Programa projeta um ParCão em cada região administrativa do DF
Cada região administrativa do Distrito Federal terá uma área recreativa destinada a cachorros. Isso é o que estabelece o Decreto 45.882/2024, que regulamenta a Lei nº 6.829/2021 e institui o Programa Um ParCão por Região. A medida foi publicada no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) de terça-feira (11). O decreto prevê dois modelos de ParCão: um mais amplo, localizado nas áreas centrais das regiões administrativas, integrado a outros espaços públicos de lazer e esportes; e outro reduzido, destinado a localidades com maior restrição de espaço. Ambos os modelos serão equipados com estruturas para atividades físicas e recreativas, como gangorras, rampas, escadas e saltos simples. O decreto publicado no DODF prevê dois modelos de parcão | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília De acordo com o secretário do Meio Ambiente e Proteção Animal, Gutemberg Gomes, a implementação desses espaços é fundamental para o bem-estar dos animais e dos tutores. “Os ParCões proporcionarão um ambiente adequado para que os cães possam brincar, correr e socializar, o que é essencial para sua saúde física e mental”, afirmou Gutemberg. A subsecretária de Proteção Animal, Edilene Cerqueira, destacou a importância da regulamentação para a comunidade. “Com a regulamentação, podemos desenvolver estudos e planejamentos para o desenvolvimento do programa. Após tratativas com as administrações regionais, as áreas serão delimitadas. Este é um grande passo para a proteção animal no DF”, disse Edilene. Regras Os tutores são responsáveis pelos atos dos seus animais, devendo arcar com quaisquer danos causados O decreto estabelece normas claras para o uso de cada parcão, visando a segurança e bem-estar de todos os frequentadores. Entre as principais regras estão: proibição da entrada de animais que não sejam cães; proibição da entrada de cadelas no cio; cães devem estar acompanhados de seus tutores e com o protocolo vacinal completo; e proibição da entrada de raças destinadas à guarda ou ataque. Além disso, os tutores são responsáveis pelos atos dos seus animais, devendo arcar com quaisquer danos causados. Foi aprovado, na forma de anexo único do decreto, o Manual de Implantação para ParCão – Espaços Recreativos para Cães. O documento contém orientações detalhadas sobre os procedimentos e especificações a serem adotados para a implantação dos espaços nas regiões administrativas do DF. Parcerias O decreto também prevê parcerias entre o poder público e a iniciativa privada para a manutenção dos espaços, aquisição de brinquedos, sacos higiênicos, luvas descartáveis. A fiscalização e a manutenção do espaço ficarão a cargo da administração regional da cidade onde o parcão for instalado. O deputado Daniel Donizet, autor da lei, agradeceu o apoio do governador Ibaneis Rocha à causa animal no DF. “Ninguém faz nada sozinho e o governador, desde o início, abraçou a nossa bandeira, nos apoiando para alcançarmos muitas realizações em defesa dos direitos e bem-estar dos animais”, declarou Daniel. *Com informações da Sema-DF
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Primeira usina fotovoltaica pública vai abastecer 80 prédios do GDF
As demandas por maior economia na conta de luz e o apelo à sustentabilidade ambiental motivam milhares de pessoas a aderirem à energia solar. No Governo do Distrito Federal (GDF) não poderia ser diferente. Inaugurada pelo governador Ibaneis Rocha na manhã deste sábado (8), em Águas Claras, a primeira usina pública de energia solar fotovoltaica do Distrito Federal deu início à captação de energia para abastecer 80 prédios do Executivo local, uma economia prevista de R$ 1 milhão por ano aos cofres públicos. Na ocasião, também foi feita a assinatura do decreto que institui o programa Um ParCão por Região. Instalada em ponto estratégico, usina dispõe de 1.320 placas fotovoltaicas | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília “Temos muita preocupação com a questão da sustentabilidade e do desenvolvimento aliado à preservação ambiental. Esperamos avançar cada vez mais no Distrito Federal, garantindo energia sustentável” Governador Ibaneis Rocha “Brasília é uma cidade muito importante”, ressaltou o governador. “Nós temos aqui um dos maiores níveis de árvores do Brasil. Então, temos muita preocupação com a questão da sustentabilidade e do desenvolvimento aliado à preservação ambiental. Esperamos avançar cada vez mais no Distrito Federal, garantindo energia sustentável a uma população, graças a Deus, que corresponde. Brasília tem uma população muito educada, que nos orgulha muito.” Com o investimento de R$ 4,3 milhões, a usina dispõe de 1.310 placas fotovoltaicas instaladas em um ponto estratégico do Parque Ecológico Águas Claras. “O Distrito Federal está localizado em uma posição privilegiada de radiação solar”, lembrou o secretário do Meio Ambiente e Proteção Animal, Gutemberg Gomes. “A energia gerada será armazenada e vai gerar crédito para os órgãos, que poderão ser utilizados para descontar da conta de luz. Essa economia vai permitir que as pastas destinem o dinheiro para outros projetos ou iniciativas”. Novas placas solares Além da usina fotovoltaica em solo instalada no Parque Águas Claras, o GDF investiu em placas no telhado de três pontos do DF: o Parque Ecológico do Cortado, em Taguatinga, que abastece o Serviço Veterinário Público (Hvep); o Parque Ecológico de Guará Ezechias Heringer, no Guará, e o Parque Ecológico Dom Bosco, no Lago Sul. Ao todo, são 1.492 placas para abastecer os órgãos do governo. “Essa usina é um presente e vai beneficiar toda a população com a diminuição dos custos dos prédios públicos.” Mário Furtado, administrador de Águas Claras A usina é uma das principais entregas do projeto CITinova, uma parceria internacional entre o GDF e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), por meio da Secretaria do Meio Ambiente e Proteção Animal (Sema), com financiamento do Fundo Global para o Meio Ambiente, sob a coordenação nacional do Ministério de Ciência e Tecnologia (MCTI). O empreendimento é um marco para a região e representa um passo significativo na promoção de energias renováveis e na redução de custos para os cofres públicos. “Águas Claras é uma cidade de 128 mil pessoas”, lembrou o administrador da cidade, Mário Furtado. “Nossa densidade demográfica é a maior do DF, sendo 14 mil pessoas por metro quadrado. Essa usina é um presente e vai beneficiar toda a população com a diminuição dos custos dos prédios públicos.” Criada em 1992, a região administrativa está em expansão. A cidade será contemplada com a construção de uma unidade de pronto atendimento (UPA), e, futuramente, será beneficiada com uma escola classe (EC) na Quadra 101 e um centro educacional (CE) na Quadra 102, empreendimentos para os quais já se encontra em elaboração o processo licitatório. Impacto ambiental 962,77 MW/h Capacidade anual de geração de energia pelas placas fotovoltaicas As placas fotovoltaicas serão capazes de gerar um total de 962,77 MW/h por ano, o que equivale a uma economia anual de aproximadamente R$ 1 milhão aos cofres públicos. Os prédios do GDF que serão beneficiados incluem a sede da Sema, 34 unidades de conservação geridas pelo Instituto Brasília Ambiental e todas as edificações do Jardim Zoológico e do Jardim Botânico de Brasília, além de dez unidades escolares da Secretaria de Educação do DF (SEE), incluindo a Escola de Música de Brasília. “A minha geração causou muitos malefícios para o planeta, e cabe aos alunos o trabalho de recuperação do que foi destruído” Hélvia Paranaguá, secretária de Educação Segundo o diretor-presidente do Jardim Zoológico, Walisson Couto, a medida reduzirá em cerca de 90% o custo mensal de energia do equipamento público. “Com isso, poderemos usar o recurso público em outras áreas, como melhoria dos recintos, atendimento ao público e na criação de mais benefícios para a população também”, observou. A secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, afirmou que sustentabilidade é um tema discutido em sala de aula: “Os alunos sabem mais do que a gente. A educação ambiental é tratada dentro da escola para orientar os alunos em relação a como eles estão encontrando o planeta e o que eles podem fazer para mudar o status quo. A minha geração causou muitos malefícios para o planeta, e cabe aos alunos o trabalho de recuperação do que foi destruído. Então, é um dia importante para a educação, não só para o ambiente”. Economia aos cofres públicos Morador de Águas Claras, o aposentado Richard da Costa, 58, frequenta o parque diariamente e comemorou o trabalho do GDF: “Eu sempre passava por esse trecho e via as equipes trabalhando. Depois vi pela imprensa que seria uma usina pública. Isso é muito bacana até para incentivar outros prédios a fazerem a mesma coisa, afinal, é uma energia limpa e sustentável. Eu superapoio, e fiquei feliz de saber que o governo tem trabalhado nessas inovações”. O aposentado Luiz Antônio Starling, 69, destacou que a instalação das placas fotovoltaicas trouxe mais movimento para uma área que não era tão utilizada pelos visitantes. “A unidade de conservação de Águas Claras é linda, mas tem uns pontos onde não há tanto movimento”, apontou. “Ter trazido a usina para este local foi ótimo, porque incentiva a utilização do espaço público, além de conscientizar as pessoas que passarem por aqui”. Benefícios Os painéis solares são considerados uma fonte de energia limpa. Por meio das placas, é possível converter a luz solar em eletricidade sem emitir poluentes durante a geração de energia. As baixas emissões de carbono são um dos principais benefícios para quem decide investir na tecnologia. Os painéis não produzem dióxido de carbono (CO₂) ou outros gases de efeito estufa, que são os principais responsáveis pelo aquecimento global. Além disso, a energia solar é uma fonte renovável e inesgotável enquanto o sol existir, diferentemente dos combustíveis fósseis que são finitos. Outra vantagem é a versatilidade e acessibilidade dos painéis solares, que podem ser instalados em diferentes pontos, desde telhados de casas até grandes fazendas solares, tornando a energia solar acessível para diferentes necessidades e escalas de uso.
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