Palhaços levam acolhimento e humanização à UBS 1 da Estrutural
Alexsandro dos Santos, 32 anos, aguardava atendimento na Unidade Básica de Saúde (UBS) 1 da Estrutural quando foi surpreendido. Entre risadas e brincadeiras, os palhaços Dikeka, Sansão e Severina entraram na UBS com muita graça e transformaram a espera em um momento de descontração. Alexsandro foi um dos que se divertiram com a intervenção nesta quarta-feira (10). “Gostei muito. Eu não esperava, já tinha visto apresentação de palhaço, mas não em uma UBS”, conta o morador da região. A ação faz parte do projeto RiSUS, que reúne arte, cultura e saúde para promover a humanização por meio da palhaçaria. A partir da integração com a UBS 1 da Estrutural, o objetivo é levar a palhaçaria, mais comum em ações voluntárias nos hospitais, para a Atenção Primária, a porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS). Alexsandro dos Santos (à esquerda) foi surpreendido: “Já tinha visto apresentação de palhaço, mas não em uma UBS” | Fotos: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde DF A proposta nasceu diante do aumento dos atendimentos relacionados à saúde mental, conforme explica a psicóloga Shyrlene Brandão. “Estávamos muito angustiados com a quantidade de casos, principalmente porque produzem isolamento em idosos e adolescentes. Então, alinhamos essa ação, porque acreditamos na arte como elemento de saúde mental”, destacou. Por trás da palhaça Dikeka, está a psicóloga Rebeca Torquato, que reforça o poder da conexão proporcionada pela palhaçaria. “Um fator muito essencial é gerar conexão, porque a figura do palhaço traz isso, esse jogo da relação, que é uma ferramenta fundamental para o cuidado”, disse. Marcelo Nenevê, o Sansão, explicou que a ideia é fortalecer o cuidado desde a Atenção Básica. “Nosso desejo era ir para outros espaços e estar territorializado, mais próximo da base da pirâmide do SUS. Foi nesse sentido que a gente pensou em ir para a UBS”, conta. "O palhaço entra em um espaço onde remédio nenhum vai, nós vamos na alma" Marcelo Nenevê, palhaço Para o artista, a intervenção vai além da saúde física. “É uma ideia mais holística. O palhaço entra em um espaço onde remédio nenhum vai, nós vamos na alma. Vamos para somar, tocar lá na alma e devolver um pouco a noção de que não são doentes, são pessoas”, pontua. A trupe já planeja outras ações, todas voluntárias. Entre as iniciativas, estão previstas apresentações durante as práticas integrativas em saúde (PIS), como a terapia comunitária, e nas ações do Programa Saúde na Escola (PSE). *Com informações da Secretaria de Saúde
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Grupo de teatro leva arte da palhaçaria a alunos de escola especial em Brazlândia
Risos, brincadeiras e muita palhaçada — no sentido artístico da palavra. Os estudantes do Centro de Ensino Especial de Brazlândia (Cenebraz) viveram uma tarde diferente nesta segunda-feira (4), com a visita do Grupo Nutra Teatro, que levou a arte da palhaçaria para a escola. Programação especial para os estudantes do Centro de Ensino Especial de Brazlândia (Cenebraz), com arte de palhaçaria em projeto apoiado pelo FAC-DF | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília A intervenção integra um conjunto de apresentações gratuitas do Nutra em espaços públicos de 15 regiões administrativas, com aporte do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC-DF). A programação começou no último dia 30 e termina nesta terça-feira (5), a partir das 15h, na comercial da Quadra 103 do Recanto das Emas. "Esse projeto celebra os nossos 15 anos. A gente pega todas as nossas produções culturais e leva para vários lugares do DF. Na área circo/teatro, a gente trabalha com essa linguagem da palhaçaria. E a gente vê que chega mesmo onde o povo está. A gente vai a lugares que pouquíssimo se chega de produtos culturais, por exemplo, dentro de uma feira. Então, é muito bom ter o contato com o público, muito gratificante, o público sempre alimentando também todas as brincadeiras, os jogos, correspondendo", contou a atriz Paula Sallas, uma das idealizadoras do projeto e intérprete da palhaça que visitou o Cenebraz nesta segunda. "É bom demais. A gente vai aprendendo muitas coisas e vai desenvolvendo muito mais", disse o aluno Leandro Florentino [LEIA_TAMBEM]Além de feiras, o grupo também tem ido a praças, lares de idosos e escolas. A de Brazlândia conta com o diferencial de ser voltada a alunos com deficiência. "É muito emocionante para a gente poder atender esse público. A gente sabe o quão específico ele é, então tem todo um cuidado de comunicação, a gente vai sempre com muito respeito, devagarinho, estabelecendo relações, dialogando e informando as nossas brincadeiras", explicou Paula. "Por ser um Centro de Ensino Especial, a gente tenta fazer atividades sempre muito dinâmicas, para sair muito de sala de aula, dessa questão tradicional que a gente costuma fazer com o ensino regular. E isso é importante para fazer com que eles tenham uma interação maior, porque o ambiente em que eles mais convivem, em que eles têm mais convivência, em que eles têm maior interação é dentro da escola. Então, na nossa escola, a gente está sempre disposto a fazer o máximo de atividades extraclasse possível", emendou Cleia Santos, supervisora pedagógica do Cenebraz. E se os sorrisos largos já seriam uma prova de que os estudantes aprovaram a intervenção, os depoimentos reforçam essa sensação. "Gostei da atividade, participei, foi muito legal, muito engraçado. Amei", celebrou a aluna Marilande de Oliveira. "É bom demais. A gente vai aprendendo muitas coisas e vai desenvolvendo muito mais", arrematou Leandro Florentino.
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Com apoio do FAC, evento nacional de circo oferece espetáculos gratuitos na Asa Sul
A programação do Festival Noites Espetaculares chega ao fim neste sábado (19), com espetáculos gratuitos para a população na área externa do Centro de Ensino Médio Setor Leste (Cemso). O evento faz parte da 23ª Convenção Brasileira de Malabarismo e Circo (CBMC), promovida desde o dia 13, e conta com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC-DF), da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF). O Festival Noites Espetaculares oferece, até este sábado (19), espetáculos gratuitos para celebrar a arte circense | Foto: Divulgação Com o intuito de aproximar a comunidade das artes circenses, o festival oferece uma série de apresentações. Nesta sexta-feira (18), a partir das 18h, o espetáculo O Novo Anormal ocupa a Lona Artitude com uma montagem coletiva. Às 19h30, ocorre a Noite Experimental no espaço externo, trazendo experimentações cômicas e poéticas dirigidas por Beatrice Martins. A celebração será encerrada com o espetáculo Noite de Fogo Newrônio, que mistura manipulação do fogo e técnicas de malabarismo, sob direção de Rosa Aline, às 21h30. Paralelamente, às 21h, o Palco Externo recebe o show Forró pra Balançá. [LEIA_TAMBEM]No sábado, último dia da convenção, as atrações começam às 9h, com o espetáculo infantil Galinha, na Lona Artitude. Às 20h, haverá a tradicional Noite de Gala, na Lona Principal, para finalizar o evento e festejar as artes circenses. A apresentação é dirigida por Josefina Dias e Valentin Flamini, com performances de Kadu Olivie, Leonardo Cyr, Mano a Mana, Manuela Carvalho, Pipa Luke, Trupe Baião de 2 e Yako. Organizado pelo Coletivo Ambidestro, a convenção ofereceu mais de 70 atividades formativas, voltadas para a iniciação e o aperfeiçoamento de técnicas. As oficinas trabalharam temas como malabarismo, acrobacias, equilíbrio, palhaçaria, confecção de materiais, criação de figurinos e linguagem de sinais. Houve também uma formação para emissão do registro profissional. “Trata-se da maior inserção circense do Brasil, e aconteceu de um jeito muito incrível em Brasília. Tivemos artistas, pensadores, professores acadêmicos, representantes do Ministério da Cultura, sindicatos de diversos estados, debatendo a atualidade e os passos futuros do circo, que está sempre se renovando”, comenta o coordenador-geral da convenção, Luan Haickel. A equipe da organização contou com 65 pessoas. Cada dia de atividades foi finalizado com apresentações culturais, com o objetivo de aproximar os brasilienses da arte circense. “O público foi aumentando ao longo dos dias, e, neste sábado, teremos o grande fechamento”, assinala Haickel. Participaram das atrações artistas do Brasil, de estados como São Paulo, Fortaleza e Rio Grande do Sul, e de países da América Latina, como Chile, Equador e Colômbia.
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