Sancionada lei que transfere a gestão permanente do Hospital Cidade do Sol para o IgesDF
Esta semana, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, sancionou a Lei nº 7.552, que oficializa a transferência da gestão permanente do Hospital Cidade do Sol (HSol), localizado em Ceilândia, para o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF). O projeto havia sido aprovado pela Câmara Legislativa em 27 de agosto. A nova legislação altera a Lei nº 7.417, de 7 de fevereiro de 2024, que originalmente conferia ao IgesDF a administração temporária do HSol durante a epidemia de dengue no DF. O Hospital Cidade do Sol terá ampliação dos atuais 60 leitos para 80, segundo o IgesDF | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília A nova deliberação expande os limites de atuação assistencial do IgesDF, permitindo que a gestão do HSol se torne definitiva. A unidade hospitalar, que na época possuía 17 leitos, atualmente ampliou sua capacidade para 60 leitos e terá sua capacidade expandida para 80, conforme informou o diretor-presidente do IgesDF, Juracy Cavalcante Lacerda Jr. “Recebemos esta a decisão com muita satisfação. Nosso trabalho tem um grande objetivo: garantir à população do DF um serviço de saúde pública que atenda a todos com eficiência e qualidade. Diante dessa notícia, nossa próxima missão é expandir os leitos do Hospital Cidade do Sol, que hoje são 60, para 80”, destacou. Desde fevereiro, a gestão do IgesDF no Hospital Cidade do Sol tinha como foco o atendimento exclusivo a pacientes com dengue que necessitavam de internação. Hoje em dia, usuários com outras necessidades podem ser admitidos, sempre referendados de outras unidades. A unidade foi equipada com tecnologias modernas e implementou uma série de iniciativas inovadoras, como o Prontuário Afetivo, fisioterapia ao ar livre e sessões de musicoterapia, conquistando reconhecimento pela qualidade do atendimento prestado. O Hospital Cidade do Sol também foi a primeira unidade do IgesDF a adotar 100% de rastreabilidade de medicamentos, garantindo total controle e segurança desde a aquisição até a administração dos fármacos aos pacientes. Além disso, a gestão do IgesDF no hospital tem sido acompanhada pela pesquisa de satisfação NPS (Net Promoter Score), com resultados frequentes dentro da zona de excelência. *Com informações do IgesDF
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Aumento de oferta de hemodiálise vai liberar leitos na rede pública
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal vai ampliar a oferta de vagas para sessões de hemodiálise em clínicas da rede privada, por meio de contratos de prestação de serviço. A expectativa é zerar a lista de espera entre os pacientes em tratamento contínuo, neste momento com aproximadamente 130 nomes, e liberar leitos de enfermaria e de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) ocupados unicamente para a realização do procedimento. A ampliação dos atendimentos deve ocorrer a partir de abril. O aumento da oferta de serviços de hemodiálise será realizado por meio da complementaridade dos valores previstos inicialmente no edital de credenciamento para empresas privadas | Foto: Breno Esaki/Agência Saúde A gerente de Serviços de Internação da Secretaria de Saúde, Raquel Mesquita, detalha que o hospitais regionais de Sobradinho e de Taguatinga, além do Hospital de Base e do Hospital Universitário de Brasília, têm como foco realizar a hemodiálise dos pacientes com condições renais críticas ou que estejam internados por outros motivos. Atualmente, porém, 45 leitos estão ocupados por falta de horários nas sete clínicas contratadas para o atendimento de pacientes crônicos que precisam de hemodiálise regularmente. “Nós temos pacientes que estão ocupando vaga e que não têm alta por causa da diálise”, explica Raquel Mesquita. [Olho texto=”“Nós precisamos deixar nos leitos quem realmente precisa e desatar esses nós das situações que levavam aos pacientes ficarem nos hospitais”” assinatura=”Lucilene Florêncio, secretária de Saúde” esquerda_direita_centro=”esquerda”] De acordo com a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, com a ampliação da oferta contratada na rede privada, será possível encaminhar esses pacientes para tratamento com horário marcado. Isso vai permitir ter alta hospitalar e seguir uma rotina mais próxima da normalidade, como estudo, trabalho e outros cuidados com a saúde, além da presença constante da família. “Nós damos aos pacientes que estão hoje em UTI a possibilidade e o conforto de poder estar em casa e irem às clínicas fazer hemodiálise. Não há um lugar melhor para se estar do que na sua própria casa”, afirma a gestora. Lucilene Florêncio destaca também a importância da liberação de leitos nos hospitais para pacientes em condições clínicas graves. “Nós precisamos deixar nos leitos quem realmente precisa e desatar esses nós das situações que levavam aos pacientes ficarem nos hospitais, nas UTIs, à espera de um serviço que não tinha resolução, como é o caso da hemodiálise”, acrescenta. A mudança da forma de atendimento também deve significar economia, já que uma diária em um leito de terapia intensiva custa até R$ 5 mil, muito mais que o necessário para um procedimento rotineiro de hemodiálise. Atualização de valores O aumento da oferta de serviços de hemodiálise será realizado por meio da complementaridade dos valores previstos inicialmente no edital de credenciamento para empresas privadas, válido desde 2020. “A tabela vai ser atualizada com os valores de mercado, tornando o contrato atrativo para as empresas”, explica a subsecretária de Administração Geral, Gláucia da Silveira. [Olho texto=”O Distrito Federal registra anualmente cerca de 2.280 pessoas que se submetem a diálise, seja hemodiálise ou pelo método peritoneal. De acordo com o censo da Sociedade Brasileira de Nefrologia, por aqui são 737 pacientes por milhão de habitantes com necessidade do procedimento, a quinta maior incidência no Brasil” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] A Tabela Regionalizada para Complementariedade de financiamento do SUS também prevê aumento de repasses para outros procedimentos a serem realizados por empresas privadas, como o implante do cateter necessário para a hemodiálise. Antes de elaborar a proposta, a Secretaria de Saúde realizou uma pesquisa de mercado para conhecer os valores atualmente praticados na rede privada e constatou que o Distrito Federal era uma das únicas unidades federativas que ainda trabalhava exclusivamente com os valores previstos na tabela do SUS. Isso fez com que houvesse, inclusive, uma redução do número de hemodiálises: foram 186.399 procedimentos em 2020, 183.378 em 2021 e 173.075 em 2022. “A atualização do valor era um pedido das empresas porque a tabela do SUS para realização de uma sessão de hemodiálise não atende nem aos custos”, complementa a subsecretária. A Tabela Regionalizada para Complementariedade de Financiamento do SUS foi aprovada no Colegiado de Gestão da Secretaria de Saúde e, posteriormente, pelo Conselho de Saúde do Distrito Federal. “Nós fizemos uma audiência pública, tratamos com o Ministério Público, tratamos com o Controle Social, que é o balizador das políticas públicas, e propusemos a construção de uma tabela regionalizada, uma tabela em que os preços estivessem entre os valores da tabela do SUS e que fossem minimamente compatíveis com o restante do país”, detalha a secretária Lucilene Florêncio. Incidência O Distrito Federal registra anualmente cerca de 2.280 pessoas que se submetem a diálise, seja hemodiálise ou pelo método peritoneal. De acordo com o censo da Sociedade Brasileira de Nefrologia, por aqui são 737 pacientes por milhão de habitantes com necessidade do procedimento, a quinta maior incidência no Brasil. As principais causas são doenças crônicas, como hipertensão e diabetes, que impactam no funcionamento dos rins. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Sintomas como náusea, vômito, baixa apetite, períodos de confusão mental e câimbras podem ser relacionados ao desequilíbrio da ureia. Nestes casos, a porta de entrada é uma das 175 unidades básicas de saúde (UBSs), onde é possível realizar verificação de pressão arterial e glicemia, além de ser avaliada a função renal. De acordo com os resultados, o paciente é encaminhado para uma consulta nefrológica. Somente em 2022, foram mais de 50 mil atendimentos com especialistas. A médica Lizandra Barbosa Carvalho, referência técnica distrital em nefrologia, destaca que pacientes com diabetes e hipertensão devem fazer acompanhamento para permitir a detecção precoce de alterações no quadro renal. Quem faz tratamento rotineiro com anti-inflamatórios, adota uma dieta com maior ingestão de proteína ou toma suplementação também precisa ficar atento a sinais como espuma na urina. “Quando se tem algum sintoma de alteração da função renal, já é significativo”, explica. Por outro lado, uma dieta equilibrada, a boa hidratação, a prática de exercício físico e o controle da hipertensão e da diabetes são caminhos para evitar descontroles na função renal. *Com informações da Secretaria de Saúde
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