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Escritório Social oferece acolhimento e cidadania a egressos do sistema prisional

Lançado em junho de 2022, o Escritório Social do Distrito Federal já alcançou mais de 1.360 pessoas egressas e pré-egressas do sistema prisional com atendimentos voltados à reinserção no mercado de trabalho e ao acesso a políticas públicas. O equipamento dá continuidade aos serviços prestados pela Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap-DF), que atende os cidadãos que ainda estão inseridos no sistema prisional, e é vinculado à Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF) e ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ). “Por meio dessa ação, há a preparação e o encaminhamento do egresso às políticas públicas de cidadania e reinserção social, fundamentais para uma reintegração segura e com a proposta de minimizar os riscos de uma reincidência” Marcela Passamani, secretária de Justiça e Cidadania Todo o suporte do Escritório Social é gratuito e alcança também os familiares dos egressos e pré-egressos. Estes últimos são as pessoas que sairão do sistema prisional em até seis meses, enquanto os egressos são todos aqueles que já foram presos, independentemente do tempo ou data de reclusão. “O Escritório Social representa a união entre os órgãos de justiça, na oferta de dignidade e apoio às pessoas egressas do sistema prisional e seus familiares”, avalia a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani. “Por meio dessa ação, há a preparação e o encaminhamento do egresso às políticas públicas de cidadania e reinserção social, fundamentais para uma reintegração segura e com a proposta de minimizar os riscos de uma reincidência”, completa. Mais de 1.360 pessoas egressas e pré-egressas do sistema prisional já foram recebidas pelo Escritório Social com atendimentos voltados à reinserção no mercado de trabalho e ao acesso a políticas públicas | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília O espaço fica na sede da Funap, no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), e funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Para ser atendido, basta ir ao local nos horários indicados, sem necessidade de agendamento prévio ou vinculação a decisão judicial. Basta levar um documento original com foto e o CPF. “O Escritório Social dá continuação ao trabalho da Funap, porque a fundação atende o reeducando enquanto ele está em cumprimento de pena. A partir do momento que a pena dele acaba, nós deixamos de atender e começa o trabalho do Escritório Social”, esclarece a diretora executiva da Funap, Deuselita Martins. De acordo com a diretora executiva da Funap, Deuselita Martins, “o Escritório Social dá continuação ao trabalho da Funap, porque a fundação atende o reeducando enquanto ele está em cumprimento de pena. A partir do momento que a pena dele acaba, nós deixamos de atender e começa o trabalho do Escritório Social” A equipe é formada por uma coordenadora, duas assistentes sociais, uma assistente jurídica e um colaborador administrativo, que é reeducando. O espaço conta com sala de informática, sala de barbearia e sala de aula, que podem ser usadas por pessoas interessadas em prestar palestras e capacitações aos reeducandos. Para a coordenadora do Escritório Social, Maldaildes Divina de Jesus, o equipamento promove ânimo a quem já perdeu as esperanças. “O escritório social é um incentivo. Quando a pessoa acha que acabou, que não tem mais jeito e que não tem mais direito ao trabalho, o Escritório Social chega e mostra que nada disso é verdade. Mostra que todos temos direito ao trabalho e a começar tudo de novo”, ressalta. Ela acrescenta que a devolutiva dos cidadãos atendidos demonstra a importância do serviço realizado: “Alguns inclusive têm voltado e agradecido. Dizendo que o Escritório Social mostrou que é possível recomeçar.” A coordenadora do Escritório Social, Maldaildes Divina de Jesus, diz que o equipamento promove ânimo a quem já perdeu as esperanças: “O Escritório Social é um incentivo. Quando a pessoa acha que acabou, que não tem mais jeito e que não tem mais direito ao trabalho, o Escritório Social chega e mostra que nada disso é verdade. Mostra que todos temos direito ao trabalho e a começar tudo de novo” Acolhimento que importa Para o técnico de manutenção Ricardo Costa (nome fictício), 57 anos, o suporte do Escritório Social abriu um novo leque de possibilidades. Ele viveu por mais de dez anos na rua após terminar um casamento e, em determinado momento, foi inserido no sistema prisional. Em março, conheceu o equipamento público e conseguiu o tão sonhado emprego. “Cheguei aqui no dia 6 de março e, no dia 8, eu já estava trabalhando. Agora tenho meu endereço, meu cantinho. Morar na rua é uma situação muito difícil e eu não me conformava com aquilo. Hoje posso falar que estou trabalhando, é uma bênção de Deus”, desabafa. Como forma de agradecimento, ele escreveu a seguinte frase: “No Escritório Social doam amor, enxugam lágrimas e provocam sorrisos.” A assistente social Maria do Socorro Nunes Pinheiro afirma que os principais serviços prestados estão relacionados à procura por emprego e acesso a benefícios sociais: “Essas pessoas estão fora do mercado de trabalho há bastante tempo, então é complicado que voltem, é uma questão delicada” De 29 de junho de 2022, data de lançamento do equipamento, até esta quinta-feira (2), foram atendidas 1.366 pessoas, sendo estas egressas, pré-egressas ou familiares de pessoas nestas condições. No mesmo período, foram realizadas 183 visitas domiciliares com entrega de cestas básicas. Entre as pessoas atendidas, a maioria dos egressos e pré-egressos são homens. Já entre os familiares, destaca-se a presença de mães e esposas. Além disso, do total de pessoas atendidas, 14 são transexuais. A assistente social Maria do Socorro Nunes Pinheiro afirma que os principais serviços prestados estão relacionados à procura por emprego e acesso a benefícios sociais. “Essas pessoas estão fora do mercado de trabalho há bastante tempo, então é complicado que voltem, é uma questão delicada”, pontua. “Depois que a pessoa solicita o trabalho, nós analisamos o caso, visitamos o local em que ela mora e buscamos inseri-la no mercado”, completa. Se o egresso ou pré-egresso não puder comparecer ao escritório, um amigo ou familiar pode solicitar o suporte. “É o mesmo atendimento, nós buscamos entender aquele contexto e ajudar a pessoa da melhor forma. Também fazemos a escuta qualificada dessas pessoas e temos um grupo terapêutico”, acrescenta Pinheiro. A assistente administrativa Margarida Alves, 32, conheceu o equipamento em 2019. “Comecei trabalhando com serviços gerais e fui deixando o leque da minha vida aberto. Consegui me formar em recursos humanos no presídio e quero um dia trabalhar nessa área”, afirma. “Tudo que nós, egressos, precisamos, tem aqui no escritório. Eles me ajudaram. É o apoio social que pode mudar nossos destinos”, conclui. Serviço Escritório Social – Local: SIA Trecho 2 – 2º andar da Funap-DF – Horário: de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h – Telefones: (61) 3686-5097, (61) 3686-5063, (61) 3686-5059 – E-mail: esocial.funap@sejus.df.gov.br

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Com 400 dependentes químicos já atendidos, Acolhe DF dispõe de 330 vagas

Em um ano e três meses de existência, o Programa Acolhe DF atendeu 400 dependentes químicos e seus familiares. Atualmente, a Sejus dispõe de 330 vagas distribuídas em 12 comunidades terapêuticas parceiras, além de oferecer assistência psicossocial ativa, que pode ser individual ou coletiva, de forma presencial ou online. O programa Acolhe DF é executado pela Subsecretaria de Políticas de Enfrentamento às Drogas (Subed) da Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF). Um dos eixos da política de enfrentamento às drogas, o acolhimento é feito por meio de comunidades terapêuticas parceiras | Fotos: Renato Araújo/Agência Brasília A subsecretária de Enfrentamento às Drogas da Sejus, Gilce Santana Teles, falou da importância das três diretrizes básicas da política nacional de enfrentamento às drogas. “Nós temos eixos principais que são a prevenção, o acolhimento e a reinserção. Na prevenção, atuamos mais nas escolas, por meio de palestras e atividades que previnam a dependência química. No acolhimento, são 330 vagas sociais, distribuídas em comunidades terapêuticas que são parceiras do GDF, por meio de termos de parceria. As comunidades são fiscalizadas por servidores nossos. Essa é a política de acolhimento”, explicou. O tratamento em comunidades terapêuticas tem duração de seis a nove meses em média. Segundo Gilce, o GDF paga R$ 1 mil por paciente que esteja em tratamento em comunidade terapêutica. Subsecretária de Enfrentamento às Drogas da Sejus, Gilce Santana Teles afirma que a prevenção é feita principalmente nas escolas, por meio de palestras e atividades A subsecretária lembrou que não são todos os dependentes químicos que precisam de acolhimento em comunidades terapêuticas. Alguns recebem atendimento psicossocial. “Essas pessoas querem aquele encontro semanal, quinzenal para conversar com psicólogo, com assistente social”, explicou Gilce. De acordo com dados da Subed, existem hoje 40 dependentes químicos e familiares em atendimento ativo (frequentando regularmente os encontros) de forma presencial ou remota e sendo encaminhados para os diversos serviços públicos do GDF. Esse serviço não tem prazo para ser concluído, a pessoa pode ficar o tempo que for necessário na terapia. O atendimento psicossocial é mais procurado por mulheres. Já o acolhimento tem uma procura maior por parte de homens. As comunidades terapêuticas proporcionam um ambiente no qual o dependente químico volta a ter rotinas diárias e conta com apoio psicossocial antes da reinserção na sociedade O terceiro eixo do Acolhe DF, a reinserção, é o retorno da pessoa à sociedade. “Tentamos reinserir a pessoa com autonomia financeira e social. Encaminhamos para vagas de emprego, cursos de capacitação. Temos, por exemplo, uma parceria com o RenovaDF”, explicou. Mais uma chance Há 23 dias na comunidade de acolhimento Salve a Si, B.S., 32 anos, que foi usuária de álcool por 17 anos e crack por sete anos, acredita que agora conseguirá fazer parte do grupo de menos de 50% dos usuários que conseguem deixar a dependência. No momento, ela busca voltar a ter rotinas como tomar café da manhã, banho, fazer comida e almoçar. “Quando estamos usando drogas, não temos nenhum tipo de rotina. Já cheguei a ficar uma semana sem tomar banho”, lembra. B. está no momento cuidando da horta da comunidade. Ela sonha em voltar para perto dos filhos de 13 anos, 11 anos, dois anos e meio e um ano e cinco meses, ter um emprego e moradia. Fundador da comunidade de acolhimento Salve a Si, Henrique França destaca o tratamento integrado e multifacetado oferecido aos dependentes químicos Henrique França, fundador do Salve a Si, disse que o objetivo maior da entidade é ajudar o dependente químico a livrar-se da dependência por meio de um modelo de tratamento integrado e multifacetado, em que vários profissionais atuam, como psiquiatra, psicóloga e assistente social”, explicou. A Salve a Si existe há 22 anos, 14 dos quais trabalhando com homens e, nos últimos dois anos e meio, com mulheres. Quem quiser ser atendido pelo Acolhe DF deve entrar em contato com o programa por meio do telefone (61) 98314-0639. A atual estrutura da Subed existe desde 2019. As parcerias com as comunidades terapêuticas foram firmadas com a Sejus em 2018, para serem executadas em cinco anos, de 2019 a 2023. O Acolhe DF veio em 2021, para complementar o serviço prestado, oferecendo à comunidade apoio psicossocial, com especialistas como psicólogos, assistentes sociais, pedagogos e agentes sociais.

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Brasília Ambiental amplia contrato com a Funap

A relação contratual do Brasília Ambiental com a Funap tem mais de uma década. Visa à reeducação e reinserção social/profissional dos sentenciados | Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília O presidente do Instituto Brasília Ambiental, Cláudio Trinchão, assinou, nesta semana, contrato ampliando o quadro de prestadores de serviços da Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap) no órgão ambiental. O objetivo, segundo o gestor, é que esses trabalhadores atuem na manutenção predial e na força-tarefa de recuperação dos parques e Unidades de Conservação. O contrato antigo previa até 15 reeducandos da Funap trabalhando com o instituto. Já o novo contrato amplia esse número para até 45 reeducandos. “O objetivo do acréscimo é darmos mais efetividade aos trabalhos nas Unidades de Conservação, tanto na manutenção predial como roçagem, apoio nos aceiros, serviços hidráulicos e elétricos, enfim, todo tipo de manutenção necessária a essas unidades”, explica Cláudio Trinchão. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”centro”] A relação contratual do órgão ambiental com a Funap é histórica e tem mais de uma década. Visa à reeducação e reinserção social/profissional dos sentenciados. Funciona com a definição pelo órgão das suas necessidades e com a tentativa da fundação de selecionar pessoas, no seu banco de dados, com o perfil mais próximo possível do solicitado. O chefe da Assessoria Técnica da Administração Geral do Instituto, Rogério de Castro, esclarece que esses trabalhadores poderão atuar também nos serviços auxiliares administrativos, de recepção, copa e serviços gerais na sede. A lotação é sempre designada pela Comissão Executora do contrato. “Temos consciência de que não é uma mão de obra especializada, mas podemos encontrar pessoas que têm alguma qualificação e que consigamos capacitá-los para alguma atividade”, afirmou. Resultados positivos Segundo o Brasília Ambiental, a parceria é considerada um sucesso. O contrato tem dado resultados positivos para ambos os lados. A força de trabalho da Funap sempre foi muito importante para a autarquia. Há históricos de reeducandos que foram bem capacitados, durante o período do contrato e que chegaram a ser contratados por pessoas que trabalhavam naquela área em que estavam atuando no órgão. “Lembro-me de um que foi muito capacitado para trabalhar como eletricista e bombeiro hidráulico, sendo contratado. Temos alguns bons exemplos de reinserção social e profissional”, destaca Castro. *Com informações do Instituto Brasília Ambiental

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