Hospital de Base faz 309 exames de PET/CT nos primeiros três meses de 2025
O tratamento e o diagnóstico de câncer tem um forte aliado na rede de saúde pública do DF. É o setor de Medicina Nuclear do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF). O local conta com tecnologia de ponta para auxiliar a equipe médica, especialmente no exame PET/CT, de alta complexidade. Apenas nos três primeiros meses de 2025, já foram registrados 309 exames, evidenciando a crescente necessidade desse serviço na rede pública de saúde. O procedimento começou a ser oferecido no HBDF em 2021 e a procura só vem crescendo. O número de exames realizados saltou de 58 nos primeiros quatro meses de funcionamento para 833 em 2024. Com o exame de alta complexidade PET/CT, é possível avaliar o grau de disseminação do câncer no corpo do paciente | Fotos: Alberto Ruy/IgesDF O PET/CT é um exame essencial para o estadiamento do câncer, ou seja, para avaliar o grau de disseminação da doença no corpo do paciente. Além disso, o exame também é importante para a avaliação de resposta terapêutica aos tratamentos realizados pelo paciente e para controle e detecção de recidiva da doença. O exame de PET/CT funciona combinando imagens anatômicas e funcionais para um diagnóstico mais preciso. “Esse avanço tem contribuído diretamente para melhorar a precisão dos diagnósticos, a eficácia dos tratamentos e, consequentemente, a qualidade de vida dos pacientes”, afirma o chefe de Medicina Nuclear do HBDF, Marcelo Santos. HBDF é referência no diagnóstico e tratamento de diversas doenças, principalmente na área oncológica O serviço de Medicina Nuclear do HBDF dispõe de infraestrutura para realizar até 200 exames de PET/CT por mês, além de contar com um quarto terapêutico com dois leitos exclusivos para tratamentos com radioisótopos. O setor foi idealizado pelo médico nuclear e endocrinologista Rogério Ulysséa, pioneiro no Distrito Federal, no final da década de 1960. Inicialmente, na unidade eram realizadas cintilografias e terapias com radioisótopos tanto ambulatorial quanto sob regime de internação hospitalar. A partir de então, o HBDF tem se consolidado como referência no diagnóstico e tratamento de diversas doenças, principalmente na área oncológica. A unidade realiza exames de alta complexidade, como o PET/CT, além de oferecer tratamentos como a iodoterapia para hipertireoidismo e câncer diferenciado de tireoide. Com um aumento expressivo na demanda nos últimos anos, o serviço busca expandir a capacidade para atender cada vez mais pacientes. A equipe multiprofissional é composta por médicos nucleares, radiologistas, farmacêuticos especializados em radiofarmácia, enfermeiros, técnicos de radiologia e enfermagem, além de um físico médico responsável pela segurança dos equipamentos. O trabalho integrado desses profissionais garante um atendimento seguro e eficiente aos pacientes. Novas perspectivas “A divulgação é essencial para que mais pacientes possam se beneficiar dos exames e tratamentos disponíveis, garantindo um diagnóstico precoce e um tratamento mais eficaz” Marcelo Santos, chefe de Medicina Nuclear do HBDF Para os próximos anos, o Hospital de Base prevê a aquisição de uma gama câmara, o que permitirá ampliar a oferta de exames de medicina nuclear. De acordo com Karen Letícia Cardozo Vasco, da Assessoria de Relações Institucionais (ASREI), o processo de compra já está em andamento. Além disso, há planos para expandir as terapias com radioisótopos, oferecendo tratamentos ainda mais completos e eficazes para os pacientes. Marcelo Santos destaca que, apesar dos avanços, muitas pessoas ainda desconhecem os serviços oferecidos pelo setor de Medicina Nuclear do HBDF. “A divulgação é essencial para que mais pacientes possam se beneficiar dos exames e tratamentos disponíveis, garantindo um diagnóstico precoce e um tratamento mais eficaz”, reforça. *Com informações do IgesDF
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Delegação chinesa conhece oncologia e medicina nuclear do Hospital de Base
O Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) foi palco para um importante encontro internacional na manhã desta terça-feira (23). Uma delegação de chineses do Xiangya Hospital, acompanhada por representantes da empresa Vicare, visitou a instituição para conhecer os serviços oferecidos pelo hospital brasileiro. A comitiva foi recepcionada por Rodrigo Pinheiro, cirurgião oncológico, supervisor da residência de cirurgia oncológica do HBDF e presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica, e por Adriana Gonçalves, gerente geral da assistência do HBDF. Durante a visita, Liu Weidong, diretor do Xiangya Hospital Central South University, uma das instituições de saúde mais antigas e prestigiadas da China, apresentou o funcionamento de seu hospital, o segundo maior daquele país. Em seguida, Rodrigo Pinheiro conduziu a delegação pelas instalações do HBDF, destacando o ambulatório, a medicina nuclear e o setor de internação da oncologia. Rodrigo Pinheiro conduziu a delegação pelas instalações do HBDF, destacando o ambulatório, a medicina nuclear e o setor de internação da oncologia | Fotos: Divulgação/IgesDF “A visita de delegações internacionais como esta enriquece nosso trabalho e nos permite apresentar o modelo do Hospital de Base do DF para outros profissionais. Fiz questão de trazer a comitiva aqui para conhecerem um hospital 100% do SUS, considerado um patrimônio nacional por ser tombado”, afirmou Rodrigo. Liu Weidong presenteou a direção do HBDF com quadros pintados à mão, simbolizando a gratidão e o respeito pelo intercâmbio cultural e profissional. A Vicare atua no setor de saúde com foco na prestação de serviços e na introdução de produtos inovadores, beneficiando a atividade dos cirurgiões e proporcionando melhores resultados aos pacientes. A visita representa uma troca de experiências significativa entre os profissionais do HBDF e os representantes chineses e da empresa, prometendo trazer avanços importantes para ambas as instituições e melhorias na área da saúde. *Com informações do IgesDF
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Hospital de Base começa a fazer exames com PET-CT
Os primeiros exames elaborados com o equipamento PET-CT, que gera imagens de alta definição para diagnósticos mais precisos de câncer e outras doenças, foram realizados nesta terça-feira (14), no Núcleo de Medicina Nuclear do Hospital de Base, com três pacientes que estão em tratamento. Administrada pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF), a unidade é a primeira e única da rede pública a contar com esse equipamento. Novo equipamento gera imagens de alta definição: tecnologia a serviço da saúde | Foto: Davidyson Damasceno/Iges-DF [Olho texto=”“A utilização do aparelho nos dá maior precisão no diagnóstico e na escolha das terapias a serem aplicadas” ” assinatura=”Rodrigo Guimarães Furtado, chefe do Núcleo de Medicina Nuclear” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Segundo o chefe do Núcleo de Medicina Nuclear, Rodrigo Guimarães Furtado, até a próxima sexta (17) há a previsão de mais nove exames, três a cada dia. A realização dos exames faz parte do treinamento dos 20 profissionais de saúde recém-contratados e treinados, agora, para operar o sofisticado equipamento, que foi adquirido em 2013 e somente agora está sendo instalado. Fase de treinamento Esta será a quarta das cinco semanas de capacitação dos profissionais e, praticamente, é a última fase para que o equipamento seja inaugurado. Para os exames, é usado material radioativo específico, injetado e distribuído por todo o corpo do paciente. A substância fica concentrada nos tecidos afetados, possibilitando uma identificação mais precisa do tumor. Esses exames são resultados de duas tecnologias agregadas em dois equipamentos: a tomografia computadorizada por emissão de pósitrons (PET) e a tomografia computadorizada (CT). Os procedimentos feitos com essas duas máquinas fornecem detalhes mais nítidos sobre o quadro clínico do paciente. “A utilização do aparelho nos dá maior precisão no diagnóstico e na escolha das terapias a serem aplicadas”, avalia o chefe do Núcleo de Medicina Nuclear. “Isso impacta diretamente os custos dos tratamentos.” O primeiro paciente a inaugurar o PET-CT foi Téo Luiz Rocha dos Santos, 18 anos. Diagnosticado em agosto de 2020, com linfoma, câncer que se origina no sistema linfático, ele fez o exame acompanhado pelo pai, Wenanys dos Santos Nunes, 49 anos. Nunes conta que o rapaz vinha tendo sessões de quimioterapia e o tratamento apresentou resultado. Durante três meses, o câncer não se manifestou. “Infelizmente, a doença voltou”, lamenta. “A quimioterapia não está mais fazendo efeito. A esperança, agora, é que com esses exames de alta qualidade os médicos consigam descobrir o que está acontecendo e encontrem uma alternativa para o tratamento”. O trabalho A equipe que vai operar o PET-CT começou a ser treinada em 26 de agosto. São 20 profissionais, entre médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, médicos nucleares, físicos e radiofarmacêuticos. Na primeira semana, os colaboradores aprenderam a usar da bomba injetora, utilizada para injetar substâncias que permitem identificar, com maior precisão, possíveis doenças nos pacientes. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Na segunda semana, eles aprenderam a operar a máquina Lap Dourado, equipamento de laser que atua em conjunto com o PET-CT para mapear as áreas tumorais e definir onde é preciso aplicar tratamento pela radioterapia. Nessa fase, a equipe aprendeu ainda a usar o gatilho respiratório, ferramenta auxiliar do PET-CT que calcula e harmoniza o exame com o ritmo respiratório do paciente, impedindo que a imagem saia borrada. A terceira semana foi marcada pela fase da calibração do equipamento, quando foram instalados softwares para fazer os testes de tomografia computadorizada (CT). Essa etapa contou com a participação de 20 pacientes de radiologia de hospitais públicos do DF, que tiveram exames de tomografia agendados no HB, entre eles a cabeleireira Ivana Ferreira, 60 anos. Ivana fez tomografia no tórax, abdômen superior e pelve, após se queixar de dores durante atendimento no Hospital Universitário de Brasília (HUB). “Eles me encaminharam para realizar o exame aqui no Hospital de Base para testar a máquina”, conta. “Achei o ambiente superagradável, a começar pela atenção e bom atendimento dos profissionais. Coisa de primeiro mundo”. *Com informações do Iges-DF
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