Antiga área de apoio na Sala Martins Pena abrigará memorial em celebração a Claudio Santoro
Mais do que adequar o Teatro Nacional Claudio Santoro às normas de segurança, combate a incêndio e acessibilidade, a reforma do equipamento público também visa preservar a memória cultural do espaço. Por isso, um ambiente dentro da Sala Martins Pena está sendo preparado para abrigar um memorial em celebração ao maestro que dá nome ao teatro e a artistas que dão título a outros espaços do local. “É uma inovação e um desejo da própria família. Esse memorial vai ser construído ao longo das próximas etapas da obra, quando vai ser feita uma exposição de bens e memorabilia do Claudio e da produção dele, que é muito vasta. Pretendemos estender para o corredor entre a Martins Pena e a Sala Villa-Lobos”, revela o subsecretário do Patrimônio Cultural da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF), Felipe Ramón. Ambiente dentro da Sala Martins Pena é preparado para abrigar um memorial em celebração ao maestro Claudio Santoro, que dá nome ao teatro, e a artistas que dão título a outros espaços do local | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília A exposição permanente será montada na antiga sala de apoio, que, agora, será uma sala expositiva, com conteúdos informativos e de acervo. O espaço funcionará ainda para recepções, lançamentos e eventos. Também será montada uma estrutura no corredor entre a Martins Pena e a Villa-Lobos nas próximas etapas das obras. “Antigamente era como se fosse uma copa para recepções. Hoje, a Secec vem com a intenção de colocar um memorial no espaço. Estamos utilizando a sala como era antes, mantendo os balcões, mas com uma nova pintura e novos revestimentos”, explica a engenheira da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) e fiscal da obra, Daiana de Andrade. Segundo o secretário de Cultura e Economia Criativa, Claudio Abrantes, o espaço contará a história do fundador do Departamento de Música da Universidade de Brasília (UnB) e da Orquestra Sinfônica por meio de material cedido pela família do maestro. “É justo que a gente homenageie esse grande ícone, para que as futuras gerações conheçam a história dele. Ao longo deste memorial, também vamos ter espaço para esses gênios da cultura nacional que dão nome às salas do teatro”, diz o gestor, em referência aos compositores Heitor Villa-Lobos e Alberto Nepomuceno, ao dramaturgo Martins Pena e à atriz Dercy Gonçalves, que batizam outros ambientes do teatro. Reforma do Teatro Nacional As obras de restauração do Teatro Nacional Claudio Santoro tiveram início em dezembro de 2022. O GDF, por meio da Novacap e da Secec, investe R$ 70 milhões na primeira etapa das intervenções, que se concentra na construção do sistema de combate a incêndio, na implementação de acessibilidade e na restauração do foyer e da Sala Martins Pena. A reforma ainda terá mais três etapas, que incluem a Sala Villa-Lobos, o Espaço Dercy Gonçalves, a Sala Alberto Nepomuceno e o anexo.
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Teatro Nacional conclui primeira etapa das obras, com foco nas normas de segurança
Em janeiro de 2014, o Teatro Nacional Claudio Santoro, na Esplanada dos Ministérios, teve suas portas fechadas. O equipamento, que é considerado um dos maiores e mais emblemáticos do país, foi interditado pelo Corpo de Bombeiros e pelo Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT) por descumprir as normas vigentes de segurança e de combate a incêndio. Na época, foram enumeradas mais de 100 irregularidades. Escadas pressurizadas, bem como saídas de emergência, foram incorporadas ao teatro – que à época da inauguração, na década de 1960, não previa essas soluções de segurança | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília “As obras permitirão que as pessoas tenham uma saída de emergência rápida e sistemas de incêndio” Felipe Ramón, subsecretário do Patrimônio Cultural O projeto criado pelo arquiteto e urbanista Oscar Niemeyer na década de 1960 não previa saídas de emergência, reservatório de incêndio e escadas pressurizadas – itens essenciais com os quais o teatro passa a contar, agora, depois da obra de restauro, iniciada em dezembro de 2022 pelo Governo do Distrito Federal (GDF), com investimento de R$ 70 milhões. “Estamos assegurando com essa obra questões de segurança”, aponta o subsecretário do Patrimônio Cultural da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF), Felipe Ramón. “O teatro foi fechado exatamente por isso. As obras permitirão que as pessoas tenham uma saída de emergência rápida e sistemas de incêndio.” Intervenções As intervenções de segurança e acesso foram as primeiras partes a serem executadas. O primeiro serviço finalizado foi o reservatório de incêndio, que conta com uma estrutura subterrânea de 202 metros quadrados em concreto com capacidade para 350 mil litros de água, construída do lado de fora do equipamento público. O item é capaz de atender todo o complexo cultural composto por 500 mil metros quadrados. Duas saídas de emergência que podem ser acessadas pela Sala Martins Pena foram construídas. Elas contam com dois túneis com 37 metros de rampa cada, o que permitirá a chegada de ambulâncias, a melhor dispersão do público em caso de necessidade e a acessibilidade para pessoas com deficiência ou dificuldade de locomoção. Atualmente, as equipes trabalham para instalar as claraboias dos espaços. Equipamentos contra incêndio foram instalados em todo o teatro | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Uma escada pressurizada também foi construída para impedir a entrada de fumaça e permitir deslocamento das pessoas que estiverem nos camarins e na área expositiva. Salas para exaustão do ar-condicionado e para abrigar geradores para o abastecimento de energia também foram criadas. Além disso, foram substituídos todos os materiais inflamáveis das poltronas, do carpete e da cortina por itens antichamas.
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Dicas de segurança para a contratação do transporte escolar
As aulas na rede particular de ensino já voltaram, enquanto o retorno da rede pública está marcado para o dia 13 deste mês. Diante do começo do ano letivo, o Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran) recomenda aos pais e responsáveis que forem aderir ao serviço de transporte escolar – ou renovar contratos – que atentem às normas de segurança. De acordo com o diretor de Policiamento e Fiscalização de Trânsito do Detran, Wesley Cavalcante, “os pais também podem observar as condições gerais do veículo, como estão os pneus, se possui cinto de segurança para todas as crianças – que sempre devem ser transportadas sentadas e usando a proteção” | Foto: Arquivo/Agência Brasília Entre os cuidados, destaque para a verificação da Autorização de Tráfego: os transportadores aptos a oferecer o serviço precisam atualizar o documento, emitido pelo órgão de fiscalização, a cada seis meses. Portanto, os contratantes devem verificar a data de validade da autorização antes de formalizar a adesão ao serviço. A lista com os permissionários pode ser conferida no site do Detran, que informa a data de validade da autorização e a placa dos veículos, entre outros detalhes. Conforme a relação, atualizada no último dia 2, existem cerca de 1,3 mil vans escolares circulando por todo o DF. Os veículos devem ter uma faixa amarela estampada com o nome “Escolar” à meia altura, em toda a extensão das laterais e na traseira. No vidro dianteiro, é preciso ter o selo de conformidade. Já a autorização do Detran deve ser fixada na parte interna, em local visível, com o número máximo de passageiros permitido pelo fabricante. [Olho texto=”“Vi se a van tinha credencial com o Detran, se outras pessoas conheciam o motorista e se a escola tinha alguma empresa de referência. E só depois de me sentir confiante, tomei a decisão de contratar”” assinatura=”Aline Sthefane Miranda, mãe de duas crianças” esquerda_direita_centro=”direita”] O diretor de Policiamento e Fiscalização de Trânsito do Detran, Wesley Cavalcante, salienta que os contratantes devem ficar atentos à existência de seguros contra acidentes e o respeito à lotação máxima. “Os pais também podem observar as condições gerais do veículo, como estão os pneus, se possui cinto de segurança para todas as crianças – que sempre devem ser transportadas sentadas e usando a proteção”, comenta. As vans com capacidade acima de 20 lugares que transportarem crianças de até cinco anos são obrigadas a ter um acompanhante responsável pela segurança dos estudantes. Além disso, crianças menores de dez anos devem ser transportadas nos bancos traseiros. Em caso de excesso de passageiros, o veículo recebe um auto de infração. A auxiliar de vendas Aline Sthefane Miranda Silva, 35 anos, só contratou transporte escolar quando teve total certeza da responsabilidade da empresa. Com duas crianças em casa, de 3 e 8 anos, a moradora do Setor P Sul de Ceilândia revela que teve como principal objetivo a preservação da segurança dos filhos. “Vi se a van tinha credencial com o Detran, se outras pessoas conheciam o motorista e se a escola tinha alguma empresa de referência. E só depois de me sentir confiante, tomei a decisão de contratar”, conta Aline, que usa o serviço há um ano. Legislação De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, o motorista de transporte escolar deve ter mais de 21 anos, ser habilitado na categoria D – destinada a condutor de veículo usado no transporte de passageiros – e não ter cometido infração gravíssima ou ser reincidente em infrações médias nos últimos 12 meses. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] A oferta do serviço sem a autorização devida pode acarretar em infração gravíssima, com possibilidade de aplicação de multa com fator multiplicador 5, totalizando R$ 1.467,35, além de ter o veículo removido ao depósito e a anotação de sete pontos na CNH. Denúncias sobre o transporte escolar podem ser feitas pela Ouvidoria, pelo telefone 162 ou pelo site. É necessário informar a placa do veículo e detalhar o fato com data, hora e local. Mais informações podem ser obtidas aqui.
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