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Para a prevenção de acidentes, Jardim Botânico de Brasília substituirá pinheiros por árvores nativas

A partir de agosto, o Jardim Botânico de Brasília (JBB) inicia a retirada dos pinheiros (Pinus), das áreas de visitação, como estacionamento, piquenique e entorno das estufas. A ação está prevista no Plano de Manejo aprovado pelo Instituto Brasília Ambiental e tem o objetivo de proteger o bioma Cerrado e garantir a segurança dos visitantes. Os pinheiros são árvores exóticas, originárias do hemisfério norte, e se comportam como invasoras no Cerrado, ocupando áreas nativas, impedindo o desenvolvimento da flora local e comprometendo a biodiversidade. Além disso, as folhas (acículas) e a resina são altamente inflamáveis, o que aumenta o risco de incêndios florestais. O Jardim Botânico de Brasília ressalta que nenhuma árvore será retirada sem propósito. Todas as áreas terão o plantio de árvores nativas já adultas e um novo paisagismo | Foto: Lúcio Bernardo Jr./ Agência Brasília Um estudo conduzido no JBB alertou que, se não houver controle, os pinheiros podem tomar grandes áreas do Cerrado até 2030. Em 2023, um novo levantamento identificou 655 árvores de até 35 metros de altura na área de visitação, especialmente próximas ao estacionamento, estufas e áreas de piquenique. [LEIA_TAMBEM]O diretor-presidente do JBB, Allan Freire, destaca a importância da ação, tendo em vista a missão de proteção e conservação do bioma Cerrado: "A gente sabe o quanto os pinheiros fazem sombra e muita gente gosta de descansar e aproveitar o dia nesse local. Mas precisamos olhar além: essas árvores não pertencem ao Cerrado, matam a vegetação nativa e ainda aumentam o risco de incêndios. Vamos fazer essa retirada com responsabilidade, porque preservar o bioma Cerrado é a nossa missão, assim como cuidar da segurança dos nossos visitantes também.” Outro fator decisivo para a retirada é a segurança dos visitantes. Em dias de vento ou após chuvas, a queda dos pinheiros, bem como seus galhos secos e pinhas, pode ocasionar acidentes e danos materiais e aos frequentadores. Casos parecidos já levaram à remoção da espécie em outras cidades do Brasil e, recentemente, no Parque da Cidade, em Brasília. O Jardim Botânico de Brasília ressalta que nenhuma árvore será retirada sem propósito. Todas as áreas passarão por renovação, com o plantio de árvores nativas já adultas e um novo paisagismo para sombra, segurança e conforto dos visitantes. A campanha educativa “Pinheiros: por que vamos retirar?” está sendo promovida para ampliar o entendimento da sociedade sobre o tema. Durante os meses de julho e agosto, visitantes poderão tirar dúvidas por meio do canal oficial da Ouvidoria, além de acessar os materiais informativos no site e no Instagram oficial do órgão (@jardimbotanicodebrasilia). *Com informações do Jardim Botânico de Brasília

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Novas árvores do Parque da Cidade terão identificação por QR Code

As árvores recém-plantadas pelo Governo do Distrito Federal (GDF) no Bosque dos Pinheiros, no Parque da Cidade, serão identificadas por QR codes. Além da identificação, os códigos também trarão informações científicas e curiosidades sobre cada espécie nativa do Cerrado implantada no maior parque urbano da América do Sul. O início do plantio foi nesta quinta-feira (25), com a presença do governador Ibaneis Rocha. Etiquetas de classificação ajudam a promover mais interesse da população em conhecer as espécies | Foto: Divulgação Os frequentadores terão à disposição uma gama de dados sobre cada árvore, incluindo nome científico, sinonímia botânica, família biológica, nomes populares, tipo de crescimento, época de floração e colheita dos frutos, além de peculiaridades únicas de cada espécie. Projeto-piloto Os serviços de plantio das mudas são executados por equipes da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap). “A nossa ideia é trazer esse contato, esse interesse da população por conhecer melhor as espécies que estamos plantando no Parque da Cidade”, enfatiza o engenheiro florestal Tiago Alencar de Araújo. Segundo o servidor da Novacap, o modelo já é adotado em outros estados e será executado no parque como projeto-piloto. “Nosso diferencial para as outras unidades da Federação está na proporção, uma vez que pretendemos fazer a implementação em larga escala desses QR codes, expandido para todas as árvores da capital”, explica. Há, ainda, a previsão de adicionar outras funções. “Daqui a uns anos, quando a tecnologia estiver bem-consolidada, o objetivo será incorporar outras funcionalidades ao código, permitindo, por exemplo, agendar serviços de poda de árvores, se necessário”, adianta o engenheiro. Valorização do Cerrado [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Em agosto do ano passado, o GDF iniciou a supressão dos pinheiros espalhados pelo Parque da Cidade. A ação foi o pontapé inicial no processo de retomada do projeto original de paisagismo do parque, elaborado por Roberto Burle Marx (1909 – 1994), referência no paisagismo modernista no Brasil. Os pinheiros do parque tinham mais de 40 anos. Por não serem nativos do Cerrado, as espécies têm uma vida útil menor e uma presença prejudicial ao ecossistema. Após a retirada, espécies típicas e outras adaptadas ao bioma do DF serão plantadas no local. Ao todo, estão sendo plantadas 300 árvores de 11 diferentes espécies nativas do bioma. Veja abaixo a relação completa.  ? Pequizeiro – 6 mudas ? Pitangueira – 7 mudas ? Pau-brasil – 18 ? Louro-pardo – 25 ? Mutamba – 20 ? Ipê-branco – 45 ? Ipê-roxo – 40 ? Ipê-rosa – 30 ? Ipê-amarelo-peludo – 40 ? Ipê-caraíba (amarelo) – 50 ? Fisocalima – 19

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Primeira etapa da retirada dos pinheiros do Parque da Cidade é concluída

A operação do Governo do Distrito Federal (GDF) para retirar os pinheiros localizados nos estacionamentos 4 e 5 do Parque da Cidade Sarah Kubitschek teve a primeira etapa concluída. A fase consistia na supressão das 1.628 árvores que tinham sido plantadas há mais de 40 anos no local e apresentavam riscos aos frequentadores. Essa é a primeira fase para que o espaço receba o projeto original, que prevê um jardim criado pelo paisagista Roberto Burle Marx. A extração dos pinheiros teve início em 3 de agosto e se encerrou em 29 de setembro | Fotos: Divulgação/SEL-DF “Essa mudança é por uma questão de segurança para todos os frequentadores do parque. Os pinheiros eram árvores exóticas, com duração de vida de 20 anos e já estavam com 45. Em parceria com vários órgãos do GDF, iremos fazer o replantio de mais de 3 mil mudas de árvores nativas do Cerrado”, explica o secretário substituto de Esporte e Lazer, Renato Junqueira. A extração dos pinheiros teve início em 3 de agosto e se encerrou em 29 de setembro. Durante a ação, cerca de 50 pessoas atuaram removendo as árvores. Todo o material cortado está sendo conduzido e acondicionado no Viveiro da Novacap para que futuramente seja colocado em um leilão público. O valor arrecadado retornará aos cofres públicos do GDF. “Previmos essa retirada para acontecer em 90 dias e terminamos em tempo recorde. Essa foi a primeira etapa de cinco que acontecerão até a total conclusão da implantação do bosque. A segunda etapa – que já está acontecendo – é a limpeza da área, com a retirada de toda a madeira”, explica o chefe do Departamento de Parques e Jardins da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), Raimundo Silva. Próximas etapas A terceira etapa será o destocamento, previsto para ter início em 40 dias, quando todos os troncos, lenhas, galhos e pinhos tiverem sido retirados dos estacionamentos. O processo será feito para rebaixar os troncos que permaneceram no local devido à profundidade das raízes dos pinheiros. “É uma operação em que a gente traz uma máquina para cá para trabalhar na base que ficou, rebaixando até abaixo do nível do solo. A retirada do bosque seria drástica. Um toco desse aqui está a cinco metros de profundidade. Retirar daria mais trabalho e criaria um impacto maior para essa área”, explica Silva. Todo o material cortado está sendo conduzido e acondicionado no Viveiro da Novacap para que futuramente seja colocado em um leilão público Em seguida, o trabalho evoluirá para a criação dos berços. São as cavidades para a implantação das novas espécies que comporão o bosque. Elas terão um espaçamento diferente dos pinheiros, feitas em entrelinhas de 3 x 3 metros. A última etapa será o plantio de mudas previsto para o primeiro semestre de 2024, quando serão plantadas 3 mil espécies nativas do Cerrado. “Será um bosque exuberante, seguindo o projeto inicial de Burle Marx, com espécies sugeridas por ele em conjunto com aquilo que a gente produz no nosso Viveiro da Novacap. A ideia é trazermos árvores que tenham um crescimento rápido e que nos próximos cinco anos a gente tenha um bosque sombreando, mas que vai atingir o ápice a partir de 10 anos”, conta o chefe do Departamento de Parques e Jardins. Nova paisagem Frequentadora do parque desde a infância, a servidora pública federal Ezir Bezerra, 53 anos, elogia a ação do governo. “Acho importante, porque era um risco mesmo. Entendo que não sendo uma árvore nativa, ela oferece esse tipo de risco, e plantando árvores nativas e frutíferas, embora demore um pouco para gente ver o resultado, será bacana”, diz. Apesar das mudanças, o espaço não perderá a essência de espaço de convivência Ela conta que já sente falta dos pinheiros, mas espera suprir essa saudade admirando as novas espécies do espaço no futuro. “Vai ser uma coisa legal da gente vir aqui colher fruta no final do dia, do mesmo jeito que a gente vinha passear pelos pinheiros e sentir um pouco desse cheirinho bom de pinho que fica no ar”, comenta. O terapeuta Reider Zaidan, 52 anos, faz caminhada matinal todos os dias na pista que circunda o agora antigo Bosque dos Pinheiros. Apesar de sentir a ausência das árvores, ele avalia que o novo paisagismo trará benefícios. “Vai gerar uma energia para gente de alegria, paz e cura por meio das plantas e das árvores, porque é uma coisa que nós estamos interagindo no dia a dia”, afirma. “Se forem árvores frutíferas, então, vai ser melhor ainda”, acrescenta. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] O administrador do Parque da Cidade, Todi Moreno, diz que muitos frequentadores ainda se assustam com a retirada dos pinheiros, mas que é preciso reforçar a importância da ação. “Era algo que tinha que acontecer porque muitas pessoas estavam correndo risco nos estacionamentos 4 e 5. Sabemos que os pinheiros eram aparentemente saudáveis, mas os técnicos do Brasília Ambiental e da Novacap entenderam que realmente era um risco grande”, revela. Apesar das mudanças, o espaço não perderá a essência de espaço de convivência. Além do bosque, o local terá novos equipamentos públicos. Já as 25 churrasqueiras que foram retiradas durante a operação serão realocadas. “Todas as churrasqueiras serão restauradas, inclusive, estamos trabalhando na elaboração de um projeto para uma área de convivência para todos os frequentadores do parque”, define o secretário substituto de Esporte e Lazer.

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Mais de 1,3 mil pinheiros condenados já foram retirados do Parque da Cidade

A operação de retirada dos pinheiros do Parque da Cidade já contabiliza a extração de mais de 1.350 árvores em um mês de trabalho. Cerca de 50 pessoas atuam diariamente na supressão, remoção de troncos e de lenha, transportando o material por meio de seis carrocerias. A área da retirada é equivalente a 6,2 hectares, ou seja, de aproximadamente seis campos de futebol oficiais. Árvores retiradas estão sendo levadas para o Viveiro II da Novacap | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Os pinheiros cortados desde 3 de agosto têm sido armazenados no Viveiro II da Novacap, no Setor de Oficinas Norte, próximo à Água Mineral. De acordo com a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), os 6.126,46 m³ de madeira retirados seguirão para leilão público. [Olho texto=”“Era um local agradável, mas, devido ao risco de acidentes, a solução é a retirada desses pinheiros”” assinatura=”Leonardo Rangel da Costa, engenheiro florestal da Novacap” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A retirada dos pinheiros visa à segurança da população que frequenta o parque e também tem caráter de adequação ambiental. De acordo com o engenheiro florestal da Novacap Leonardo Rangel da Costa, muitas daquelas árvores, que possuem em média 27,7 metros de altura, apresentam risco de queda, rachaduras, buracos, ferimentos, fungos, brocas, cupins, entre outros problemas. “Nossa preocupação é entregar o parque com segurança para a população”, explica o engenheiro. “As árvores já estavam em declínio da sua vida. Era um local agradável, mas, devido ao risco de acidentes, a solução é a retirada desses pinheiros.” Segundo os técnicos, os pinheiros haviam sido plantados com a previsão de durar 20 anos no local, e muitos possuem 40 anos. Além disso, não são árvores típicas do Cerrado, apresentando, portanto, impacto negativo sobre outras espécies. Restauração da flora Fernando Salgueiro, que pedala no parque todos os dias: “Aqui estava perigoso com os pinheiros caindo, inclusive para as pessoas que ficavam na área das churrasqueiras” Segundo maior parque urbano do mundo, o Parque da Cidade Sarah Kubitschek terá o projeto original, criado pelo paisagista Roberto Burle Marx, retomado, com base em estudos técnicos junto ao Instituto Brasília Ambiental. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A proposta será colocada em prática após a supressão dos 1.628 pinheiros da área do bosque, localizado entre os estacionamentos 4 e 5. Após toda a retirada, será feito um plantio de espécies do Cerrado nos locais designados. Fernando Salgueiro, 61 anos, que pedala no Parque da Cidade todos os dias desde 1989, elogia a iniciativa. “Aqui estava perigoso com os pinheiros caindo, inclusive para as pessoas que ficavam na área das churrasqueiras”, aponta. O ciclista acrescenta que a retirada vai abrir espaço para o replantio de árvores com sombra. “O parque precisa, aqui é o Cerrado de Brasília”, define.

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Mais de 590 pinheiros já foram retirados do Parque da Cidade

O Governo do Distrito Federal (GDF) segue trabalhando na retirada de pinheiros do Parque da Cidade Sarah Kubitschek. Até esta segunda-feira (14), 598 exemplares do total de 1.628 haviam sido suprimidos. Cerca de 40 funcionários da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) estão envolvidos na ação, que ocorre desde o dia 3 deste mês. Os pinheiros que estão sendo retirados do Parque da Cidade, alguns com mais de 40 anos, estão tendo os troncos serrados e estocados no Pátio do Viveiro II, da Novacap, e serão futuramente leiloados | Foto: Divulgação/Novacap ?Os troncos das árvores estão sendo transportadas para o Pátio do Viveiro II, da Novacap, localizado no Setor de Oficinas Norte (SOFN). Futuramente, o material será leiloado e os recursos arrecadados irão para o Tesouro Nacional do Distrito Federal. A Novacap estima que serão retirados 6.126,46 m³ de madeira. Já a galhada é triturada e destinada às ações de compostagem da companhia. ?Os bosques dos pinheiros ficam entre os estacionamentos 4 e 5, próximo aos restaurantes Gibão e Alpinus e do Bosque da Borda, ocupando uma área equivalente a 6,2 hectares. A supressão ocorre devido ao risco de queda apresentados pelas árvores. A maioria têm, em média, 27,7 metros de altura e estão com rachaduras, buracos, ferimentos, fungos, brocas e cupins. Além disso, ultrapassam a vida útil prevista para a espécie: os pinheiros foram plantados para durar 20 anos, mas muitos dos que estão no parque somam 40 anos. [Olho texto=”“As árvores nesse bosque receberão adubação mensal e acompanhamento integral. A ideia é que no quinto ano já exista um sombreamento na área, enquanto a plenitude das árvores será atingida daqui a 10 anos”” assinatura=”Raimundo Silva, chefe do Departamento de Parques e Jardins” esquerda_direita_centro=”esquerda”] ?Com a medida, será retomado o projeto original do parque, elaborado pelo paisagista Roberto Burle Marx. Serão 29 polígonos de plantio arbóreo nos três bosques, com espécies típicas e outras adaptadas ao bioma do DF, bem como de grama da espécie batatais nessas áreas. Todos os procedimentos serão feitos observando as condições ambientais necessárias. ?O chefe do Departamento de Parques e Jardins (DPJ), Raimundo Silva, afirma que as novas mudas serão plantadas em meados de outubro, quando inicia-se o período chuvoso, junto ao Plano de Arborização Anual da Novacap. “As árvores nesse bosque receberão adubação mensal e acompanhamento integral. A ideia é que no quinto ano já exista um sombreamento na área, enquanto a plenitude das árvores será atingida daqui a 10 anos”, explica. Após a supressão, haverá a contratação do equipamento adequado para a retirada dos tocos, limpeza do local, abertura de berços para as mudas e o plantio em si. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] ?Foram instaladas placas sinalizando para o perigo de queda de galhos no espaço dos bosques, além de fitas e telas para impedir a circulação no local. O administrador do Parque da Cidade, Todi Moreno, ressalta a importância de evitar transitar na área. ?“É fundamental que o ciclista e o pedestre utilizem a faixa de pedestre e a ciclovia, mantendo distância de onde estão cortando as árvores para que não ocorra nenhum acidente”, afirma. “O mesmo vale para os motoristas. Evitem a faixa da direita. O Detran (Departamento de Trânsito do Distrito Federal) colocou sinalizações no local, orientando a usarem a faixa da esquerda, mas ainda há quem se arrisque”, completa. Até o momento, não há previsão de desvio no trânsito dentro do parque urbano. ?A decisão de suprimir as árvores foi tomada por um grupo de trabalho composto pelas secretarias de Esporte e Lazer (SEL) – que administra o Parque da Cidade – e de Cultura e Economia Criativa (Secec), pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) e pelo Instituto Brasília Ambiental – que elaborou o plano de manejo.

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Novas placas e podas de árvore reforçam segurança no Parque da Cidade

Quem visita a área dos pinheiros no Parque da Cidade certamente vai notar mudanças. Vinte e nove árvores que poderiam causar riscos foram erradicadas. Também foram instaladas 15 novas placas que advertem os visitantes sobre possíveis quedas de galhos ou de árvores na região, principalmente em caso de chuva e ventania, ou ainda devido ao uso de redes de balanço nos troncos. Área dos pinheiros recebeu placas com alertas para maior segurança dos frequentadores | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília O serviço abrangeu a área do Estacionamento 4, onde ficam o Bosque do Pinheiro e as churrasqueiras, pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) em parceria com o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) – responsável pela confecção das placas – e a equipe da administração do Parque da cidade. “Foi feito um estudo sobre quais placas deveriam ser colocadas. Optamos por três tipos que alertam sobre os ventos, os riscos de queda de galho e a proibição de amarrar qualquer tipo de objeto, como redes, nas árvores”, conta o chefe de Departamento de Parque e Jardins da Novacap, Raimundo Silva. [Olho texto=”“Por ser uma área de convívio comum, o Parque da Cidade possui regras, que vão da segurança à autorização para uso dos espaços. E, por meio da sinalização, contribuímos para assegurar que a população possa praticar esporte e lazer de forma segura”” assinatura=”Giselle Ferreira, secretária de Esporte e Lazer” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Instalados em áreas estratégicas, os alertas são necessários pela grande quantidade de pinheiros existentes no local, usado por visitantes para fazer churrasco, piqueniques, encontros e pequenas festas. “São árvores extremamente grandes e altas, com mais de 40 metros de altura. A árvore pode estar com um aspecto de normalidade, mas pode existir uma podridão interna, ou sob o solo, que não é detectável a olho nu, o que pode vir a causar acidente”, justifica. Outro motivo de atenção é a questão climática. Ventos e chuvas fortes costumam expor as árvores ao risco de queda. “A árvore é um ser vivo que pode sofrer intempéries e tem um grau de resistência”, completa. Segurança e informação “Foi de suma importância a colocação das placas para orientar os frequentadores a ter um local que proporcione segurança, com informação do que é permitido e do que é desaconselhado, como pendurar redes”, afirma o administrador do Parque da Cidade, Carlos Alberto Bougleux. Placas advertem para o risco de queda de galhos e informam sobre a proibição de uso de redes Já em relação à poda de árvores, Bougleux lembra que muitos pinheiros têm mais de 40 anos. “Com essa época de clima alterado, com rajadas de ventos fortes, essa manutenção está sendo semanal”, diz. As erradicações são feitas prioritariamente em árvores próximas a pistas de rolagem e às redes elétricas, e também nas áreas internas onde há as pistas de cooper e de ciclismo. A estudante Ca Ignes, 25 anos, notou as placas durante uma caminhada no local e gostou da ação. “Acho interessante, essencial, na verdade, até porque essa é uma área icônica, que a população usa bastante. A inclusão dessas placas foi bem legal”, definiu. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Os amigos Artemis Assunção, 23, e Euler Queiroz, 36, ambos engenheiros, também gostaram da iniciativa. “Acho superimportante esse alerta. Quanto mais informação, melhor”, ressalta Artemis. Euler vê as placas como uma ação de cuidado com os visitantes. “É mais segurança. É uma área com muitas árvores; até por isso ficamos sentados mais para cá”, diz, ao mostrar o espaço descampado escolhido para o encontro. “Por ser uma área de convívio comum, o Parque da Cidade possui regras, que vão da segurança à autorização para uso dos espaços. E, por meio da sinalização, contribuímos para assegurar que a população possa praticar esporte e lazer de forma segura. Essa é mais uma forma de levar qualidade de vida à população”, destaca a secretária de Esporte e Lazer, Giselle Ferreira.

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Jardim Botânico remove pinheiros para preservar o Cerrado

As árvores foram plantadas há mais de 50 anos, como experimento, mas estudos comprovaram os impactos negativos causados por essas espécies, que podem promover mudanças drásticas na flora nativa | Foto: Divulgação / JBB A equipe técnica do Jardim Botânico de Brasília (JBB) removeu mais de 100 pinheiros e eucaliptos presentes em uma área de 2,3 hectares da estação ecológica. A ação, prevista no plano de manejo da unidade, tem o objetivo de retirar essas espécies exóticas invasoras para controlar a disseminação e cumprir a principal missão do JBB, que é a proteção e manutenção do Cerrado. O plantio ocorreu há mais de 50 anos, como um experimento do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF) e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Muito tempo depois, estudos científicos comprovaram os impactos negativos causados por esse plantio, capaz de promover mudança estrutural e funcional da flora nativa. A diretora de vegetação e flora do JBB, Priscila Rosa, pontua que é preciso acompanhar o crescimento e propagação dos pinheiros e eucaliptos, pois, quando essas espécies encontram condições de se reproduzir, acabam se tornando dominantes. “Ainda na época do experimento, foram inseridas de seis a oito espécies diferentes na área da estação ecológica, e duas se adaptaram melhor: Pinus elliotti e Pinus oocarpa”, conta. “São essas que temos que controlar para garantir a conservação e restauração de formações de Cerrado”. Pesquisa científica Um projeto importante realizado em parceria com pesquisadores do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e da Universidade de Brasília (UnB) retirou pinheiros de outra área dentro da estação ecológica, e o resultado foi surpreendente. “O Cerrado se regenerou rapidamente graças ao plantio de sementes de espécies nativas”, comenta Priscila. “Os mutirões para retirada desses indivíduos serão feitos periodicamente para o cumprimento do nosso plano de manejo”. Ameaça à diversidade A iniciativa possibilitou o desenvolvimento de técnicas aplicadas ao manejo para melhorar a gestão e a conservação no interior de uma das áreas mais bem-conservadas do DF. Foi, ainda, uma oportunidade de realizar pesquisas de alto nível para produção científica e formação de profissionais, incluindo alunos de graduação e pós-graduação da UnB. A invasão biológica é considerada uma das maiores ameaças à biodiversidade. Isso acontece quando espécies são transportadas, por acidente ou de forma intencional, para fora de sua região de ocorrência nativa, e encontram condições de se reproduzir. No caso dos pinus do JBB, a competição é acirrada com o Cerrado, pois esses se tornam indivíduos adultos em três anos e já são capazes de espalhar sementes. “Algumas espécies do nosso bioma levam até 20 anos para se estabelecer e se desenvolver; um competidor mais forte acaba tomando o espaço”, explica Priscila. Combate aos incêndios Além dos problemas relacionados à dominação da área, a presença dessas espécies pode contribuir para a propagação de incêndios florestais. “Essa região específica é muito importante no combate às chamas, pois tem muitas rochas e não deixa o fogo subir para a área de visitação do Jardim Botânico”, atenta o gerente de preservação do JBB, Pedro Cardoso, lembrando que os pinus são altamente inflamáveis. “A vegetação nativa daqui é bem rala e, naturalmente, dificulta a propagação dos incêndios”. * Com informações do JBB

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