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horto medicinal

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UBS 11 de Ceilândia inaugura horto medicinal para promover saúde física e mental de idosos

A Unidade Básica de Saúde (UBS) 11 de Ceilândia recebeu, na última semana, um horto agroflorestal medicinal biodinâmico — uma iniciativa conjunta entre a Secretaria de Saúde (SES-DF) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que já conta com cerca de 30 hortos implantados no Distrito Federal. A iniciativa representa um passo importante para a promoção da saúde em Ceilândia. Alunos do Projeto do Karatê, que antes se reuniam para se exercitar, agora também vão cultivar plantas medicinais no horto agroflorestal da UBS 11 de Ceilândia | Fotos: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF O espaço — que será cuidado pela comunidade, especialmente pelos participantes do Projeto do Karatê — vai muito além do cultivo de plantas. A proposta é integrar a prática de atividades físicas e terapias integrativas ao contato com a terra, resgatando saberes tradicionais e fortalecendo vínculos sociais. “O objetivo é unir a manipulação do solo e o uso de plantas medicinais a práticas que melhoram a saúde física e mental, sobretudo dos idosos”, explica a gerente da UBS 11, enfermeira Karla da Silva. “Muitos já cultivavam hortas em casa e conhecem o valor das ervas na prevenção e no cuidado com a saúde. Agora, esse conhecimento se une ao trabalho coletivo e ao acolhimento que oferecemos aqui.” Ações integradas [LEIA_TAMBEM]O horto se soma a outras ações já consolidadas na UBS, como as aulas de karatê oferecidas três vezes por semana por um sensei voluntário, e atividades funcionais conduzidas por moradores da comunidade. Atualmente, mais de 100 idosos participam dessas práticas regularmente. Para Severina Maria do Carmo, 81 anos, frequentar a UBS é um alívio contra o isolamento e a tristeza. Moradora da Expansão do Setor O há duas décadas, ela sofre com problemas na coluna e no joelho, e usava bengala para andar antes da atividade física. Hoje, ela participa das aulas três vezes por semana.  A idosa ainda garante que o contato com as pessoas faz toda a diferença. “Ficar em casa é ruim, a gente cai na depressão. Aqui, a gente conversa, ri, e, agora, vai ter a horta. Eu adoro plantas. Sempre usei mastruz e alecrim para cuidar da saúde”, conta. Já Maria Rocha, 76, diz que desde janeiro recuperou a mobilidade e a disposição. “Eu vivia ansiosa, deitada no sofá, com dores no corpo todo. Depois que comecei a vir, consigo agachar, faço coisas que antes não fazia. E ainda vou poder ajudar a cuidar da horta. A gente já fez um grupo de seis amigas para vir juntas cuidar das plantas”, relata. Severina Maria do Carmo representa a alegria dos idosos da UBS 11, que encontraram no karatê e na convivência novas formas de cuidar da saúde Prevenção que transforma O trabalho da UBS 11 reflete uma mudança de paradigma. Ao assumir a gerência há dez meses, Karla percebeu que muitos só buscavam atendimento quando estavam doentes. Hoje, as ações de prevenção e promoção de saúde atraem diariamente moradores que buscam mais qualidade de vida. “Se gostam de estar aqui, vamos aproveitar para que venham antes de adoecer. O horto, assim como as atividades físicas, ajuda a prevenir doenças e a fortalecer o vínculo com a comunidade. Temos uma maioria de idosos em situação de vulnerabilidade social; a UBS 11 mostra como iniciativas simples podem transformar realidades, promover saúde e devolver alegria ao dia a dia", destaca a gerente. Aos 82 anos, Salvador Rodrigues da Silva é a prova de que nunca é tarde para recomeçar. Morador da região há 17 anos, o aposentado começou a praticar karatê na UBS 11 há pouco mais de um ano. Além das aulas, também se dedica à musculação. “Eu cheguei aqui de bengala, por causa de uma consequência da dengue. Hoje, estou bem. Consigo fazer tudo”, comemora. Salvador afirma que a rotina de treinos fez toda a diferença na disposição, no equilíbrio e até na forma de encarar a vida. “O karatê me deu força, coordenação e vontade de sair de casa. A gente treina, conversa, se anima. Quando vê, já está vivendo melhor”, diz. Ele acrescenta que tem uma "mão boa para plantas" e que está ansioso para cuidar da horta. O horto se soma a outras ações já consolidadas na UBS, como as aulas de karatê, oferecidas três vezes por semana, e atividades funcionais conduzidas por moradores da comunidade Rede de hortos  A Rede de Hortos Agroflorestais Medicinais Biodinâmicos (Rhamb) conta, agora, com 31 unidades. Em 2024, foram construídos 13 novos espaços, e, neste ano, outros três. Os cursos de aperfeiçoamento, realizados anualmente, desde 2023, capacitam 50 servidores a cada nova edição. Desde 2018, a Rhamb segue como estratégia de descentralização do cultivo de plantas medicinais e de promoção da saúde no Sistema Único de Saúde (SUS) do DF. Esses hortos diferenciam-se de outros por serem construídos com a comunidade e com princípios da agroecologia, agrofloresta e agricultura biodinâmica. *Com informações da Secretaria de Saúde (SES-DF)

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Hortos medicinais do DF são referência para o país

Com mais de 70 espécies de plantas com potencial medicinal, o horto na Unidade Básica de Saúde 1 do Lago Norte é exemplo para todo Brasil. O trabalho feito no local deverá ser usado como referência, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e com produtores rurais do Brasil, para instruir as técnicas, o conhecimento e o manejo dessas produções. Representantes de 26 estados associados à Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag) já visitaram o espaço da UBS para conhecer e iniciar esse trabalho. A Secretaria de Saúde possui quatro hortos medicinais em toda a rede: eles foram criados com o objetivo de cultivar plantas medicinais que serão utilizadas em tratamentos de saúde | Fotos: Tony Winston/Agência Saúde “O que nós estamos tentando, a partir da experiência da Secretaria de Saúde, é fazer um processo de integração para que possamos avançar na implementação da política nacional de plantas medicinais. Queremos estimular esse conhecimento em todo o país”, explica a pesquisadora da Fiocruz e coordenadora do projeto sobre plantas medicinais e bioeconomia, Maria do Socorro Souza. “O horto do Lago Norte é uma unidade que integrou as técnicas de cultivo, de manejo, de processamento e também do uso dessas plantas medicinais.” RTD em fitoterapia, o médico Marcos Trajano destaca que “a nossa obrigação, como profissionais de saúde, é garantir o acesso à informação para o uso seguro e racional também das plantas medicinais em preparações que possam ser feitas pela própria comunidade” “A nossa obrigação, como profissionais de saúde, é garantir o acesso à informação para o uso seguro e racional também das plantas medicinais em preparações que possam ser feitas pela própria comunidade”, afirma a referência técnica distrital (RTD) em fitoterapia, o médico Marcos Trajano. Para ele, o trabalho desenvolvido na UBS estabelece a qualidade no contexto do uso dessas plantas. Secretária de Políticas Sociais da Contag, Edjane Rodrigues aponta a importância da capacitação de agricultores: “Com o conhecimento, podem cultivar e até processar essas plantas para produzirem, por exemplo, óleos essenciais” Segundo a secretária de Políticas Sociais da Contag, Edjane Rodrigues, capacitar os agricultores com conhecimento e técnica sobre plantas medicinais é importante também para que esse plantio possa ser comercializado. “A gente percebe que muitos agricultores e agriculturas familiares têm as plantas medicinais em suas unidades produtivas, mas muitas vezes não as conhecem. Com o conhecimento, podem cultivar e até processar essas plantas para produzirem, por exemplo, óleos essenciais”, acrescenta. A agricultora Maria Alves trabalha com o cultivo de mandioca, abóbora, milho e feijão em Roraima, mas se interessou em conhecer mais sobre as plantas medicinais A agricultora rural Maria Alves da Silva tem uma propriedade em um assentamento em Roraima. Ela conta que trabalha com o cultivo de mandioca, abóbora, milho, feijão, mas que se interessou em conhecer mais sobre essa possibilidade. “É uma nova porta que se abre e aqui na UBS a gente percebe que há uma importância na comunidade.” Hortos Além das 70 espécies de plantas com potencial medicinal, há plantas alimentícias não convencionais. A Secretaria de Saúde possui quatro hortos medicinais em toda a rede. Eles foram criados com o objetivo de cultivar plantas medicinais que serão utilizadas em tratamentos de saúde, visando agregar fitoterápicos para complementar o tratamento de usuários do SUS. Além das 70 espécies de plantas com potencial medicinal, o horto na Unidade Básica de Saúde 1 do Lago Norte tem plantas alimentícias não convencionais. Os quatro hortos medicinais funcionam na Unidade Básica de Saúde 1 do Lago Norte, na Casa de Parto, em São Sebastião, na Farmácia Viva do Riacho Fundo I e na Farmácia Viva do Centro de Referência em Práticas Integrativas (Cerpis), em Planaltina. Em três dos quatro hortos, é feita a entrega da planta fresca, mediante prescrição. Já a produção de medicamentos fitoterápicos é feita somente nas Farmácias Vivas do Riacho Fundo I, que distribui para 25 unidades básicas de saúde, e do Cerpis de Planaltina, que distribui dentro da região norte. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A Farmácia Viva do Cerpis, além de cultivar, colher, manipular e distribuir os fitoterápicos, entrega plantas frescas, secas e promove atividades educativas abertas à população. Até 31 de outubro deste ano, a produção do local foi de 13.127 medicamentos do tipo. Espécies no horto da UBS do Lago Norte De acordo com o RTD em fitoterapia, Marcos Trajano, os hortos têm função de socializar as pessoas da comunidade, estimulando uma cultura de paz. “As colheitas são algo a mais promovido, mas o grande benefício mesmo é o exercício em prol à comunidade”, afirma. Nessa perspectiva, Trajano explica que as ofertas de colheita são pequenas, mas que as plantas mais procuradas no local são: Açafrão Azedinha Babosa Bertalha Boldo (falso-boldo), sete-dores Camomila Capim santo Capuchinha Carqueja Chaya Erva baleeira Erva cidreira Melissa Espinheira-santa Folha-da-fortuna Funcho Gengibre Goiabeira Guaco Melaleuca Manjericão Mulungu Ora-Pro-Nobis Sabugueiro Tanchagem Vinagreira *Com informações da Secretaria de Saúde

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