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Produtores rurais são capacitados para uso eficiente da irrigação no início da seca

Com o início do período de estiagem no Distrito Federal, agricultores do assentamento Três Conquistas, no Paranoá, participaram, na última semana, de um curso sobre irrigação consciente promovido pelo Governo do Distrito Federal (GDF). A iniciativa, coordenada pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF), orienta os produtores sobre o uso racional da água nas lavouras e sobre como garantir produtividade sem desperdício. A capacitação “Como ganhar mais dinheiro com irrigação eficiente” é oferecida todo ano, preferencialmente no começo da seca. Nesta edição, foram reunidos 12 agricultores da região para participar dos dois dias de formação, com foco em técnicas de manejo, cálculo da lâmina correta de irrigação, identificação de vazamentos e práticas que evitam o uso excessivo de água — fator que pode prejudicar tanto o cultivo quanto o meio ambiente. Rafael Lima de Medeiros: "O curso ajuda o produtor a economizar e, ao mesmo tempo, aumentar a área produtiva" | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília  “Brasília se caracteriza por duas situações muito marcantes: a seca e o período chuvoso. Nesse cenário, a irrigação é o que viabiliza a produção rural. Mas é uma prática dispendiosa, tanto em energia quanto em água. O curso ajuda o produtor a economizar e, ao mesmo tempo, aumentar a área produtiva”, explicou o gerente da Emater-DF no Paranoá, Rafael Lima de Medeiros. Segundo ele, há várias técnicas capazes de promover o uso consciente da água. O diferencial está no conhecimento do produtor sobre o próprio sistema que abastece a propriedade: “O uso exagerado causa prejuízos, como podridão de raízes e doenças fúngicas, especialmente em tempos mais frios. O manejo correto protege a lavoura e evita desperdício”, reforçou Rafael.   Além da capacitação, a Emater-DF mantém 15 escritórios espalhados pelo DF, atuando também na zona rural, com assistência técnica e orientação sobre políticas públicas e práticas agrícolas. Conscientização no campo Itamar Martins: "A gente tem que saber manejar com consciência para não faltar água no futuro" Para o agricultor Itamar Martins, de 59 anos, que cultiva tomate, pimentão, limão e hortaliças em uma área de 4,5 hectares, a capacitação ajuda não só a aumentar a produção, como também a reduzir os custos. [LEIA_TAMBEM] “Eu tenho de tudo um pouco, e a Emater sempre vem aqui para orientar a gente. Esse curso vai melhorar nossa conscientização para usar a água com responsabilidade. A gente tem que saber manejar com consciência para não faltar água no futuro. Além disso, evita desperdício e ajuda a modernizar o nosso equipamento”, destacou. Já para o agricultor Mariano da Gama, 72, a capacitação é uma oportunidade de aprender a valorizar o próprio tempo. “A gente perde muito tempo arrumando mangueira e irrigando mais do que o necessário. Esse curso ajuda porque o tempo é ouro. A Emater capacita muito bem os produtores e sempre traz algo novo”, avaliou.

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Com o uso de tecnologias, novas variedades de mandioca podem chegar a produzir 64 t por hectare

A popularidade da mandioca se deve não apenas à versatilidade culinária da planta, mas também ao uso integral, que contribui para a sustentabilidade e agrega valor à cadeia produtiva. Desde a raiz até as folhas, a mandioca tem mostrado potencial, tanto no consumo humano quanto na indústria de alimentação animal. No Distrito Federal, o número de produtores que cultivam a planta passou de 921, em 2019, para 1920, em 2023 – um aumento de 108,4%. Responsável pelo programa de olericultura da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF), Antonio Dantas explica: “A mandioca tem deixado de ser uma cultura marginalizada, em que os produtores cultivavam sem correção de solo, adubação e tecnologias. Hoje, vemos muitos produtores investindo na mandioca, com uso de novas cultivares, adoção de tecnologias na produção que contribuem para o aumento de produtividade”. Mais de 50 propriedades rurais são parceiras na validação de tecnologias e servem de unidades demonstrativas | Fotos: Divulgação/Emater-DF A adoção de tecnologias pelos produtores se deve, principalmente, ao trabalho articulado entre a Emater-DF, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Cerrados) e a Universidade de Brasília (UnB). “O trabalho de articulação entre o serviço público de extensão rural e a pesquisa é um dos principais fatores que contribuem para o aumento da produção e da produtividade no cultivo da mandioca, levando as demandas dos produtores aos pesquisadores e vice-versa”, explica o extensionista rural da Emater-DF Hélcio Henrique Santos. Hoje, 54 propriedades rurais são parceiras na validação de tecnologias e servem de unidades demonstrativas. “A Emater-DF é responsável por fazer a seleção dos produtores que participam do trabalho de validação tecnológica, além de fazer o acompanhamento técnico e orientações de manejo”, pontua Hélcio. Antônio José Ribeiro cultiva 7 hectares de mandioca e vende a produção in natura em feiras e para descascadores O produtor Antônio José Ribeiro cultiva 7 hectares de mandioca no núcleo rural Taquara. Atualmente ele planta as cultivares japonesinha, a BRS 429 e o clone 54/10 (ainda em fase de validação), as duas últimas da Embrapa Cerrados. “A BRS 429 e a 54/10 são mandiocas que me atraíram pela rentabilidade, pois dão o dobro de produtividade da japonesinha”, conta Antônio José. “Além da produtividade, a gente observa a resistência a doenças, se o consumidor gosta, se cozinha bem, se a textura é boa, o tempo para a colheita e o tamanho da raiz. A gente repassa tudo para os técnicos da Emater e para a Embrapa”, observa Antônio. Ele vende a raiz in natura em feiras e para descascadores por cerca de R$ 50 a caixa de 26 kg. O pesquisador Josefino Fialho defende a sustentabilidade econômica, social e ambiental na produção de mandioca no DF Segundo o pesquisador da Embrapa Cerrados Josefino Fialho, independentemente de o produtor plantar mandioca para indústria ou mandioca de mesa, é importante que tenha um processo produtivo sustentável. “Não tem como querer atingir uma alta produtividade de raiz se o seu comércio não atende aos requisitos para cobrir os custos dessa alta produtividade. É preciso ter sustentabilidade econômica, social e ambiental”, diz Josefino. Tecnologias de produção Entre algumas tecnologias utilizadas pelos produtores atualmente está o cultivo no mulching (cobertura plástica no solo), com uso de irrigação localizada. “Após a colheita de hortaliças como tomate, pimentão, pepino, os produtores aproveitam a mesma estrutura plástica e de irrigação, os resíduos de adubação da cultura anterior, para plantar a mandioca. Isso reduz os custos e melhora a produtividade”, conta o extensionista Hélcio Santos. O uso de cobertura plástica aumenta a produtividade das raízes, mantém a umidade do solo, controla a erosão e diminui a mão de obra para roçar o mato. Na unidade demonstrativa implantada na AgroBrasília, a produtividade do cultivo da mandioca no mulching chegou a 64 toneladas por hectare. Esse resultado deve-se a anos de trabalho participativo entre pesquisa, extensão rural e produtor. O pesquisador Josefino Fialho detalha: “É com essa pesquisa participativa que se determina quais os melhores materiais genéticos, as melhores formas de adubar, de espaçamento entre plantas, observando as diferentes fases do sistema, desde o plantio até a colheita. A troca de experiência é fantástica”. Usos da mandioca O uso integral da mandioca no Distrito Federal surge como uma estratégia para agregar valor à produção agrícola local. Em 2023, foram 883,25 hectares destinados ao cultivo de mandioca, por 1.920 produtores, que produziram 19.754 toneladas. “A mandioca é uma raiz de reserva, mas ela tem um período de sobrevida pós-colheita muito curto. Então, ela perde a qualidade não só da forma microbiológica, mas também fisiológica, principalmente a mandioca para mesa. A Embrapa Cerrados e outras unidades desenvolveram vários trabalhos voltados a minimamente processados, para que a mandioca pudesse conservar mais tempo e obtivesse assim melhor qualidade do produto para o consumidor”, afirma. A economista doméstica da Emater-DF Cátia Freitas destaca que a mandioca é rica em fibras, potássio e vitamina C, podendo ser consumida cozida, assada, em sopas e em diversas outras receitas. “Por não possuir glúten, ainda é uma ótima opção para pessoas com doença celíaca. Apenas não deve ser consumida crua, por conta da toxidade”, pondera. A farinha de mandioca e a tapioca são as principais fontes de renda do agricultor Luís Carlos de Jesus Santos A farinha de mandioca e a tapioca são as principais fontes de renda do agricultor Luís Carlos de Jesus Santos. Ele tem uma agroindústria há 20 anos, na região do Café sem Troco, no PAD-DF, onde emprega seis pessoas na produção dos alimentos. “Eu vendo a mandioca descascada, além de produzir a farinha de mandioca e de tapioca e a massa puba. Algumas pessoas vêm comprar direto na propriedade e outras compram na banca que minha filha administra na feira no Guará. Processar a mandioca ajuda a ter mais renda do que a vendendo in natura”, conta Luís. Além da raiz, o caule e as folhas podem ser utilizados na alimentação animal, orienta o zootecnista é responsável pelo Programa de Ruminantes e Equídeos da Emater-DF, Maximiliano Cardoso. “Na alimentação animal, a raiz é um alimento energético, bem-aceito pelos animais, de forma fresca ou desidratada. Já a parte aérea da mandioca, que é composta pelo terço médio das hastes principais, galhos e folhas, pode ser usada como volumoso e é rica em vitaminas A e C. Essa parte pode ser aproveitada in natura ou também passada por processo de fenação, facilitando a estocagem, por exemplo”. Por não conter glúten, a mandioca é uma boa opção na dieta de celíacos Ao aproveitar todas as partes da planta, desde a raiz até as folhas, os produtores do DF não só contribuem para a sustentabilidade ambiental, mas também abrem novos caminhos para o desenvolvimento de produtos inovadores que atendem a um mercado cada vez mais exigente. *Com informações da Emater-DF

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GDF impulsiona cultivo de jabuticaba no DF com suporte técnico a produtores rurais

Conhecida como “uva brasileira”, a jabuticaba é uma fruta com profundas raízes na cultura do Brasil e na biodiversidade do país. No Distrito Federal, a cerca de 30 km do centro de Brasília, há mais de duas décadas, o casal de produtores rurais Kamilla Nunes, 38 anos, e Orlando de Azevedo, 70, cultiva a fruta em uma propriedade privada no Centro Equestre Catetinho, no Riacho Fundo II. Jabuticaba se adapta bem ao clima do Cerrado e é opção de geração de renda para produtores rurais | Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília A produção dos dois empresários se dá por meio de incentivo do Governo do Distrito Federal (GDF), que, graças à Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF), concede suporte técnico a mais de 40 produtores de jabuticaba no DF. O apoio vai desde a escolha das mudas adequadas até as práticas de manejo sustentável. A Emater ainda oferece cursos e palestras sobre cultivo, irrigação, poda e controle de pragas, com o objetivo de aumentar a produtividade e a qualidade da fruta, que se adapta bem ao clima do Cerrado. “Damos orientações básicas, de plantio e manejo, além de pecuária. Avaliamos todo o eixo rural, a parte social, de produção, agrícola e animal. E também a questão de comercialização, crédito rural, turismo rural, saneamento. É um grande ecossistema de gestão ambiental à disposição dos produtores” Claudia Coelho, gerente da Emater-DF Segundo a empresa, foram cultivadas mais de 19 mil toneladas de jabuticaba em 4,7 hectares apenas em 2023. No mesmo ano, o valor bruto produzido chegou a R$ 214,6 mil, o que demonstra o potencial do Distrito Federal na produção da fruta, que resulta em produtos como sucos, geleias, licores e até vinhos. A chácara de Kamilla e Orlando conta com 70 pés de jabuticaba, que são cultivados por meio de irrigação e transformados em geleias, molhos e licores. O produtor rural conta que a assistência técnica da Emater foi determinante no uso do solo, uma vez que o casal quer aumentar a produção e transformar o local em um polo gastronômico para os amantes da jabuticaba. “A fruticultura, de modo geral, está se expandindo bastante no Distrito Federal. Foi uma surpresa ver esse tanto de jabuticaba aqui na terra do seu Orlando, porque geralmente as pessoas só plantam uma ou duas mudas no fundo do quintal. É importante para revelar o Cerrado e o DF como um grande lugar que tem potencial para a produção de jabuticaba”, salienta Paulo Ricardo da Silva Borges, técnico da Emater. “As pessoas estão buscando algo novo, algo genuinamente rural. Atualmente, todos dependem de supermercados e atacadistas. Aqui elas terão a oportunidade de obter o fruto diretamente da terra”, afirma a produtora rural Kamilla Nunes de Azevedo Claudia Coelho, técnica e uma das gerentes da Emater-DF, explica que o processo de suporte começa já no cadastro do produtor no sistema da empresa. “A partir do cadastro do produtor faz-se a visita técnica e são avaliados pontos como produtividade e potenciais da região. Então damos orientações básicas, de plantio e manejo, além de pecuária. Avaliamos todo o eixo rural, a parte social, de produção, agrícola e animal. E também a questão de comercialização, crédito rural, turismo rural, saneamento. É um grande ecossistema de gestão ambiental à disposição dos produtores”, detalha. Além de todo o suporte técnico, a propriedade conta com o apoio deste GDF, que está promovendo a regularização fundiária de terras da região. Para Orlando de Azevedo, a conquista do título de terra é sinônimo de reconhecimento e valorização do trabalho rural. Em 2023, foram cultivadas mais de 19 mil toneladas de jabuticaba no DF, resultando em produtos como geleias, sucos, licores e até vinhos “Este GDF tem se colocado muito à disposição para nos auxiliar em tudo que é possível. Por meio da Empresa de Regularização de Terras Rurais, tiramos dúvidas sobre a titulação. É o nosso sonho desde que mudamos para cá para adquirir terras, porque a gente deu a vida pela produção rural. Antes eu não conseguia, o acesso era difícil e burocrático. Com esse governo nós vamos receber o título de regularização ainda neste ano”, afirma o empresário. De acordo com dados da Empresa de Regularização de Terras Rurais (ETR), desde outubro de 2023, já foram analisados mais de 27 mil hectares de terras rurais pertencentes à Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap), resultando em pouco mais de 400 contratos de Concessão de Direito de Uso Oneroso (CDU), equivalentes a 10.826 hectares. Festival da Jabuticaba Graças ao suporte deste GDF, Kamilla e Orlando vão realizar, nos dias 5 e 6 de outubro, a primeira edição do Festival da Jabuticaba, onde os presentes poderão degustar do sabor único da fruta por meio de diferentes pratos gastronômicos. “As pessoas estão buscando algo novo, algo genuinamente rural. Atualmente, todos dependem de supermercados e atacadistas. Aqui elas terão a oportunidade de obter o fruto diretamente da terra. Temos essa ideia de crescimento e de apoiar outros que também estão envolvidos na produção”, ressalta Kamilla. A programação contará com recepção ao espaço, degustação de licores e entradas, almoço e sobremesa, a história da jabuticaba e a importância da fruta na biodiversidade brasileira, além de uma visita às plantações da chácara. Mais informações podem ser acessadas por meio deste link.

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GDF investiu R$ 17,4 milhões na recuperação de 19 canais de irrigação desde 2019

Para que um alimento chegue à mesa do consumidor, é preciso dedicação dos agricultores e, especialmente, garantia de irrigação. O Governo do Distrito Federal (GDF) trabalha para que os produtores rurais do Quadradinho tenham acesso a água farta e de boa qualidade por meio da recuperação dos canais que levam o recurso até as propriedades. Nos últimos cinco anos, foram investidos mais de R$ 17,4 milhões na tubulação de 98,57 km de canais de irrigação, beneficiando 758 famílias em oito regiões administrativas. A reforma dos canais conta com a união de esforços entre o governo e a população. A Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural  (Seagri-DF) fornece o maquinário e os tubos usados na recuperação. Já a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF) é responsável pelo projeto e acompanhamento técnico. Aos moradores da comunidade, cabe construir as caixas de passagem e captação de água em suas propriedades. Nos últimos cinco anos, foram investidos mais de R$ 17,4 milhões na tubulação de 98,57 km de canais de irrigação, beneficiando 758 famílias em oito regiões administrativas | Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília O agricultor José Eduardo Gonçalves, 54 anos, é atendido pelo canal de Tabatinga, em Planaltina, concluído em 2023. Com acesso pleno à água, José e a família expandiram a plantação de hortaliças, colhidas para consumo próprio, e lançaram-se no mercado da piscicultura, com a criação de tilápias. Sem a tubulação do canal, ele não teria conseguido esses resultados, já que precisava bombear água até a chácara com energia elétrica. “Era uma operação muito cara e trabalhosa, mas, depois que começou a obra do canal, nunca mais tivemos problema com água aqui, agora passa em toda a chácara por gravidade”, conta José, que tem mais de 30 anos de história com a agricultura. Segundo ele, o abastecimento hídrico impacta também a qualidade da tilápia oferecida ao consumidor. “O peixe que é criado na mesma água, sem substituição, tem o gosto diferente daquele que é criado em água corrente, em que a água entra no tanque, oxigena e sai naturalmente. A qualidade desse peixe é infinitamente melhor.” O investimento na recuperação do canal de Tabatinga também beneficiou o produtor rural Roberto Correa, 46. Ele e a família puderam iniciar o plantio de outras culturas na propriedade, aumentando a cartela de alimentos oferecidos aos clientes em feiras de Planaltina. “Antes do canal, a gente plantava muita soja, milho e limão. Hoje temos muitas verduras, como tomate, abóbora, pepino e repolho”, conta. “Esse canal foi a salvação de todos nós. O canal era aberto e nem sempre chegava para todo mundo. Agora todos os produtores têm água para plantar, não falta para ninguém”. O agricultor José Eduardo Gonçalves: “Era uma operação muito cara e trabalhosa, mas, depois que começou a obra do canal, nunca mais tivemos problema com água aqui, agora passa em toda a chácara por gravidade” Construídos originalmente com manilhas de concreto ou no próprio leito da terra a céu aberto, os canais sofriam com perda de cerca de 50% do volume de água. Havia infiltração do recurso hídrico no solo e interferência da natureza, como a queda de galhos e folhas. O cenário para os produtores era de insegurança: não sabiam se a água chegaria à propriedade nem se o que chegasse seria suficiente para manter a irrigação das plantações. A incerteza chega ao fim graças à recuperação dos canais com tubos feitos com polietileno de alta densidade (PAD) e policloreto de vinila (PVC). O diretor de Engenharia da Seagri, Emanuel Fernandes Lacerda, afirma que os materiais são mais resistentes e duradouros, com vida útil estimada em mais de 50 anos. “Essas tubulações são fáceis de trabalhar e vão atender as famílias por muitos, muitos anos. É uma ação importante da secretaria para incentivar a permanência dos produtores no campo e a produção rural do DF”, observa. “Sem a tubulação, os produtores precisam buscar por outras alternativas, como o bombeamento e a abertura de poços artesianos, ou ficam sem água. Ano passado, concluímos o Capão Seco, que tinha um histórico grande de escassez, e finalizamos o Lagoinha, que passava pela mesma situação”, afirma o assessor técnico da Emater-DF Edvan Ribeiro. “A Emater recebe a demanda nos escritórios locais e dá andamento ao processo, com o projeto, outorgas e outras questões, além de auxiliar os produtores durante a obra também.” Ao todo, o DF tem 65 canais em operação, com mais de 235 km de extensão. As estruturas que já foram reformadas estão localizadas em Planaltina, Brazlândia, Sobradinho, Paranoá, Gama, Ceilândia, Park Way e Riacho Fundo. Atualmente estão em obras trechos dos canais Rio Preto e Sítio Novo, em Planaltina.

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Oficina sobre irrigação eficiente orienta sobre diminuição de custos e aumento da produtividade

Agricultores do Assentamento 1º de Julho, localizado em São Sebastião, participaram nesta quarta-feira (21) de uma oficina voltada para o uso racional da irrigação na agricultura familiar. A iniciativa, parte da 3ª Pegada Agroecológica de São Sebastião, visa conscientizar os produtores sobre como utilizar a água de forma econômica, reduzindo os impactos ambientais e elevando a eficiência produtiva. Oficina da Emater-DF conscientizou produtores rurais sobre o uso racional da irrigação na agricultura familiar | Foto: Divulgação/ Emater-DF O técnico em agropecuária José Gonçalves, do escritório da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF) em São Sebastião, destacou as vantagens do uso eficiente dos recursos hídricos. “Uma irrigação bem planejada permite que o produtor mantenha a produção ativa durante todo o ano, aumentando as oportunidades de comercialização, inclusive em programas de compras institucionais”, explicou Gonçalves, ressaltando que a irrigação inadequada pode elevar significativamente os custos com energia elétrica, especialmente devido ao uso de bombas hidráulicas. “Os escritórios da Emater-DF estão à disposição para desenvolver projetos personalizados para cada produtor. Basta nos procurar” Antonio Dantas, engenheiro agrônomo da Emater-DF O engenheiro agrônomo Antonio Dantas, da Gerência de Agropecuária (Geagr) da Emater-DF, enfatizou que a irrigação é um dos melhores investimentos para qualquer propriedade rural. “O consumidor moderno exige produtos de qualidade, com fornecimento regular e em volume adequado. Tudo isso só é possível com um sistema de irrigação eficiente”, afirmou Dantas. Ele reforçou a importância de um projeto de irrigação bem-planejado, adaptado às particularidades de cada propriedade, considerando fatores como o declive do terreno, o tamanho da produção e o tipo de cultura. “Os escritórios da Emater-DF estão à disposição para desenvolver projetos personalizados para cada produtor. Basta nos procurar”, concluiu Dantas. A oficina ocorreu na chácara da produtora Raimunda Ribeiro Pessoa, conhecida como Ray. “Aqui plantamos de tudo um pouco, desde hortaliças até frutas como limão, laranja, manga e acerola”, contou Ray. O escritório da Emater-DF em São Sebastião está elaborando um projeto de irrigação na propriedade dela. “Com apoio da empresa, acredito que vou economizar bastante energia elétrica”. A produtora Ana Lúcia Barros contou que o valor de sua conta de luz foi de R$ 639. “O Zé [José Gonçalves] já fez meu projeto de irrigação, e espero ter uma boa economia, podendo investir mais na lavoura e melhorar a qualidade das minhas hortaliças”, comentou. O Assentamento 1º de Julho, onde ocorreu a oficina, foi implantado em dezembro de 2014 e atualmente abriga 60 famílias, a maioria dedicada à produção agroecológica. Produtores interessados em planejar o uso eficiente da água em suas culturas podem procurar o escritório local da Emater-DF mais próximo. A lista completa com os endereços e telefones está aqui. *Com informações da Emater-DF

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Circuito na AgroBrasília vai mostrar viabilidade da irrigação com água da chuva

Aproveitar a água da chuva é uma opção eficiente para a economia familiar e preservação ambiental. O equipamento que permite a captação será mostrado pela Emater-DF no Circuito das Tecnologias Sociais, durante a AgroBrasília. A feira do agronegócio começa nesta terça-feira (21) e terá vários espaços destinados ao produtor familiar. “Para ter o equipamento em casa, o produtor gasta pouco mais de R$ 1 mil, incluindo a estrutura de captação e as calhas de aço galvanizado. Isso dispensa a necessidade de furar poços artesianos, um processo normalmente 30 vezes mais caro e que depende de outorga da Adasa” Luciana Silva, coordenadora de Saneamento Rural da Emater-DF De acordo com a coordenadora de Saneamento Rural da Emater-DF, Luciana Silva, o mecanismo de captação de águas pluviais é barato, de fácil instalação e possui filtros que separam folhas e demais sujeiras, oferecendo água potável. “Para isso, é necessário que o telhado da casa tenha até 150m² de área. As águas podem ser usadas também para consumo humano, mas nosso foco no circuito é a irrigação”, explica. Luciana Silva acrescenta que as vantagens econômicas e ambientais são visíveis. “Para ter o equipamento em casa, o produtor gasta pouco mais de R$ 1 mil, incluindo a estrutura de captação e as calhas de aço galvanizado. Isso dispensa a necessidade de furar poços artesianos, um processo normalmente 30 vezes mais caro e que depende de outorga da Adasa [Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do DF]”. O aproveitamento de água da chuva contribui para a preservação ambiental e reduz custos para os produtores rurais | Foto: Divulgação/Emater-DF Usar as águas pluviais para irrigação da lavoura também é positivo para o meio ambiente. “Atualmente, grande parte da irrigação depende de recursos hídricos como rios, córregos e ribeirões. Com o equipamento que vamos apresentar, esses recursos são preservados, podendo ser melhor aproveitados para consumo humano nas áreas urbanas”, exemplifica a coordenadora de Saneamento Rural. AgroBrasília Realizada pela Cooperativa Agropecuária da Região do Distrito Federal (Coopa-DF), a AgroBrasília funciona como vitrine de novas tecnologias e tem um cenário de referência em debates, palestras e cursos sobre diversos temas relacionados ao setor produtivo. Em 2023, a feira recebeu 175 mil visitantes e movimentou R$ 4,8 bilhões em negócios fechados. Neste ano, o evento será realizado entre os dias 21 e 25 de maio, das 8h30 às 18h, no Parque Tecnológico Ivaldo Cenci, localizado estrategicamente a 60 km de Brasília. A entrada é franca. *Com informações da Emater-DF  

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Ampliação da rede de canais de irrigação do DF já recebeu R$ 16 milhões

Antes da construção do canal de irrigação do Núcleo Rural Córrego das Corujas, no Sol Nascente, não havia cultivo que sobrevivesse à seca. “Só plantávamos em época de chuva, senão a produção morria”, lembra a produtora rural Adriana Souza Nolasco, 48. Dois anos após a entrega da tubulação, a realidade mudou consideravelmente: “Não dava para plantar muita variedade, só o que não precisava de irrigação constante e diária; com o canal, isso mudou. Hoje em dia, planto banana, graviola, tamarindo, mexerica, limão, abacate, acerola”. Adriana Nolasco comemora a chegada do sistema de irrigação ao Núcleo Rural Córrego das Corujas: “O canal mudou muito não só a minha vida, mas também a dos meus vizinhos” | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Adriana é agricultora familiar e mantém contrato com o governo federal por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). “Antes do canal, eu só tinha plantações de banana para consumo próprio”, conta. “Hoje tenho 600 covas, cada uma com três pés, com perspectiva de aumentar a plantação, e entrego de 200 kg a 400 kg para o programa mensalmente. Tenho a certeza de que, se eu precisar pegar um empréstimo em um banco para investir na minha propriedade, vou poder pagar, porque tenho produção para esse fim. É a realização de um sonho: posso plantar e colher da minha terra”. Com extensão de 5,25 km, o canal de irrigação do Núcleo Rural Córrego das Corujas atende cerca de 50 produtores rurais, incluindo Adriana, e foi construído a partir de emenda parlamentar do deputado Chico Vigilante no valor de R$ 260 mil. Adriana comemora: “O canal mudou muito não só a minha vida, mas também a dos meus vizinhos. Foi a conquista de um sonho antigo. Agora temos a garantia de plantar e saber que a plantação não vai morrer, porque podemos irrigar”. Ritmo acelerado Desde 2019, o Governo do Distrito Federal (GDF) já investiu R$ 15.892.611,32 na construção de 29 canais de irrigação. O valor é referente à compra dos tubos feitos com polietileno de alta densidade (PAD) e policloreto de vinila (PVC). O benefício chegou a 758 produtores rurais que, com a tubulação, têm mais segurança para trabalhar e empreender. Ao todo, os canais construídos somam 84,34 km de extensão. Houve também a manutenção e reforma de 45 km de canais. [Olho texto=”Assentamento Márcia Cordeiro Leite recebeu, em outubro, um canal de cerca de 11,5 km que atende mais de 30 famílias” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Atualmente, estão em construção os canais da Lagoinha, no Capão Seco, que tem 800 metros de extensão e beneficia 15 produtores; um trecho de Tabatinga, em Planaltina, que soma 100 metros e atende a 36 produtores, e o canal principal do Rodeador, em Brazlândia, com extensão de 8,6 km e potencial para beneficiar mais 93 produtores. Em 16 de outubro, foi entregue o canal de cerca de 11,5 km que atende 31 famílias do Assentamento Márcia Cordeiro Leite, em Planaltina. A obra custou R$ 350 mil, recursos originários de emendas parlamentares. Seagri fornece o maquinário, Emater faz acompanhamento técnico e moradores constroem as caixas de distribuição da água: produção garantida para todos Construídos anteriormente com manilhas de concreto ou no próprio leito da terra a céu aberto, os canais sofriam com perda de cerca de 50% do volume de água. Havia infiltração do recurso hídrico no solo e interferência da natureza, como a queda de galhos e folhas. O cenário para os produtores era de insegurança: não sabiam se a água chegaria à propriedade nem se o que chegasse seria suficiente para manter a irrigação das plantações. ?A construção dos canais conta com a união de esforços entre o governo e a população. A Secretaria de Agricultura do Distrito Federal (Seagri) fornece o maquinário usado na obra. Já a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF (Emater) é responsável pelo projeto e acompanhamento técnico. Aos moradores da comunidade, cabe construir as caixas de distribuição de água em suas propriedades. Prioridade O secretário-executivo da Seagri, Rafael Bueno, ressalta que a demanda dos canais é considerada prioridade desde 2019. Ele adianta que há tratativas com órgãos e entidades federais para ampliar ainda mais o número de canais revitalizados ou reconstruídos. “Esse empenho é muito importante, uma vez que a água, que estava se perdendo por infiltração e evaporação, hoje está sobrando nos riachos e para o produtor”, aponta. “Muitas propriedades que estavam secas, assim como no Assentamento Márcia Cordeiro e no Núcleo Rural Capão Seco, passaram a contar com essa água.” [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] ?O assessor técnico da Emater Edvan Ribeiro afirma que, além do efeito econômico, o esforço apresentou impactos sociais e ambientais. “Com o canal, a água que antes era desperdiçada passa a ser utilizada nas plantações e o que sobra volta para os mananciais”, detalha. “Do ponto de vista ambiental, garantimos as condições de trabalho adequadas para a população rural. Tem produtor que passou dez anos sem receber água, principalmente aqueles que estão no final do canal. Alguns tinham perdido a esperança, e hoje contam com água diretamente na propriedade.” ?Segundo Ribeiro, que é responsável pelo mapeamento dos canais, oito estruturas têm a previsão de ser tubuladas no próximo ano. No total, o DF conta com 65 canais de irrigação, somando mais de 235 km. “Começamos pelos principais canais, que atendem a um número maior de produtores, mas a meta é chegar a todos”, assegura. ?Impacto geracional Geraldo Lopes, do Núcleo Rural  Ponta Alta Norte, é um dos produtores beneficiados com a reforma do sistema de irrigação: “O canal era a céu aberto; então, na época da seca, a água evaporava muito” Construído em 2022, o canal de irrigação do Núcleo Rural Ponte Alta Norte, no Gama, significa recomeço para os 24 produtores atendidos. A tubulação foi instalada com aporte de R$ 150 mil. O aposentado Geraldo Conceição Lopes, 61, conta que, sem a garantia da água, grande parte dos moradores abandonaram as plantações. “O canal era a céu aberto; então, na época da seca, a água evaporava muito”, recorda. “A gente ficava receoso de começar uma produção, a água acabar e a gente perder tudo”. [Olho texto=”“Agora, a gente tem confiança de poder investir em mudas ou em um projeto mais pesado que exija fazer a irrigação de forma mais criteriosa” ” assinatura=”Marileuza Andrade, produtora rural” esquerda_direita_centro=”esquerda”] ?Tão logo foi sanado o desperdício do recurso hídrico, a água passou a chegar diariamente à propriedade dele e à da vizinha, a aposentada Marileuza Andrade, 62. O canal permitiu que a produtora rural plantasse café, das espécies catuaí-amarelo e vermelho. O cultivo começou no ano passado, quando foram colhidas oito sacas. Para o próximo ano, a meta é dobrar o resultado. “Agora, a gente tem confiança de poder investir em mudas ou em um projeto mais pesado que exija fazer a irrigação de forma mais criteriosa”, comenta a produtora. “Antes era uma instabilidade muito grande, e depender do poço artesiano era muito dispendioso, pois precisávamos de mais energia elétrica. Estamos pensando em novos projetos com a Emater, que sempre está presente com assistência técnica. O projeto do café tem sido bem interessante e traz novos desafios, desde como colocar o produto no mercado até a melhor forma de descascar as sementes.” Já Geraldo aposta no cultivo de limão e almeja que a produção seja autossustentável, para não precisar trabalhar de outras formas e poder bancar um intercâmbio de estudos para a filha. “Este será o primeiro ano em que vamos produzir de verdade”, diz. “Nesse ano que passou, consegui colher oito sacos de limão de 15 kg cada, e foram vendidos rapidamente. Minha intenção é progredir, cultivar a terra, aumentar os frutos e ganhar mais dinheiro.” Arte: Agência Brasília

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Campanha alerta para o uso racional da água durante onda de calor

Mesmo com chuvas isoladas, o Distrito Federal ainda vai registrar temperaturas altas e baixa umidade relativa do ar nos próximos dias. A Caesb reforça que a falta de chuva reduz significativamente a quantidade de água nos córregos e rios que abastecem a capital. A campanha começou com uma ação na Vila São José, em Brazlândia.  Moradora da região há 50 anos, a aposentada Alice Silva, 71 anos, ressalta a importância de utilizar a água de forma consciente. “Neste período de seca, precisamos redobrar os nossos cuidados”, afirma. “Temos que aprender a economizar e usar a água na medida certa. Vou conversar com meus vizinhos sobre como devemos fazer isso no nosso dia a dia”.  Durante ação em Brazlândia, equipes da Caesb orientaram a população sobre a importância do consumo consciente de água | Foto: Divulgação/Caesb A Caesb alerta que é preciso pensar na água gasta para consumo de produtos e serviços, utilizada na produção de alimentos, na indústria, no comércio e lazer, por exemplo. O cuidado e a responsabilidade com a água não se restringem apenas àquela fornecida nas torneiras, mas em toda a cadeia de consumo. Alternativas Nas áreas rurais, os produtores e agricultores devem evitar o uso de água potável para fins não domésticos – como irrigação e dessedentação de animais. Também é recomendável procurar culturas e atividades agrícolas que sejam compatíveis com a disponibilidade hídrica da região. A Caesb orienta, ainda, que é preciso manter o bom funcionamento de eventuais sistemas de irrigação e buscar orientação técnica para o correto dimensionamento e uso desses sistemas. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Para a gestão sustentável deste recurso hídrico, a companhia lembra é preciso pensar de forma mais abrangente e sistêmica, modificando os hábitos de consumo. São várias ações que devem ser adotadas no dia a dia. Confira, abaixo, algumas dicas.  ? Verificar regularmente possíveis vazamentos em casa ? Irrigar as plantas com regador em vez de usar a mangueira ? Quem tem áreas externas deve dar preferência a plantas nativas do Cerrado, que são mais resistentes e demandam menos água ? Usar aeradores de torneira, que consomem menos água ? Retirar os restos de comida da louça a ser lavada, usando uma bacia para colocar a louça enquanto passa o sabão, e enxaguar todas de uma vez ? Manter piscinas cobertas fora do período de uso ? Usar baldes para lavar o carro, janelas etc ? Reaproveitar a água da lavagem de roupas para lavar pisos e áreas externas ? Acumular várias peças de roupas sujas para usar a máquina de lavar apenas uma vez *Com informações da Caesb

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Curso ensina produtores rurais do Gama sobre irrigação eficiente

Aproximadamente 30 produtores e trabalhadores rurais do Gama aprenderam, em curso oferecido pela Emater, formas mais adequadas de utilizar a água para irrigar lavouras, com ganhos financeiros para o produtor a partir do uso do recurso hídrico de modo mais equilibrado. Extensionistas da Emater orientaram produtores rurais do Gama sobre irrigação mais eficiente | Foto: Divulgação/Emater Durante o curso “Como ganhar dinheiro com irrigação eficiente”, que teve como foco a economia e a elevação de renda do produtor, o engenheiro-agrônomo Rodrigo Teixeira Alves explicou o funcionamento do irrigas, um aparelho simples, desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) para medir a quantidade de água existente no solo. [Olho texto=”“Quase todo produtor irriga mais que o necessário. São gastos que podem ser evitados com um planejamento de irrigação adequado”” assinatura=”Kleiton Rodrigues, gerente do escritório da Emater-DF no Gama” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “É comum o produtor irrigar a cultura diariamente, o que causa perdas de água. Essa tecnologia indica que, às vezes, é necessário molhar as plantas com menor frequência”, aponta. De acordo com Rodrigo, uma propriedade que adota o equipamento pode chegar a economizar, além da água, até 70% de energia elétrica para bombear o recurso hídrico. “Uma irrigação adequada reduz também as possibilidades de a planta contrair doenças, promovendo a economia de remédios e outros insumos químicos. No final do ano, a diferença no bolso do produtor é significativa”, observa. A atividade se desenvolveu em duas etapas, no Núcleo Rural Ponte Alta (região administrativa do Gama), nas duas últimas semanas. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O engenheiro-agrônomo Antonio Dantas reforça a importância de o agricultor executar o redimensionamento da irrigação. “Um sistema eficiente reduz os gastos, elevando a renda do empreendedor rural, e é mais sustentável ambientalmente, já que a água é um recurso escasso. Daí a importância do planejamento”, ressalta. Planejamento A atividade ocorreu na chácara do produtor Miguel Simões de Oliveira, que cultiva hortaliças. “Antes, meus gastos com água e energia elétrica eram muito altos, mas, com a orientação do Kleiton [gerente do escritório da Emater-DF no Gama], consegui economizar bastante”, conta o agricultor. “Quase todo produtor irriga mais que o necessário”, explica Kleiton. Excesso de água e material inadequado causam perda de água e insumos, aumento na conta de energia elétrica e doenças nas plantas. “São gastos que podem ser evitados com um planejamento de irrigação adequado”, completa o agrônomo. *Com informações da Emater  

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R$ 1,81 milhão investidos para instalar tubulação em canais de irrigação

A Secretaria de Agricultura (Seagri), a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater) e as comunidades rurais, junto a outros órgãos parceiros, trabalham na reforma de quatro canais de irrigação no Distrito Federal. Serão instalados tubos de Pead (polietileno de alta densidade) em trecho de 14,2 km. O material é o mais indicado para o tipo de intervenção e foi adquirido com recursos de R$ 1,81 milhão. A ação vai beneficiar 84 famílias de pequenos produtores rurais de Sobradinho II, do Núcleo Rural Tabatinga e do assentamento Sítio Novo, ambos em Planaltina, e do Núcleo Rural Capão Seco, no Paranoá. As propriedades precisam do canal de irrigação para seguir com o cultivo de hortaliças e a criação de animais. Quatro canais de irrigação no Distrito Federal serão reformados ainda neste ano | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília O secretário-executivo de Agricultura, Luciano Mendes, afirma que a recuperação dos canais visa zelar pelo recurso hídrico, que ficou escasso em 2016 e 2017, quando o DF passou por uma crise hídrica. Segundo o gestor, a partir do episódio, foram criadas formas de aumentar a preservação da água. “A intenção é que consigamos reduzir para zero a perda de água em todos os canais. É uma forma de garantir que, de fato, tenha água para os produtores, para que mantenham os seus cultivos irrigados, e também para que possa ter água chegando aos reservatórios para a população”, afirma Mendes. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O Distrito Federal tem 66 canais de irrigação com extensão de 240 km. Desse total, desde 2019, cerca de 97 km de canais foram reformados ou receberam obras de manutenção. Além de Sobradinho, Paranoá e Planaltina, ocorreram ações em Brazlândia, Riacho Fundo, Park Way e Sol Nascente. Avanço O assessor técnico da Emater à frente da coordenação das obras de recuperação dos canais, Edvan Souza Ribeiro, explica que a escavação dos canais ocorreu há mais de 30 anos no próprio leito da terra e a céu aberto. A exposição à natureza e a deterioração causada pelo tempo geraram perda de mais de 50% da água por vazamentos, infiltrações e evaporação. “Os tubos são totalmente impermeáveis e têm expectativa de vida útil de, pelo menos, 100 anos; então, o produtor rural vai poder ficar tranquilo, com a segurança de que terá água sempre que precisar”, esclarece. No Capão Seco, as obras começaram no final de outubro. Do total de 5,5 km de canal, 1 km já está pronto. Também estão em andamento as obras do canal de Tabatinga, enquanto as ações em Sobradinho e Sítio Novo começarão em breve. “Instalamos a tubulação no trecho respeitando a gravidade, que é como a água chega para os produtores”, afirma o engenheiro agrônomo da Emater e técnico responsável pela obra na região, Rildon Oliveira. “O canal de Capão Seco foi construído a céu aberto e, depois, recebeu manilhas, mas isso foi há mais de 30 anos, e estava tendo muita perda de água. Agora, vamos conseguir reduzir 100% dos problemas”. A água abastece 21 propriedades, entre as quais a do produtor rural José Morais Souza, 73 anos A água atende a 21 propriedades, que, juntas, somam uma área aproximada de 80 hectares. A roça do produtor José Morais Souza, 73 anos, desenvolve, principalmente, berinjela, milho, batata-doce e mandioca. Há mais de quatro décadas vivendo do que planta, ele celebra a chegada da tubulação em Pead. “Quase não tinha água, era bem pouca mesmo e ainda tinha que ir buscar no ‘rego’. Prejudicava muito a nossa plantação”, rememora ele. “Vai melhorar demais da conta.” Dois dos três filhos de José seguiram o caminho rural e hoje comandam a produção da família. “Hoje eu quase não planto nada, faço umas coisas e já paro. A idade não permite mais. Então, são eles que fazem tudo, e é muito bom, porque foram criados na roça e é aqui nosso lugar”, completa.    

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