioritários), antitetânica e hepatite B. É essencial que os participantes levem o cartão de vacinação para atualização e registro das vacinas recebidas. Segundo o presidente do Biotic, Gustavo Dias, a meta é garantir acesso de todos às vacinas necessárias | Foto: Divulgação/ Biotic Para a vacinação contra a covid-19, destinada aos grupos prioritários, será necessário apresentar um comprovante que ateste a condição de prioridade. Os grupos prioritários incluem pessoas de 60 anos ou mais, pessoas vivendo em instituições de longa permanência e seus trabalhadores, imunocomprometidos a partir de 5 anos de idade, indígenas, povos e comunidades tradicionais ribeirinhas e quilombolas, gestantes e puérperas, trabalhadores da saúde, pessoas com deficiência permanente, população privada de liberdade e funcionários do sistema de privação de liberdade, adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas e pessoas com comorbidades. “A saúde de nossos colaboradores e da comunidade é uma prioridade. Promover campanhas de vacinação é uma forma concreta de demonstrar nosso compromisso com o bem-estar coletivo. Queremos garantir que todos tenham acesso fácil e conveniente às vacinas necessárias para uma vida saudável e segura”, declara o presidente do Biotic, Gustavo Dias. *Com informações do Biotic
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Vacinação de rotina aumenta expectativa de vida da população
A rede pública de saúde conta com uma extensa lista de unidades para a população cumprir o calendário de vacinação de rotina. Da BCG até o sarampo, passando pela meningite e a pólio, é importante que pais e responsáveis levem seus filhos para receber os imunizantes no período e idade adequados. A vacinação é uma aliada da saúde infantil e seu principal objetivo é evitar a mortalidade, aumentando a expectativa de vida | Foto: Geovana Albuquerque/Arquivo Saúde Os primeiros imunizantes aplicados em recém-nascidos são a BCG, em bebês a partir de 2 kg, e a que previne hepatite B, que na rede pública é administrada ainda na maternidade. A BCG, inclusive, tem locais específicos para ser encontrada (acesse aqui Vacinação BCG – Secretaria de Saúde do Distrito Federal). Com dois meses, os bebês devem receber a Penta (DTP/Hib/Hepatite B), a Vacina Inativada Poliomielite (VIP), a Vacina Oral Rotavírus Humano (VORH) e a Pneumocócica 10 valente. O calendário segue com outras vacinas, como a que combate a febre amarela, indicada a partir de nove meses, e a de HPV, indicada para meninas e meninos . Para quem tem 60 anos ou mais, o cronograma prevê a aplicação de vacinas contra influenza e hepatite B. [Olho texto=”“A vacinação é o principal aliado, especialmente na infância, uma vez que, ao nascerem, as crianças têm seu sistema imunológico extremamente imaturo. A vacinação apresenta ao sistema imunológico microrganismos com os quais as crianças nunca tiveram contato; e, quando efetivamente tiverem, terão uma resposta imunológica eficaz”” assinatura=”Fernanda Ledes, enfermeira da Gerência de Doenças Imunopreveníveis” esquerda_direita_centro=”direita”] Enfermeira da Gerência de Doenças Imunopreveníveis, Fernanda Ledes explica que a vacinação é uma aliada da saúde infantil e que seu principal objetivo é evitar a mortalidade, aumentando a expectativa de vida. “A vacinação é o principal aliado, especialmente na infância, uma vez que, ao nascerem, as crianças têm seu sistema imunológico extremamente imaturo. A vacinação apresenta ao sistema imunológico microrganismos com os quais as crianças nunca tiveram contato; e, quando efetivamente tiverem, terão uma resposta imunológica eficaz”, explica. Ainda segundo a enfermeira, as vacinas são fundamentais para prevenir doenças, pois estimulam a produção de anticorpos contra vírus, bactérias e outros microrganismos causadores de doenças graves. Dessa maneira, ao tomar uma vacina, a pessoa induz uma proteção antes de ter contato com qualquer ameaça ao organismo. Por isso, de acordo com a especialista, é essencial que os pais e responsáveis sigam as vacinas preconizadas para cada ciclo de vida, pelo Programa Nacional de Imunizações, do Ministério da Saúde. Os imunizantes que constam no Calendário Nacional de Vacinação são definidas por técnicos e visam à proteção, o mais precocemente possível, contra doenças graves e muitas vezes fatais. Vale lembrar que o Programa Nacional de Imunização (PNI) é uma referência e exemplo mundial. O Brasil se destaca mundialmente na oferta de imunobiológicos disponíveis universalmente a toda a população. As vacinas devem ser feitas o mais oportunamente possível, de forma a gerar proteção e, por isso, em alguns meses são feitas mais vacinas do que em outros Cuidados com os filhos Segundo Fernanda Ledes, é imprescindível que pais e responsáveis por crianças estejam atentos e informados sobre as vacinas a serem recebidas, os esquemas vacinais, que às vezes possuem mais de uma dose, e os intervalos entre as doses das vacinas. Esses fatores são essenciais para que as vacinas cumpram, de forma mais eficaz, sua função. “Os esquemas vacinais preconizados devem ser seguidos conforme as orientações do profissional de saúde da sala de vacinas, que é responsável pelas orientações e anotações na caderneta de vacinação. Dessa forma, os pais e responsáveis devem estar atentos às orientações dadas pelos profissionais de saúde, bem como às anotações feitas na caderneta de vacinação, onde são escritas as datas de retorno das vacinas a serem recebidas”, explica. Ela reforça que em algumas oportunidades é administrada mais de uma vacina e que isso não representa aumento de risco de efeitos colaterais. As vacinas devem ser feitas o mais oportunamente possível, de forma a gerar proteção; por isso, em alguns meses são feitas mais vacinas do que em outros. Deixar de aplicar uma vacina somente tornará a criança exposta a riscos e vai gerar o acúmulo de mais vacinas para outra visita à sala de vacinas. Cobertura Uma questão a que a população deve ficar atenta é a baixa cobertura vacinal. Além de trazer uma série de consequências para a saúde da criança, a falta de imunizantes também afeta no desenvolvimento social dela. Determinadas doenças, inclusive, causam sequelas irreversíveis. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Por isso, a vacinação infantil é uma etapa fundamental para o desenvolvimento saudável de todas as crianças, sendo obrigatória no Brasil, segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e de acordo com a Portaria que instituiu o PNI. O não cumprimento dessa obrigação pode acarretar penalidades. As vacinas foram responsáveis, nas últimas décadas, pelo aumento de 30 anos na expectativa de vida. As taxas de mortalidade infantil que eram acima de 20% reduziram para níveis próximos a um dígito, em boa parte do Brasil, graças a duas iniciativas importantes: água potável e vacinação. Depois da água potável, nenhuma outra intervenção teve tanto impacto quanto as imunizações tiveram: salvam vidas e reduzem hospitalizações e sequelas de doenças.
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Visitas íntimas nas penitenciárias passam a depender de testes de DSTs
Brasília, 12 de setembro de 2022 – Depois de dois anos e seis meses suspensas, as visitas íntimas foram retomadas em setembro deste ano no sistema prisional do DF, mas com novas regras. A partir de agora, o cônjuge ou companheiro ou companheira de custodiado ou custodiada, para ter o cadastrado de visita íntima aprovado, deverá apresentar relatório médico que ateste a inexistência de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). A exigência é estabelecida pela Portaria nº 200, de julho deste ano, da Secretaria de Administração Penitenciária (Seape). O exame deve ser renovado a cada seis meses, juntamente com o cadastro de visita. A partir de agora, visitas íntimas no sistema prisional dependem de testagem negativa para HIV, hepatites B e C e sífilis | Foto: Renato Araújo/Agência Brasília O gerente de Saúde do Sistema Prisional, Valter Luna, afirma que a decisão de exigir a testagem negativa para hepatites B e C, sífilis e HIV aos postulantes a visitas íntimas deve-se ao fato de buscar controlar a disseminação das doenças dentro dos presídios do Distrito Federal e de que todos os internos passaram a ser testados para essas enfermidades há dois anos. “Em 2020, passamos a realizar testes para covid-19 e de sífilis, hepatites B e C e HIV nos detentos. Com isso, foi possível saber quem é positivo no sistema prisional e iniciar o tratamento e a conscientização acerca das doenças. Por isso, é importante que as DSTs não sejam levadas para dentro do sistema”, explica Luna. [Olho texto=”São 121 profissionais de saúde espalhados em oito unidades de saúde existentes no sistema prisional, sendo 16 médicos, 23 enfermeiros, cinco farmacêuticos, nove assistentes sociais, 21 técnicos em enfermagem, 24 odontólogos, 15 psicólogos, três fisioterapeutas, dois terapeutas ocupacionais e três profissionais de administração” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] “Os exames são feitos não só quando os internos entram no sistema, mas sempre que estes mudam de unidade”, diz Luna. Em dezembro de 2019, durante o Dezembro Vermelho, antes mesmo do início da testagem sistemática, foram feitos testes rápidos em todos os internos do Centro de Internamento e Reeducação (CIR). Outras regras estabelecidas para que o detento tenha direito a visitas íntimas são: não possuir falta disciplinar nos últimos seis meses; participar de programas de ressocialização como Educação de Jovens e Adultos (EJA); e classificação para os postos de trabalho localizados na Gerência de Assistência ao Interno (Geait); no Núcleo de Arquivos e Prontuários (Nuarq); no Núcleo de Conservação e Reparos (Nurep); no Núcleo de Ensino (Nuen); no Núcleo de Suprimentos (Nusup); na Unidade de Controle Patrimonial (Unipat); ou na Unidade de Transporte (Unitran). Existem 121 profissionais de saúde no DF para atender o sistema prisional, dos quais 16 são médicos, 23 enfermeiros, cinco farmacêuticos, nove assistentes sociais, 21 técnicos em enfermagem, 24 odontólogos, 15 psicólogos, três fisioterapeutas, dois terapeutas ocupacionais e três profissionais de administração para o setor de saúde. Esses profissionais se dividem entre as oito unidades de saúde existentes no sistema prisional. Conscientização Dados da Seape mostram que existem hoje 119 presos com HIV, o que representa 1,37% da população carcerária, que é de 16.240 internos e internas. Os números foram obtidos nos exames realizados em todos os presos do DF. Valter Luna destaca a importância dos testes, uma vez que as DSTs estão entre os problemas de saúde pública mais comuns no Brasil e em todo mundo e que o desconhecimento da situação por parte das pessoas infectadas é o que ajuda a perpetuar o ciclo de transmissão das doenças.
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Unidade faz cerca de 50 testes de HIV, hepatites B e C e sífilis por dia
Brasília, 11 de setembro de 2022 – Cerca de 50 pessoas passam diariamente pelo Núcleo de Testagem e Aconselhamento (NTA) da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES) para realizar testes rápidos de HIV, hepatites B e C, e sífilis. No local, também podem fazer exames de PCR para clamídia e gonococo (gonorréia) – ambos somente homens – e receber aconselhamento. O atendimento não é apenas para moradores do DF, mas também a população do Entorno, de outros estados e até do exterior. O trabalho do NTA consiste no acolhimento, na triagem e no aconselhamento voltados para a prevenção das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). De acordo com a chefe da unidade, Jaqueline Menezes, no mês de agosto foram atendidos 924 usuários, tanto para fazer exames quanto para tirar dúvidas e receber resultados e retornos de exames. A equipe do NTA é composta por 15 profissionais, entre enfermeiros, técnicos em enfermagem, odontólogo, assistente social, todos treinados pelo Ministério da Saúde. O NTA fica na Rodoviária do Plano Piloto, plataforma do meio. O horário de funcionamento é de segunda a sexta-feira, das 8h às 19h. O núcleo distribui ainda preservativos masculinos e femininos, gel lubrificante e autoteste para HIV – cinco unidades por pessoa. O trabalho do Núcleo de Testagem e Aconselhamento (NTA) consiste no acolhimento, na triagem e no aconselhamento voltados para a prevenção das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) | Foto: Renato Araújo/Agência Brasília Profilaxia pós-exposição Outra importante atuação do NTA é no atendimento às pessoas que se expuseram a risco por sexo sem proteção ou rompimento de preservativo, violência sexual ou acidente ocupacional com material perfuro cortante. Nesses casos, o paciente faz os exames oferecidos pela unidade, passa pelo aconselhamento e, em casos especiais, recebe no próprio núcleo os primeiros comprimidos da profilaxia pós-exposição (PEP). Neste atendimento, existe uma parceria com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), por meio dos Núcleos de Atendimento à Mulher, e com os projetos Margarida e Violeta, da Secretaria de Saúde, entre outros. “Aqui nós atendemos de acordo com a profilaxia pós-exposição, que pode ocorrer devido a sexo em que não se usou preservativo ou em que o preservativo rompeu. Também devido à violência sexual ou acidente ocupacional por material perfuro cortante. Tudo isso se encaixa na urgência para usar o PEP”, reforça Jaqueline. [Olho texto=”“Aqui nós atendemos de acordo com a profilaxia pós-exposição, que pode ocorrer devido a sexo em que não se usou preservativo ou em que o preservativo rompeu. Também devido à violência sexual ou acidente ocupacional por material perfuro cortante. Tudo isso se encaixa na urgência para usar o PEP”” assinatura=”Jaqueline Menezes, chefe do Núcleo de Testagem e Aconselhamento (NTA/SES-DF)” esquerda_direita_centro=”direita”] A gestora destaca que a medicação que compõe a PEP deve começar a ser usada até 72 horas após o risco. Passado esse período, a eficácia não é a mesma. “O usuário vem aqui, faz os quatro testes, depois passa pela conversa com o aconselhador para que seja verificado se o caso realmente se enquadra na profilaxia pós-exposição e, caso seja necessário, é feito o encaminhamento para uma das farmácias da SES para que receba a medicação, composta por 28 comprimidos, que deverão ser tomados ao longo de 28 dias”, detalha a chefe do NTA. No caso de o usuário chegar ao núcleo às 18h, próximo ao prazo em que se completam 72 horas da exposição, e as farmácias já estiverem fechadas, o primeiro comprimido é administrado no NTA. Os demais medicamentos devem ser adquiridos na farmácia da SES mais próxima da residência do paciente. Conscientização Outra característica do núcleo é que os exames não são entregues sem um aconselhamento. “É mais desafiador entregar um exame para um paciente não reagente, porque não queremos que ele retorne em um ou três meses e tenha um resultado reagente. A gente trabalha com aconselhamento para que ele se conscientize quanto à proteção”, explica a chefe do NTA. De acordo com as estatísticas do Núcleo de Testagem e Aconselhamento, desde 2005, quando o serviço começou a ser prestado, 3,92% de homens testaram positivo para HIV, enquanto o número de mulheres foi de 1,04%. Para hepatite C, foram 0,59% de homens que testaram positivo e 0,53% de mulheres. Os percentuais positivos de hepatite B desde 2005 são de 0,44% dos testes positivos para homens e 0,30% para mulheres. [Olho texto=”O Núcleo de Testagem e Aconselhamento (NTA) da Secretaria de Saúde fica na Rodoviária do Plano Piloto, plataforma do meio. O horário de funcionamento é de segunda a sexta-feira, das 8h às 19h” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Quando o paciente testa positivo tem direito a um retorno com o serviço social, em que toma conhecimento dos seus direitos civis e trabalhistas, além dos cuidados a serem tomados para viver com o HIV. “É preciso ter conhecimento para iniciar essa nova etapa ciente dos seus direitos e deveres”, afirma Jaqueline. O repositor de estoque P.C., 35 anos, procurou o NTA para fazer todos os testes oferecidos. “Acho importante ter conhecimento da saúde”, diz, elogiando o atendimento prestado.
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Calendário de vacinação infantil deve ser seguido mesmo na pandemia
Os pais do pequeno Javi levaram o menino de oito meses ao posto para atualização da Caderneta da Criança | Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília O personal trainer Lucas Rodarte, 28 anos, e a cientista ambiental Ana Paula Ferreira, 26, chegaram cedo à Unidade Básica de Saúde (UBS) número 1, da Asa Norte. Com a Caderneta da Criança em mãos, levavam o pequeno Javi para tomar as vacinas de rotina que estavam atrasadas. O menino tem 8 meses e já havia passado o tempo previsto da segunda dose de imunização contra a paralisia infantil e a terceira da pentavalente (que incluem tétano, hepatite B, coqueluche, difteria e meningite). [Olho texto=”“A gente tem orientado os pais, informando que nosso atendimento é controlado, rápido e reservado, seguindo todos os protocolos de segurança. Não há o que temer”” assinatura=”Simara Penido, auxiliar de enfermagem” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A distração do casal é reflexo do impacto que a pandemia trouxe ao cumprimento do calendário de vacinação das crianças. Por receio de se exporem ao contágio do coronavírus, muitas famílias deixam de ir às UBS, provocando quedas no atendimento. “Estávamos preocupados com o atraso e a desregularização do calendário do Javi, mas agora já está tudo em dia”, garante Lucas. Autoridades de saúde, no entanto, alertam que o não cumprimento do Programa Nacional de Imunização (PNI) , principalmente nas vacinas previstas nos primeiros anos de vida, podem impactar no retorno do surto de outras doenças que estão controladas. “A gente tem orientado os pais, informando que nosso atendimento é controlado, rápido e reservado, seguindo todos os protocolos de segurança. Não há o que temer”, informa a auxiliar de enfermagem Simara Penido Lousada, da unidade da Asa Norte. Lá, inclusive, a sala de vacinação tem acesso exclusivo e sem contato com o atendimento a pacientes sintomáticos respiratórios, que é o caso da covid-19. [Olho texto=”Nesta época do ano, meses de outono que antecedem o inverno, as doenças mais comuns são as respiratórias. Entre elas estão os resfriados comuns, a gripe e a bronquiolite viral aguda. Esta acomete mais as crianças bem pequenas e costuma ser mais grave nos recém-nascidos prematuros e naqueles com doença pulmonar ou do coração” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Vulnerabilidade As crianças estão expostas a muitas doenças infectocontagiosas. Seja pelo sistema imunológico ainda imaturo ou por estarem explorando o mundo – colocando com frequência mãos e objetos na boca -, o fato é que elas estão mais sujeitas a contrair vírus ou bactérias do que os adultos. Nesta época do ano, meses de outono que antecedem o inverno, as doenças mais comuns são as respiratórias. Entre elas estão os resfriados comuns, a gripe e a bronquiolite viral aguda. Esta acomete mais as crianças bem pequenas e costuma ser mais grave nos recém-nascidos prematuros e naqueles com doença pulmonar ou do coração. Assim, as crianças pequenas devem evitar contato com pessoas resfriadas e evitar lugares fechados e aglomerações. A lavagem nasal com soro fisiológico ajuda na desobstrução nasal. De acordo com a médica da Referência Técnica Distrital de Pediatria da Secretaria de Saúde, Ivana Novaes, a automedicação deve ser evitada, com exceção daquelas para baixar a febre e as de uso habitual da criança, orientada pelo médico. “E, acima de tudo, manter o aleitamento no seio, oferecer líquidos e levar sua filha ou filho para vacinar. Nos dois primeiros anos de vida, principalmente, as vacinas são muitas, mas não podem ser esquecidas.” [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Muitas outras infecções podem ocorrer nos primeiros anos de vida. Por isso é necessário que os pais estejam atentos para sinais como febre, abatimento, sonolência, vômitos, diarreia, tosse, manchas no corpo e falta de ar. As Unidades Básicas de Saúde estão capacitadas para atender as crianças caso alguns desses sintomas se manifestem. A professora Aila Abigail, 33 anos, só esperou o filho Jyn completar 9 meses, esta semana, para vaciná-lo contra a febre amarela. Ela diz estar atenta ao cumprimento do calendário e não falhar nos prazos. “Minha filha Valentina, de 7 anos, também está em dia. Tê-los vacinados me deixa bem mais tranquila.”
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Maternidade do HRL ganha sala de vacina
Com a nova sala, bebês podem ser vacinados já nos primeiros dias de vida | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Saúde Desde o dia 1º deste mês, o Hospital da Região Leste (HRL, antigo Hospital Regional do Paranoá) conta com uma sala de vacina que foi inaugurada dentro da maternidade, ampliando a cobertura da região e proporcionando maior comodidade para as mães. Antes da inauguração, as pacientes precisavam procurar uma das unidades básicas de saúde (UBSs) de referência para imunizar os bebês no prazo máximo de sete dias. No local, também é aplicada a primeira dose da vacina contra hepatite B. [Numeralha titulo_grande=” 76 ” texto=”recém-nascidos já foram vacinados durante a semana” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Somente no primeiro dia, 37 recém-nascidos foram vacinados com a dose da BCG, que protege contra formas graves de tuberculose (miliar e meníngea). “O trabalho está sendo realizado diariamente por nossas equipes, e o objetivo é melhorar a assistência ao nosso usuário do SUS”, informa a superintendente da Região de Saúde Leste, Raquel Bevilaqua. Ao longo da semana, 76 recém-nascidos receberam a vacina BCG. A ação segue recomendação do Ministério da Saúde, de administração em dose única, o mais precocemente possível, de preferência na maternidade, logo após o nascimento. A oferta também atende o Plano Integrado para Melhoria do Programa de Imunização do Distrito Federal, que prevê a aplicação da BCG em todas as maternidades públicas. O serviço faz parte do Plano Nacional de Imunização. Usuários aprovam Júlia Carvalho, de 16 anos, mãe do pequeno Gabriel, gostou do serviço ofertado pela maternidade. “É algo que facilita muito para nós, que estamos de resguardo e fragilizadas para ter que sair de casa atrás de vacina”, avalia. As técnicas de enfermagem Maura Dutra e Roberta Almeida, que trabalham na sala de vacina, passaram por treinamento teórico pela plataforma Google Meet e treinamento prático durante uma semana. O preparo foi necessário porque a BCG é uma vacina intradérmica e exige uma técnica diferente durante a aplicação. [Olho texto=” “Estamos tentando propiciar e melhorar esse atendimento à nossa população” ” assinatura=”João Marcos de Meneses, diretor do HRL” esquerda_direita_centro=”direita”] “Todo dia, cedinho, fazemos o levantamento dos bebês que nasceram na tarde e noite anterior; então, toda manhã, vamos às enfermarias e aplicamos a vacina BCG, tendo em vista que cada frasco disponibiliza até 20 doses e o tempo de duração máxima é de seis horas”, explica Roberta. “Por isso, fazemos logo cedo em todos os bebês. Já a vacina contra hepatite B é feita dentro do centro obstétrico, na hora que o bebê nasce.” Comodidade “A criança já sai imunizada”, relata o diretor do HRL, João Marcos de Meneses. “Sabemos que a vacinação é uma das principais medidas de saúde pública que mais interferiram na mortalidade infantil mundial. Estamos tentando propiciar e melhorar esse atendimento à nossa população.” Everaldo de Oliveira Batista, de 34 anos, estava no corredor esperando ser chamado para vacinar seu filho recém-nascido, João Gabriel, que é atendido na Unidade de Cuidados Neonatal (Ucin) com banho de luz. Enquanto Everaldo levava o filho, a esposa Elenice Fernandes, 30 anos, aguardava em seu leito. “Eu acho muito importante a sala de vacina dentro da maternidade”, valoriza Everaldo. “Muitas vezes, a criança precisa passar sete ou oito dias tomando banho de luz, já fica imunizada e não precisa sair para ir ao centro de saúde. Sendo [a vacina] disponibilizada aqui, mais próximo, melhor.” *Com informações da SES
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Policlínicas passam a distribuir medicamentos para tratamento da hepatite B
Os pacientes que estão em tratamento contra a hepatite B contam com novos pontos para retirar os medicamentos por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). A distribuição que ocorria nas três farmácias de alto custo agora é feita em seis policlínicas localizadas em cinco regiões administrativas. Além de facilitar o acesso, também foi ampliada a rede para dispensação. A medida ocorre após o Ministério da Saúde alterar o perfil desses medicamentos saindo do Componente Especializado para o Componente Estratégico. “A alteração dos locais de dispensação dos medicamentos da hepatite B visa à desburocratização do acesso, uma vez que não será mais necessário o agendamento no número 160 para a entrega da documentação”, destaca a diretora de Assistência Farmacêutica da Secretaria de Saúde, Walleska Fidelis. Ela informa que anteriormente “a espera era de 30 dias para avaliação, aprovação e dispensação dos medicamentos. Com o novo fluxo, o paciente terá acesso aos medicamentos na mesma hora”. Confira quais são os medicamentos e os novos locais para retirada: A transição da mudança do perfil dos medicamentos começou em outubro e a migração foi concluída na última segunda-feira (4). Com a mudança, os pacientes não precisam mais fazer o cadastro exigido no Componente Especializado. Para ter acesso aos medicamentos, basta apresentar os seguintes documentos: A doença é infecciosa e agride o fígado, sendo causada pelo vírus B da hepatite (HBV). O HBV está presente no sangue e secreções, e a hepatite B é também classificada como uma infecção sexualmente transmissível. Inicialmente, ocorre uma infecção aguda e, na maior parte dos casos, a infecção se resolve espontaneamente até seis meses após os primeiros sintomas, sendo considerada de curta duração. A história natural da infecção é marcada por evolução silenciosa, geralmente com diagnóstico após décadas da infecção. Os sinais e sintomas, quando presentes, são comuns às demais doenças crônicas do fígado e costumam manifestar-se apenas em fases mais avançadas da doença, na forma de cansaço, tontura, enjoo e/ou vômitos, febre e dor abdominal. A ocorrência de pele e olhos amarelados é observada em menos de um terço dos pacientes com hepatite B. Notificação compulsória As hepatites virais são doenças de notificação compulsória regular. Ou seja, todos os casos confirmados devem ser notificados às autoridades de saúde e registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), em até sete dias. De acordo com a gerência de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis, é de extrema importância que qualquer profissional de saúde público ou privado notifique os casos de hepatites B e C por meio da Ficha de Investigação Hepatites Virais. Apesar de ser uma doença de notificação compulsória desde 1998, a subnotificação é um problema frequente no Distrito Federal, sobretudo na rede privada. Ainda há profissionais de saúde que informam desconhecer a ficha e a necessidade da informação. A notificação das hepatites e demais doenças de notificação compulsória é uma ferramenta de extrema importância para fornecer informações sobre a doença, subsidiando o processo de tomada de decisões e contribuindo para a melhoria da situação de saúde da população. A Secretaria de Saúde ressalta a importância do correto e completo preenchimento da ficha, pelos profissionais de saúde, não deixando campos ignorados ou em branco, pois isso prejudicará a análise da situação epidemiológica da doença. *Com informações da Secretaria de Saúde
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