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Obesidade: Hran é referência no tratamento no Distrito Federal

A obesidade é uma doença crônica que pode trazer graves problemas de saúde, como diabetes, doenças cardiovasculares e certos tipos de câncer. Entre 2020 e 2024, foram registradas mais de 291 mil cirurgias bariátricas no Brasil, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM). Do total de procedimentos, cerca de 10,8% foram realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os dados também apontam que, apenas de janeiro a junho de 2025, mais de 6,3 mil pessoas realizaram a cirurgia na rede pública de saúde. No Distrito Federal, a unidade de referência é o Hospital Regional da Asa Norte (Hran), que realiza mais de 700 atendimentos mensais relacionados à cirurgia bariátrica — entre consultas, pré-operatórios, retornos e acompanhamentos. Hospital Regional da Asa Norte é referência em cirurgia bariátrica na rede pública do DF, com mais de 700 atendimentos | Fotos: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF Conscientização Neste mês, celebra-se o Dia Nacional de Prevenção da Obesidade, data criada para reforçar a conscientização sobre a doença grave e incentivar hábitos de vida saudáveis. Como parte das ações alusivas à data, a SBCBM, em parceria com os hospitais da rede pública, promoveu uma série de atividades. No Hran, duas cirurgias adicionais foram feitas. A chefe da unidade de cirurgia bariátrica do Hran, Ana Carolina Fernandes, reforça a importância de tratar a obesidade com acolhimento humanizado. “A obesidade é uma das doenças mais prevalentes hoje, inclusive em crianças. Devem ser considerados vários fatores e tratamentos. A cirurgia é indicada ao paciente que não consegue perder peso com tratamento clínico e medicação”, destacou. É o caso de Hagaelma Pereira, 39, que trava uma luta contra a obesidade desde a primeira gestação, ocorrida aos 14 anos. “No ano retrasado, comecei a ter apneia e muita crise de ansiedade. Então, fiz alguns exames e vi que estava com diabetes e hipertensão. Eu não conseguia emagrecer de jeito nenhum”, contou. Após ser atendida em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) no Riacho Fundo, Hagaelma foi indicada à cirurgia bariátrica e, atualmente, realiza o pré-acompanhamento na unidade do Hran para realizar o procedimento. “Quando eu fizer bariátrica, vou ter uma melhor qualidade de vida. Não foi por conta da baixa autoestima, mas por conta da saúde. Minha mãe me contou que muitas pessoas da nossa família faleceram por problemas por conta da obesidade, não quero viver isso”, completou. Hagaelma Pereira, 39, trava uma luta contra a obesidade desde a primeira gestação: “Quando eu fizer bariátrica, vai ser uma melhor qualidade de vida. Não foi por conta da baixa autoestima, mas por conta da saúde" Cirurgia segura e menos invasiva A cirurgia bariátrica consiste na redução do tamanho do estômago, indicada para tratar casos de obesidade grave. No Hran, o procedimento é feito por meio da técnica de videolaparoscopia, uma técnica minimamente invasiva que utiliza pequenas incisões no abdômen, reduzindo o tempo de cirurgia e de internação. A Unidade de Cirurgia Bariátrica do Hran conta com seis consultórios e uma equipe multiprofissional formada por nove cirurgiões, dois psicólogos, uma endocrinologista, duas técnicas de enfermagem e três nutricionistas. O espaço foi equipado com 16 cadeiras especiais para pessoas com obesidade, além de armários e ares-condicionados, proporcionando mais conforto e acessibilidade. Luciana Karym Tavares, 38, realizou a bariátrica na última semana. O marido, Jarbas Silva de Oliveira, 39, a esperava do lado de fora do centro cirúrgico e contou que os problemas de saúde foram a principal motivação da esposa. “Ela sofria com muita dificuldade de locomoção, cansaço, os joelhos doíam”, contou. Após descobrirem por um familiar que o Hran realizava a bariátrica, decidiram ir atrás e realizar todas as consultas e exames necessários. “O objetivo é realizar a cirurgia e conseguir melhorar a qualidade de vida”, declarou. Atendimento A porta de entrada para o serviço são as Unidades Básicas de Saúde (UBS), que já oferecem acompanhamento a pessoas acima do peso indicado. Constatada a necessidade, o paciente é encaminhado às unidades especializadas, como o Centro Especializado em Obesidade, Diabetes e Hipertensão (Cedoh) e o Centro de Atenção ao Diabetes e Hipertensão Adulto (CADH). Se houver indicação para a cirurgia bariátrica, ele é atendido pela equipe do Hran. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)

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Especialista alerta para os desafios da obesidade em evento com servidores

“Se você ainda acha que obesidade se resolve com força de vontade, dieta e academia, chegou a hora de rever seus conceitos.” A frase do cirurgião geral e gastroenterologista Orlando Faria impactou os colaboradores que participaram da palestra promovida pela Cipa na sede administrativa do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), nesta sexta-feira (30). Com o tema Obesidade e Cirurgia Bariátrica, o encontro fugiu do tradicional. Em vez de fórmulas prontas, o médico convidou à reflexão. “Essa história de que basta comer menos e se exercitar mais é, talvez, a maior mentira já contada para quem convive com obesidade”, afirmou, citando pesquisas que mostram pacientes ativos fisicamente que, mesmo assim, não conseguem emagrecer. Durante uma hora, Orlando Faria conduziu uma aula sem slides ou termos difíceis, mas com dados, histórias reais e exemplos que despertaram reflexão. Para ele, a obesidade é uma doença crônica, multifatorial e perigosa. Durante uma hora, Orlando Faria conduziu uma aula sem slides ou termos difíceis, mas com dados, histórias reais e exemplos que despertaram reflexão | Foto: Alberto Ruy/IgesDF Segundo o médico, a obesidade está associada a mais de 200 doenças, entre elas diabetes, hipertensão, apneia do sono, refluxo, colesterol alto e até 60 tipos de câncer. Ele mencionou o caso recente de uma paciente com câncer de mama que passou por cirurgia bariátrica como estratégia complementar. “A perda de peso melhora o prognóstico de várias doenças. Essa é uma realidade que muitos ainda não enxergam”, explicou. Faria destacou que medicamentos injetáveis, como os populares “canetinhas” (ex: Ozempic e Mounjaro), têm revolucionado o tratamento da obesidade, mas não substituem a cirurgia bariátrica, que permanece necessária em muitos casos. “A cirurgia é uma estratégia, assim como o uso de remédio para controlar a pressão”, comparou. Na palestra, o médico também explicou o conceito de “set point”, um ponto metabólico que determina a quantidade de gordura que o corpo tende a acumular, independentemente da ingestão calórica. Esse marcador é influenciado por fatores como genética, idade, estresse, sedentarismo, ritmo circadiano, cultura alimentar e ambiente familiar. [LEIA_TAMBEM]“Se fosse tão simples como comer menos e se mexer mais, ninguém seria obeso. Essa teoria não se sustenta diante da diversidade humana. Precisamos de estratégias personalizadas e sustentáveis”, ressaltou. Ele aconselhou: “Evite ultraprocessados e prefira alimentos naturais. Faça atividade física não para emagrecer, mas para viver melhor. Mantenha os músculos ativos, durma bem. E saiba que o ambiente onde você vive influencia muito mais do que imagina.” Ciclo de palestras A palestra foi a última da programação especial de maio da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) do IgesDF, que durante o mês abordou temas como doenças respiratórias, queimaduras, saúde mental e prevenção de acidentes. Quem participou aprovou. Betânia Oliveira, da Corregedoria do instituto, afirmou que o encontro foi mais que informativo. “Ele esclareceu muitas dúvidas com uma didática impressionante. Saímos daqui com conhecimento para a vida”, disse. A vice-presidente da Cipa, Juliana von Sperling, celebrou o encerramento do ciclo com sentimento de missão cumprida. “A ideia foi essa: uma conversa informal, mas com conteúdo técnico e humano, para cuidar da saúde de forma integral”, afirmou. O médico encerrou o bate-papo com uma provocação otimista: “Se você vai enfrentar um inimigo poderoso, precisa de boas estratégias. Viver é arriscado, mas viver bem é uma escolha. Tratar a obesidade com seriedade faz parte disso.” *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)

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Centro especializado promove dia de conscientização sobre obesidade com atividades educativas

Concurso de cardápios saudáveis, oficinas de culinária, degustação de alimentos às cegas, conversas e desafios para adotar hábitos mais saudáveis. Essas foram algumas das atividades promovidas pelo Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão Arterial (Cedoh) nesta semana, em alusão ao Dia Mundial da Obesidade, comemorado no último dia 4. Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão Arterial reuniu pacientes para realização de atividades educativas | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF O evento reuniu pacientes em tratamento no Cedoh e profissionais da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF). Uma das iniciativas foi a troca simbólica de alimentos ultraprocessados por frutas e vegetais, incentivando escolhas mais saudáveis. A gerente substituta do Cedoh, Cássia Nery, destaca que a promoção da saúde e o combate à obesidade envolvem mudanças tanto nas políticas públicas quanto no meio social em que o indivíduo está inserido, especialmente em ambientes obesogênicos — que favorecem escolhas alimentares não saudáveis e comportamentos sedentários. Alexandra Lima, que realiza tratamento na unidade de saúde, elogiou a iniciativa: “A equipe do centro especializado é excelente, e o evento me fez enxergar a obesidade por um novo ângulo” “Percebemos, por exemplo, que os alimentos ultraprocessados — grandes responsáveis pelo aumento das taxas de obesidade no mundo — são mais baratos e de mais fácil acesso do que frutas e vegetais. Então, a proposta deste ano é tirar o foco apenas do indivíduo e refletir sobre o sistema e o ambiente obesogênico em que vivemos”, explica. A psicóloga do Cedoh, Maria Fernanda de Carvalho, que palestrou no evento, reforçou que diversos fatores sociais influenciam diretamente os hábitos da população. “A obesidade, por ser uma doença complexa, crônica e de alta reincidência, é influenciada pelo sistema familiar e social, pela baixa taxação dos alimentos ultraprocessados em comparação com os hortifrutigranjeiros e pela dificuldade de acesso da população a espaços adequados para a prática de exercícios físicos”, pontua. A empregada doméstica Alexandra Lima, que realiza tratamento no Cedoh há dois anos, elogiou a iniciativa. “A equipe do centro especializado é excelente, e o evento me fez enxergar a obesidade por um novo ângulo. É uma doença que resulta de vários fatores combinados”, afirma. Criado em 2017, o Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão Arterial (Cedoh) é uma unidade de Atendimento Ambulatorial Secundário Especializado (AASE), que atende moradores da Região Central de Saúde — abrangendo Asa Sul, Asa Norte, Cruzeiro, Lago Norte, Varjão e Vila Planalto. O centro conta com uma equipe multiprofissional composta por endocrinologistas, nutricionistas, psicólogos, fisioterapeutas, enfermeiros, entre outros especialistas. De 2018 a 2024, aproximadamente 1.150 pacientes adultos passaram pelo programa de tratamento da obesidade do Cedoh, distribuídos em 40 grupos de acompanhamento, além de 150 crianças e adolescentes. *Com informações da SES-DF  

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Especialistas alertam sobre o uso de adoçantes em dietas

O adoçante, erroneamente visto como uma alternativa saudável ao açúcar, não deve ser usado em dietas para emagrecimento. A orientação é da Organização Mundial da Saúde (OMS), que publicou, em 2023, uma nova diretriz sugerindo que o produto não seja consumido com a finalidade de controle de peso e/ou redução do risco de doenças crônicas, como o diabetes. No lugar dos adoçantes, as frutas podem ser usadas para conferir um sabor mais doce a bolos e vitaminas | Foto: Geovana Albuquerque/ Agência Brasília Para a referência técnica distrital (RTD) de endocrinologia da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), Flávia Franca, a recomendação da entidade busca evitar o consumo excessivo de alimentos ultraprocessados e processados, que possuem alto índice de adoçantes, como acesulfame, aspartame, ciclamatos, sacarina, sucralose, estévia e seus derivados, entre outros. Ela reforça que o ideal é consumir os alimentos com seu sabor natural e utilizar frutas como uma forma de adoçar vitaminas, sucos e bolos. “Essa recomendação veio para reforçar a importância de uma vida mais saudável. De acordo com a nova diretriz, para evitar a obesidade e o diabetes, não se devem consumir alimentos processados ou ultraprocessados, mas na sua forma natural – o que não quer dizer que a pessoa deva substituir o adoçante por açúcar, que, em excesso, realmente traz riscos à saúde”, destaca a endocrinologista. “Alguns estudos em animais apontam que o aspartame teve relação com o aumento do risco de câncer. Isso mostra que esses produtos não trazem benefício nutricional nenhum à saúde” Flávia Franca, endocrinologia da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) Risco de câncer Outra questão também abordada pela Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), em conjunto com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem) e a Associação Brasileira do Estudo da Obesidade (Abeso), foi a relação de alguns tipos de adoçante com o risco de câncer. “Alguns estudos em animais apontam que o aspartame teve relação com o aumento do risco de câncer. Isso mostra que esses produtos não trazem benefício nutricional nenhum à saúde. A recomendação é que se evite o consumo”, reforça França. Apesar de existir uma recomendação segura aceitável, a médica da SES-DF observa que, com o uso regular dessas substâncias, há prejuízo de respostas glicêmicas, maior risco de doenças metabólicas e aumento do ganho de peso. A recomendação da OMS, no entanto, não abrange as pessoas com diabetes pré-existente, que se beneficiam do uso de adoçantes porque a ingestão de açúcar pode levar ao aumento da glicose no sangue. Um estudo publicado no ano passado na revista científica Plos Medicine associou o constante consumo de aspartame, um dos adoçantes artificiais mais comuns e utilizados em bebidas zero ou diet, principalmente refrigerantes, ao aumento de 15% do risco de todos os tipos de cânceres. Outro prejuízo à saúde avaliado foi a maior incidência de tumores relacionados à obesidade. Estudos associam o constante consumo de aspartame ao aumento de 15% do risco de câncer | Foto: Geovana Albuquerque/ Agência Brasília Valor nutricional Nutricionista da SES-DF e consultora na área de rotulagem de alimentos, Tatiane Cortes lembra que os adoçantes dietéticos são substâncias utilizadas para conferir sabor doce. Porém, ainda que sejam considerados seguros quando consumidos dentro dos limites estabelecidos, um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com o Instituto de Saúde (IS) de São Paulo sugere que o uso excessivo desses produtos pode gerar efeitos negativos à saúde. “Essas substâncias são formuladas para pessoas que têm alguma restrição ao consumo de açúcar, como no caso de quem tem diabetes mellitus. Atualmente, existem adoçantes artificiais e naturais, e os últimos são vistos como menos nocivos por serem extraídos da natureza, como estévia e xilitol”, aponta a especialista. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é responsável por regulamentar e autorizar a utilização dos adoçantes. Hoje existem alguns tipos liberados, como sorbitol, manitol isomaltitol, maltitol, sacarina, ciclamato, aspartame, estévia, acessulfame K, sucralose, neotame, taumatina, lactitol, xilitol e eritritol. Segundo a nutricionista Tatiana Cortes, o melhor caminho para perder peso é a reeducação do paladar | Foto: Divulgação/ Agência Saúde Cortes ressalta que, no país, o crescimento da oferta de adoçantes, produtos diet e light com os rótulos “zero caloria” e “zero açúcar” se deve à busca por opções de alimentos ditos “mais saudáveis”. Essa procura é motivada pelo aumento da população com sobrepeso, obesidade e diabetes, bem como pela conscientização sobre os efeitos negativos do consumo excessivo de açúcar. Entretanto, algumas publicações internacionais citam potenciais malefícios associados ao consumo excessivo de adoçantes, como desregulação do apetite, alterações na microbiota intestinal, ganho de peso, intolerância gastrointestinal, desenvolvimento de preferência por sabores doces e possíveis efeitos na saúde metabólica. “Esses produtos podem afetar negativamente a composição e a função de nossa microbiota intestinal, causando um quadro de disbiose que pode trazer diarreia, prisão de ventre, distensão abdominal, náuseas e azia”, elenca a nutricionista. Uma alternativa, segundo a especialista, é a substituição dos adoçantes por mel, açúcar de coco, açúcar mascavo e melado de cana, desde que sejam consumidos em pequenas quantidades e sob orientação profissional. “O melhor caminho para perder peso é a reeducação do paladar. Precisamos aprender a saborear o alimento sem precisar adoçá-lo. Comece devagar, diminuindo aos poucos o consumo dos adoçantes e alimentos com essas substâncias. Dê ao seu corpo substratos naturais, frutas, desembalando menos e descascando mais”, recomenda. Mudança de hábitos O servidor público Renato Santos conta que, durante exames de rotina, em outubro de 2023, foi diagnosticado com um quadro de pré-diabetes. Com a notícia, resolveu optar por uma alimentação mais saudável, cortando açúcar e adoçantes. “Fiquei bastante preocupado com o diagnóstico, então resolvi não comer mais açúcar e diminuir significativamente o consumo de alimentos derivados do trigo. No começo foi difícil, pois em minha rotina comia chocolate e doces diariamente, após o almoço”, relata. “Para tentar equilibrar, comecei a consumir muitos produtos industrializados com adoçantes, mas não me adaptei. Sentia que a comida ficava amargando e que, apesar de não comer mais açúcar, continuava ingerindo bastante produtos industrializados, com alto teor calórico.” Com o corte dos adoçantes, os novos hábitos alimentares já surgiram efeito. Ele pesava 137 kg, e agora está com 123 kg. “Resolvi adoçar os alimentos que consumo com frutas. Hoje, produzo os bolos e doces usando frutas como banana e tâmara para adoçar. Foi necessário adaptar meu paladar para uma nova rotina. Em três meses, perdi mais de 10 kg de gordura, e minhas taxas melhoraram”, conclui.

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Pesquisa aponta que obesidade atinge 22% da população do Distrito Federal

O mundo alcançou a marca de 1 bilhão de pessoas obesas. Quem deu o alerta foi a Organização Mundial da Saúde (OMS) no dia 1º deste mês, quando apontou que uma em cada oito pessoas do planeta, o equivalente a 12,5% de uma população estimada em 8 bilhões de indivíduos, está muito acima do peso. A pesquisa, considerada uma das mais completas sobre o tema, entrevistou 220 milhões de pessoas em 190 países e deixou médicos e governantes em estado de tensão. Cedoh também faz o acompanhamento de pacientes que não atingiram o resultado satisfatório em tratamentos anteriores | Foto: Arquivo/Agência Brasília “Quanto maior o grau de obesidade, maior a chance de aparecimento de outras complicações” Flávia Franca Melo, referência técnica distrital em endocrinologia da Secretaria de Saúde No Distrito Federal, a preocupação com o tema é ainda mais urgente. Levantamento feito pelo Ministério da Saúde aponta que 22% da população da capital se autodeclara obesa, percentual que representa um em cada cinco habitantes. O número coloca a obesidade entre as doenças crônicas mais prevalentes em toda a população do chamado “quadradinho”, um motivo de atenção para o Governo do Distrito Federal (GDF). Parâmetros Mas, afinal, quando uma pessoa passa a ser considerada obesa? “Quando o índice de massa corporal está acima de 30”, responde a endocrinologista Flávia Franca Melo, referência técnica distrital (RTD) na especialidade. A medida internacional é calculada dividindo-se o peso pelo quadrado da altura. Uma pessoa que mede 1,70 metro, por exemplo, é considerada obesa quando o ponteiro da balança ultrapassa os 86,7 kg. ‌Existem três graus de obesidade, que variam de acordo com o índice de massa corporal (IMC) do indivíduo: -> Obesidade 1 – IMC de 30 a 34,9; -> Obesidade 2 – IMC de 35 a 39,5; -> Obesidade 3 – IMC de 40 para cima. “Quanto maior o grau de obesidade, maior a chance de aparecimento de outras complicações”, alerta Flávia. “Problemas articulares; resistência à ação da insulina, podendo levar à diabetes; pressão alta; problemas cardiovasculares… tudo isso está relacionado à obesidade. E pelo menos 50% dos casos de câncer de endométrio também. É uma doença que prejudica o funcionamento do organismo como um todo.” Tratamentos Todas as sete regiões abarcadas pela rede pública de saúde do Distrito Federal contam com endocrinologistas, que recebem pacientes mediante encaminhamento dos médicos da família. “Por enquanto, os cuidados são baseados principalmente em mudanças de estilo de vida”, afirma Flávia. “Mas já aprovamos o uso no SUS [Sistema Único de Saúde] de uma substância chamada liraglutida, que tem se mostrado eficaz no tratamento contra a obesidade”. O medicamento será usado em obesos que tenham diabetes tipo 2 associada a problemas cardiovasculares e também em adolescentes entre 12 e 18 anos. “No momento, a licitação para a compra da substância está em andamento. Em breve, teremos mais essa opção de tratamento”, garante a médica. Após dois anos de acompanhamento multiprofissional, o paciente pode ser encaminhado para a cirurgia bariátrica, caso se enquadre nos graus 2 ou 3 de obesidade e não tenha obtido resultados positivos Além do acompanhamento com endocrinologista, a rede pública de saúde do DF oferece aproximadamente 55 nutricionistas que investem na mudança de hábitos dos pacientes para vencer a obesidade. A porta de entrada para o serviço também são os médicos da família, lotados nas unidades básicas de saúde. “Promovemos atendimentos individuais e em grupo, além de trabalharmos com uma equipe multiprofissional formada por psicólogos, fisioterapeutas e assistentes sociais”, explica a gerente de Serviços de Nutrição da Secretaria de Saúde (SES-DF), Carolina Gama. “Quando os objetivos não são alcançados, o paciente pode ser encaminhado ao Cedoh [Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão] para um atendimento mais particularizado.” O paciente passa por dois anos de acompanhamento multiprofissional. Caso não obtenha resultados positivos, a cirurgia bariátrica pode ser recomendada. Para fazer o procedimento pela rede pública de saúde, é preciso ter obesidade grau 2 com comorbidades ou ser diagnosticado com obesidade grau 3. Prevenção Mais do que oferecer tratamento contra a obesidade, o GDF tem investido na prevenção da doença. “Em parceria com a Secretaria de Educação, procuramos incentivar hábitos saudáveis desde a infância”, relata Carolina. “A orientação é que a alimentação da criança seja composta principalmente por alimentos in natura ou minimamente processados”. Frutas, verduras, legumes, ovos, leite, carnes e grãos devem ser a base do cardápio dos pequenos. Alimentos processados precisam ser consumidos com moderação. Já os ultraprocessados devem ser evitados, por serem ricos em aditivos, corantes e conservantes. As bebidas açucaradas também devem ser dispensadas. “Estimulamos, ainda, a prática de atividade física – pelo menos 150 minutos por semana, se a intensidade do exercício for moderada; para isso, contamos com o apoio da Secretaria de Esporte e Lazer”, recomenda Carolina. “Todo esse engajamento mostra que a obesidade é um problema muito mais amplo, que não se restringe à Secretaria de Saúde.”

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Atendimento oferece indicação correta do uso de remédios para emagrecer

“Tomei o ‘medicamento da moda’ por conta própria. Estava com quase 130 kg e emagreci 40 kg, mas logo ganhei novamente”. Esse é o relato da advogada Márcia Neri, de 52 anos, que se automedicou na busca rápida pela perda de peso. “À época, minhas amigas estavam perdendo peso com facilidade. Eu consegui o contato de uma pessoa que vendia e encomendei”, relata. Histórias como a de Márcia são comuns e preocupam especialistas que tratam a obesidade. Profissionais da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES) alertam sobre os perigos do uso de remédios para emagrecimento sem prescrição médica, como comprimidos, chás e, em especial, remédios injetáveis. A endocrinologista Anita Laboissière Villela destaca que a obesidade é uma doença crônica e complexa | Fotos: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF Endocrinologista do Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão Arterial (Cedoh), a médica Anita Laboissière Villela destaca que a obesidade é uma doença crônica e complexa, sendo essencial a abordagem de uma equipe multiprofissional no tratamento, que requer, além de medicamentos, mudança de estilo de vida, com alimentação saudável e em quantidade adequada, atividade física regular, relacionamentos saudáveis e sono reparador. Para desmistificar o uso de remédios, existem medicamentos extremamente úteis e necessários no tratamento da obesidade, mas pode haver contraindicação de acordo com o perfil de cada paciente. “Tem medicação que é absolutamente proibida para alguns pacientes e que para outros vai ser ótima. Os efeitos colaterais dependem do medicamento”, explica a especialista. Remédio, só com prescrição Após se automedicar para emagrecer e enfrentar os efeitos colaterais, a advogada Márcia Neri buscou acompanhamento especializado e passou a ser atendida na rede pública do DF A médica dá o exemplo da sibutramina, que aumenta a frequência cardíaca e pode elevar a pressão. “Se uma pessoa com hipertensão arterial descontrolada tomar, pode ter um AVC ou um infarto”. Já em pacientes que possam utilizar a substância e recebam a correta orientação e acompanhamento médico, o emagrecimento é de cerca de 15% do peso inicial. “Ou seja, para uns é remédio, para outros é veneno”, enfatiza. Outro ponto de atenção é sobre a dosagem. Algumas medicações necessitam de escalonamento de dose, o que o paciente, por conta própria, não terá conhecimento, aumentando o risco de efeitos colaterais. [Olho texto=”“O caminho para perder peso é um processo difícil, mas a parte mais difícil é a manutenção do peso perdido. Por isso a importância da mudança de vida, ou o resultado vai durar pouco”” assinatura=”Flávia Franca, referência técnica distrital (RTD) de endocrinologia” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Em relação à semaglutida, medicamento bastante conhecido, a referência técnica distrital (RTD) de endocrinologia Flávia Franca ressalta que há importantes critérios para indicação – entre eles, ter um bom funcionamento do fígado e não possuir histórico de câncer de tireoide, pancreatite ou pedra na vesícula. “Medicamentos prescritos contra a obesidade vieram para ajudar, não são vilões, mas devem ser utilizados só por quem tem excesso de peso e com indicação médica. O caminho para perder peso é um processo difícil, mas a parte mais difícil é a manutenção do peso perdido. Por isso a importância da mudança de vida, ou o resultado vai durar pouco”, alerta. Mudança de hábitos A nutricionista Cássia Regina de Aguiar Nery Luz observa que, por mais efetiva que a medicação seja, não cumpre o papel de tratar a obesidade em todos os fatores causadores da doença Sem associar o tratamento a uma mudança no estilo de vida, é muito comum que a pessoa volte a ganhar peso. É importante ter ciência que os cuidados, na obesidade, são a longo prazo. “Sem uma boa alimentação, uma prática de atividade física, um cuidado com a saúde mental, a gente não consegue atingir os fatores causais da doença, e ela acaba se tornando uma doença recidivante [recorrente]”, pontua a nutricionista Cássia Regina de Aguiar Nery Luz, que também integra a equipe do Cedoh. Por isso, a orientação das profissionais é que o primeiro passo seja buscar uma equipe de saúde e iniciar atividade física com acompanhamento. Para evitar frustrações, usuais em quem enfrenta o excesso de peso, é aconselhável ter em mente que o medicamento, se indicado, será apenas um dos pilares do tratamento. [Olho texto=” “É necessário explorar diversas áreas. Fazer aula de dança, natação, caminhada. Experimentar e ver o que vai gostar para dar continuidade” assinatura=”Angelina Freitas Siqueira, fisioterapeuta” esquerda_direita_centro=”direita”] Para começar um exercício físico e criar um hábito saudável, a sugestão é que o paciente busque algo prazeroso. “É necessário explorar diversas áreas. Fazer aula de dança, natação, caminhada. Experimentar e ver o que vai gostar para dar continuidade”, opina a fisioterapeuta Angelina Freitas Siqueira. Após sentir na pele os efeitos colaterais da automedicação para emagrecer e perder um irmão de 31 anos por causa da obesidade, Márcia Neri adotou essas dicas. “De lá para cá, me cuido por questão de saúde mesmo. Estou diabética e preciso ter qualidade de vida”, conta. Quem procurar? [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Pessoas interessadas devem buscar uma unidade básica de saúde (UBS) para mais informações. No site InfoSaúde, é possível localizar o local de referência de acordo com a residência do usuário. Na UBS, o paciente é avaliado. Alguns casos podem ter indicação de acompanhamento na própria unidade, enquanto outros são encaminhados para a atenção secundária. *Com informações da Secretaria de Saúde

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Divulgadas novas orientações sobre consumo de gorduras e carboidratos

A Organização Mundial da Saúde (OMS) atualizou as recomendações alimentares sobre o consumo de carboidratos e gorduras para adultos e crianças. As novas diretrizes visam à limitação do consumo para a redução de ganho de peso prejudicial à saúde. Evidências científicas mostram a relação entre a ingestão excessiva desses produtos e os riscos de doenças. “As orientações buscam reduzir o excesso de peso e de doenças não transmissíveis relacionadas com a alimentação, como o diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e certos tipos de câncer”, explica a gerente de Nutrição da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), a nutricionista Carolina Gama. De acordo com as recomendações da OMS, o ideal é que o consumo diário abranja, no mínimo, 400 gramas de frutas e vegetais e 25 gramas de fibras | Foto: Tony Winston/Agência Brasília A alimentação saudável é fundamental para prevenir contra doenças crônicas. Uma dieta rica em alimentos ultraprocessados, além de aumentar o risco de desenvolver diabetes, obesidade, hipertensão e câncer, pode intensificar os sintomas relacionados à má digestão, à inflamação e a transtornos de neurodesenvolvimento. [Olho texto=”A SES-DF disponibiliza atendimento nutricional por meio da Atenção Primária, nas unidades básicas de saúde (UBSs), que são a porta de entrada do cidadão ao Sistema Único de Saúde (SUS)” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Comer bem impacta positivamente não apenas a saúde, como também a sustentabilidade e a conservação do meio ambiente, seja na cadeia produtiva ou na possibilidade de utilizar o alimento como um todo, sem desperdício e menos plástico. A qualidade e a quantidade são importantes para uma boa saúde, conforme indica a OMS. Os adultos devem limitar a ingestão total de gordura a 30% da ingestão total de energia ou menos. Ainda para esse público, o ideal é que o consumo diário abranja, no mínimo, 400 gramas de frutas e vegetais e 25 gramas de fibras. No caso dos carboidratos, em vez de focar em produtos refinados e ricos em açúcar, a orientação da OMS é optar por alimentos que contenham fibras. As orientações da OMS buscam reduzir o excesso de peso e de doenças não transmissíveis relacionadas com a alimentação, como o diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e certos tipos de câncer | Foto: Matheus Oliveira/Agência Saúde-DF Em crianças com 2 anos ou mais, a gordura consumida precisa ser composta, principalmente, de ácidos graxos insaturados (alimentos de origem vegetal e alguns peixes, como oleaginosas, coco, abacate e salmão). Em termos de consumo, a OMS indica: Frutas e legumes ? 2-5 anos: 250 g no mínimo por dia ? 6-9 anos: 350 g no mínimo por dia ? 10 anos ou mais: 400 g no mínimo por dia Fibras ? 2-5 anos: 15 g no mínimo por dia ? 6-9 anos: 21 g no mínimo por dia ? 10 anos ou mais: 25 g no mínimo por dia A ciência demonstra a importância da alimentação saudável e da nutrição de crianças antes mesmo do nascimento, isto é, da concepção aos primeiros anos de vida. “O período é fundamental para o desenvolvimento físico e neurológico infantil e pode estar relacionado a fatores protetores ou de risco em relação a doenças em outras fases da vida”, relata Gama. [Olho texto=”“Passei a entender o que é comida. Quando eu estou com fome de verdade ou somente com vontade de comer, aprendi a fazer escolhas saudáveis. Passei por uma reeducação, uma conscientização”” assinatura=”Débora Ribeiro de Santos, participante do projeto Hábitos de Vidas Saudáveis” esquerda_direita_centro=”esquerda”] De acordo com a especialista, uma alimentação equilibrada fornece todos os nutrientes necessários para o bom funcionamento do organismo, tanto do corpo quanto da mente. “Esse hábito é capaz de elevar a expectativa de vida, além de auxiliar no desenvolvimento do cérebro e no crescimento adequado. Fora que aumenta a imunidade, mantém a pele, os dentes e os olhos saudáveis, fortalece os ossos e os músculos, e reduz o risco de doenças cardíacas. Motivos mais do que convincentes”, elenca. Iniciativa no DF Para incentivar a adoção de práticas saudáveis junto a residentes da Unidade Básica de Saúde (UBS) 5 do Arapoanga, a nutricionista Camila da Silva Reis encabeça o projeto Hábitos de Vidas Saudáveis, de orientação e acompanhamento nutricional para a população da região. Na UBS 5 do Arapoanga, o grupo Hábitos de Vidas Saudáveis identifica problemas, prioridades e motivação para os pacientes que decidiram mudar os hábitos alimentares | Foto: Arquivo pessoal “Geralmente, são 15 pessoas por grupo e o primeiro atendimento é coletivo. Nesse contato inicial, identificamos o problema, as prioridades e a motivação, para, então, lançar metas e reflexões sobre os possíveis obstáculos. Em cima dessa dinâmica, construímos os retornos”, explica a especialista. “A gente tenta entender a pessoa integralmente, para, então, medir a dificuldade que ela terá na hora de aderir o que sugerimos.” O grupo é orientado não somente sobre hábitos alimentares, mas de vida, como exercícios físicos, saúde mental e sono. “Mesmo sendo uma atividade coletiva, nós sempre buscamos nos basear na realidade deles, por exemplo, na questão do acesso financeiro”, detalha Reis. [Olho texto=” “Mesmo sendo uma atividade coletiva, nós sempre buscamos nos basear na realidade deles, por exemplo, na questão do acesso financeiro”” assinatura=” Camila da Silva Reis, nutricionista que atende pacientes da UBS 5 do Arapoanga” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Os pacientes atendidos pelo projeto são encaminhados pela equipe da Estratégia Saúde da Família (ESF) da região. A maior parte enfrenta diabetes, pressão alta, obesidade e/ou colesterol alto. Após o encontro coletivo, os usuários passam por acompanhamentos e retornos individuais, que, inicialmente, são mensais, podendo chegar a visitas semestrais. O trabalho é complementado pela atuação das residentes, uma em nutrição e outra em psicologia. Segundo a residente em nutrição que atua na iniciativa, Josicleia da Gomes de Silva, os retornos são muito importantes, pois permitem avaliar em quais pontos o paciente tem mais dificuldade. “Nós não trabalhamos com o peso, porque ele não é mensurador de saúde. Focamos nos indicadores e nos resultados, como percentual de gordura e de massa muscular.” Experiência Apesar de o foco do grupo não ser, obrigatoriamente, perder peso, Débora Ribeiro de Santos, de 35 anos, comemorou a redução de 5 kg e de oito centímetros na circunferência abdominal desde que começou a participar do grupo há quatro meses. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Comecei a participar do grupo por causa do meu sobrepeso, que já estava afetando a minha saúde. Eu estava com problemas de refluxo, azia e até passei pela situação de acordar me sentindo sufocada”, explica Débora. No grupo, ela recebeu orientações para reeducação alimentar, como preparar os alimentos e sobre a importância do exercício físico. “Outra questão trabalhada é a compulsão alimentar, que era um problema para mim.” Agora, Débora avalia que seus hábitos melhoraram consideravelmente: “Passei a entender o que é comida, quando eu estou com fome de verdade ou somente com vontade de comer, aprendi a fazer escolhas saudáveis. Passei por uma reeducação, uma conscientização”. Serviço A SES-DF disponibiliza atendimento nutricional por meio da Atenção Primária, nas unidades básicas de saúde (UBSs), que são a porta de entrada do cidadão ao Sistema Único de Saúde (SUS). É possível encontrar a UBS de referência por meio do site InfoSaúde, adicionando o CEP. *Com informações da Secretaria de Saúde  

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Aumento da obesidade no DF alerta para necessidade de alimentação saudável

Todas as faixas etárias, de crianças a idosos, da população do Distrito Federal registraram aumento no peso corporal nos últimos anos. Os dados aparecem no Boletim Informativo do Estado Nutricional no DF e foram gerados pelo Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan). [Olho texto=”“Diabetes, obesidade e outras doenças relacionadas ao excesso de peso chamam a atenção para os cuidados com uma alimentação saudável”” assinatura=”Carolina Gama, gerente de Serviços de Nutrição” esquerda_direita_centro=”direita”] “É preocupante! O aumento do sobrepeso e da obesidade é observado nos últimos anos em todo país e no Distrito Federal não é diferente. Diabetes, obesidade e outras doenças relacionadas ao excesso de peso chamam a atenção para os cuidados com uma alimentação saudável”, alerta a gerente de Serviços de Nutrição, Carolina Gama. Ao longo dos últimos anos, foi possível observar um consumo elevado de bebidas adoçadas e alimentos ultraprocessados em diferentes faixas etárias da população acompanhada pela Atenção Primária à Saúde do DF. Segundo Carolina, a alimentação de toda a população deve ser baseada em comida in natura e minimamente processada para a prevenção de doenças crônicas. “Frutas, legumes e verduras são exemplos desse grupo de alimentos. Eles são compostos por vitaminas, minerais, antioxidantes, fibras e compostos bioativos, que exercem funções protetoras contra o desenvolvimento de doenças”, explica. Houve diminuição na ingestão de frutas e verduras, inclusive entre as gestantes | Foto: Tony Winston/Agência Saúde DF Grávidas De acordo com o Boletim Informativo de Consumo Alimentar no Distrito Federal, houve diminuição na ingestão de frutas e verduras. As gestantes do Centro-Oeste apresentaram um baixo consumo de frutas, tendo o DF o menor percentual. E, em comparação ao Centro-Oeste (87%) e ao Brasil (81%), as grávidas do DF relataram um maior consumo de alimentos ultraprocessados (92%). “Para gestantes, as frutas e verduras têm nutrientes fundamentais para a formação e o desenvolvimento do bebê em todas as etapas, da concepção ao nascimento”, afirma a gerente. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Adolescentes Em relação à população adolescente do DF, observa-se um baixo consumo de frutas, quando comparado à região Centro-Oeste e ao Brasil, inclusive menor do que os demais ciclos de vida, mostrando que apenas 15% dos adolescentes têm esse hábito alimentar. Quanto às verduras e/ou legumes, um menor consumo também foi identificado no DF (62%), quando comparado à região Centro-Oeste (78%) e ao Brasil (71%). Paralelamente, o consumo de alimentos ultraprocessados pelos adolescentes do DF é semelhante ao dado regional e maior que o nacional. Os boletins informativos podem ser acessados no site da Secretaria de Saúde. *Com informações da Secretaria de Saúde

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Dia Mundial da Obesidade promove a importância do tratamento

Não é questão estética, muito menos a busca por um corpo perfeito. A obesidade deve ser combatida para oferecer mais qualidade de vida para as pessoas nessa condição. A Secretaria de Saúde do DF possui protocolos para acolhimento dos pacientes com a enfermidade. “Ninguém precisa lidar com a obesidade sozinho”, afirma a nutricionista Cássia Regina Aguiar, que ressalta a importância do Dia Mundial da Obesidade, 4 de março, como uma data para tratar do assunto sem estigmas. O Cedoh é um dos ambulatórios especializados na rede pública para tratamento contra a obesidade | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF “As pessoas precisam aceitar a sua aparência, o seu corpo, mas não a doença em si, que causa várias outras comorbidades”, explica a nutricionista. Ela ressalta a importância da oferta de um tratamento completo que envolva alimentação mais saudável, maior qualidade do sono, prática de exercícios físicos e promoção da saúde mental. “Nós, profissionais de saúde, estamos à disposição para acolher e auxiliar nessa mudança de estilo de vida”, afirma. Foi o que aconteceu com a auxiliar administrativa Vanessa Rodrigues, 32 anos. Há quase dois anos ela iniciou o tratamento na rede pública do DF e hoje coleciona resultados que vão muito além dos 44 quilos que eliminou. “Passei por uma mudança de vida total. E isso não é só perder peso. É pensar a minha identidade, fazer o que eu não fazia mais, e isso só foi possível graças à equipe”, conta a paciente. Vanessa Rodrigues, paciente do Cedoh, destaca mudança de vida e elogia o plano de reeducação alimentar, que envolveu alimentos acessíveis, sem comprometer o orçamento familiar | Foto: Rômulo Campos/ Agência Saúde DF O atendimento envolve psicólogos, nutricionistas, endocrinologistas e fisioterapeutas. Para Vanessa, o mais importante é que houve mudança de hábitos, então há poucas chances de um dia voltar a ter o grau de obesidade que atingiu. “Todo o trabalho que desenvolveram comigo me fez criar raízes”, relata. A paciente elogia o plano de reeducação alimentar, que envolveu alimentos acessíveis, sem comprometer o orçamento familiar. Atendimento na rede pública A porta de entrada para o tratamento na rede são as unidades básicas de saúde (UBSs). É onde os pacientes, que muitas vezes procuram a assistência médica por queixas diversas, recebem o primeiro acompanhamento para tratar a obesidade. O gerente da UBS 2 do Cruzeiro, Iratan Crisóstomo, diz que as pessoas dificilmente procuram atendimento por causa da obesidade, mas sim “pelas dificuldades causadas por ela”, explica. Boa parte dos pacientes já apresenta resultados positivos durante o tratamento oferecido nas unidades básicas de saúde. Porém, os casos com maior complexidade são encaminhados para locais como o Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão (Cedoh), na Asa Norte. Estatísticas A obesidade é apontada como fator de risco para doenças cardiovasculares, distúrbios musculoesqueléticos, problemas psicológicos e câncer | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Segundo o Ministério da Saúde, o excesso de peso atinge 96 milhões de brasileiros. Entre 2003 e 2021, a proporção de indivíduos com obesidade saltou de 12% para 26% da população. A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS/2019) informa que a condição de obesidade alcança cerca de 41,2 milhões de adultos, com distribuição maior em mulheres (29,5%) do que em homens (21,8%). No DF, entre os adultos acompanhados pela Atenção Primária à Saúde, cerca 70,28% estavam com excesso de peso em 2020, contra 59,84% em 2015. O excesso de peso foi registrado também em 55,04% dos idosos, 50,4% das gestantes, 34,98% dos adolescentes, 27,9% das crianças de 5 a 10 anos e 7,87% das crianças abaixo dos 5 anos. A obesidade é apontada como fator de risco para doenças cardiovasculares, distúrbios musculoesqueléticos, problemas psicológicos e câncer. A preocupação aumentou com a pandemia de covid-19. Pacientes obesos apresentaram maiores complicações, tempo de internação e índice de óbitos. Quem é considerado obeso? [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O critério utilizado para avaliar e classificar o estado nutricional de uma pessoa é o Índice de Massa Corporal (IMC), de acordo com as recomendações da Organização Mundial de Saúde. A fórmula para o cálculo do IMC é peso (em kg) dividido pelo quadrado da altura (em metros). Por exemplo: uma pessoa de 80 quilos e 1,70 de altura deve dividir o peso pela altura e o resultado obtido dividir novamente pela altura. No caso do exemplo, o IMC seria de 27,68. A pessoa é classificada com excesso de peso quando o IMC é igual ou superior a 25 kg/m² e classificada com obesidade quando o IMC é igual ou superior a 30 kg/m². Vale lembrar também que a doença possui três estágios: a obesidade de grau 1 (IMC>30 kg/m² e IMC<35 kg/m²), a obesidade de grau 2 (IMC>35 kg/m² e IMC<40 kg/m²) e o estágio mais grave, que é a obesidade de grau 3 (IMC>40). *Com informações da Secretaria de Saúde

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Atendimento especializado para casos de obesidade

Inaugurado em dezembro de 2017, o Cedoh já atendeu nestes quatro anos um total de 521 pacientes, alguns receberam alta, outros estão em tratamento e há ainda os que desistiram | Fotos: Sandro Araújo / Agência Saúde A obesidade é uma doença crônica que afeta milhares de brasileiros. Além de gerar danos físicos, várias doenças correlacionadas podem surgir – como diabetes e hipertensão – e, ainda, danos emocionais e psicológicos – problemas de autoestima e ansiedade. A Secretaria de Saúde disponibiliza tratamento em toda a rede pública para quem quer emagrecer. A porta de entrada para o serviço é a Atenção Primária à Saúde. “A pessoa com obesidade identificada pelas unidades básicas de saúde com IMC superior a 35 e comorbidades como diabetes e hipertensão, por exemplo, ou IMC maior que 40 são reguladas para consultas com o endocrinologista”, explica a Referência Técnica Distrital (RTD) de Endocrinologia e Diabetes, Eliziane Leite. Na atenção especializada, os endocrinologistas adultos e pediátricos dos ambulatórios dos hospitais regionais de Taguatinga (HRT), Sobradinho (HRS), Gama (HRG), Ceilândia (HRC), Hospital da Região Leste (HRL) e Hospital da Criança de Brasília (HCB) tratam aproximadamente 800 pacientes com obesidade. Izaurene estava pesando 98 kg e, atualmente, está com 83 kg, saindo da obesidade II para o sobrepeso Além disso, a Secretaria de Saúde também disponibiliza o Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão (Cedoh), localizado na Asa Norte. A RTD de Endocrinologia e Diabetes esclarece que os pacientes em geral devem ser mantidos por dois anos em tratamento com equipe multiprofissional de nutricionistas, psicólogos, fisioterapeutas, endocrinologistas e enfermeiros. “Após esse período, poderão ser encaminhados de volta para a UBS ou para a cirurgia bariátrica nos casos de insucesso, quando perderam menos de 15% do excesso de peso em dois anos.” Satisfação com tratamento A autônoma Izaurene Prado, de 49 anos, iniciou o tratamento no Cedoh em 2019. Por motivos pessoais, acabou saindo do acompanhamento. Em 2020, ganhou muito peso por conta da pandemia e adquiriu uma gonartrose no joelho. Neste ano, ela procurou atendimento na UBS próxima de casa e, em junho, voltou a ser encaminhada para o Cedoh. “Estou muito feliz com meu tratamento, pois aqui recebo toda a assistência que preciso. O programa alimentar é bem realista e associado ao uso dos medicamentos indicados para tratar a ansiedade e a obesidade, consegui emagrecer 15 quilos de junho até dezembro”, comemora. Izaurene estava pesando 98 kg e atualmente está com 83 kg, saindo da obesidade II para o sobrepeso. Além da melhora na saúde física e mental, a perda de peso ajuda muito a reduzir as dores causadas pelo problema no joelho. “O tratamento aqui é bem realista, temos que nos reeducar, aprender a comer, pois o sucesso depende de mim. A equipe multidisciplinar é fantástica, se integra e trata o paciente de maneira humanizada. É uma verdadeira benção na vida de quem é obeso”, avalia. De acordo com Alexandra Rubim, endocrinologista e gerente do Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão (Cedoh), os pacientes obesos enfrentam muitos preconceitos Acolhimento e humanização De acordo com Alexandra Rubim, endocrinologista e gerente do Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão (Cedoh), os pacientes obesos enfrentam muitos preconceitos, até mesmo de profissionais da saúde, que julgam que ele chegou ao excesso de peso por motivos de preguiça e falta de força de vontade. “O paciente obeso é alguém que já foi muito julgado, até dentro de casa, pela família. A obesidade é uma doença que pode ocorrer por inúmeros fatores, tanto metabólicos como psicológicos, além de hábitos de vida. Por isso, é importante ter uma equipe multidisciplinar e interdisciplinar, com atendimento integrado e humanizado. A obesidade é uma doença que precisa ser tratada”, afirma. Inaugurado em dezembro de 2017, o Cedoh já atendeu nestes quatro anos um total de 521 pacientes, alguns receberam alta, outros estão em tratamento e há ainda os que desistiram. Em 2018, foram 74 pacientes atendidos na unidade, em 2019 o número subiu para 188. Em 2020, por conta da pandemia, somente 54 pacientes fizeram o tratamento. Em 2021, a demanda subiu e 205 pacientes estão em tratamento. Vale lembrar que é esperado a taxa de abandono de até 50% nesse tipo de tratamento, mas no Cedoh o índice fica em 41%. Durante os dois anos de tratamento, os pacientes passam pela consulta com endocrinologista, acolhimento por aplicativo, cinco oficinas educativas on-line semanais, atendimento individual e oficinas de manutenção. Por fim, ele recebe alta ou é encaminhado para a cirurgia bariátrica. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Hoje, recebemos pacientes de todo o Distrito Federal, mediante encaminhamento da regulação. Apenas as gestantes moradoras da região de Saúde Central são atendidas no sistema de portas abertas”, explica Alexandra. A equipe do Cedoh é composta por médicos endocrinologistas adulto e infantil, fisioterapeutas, psicólogas, enfermeiros, nutricionistas, assistente social e nefrologista.

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