Estudantes da rede pública terão ações pedagógicas em espaços culturais e museus públicos
Foi publicada no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta segunda-feira (19) a portaria que institui o Projeto Territórios Culturais, uma parceria entre a Secretaria de Educação (SEEDF) e a Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF). A iniciativa visa promover o desenvolvimento de ações pedagógicas para o fomento da Política de Educação Patrimonial no âmbito dos equipamentos públicos da Secec. O Projeto Territórios Culturais visa promover visitas mediadas e ações pedagógicas em espaços culturais e museus públicos | Foto: Mary Leal/ SEEDF O Projeto Territórios Culturais tem como objetivo promover visitas mediadas e ações pedagógicas com base nas concepções vinculadas às Políticas Públicas de Educação Patrimonial e na perspectiva da educação integral. O intuito é que os estudantes da rede pública de ensino construam redes de saberes por meio da ampliação do conhecimento sobre o patrimônio cultural do DF. Parcerias Os territórios culturais são espaços culturais e museus públicos geridos pela Secretaria de Cultura e utilizados para o desenvolvimento de ações integradas do equipamento e seu território. O objetivo é contribuir para a construção da educação patrimonial a partir das noções de identidade, memória e pertencimento. A SEEDF disponibilizará servidores da carreira de magistério público para atuar nos territórios culturais indicados pela Secec. A educação patrimonial busca o ensino da prática social com foco no desenvolvimento integral do indivíduo, considerando a identidade em sua relação com os bens culturais de natureza material e imaterial, bens naturais, paisagísticos, artísticos, históricos e arqueológicos, com o objetivo de potencializar o processo de ensino-aprendizagem e a preservação da memória. Territórios Culturais Inicialmente, a portaria estabelece como territórios culturais o Museu Nacional da República, no Conjunto Cultural da República; o Museu do Catetinho; o Memorial dos Povos Indígenas; e o Cine Brasília. Além desses locais, poderão ser utilizados, em caráter excepcional, o Centro Cultural Três Poderes (constituído pelo Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, pelo Espaço Lúcio Costa, o Museu Histórico de Brasília e o Espaço Oscar Niemeyer), o Museu Vivo da Memória Candanga e a Biblioteca Nacional de Brasília. *Com informações da Secretaria de Educação
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Encontro debate educação museal e territórios culturais
A 22ª Semana Nacional de Museus (SNM) teve início nesta segunda-feira (13), com o propósito de reunir educadores para discutir educação museal e territórios culturais, fortalecendo a interação desses espaços com a sociedade e a Educação. A abertura, em Brasília, promoveu sessões de conversa entre educadores sobre esses temas e incluiu uma visita mediada à exposição “Os Ventos que Hão de Vir”, no Museu Nacional da República do Distrito Federal. “Esta é uma semana especial que acontece em todo o país, em celebração ao Dia Nacional do Museu (18 de maio), buscando fortalecer a relação entre museus, educação e pesquisa, reconhecendo sua importância no desenvolvimento educacional e cultural da comunidade” Érica Martins, diretora de Educação em Tempo Integral Estiveram presentes na cerimônia a diretora de Educação em Tempo Integral do Distrito Federal (SEEDF), Érica Soares Martins; a professora Martita Icó, abordando a conexão entre a educação no DF e a pesquisa realizada no Museu da Educação; a professora Alessandra Bittencourt, que tratou dos territórios culturais; a historiadora da Universidade de Brasília (UnB) Renata Almendra; a professora e museóloga do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), Marielle Costa; além do professor, pesquisador e escritor Wélcio de Toledo, da Subsecretaria de Educação Integral (Subin) da SEEDF, entre outros convidados. “Esta é uma semana especial que acontece em todo o país, em celebração ao Dia Nacional do Museu (18 de maio), buscando fortalecer a relação entre museus, educação e pesquisa, reconhecendo sua importância no desenvolvimento educacional e cultural da comunidade”, afirmou Érica Martins, diretora de Educação em Tempo Integral da SEEDF. Encontro reuniu supervisores pedagógicos, profissionais que desenvolvem ação educativa nos territórios culturais e entusiastas da cultura | Foto: Mary Leal/SEEDF Érica também destacou a participação dos estudantes da rede pública de ensino. “Durante a semana, os territórios culturais que integram nossa portaria conjunta com a Secretaria de Cultura receberão os estudantes da rede de ensino, onde será enfatizado o papel dos museus na pesquisa e educação sobre os territórios culturais. As visitas propõem atividades pedagógicas mediadas por professores cedidos à Secec por meio do Projeto Territórios Culturais”, afirmou. A Semana Nacional de Museus é um evento cultural coordenado pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), que ocorre anualmente em comemoração ao Dia Internacional dos Museus, celebrado em 18 de maio. Neste ano, o tema escolhido foi “Museus, Educação e Pesquisa”. Em Brasília, o encontro é resultado de uma parceria entre a Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF), Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), o Ibram e a UnB. Sessão de Conversa A sessão de conversa contou com a presença do professor Wélcio de Toledo, da historiadora Renata Almendra e da coordenadora de Museologia Social e Educação do Ibram, Marielle Costa. “Territórios culturais representam mais do que meros equipamentos públicos de cultura. São espaços de identidade, memória e conhecimento. Vão além de uma simples visita ao museu, tornando-se espaços de formação”, destacou Renata. “É através desse diálogo entre o professor da Secretaria de Educação, inserido em um equipamento cultural, dentro de um projeto mais amplo, que a educação museal se fortalece”, concluiu. Programação – 15/5, das 9h às 11h: Memorial dos Povos Indígenas – 16/5, das 9h às 11h: Museu do Catetinho *Com informações da SEEDF
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Projeto aproxima estudantes de espaços culturais no DF
O projeto Territórios Culturais anuncia a temporada 2022. A iniciativa oferece uma dimensão pedagógica alternativa, que amplia as possibilidades de ensino e aprendizagem visando a integração entre as unidades escolares e os territórios culturais do Distrito Federal. Por meio do projeto, estudantes da rede pública participam de ações em seis espaços da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), com orientações de professores da Secretaria de Educação (SEE) sobre vários assuntos, como artes, história, sociologia e geografia. Programa educativo no Museu Nacional da República (MUN) estimula a reflexão sobre conceitos fundamentais na educação patrimonial – identidade, pertencimento, cidadania e cuidado | Fotos: Divulgação/Secec [Olho texto=”“Vivemos na capital do país, patrimônio da humanidade. É importante que os estudantes compreendam não só a magnitude desse título, mas, sobretudo, o que é ser cidadão numa cidade-patrimônio” – Bartolomeu Rodrigues, secretário de Cultura e Economia Criativa” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] “Vivemos na capital do país, patrimônio da humanidade. É importante que os estudantes compreendam não só a magnitude desse título, mas, sobretudo, o que é ser cidadão numa cidade-patrimônio”, observa o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues. “Territórios Culturais têm a missão de promover, por meio do processo de imersão patrimonial e reflexão crítica, uma educação inclusiva que desperte nos nossos estudantes a identificação com os bens culturais, artísticos e históricos do DF”, reforça o subsecretário do Patrimônio Cultural da Secec, Aquiles Brayner. Aquiles lembra que a iniciativa fomenta aprendizagem sobre o patrimônio cultural de forma “dinâmica e participativa, em que as temáticas trabalhadas refletem as questões e peculiaridades de cada equipamento envolvido”. Os espaços que fazem parte do projeto são Museu Nacional da República, Catetinho, Museu Vivo da Memória Candanga, Conjunto Cultural Três Poderes, Memorial dos Povos Indígenas e Cine Brasília. Pedagoga e analista de atividades culturais da Secec, Alessandra Lucena Bittencourt, que atua na coordenação técnica e acompanhamento do projeto, elogia o perfil dos docentes selecionados. Os candidatos passam por prova de títulos e entrevista. “Há professor de história, pedagogia, sociologia, artes e outras áreas, alguns com duas formações, mestrado, doutorado. São profissionais que têm interesse por pesquisa.” Catetinho virtual No segundo semestre do ano passado, o professor Ramón Ribeiro Barroncas realizou atendimentos online sobre o Catetinho Atuante no Catetinho, o professor de história e mestre na disciplina, Ramón Ribeiro Barroncas, trabalhou em atendimentos online, de uma hora de duração, no segundo semestre do ano passado. “A visitação virtual era projetada em tempo real no espaço da unidade escolar que havia agendado o atendimento. Os estudantes tinham a oportunidade de conhecer a história do Catetinho e fazer um passeio tridimensional ao território com a ajuda de ferramentas digitais”, relata. [Olho texto=”“Sinto-me orgulhoso de trabalhar nesse projeto que concilia cultura e educação. Entrei no Territórios Culturais no ano passado e, aos poucos, crio o programa educativo desse espaço, templo do cinema brasileiro” – Ronivan de Sousa Vieira, professor lotado no Cine Brasília” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Entre estudantes do ensino fundamental e do médio, o projeto recebeu 1.238 estudantes em 2021, divididos pelas 10 regionais de ensino que participaram da visitação virtual. “Eles se mostraram bastante participativos, com muitos questionamentos e demonstrando muita vontade de conhecer presencialmente o espaço”, informa. O Catetinho está passando por manutenção e reforma e continua fechado até a segunda quinzena de abril. Mobiliário, utensílios, livros e objetos que fazem parte da mostra permanente no local, num total de 466 itens, foram guardados temporariamente no Centro de Dança. O equipamento, pelo fato de ser de madeira e não poder ser sanitizado adequadamente a fim de evitar a transmissão da covid-19, foi mantido fechado até o surgimento de novos protocolos que já permitem sua liberação após a reforma. Lotado no Cine Brasília, o professor e artista multimídia Ronivan de Sousa Vieira é mestre em artes cênicas, pela Universidade Nova de Lisboa, de Portugal, e especialista em videografia pela francesa Université Bordeaux Montaigne. “É uma realização como artista e professor. Sinto-me orgulhoso de trabalhar nesse projeto que concilia cultura e educação. Entrei no Territórios Culturais no ano passado e, aos poucos, crio o programa educativo desse espaço, templo do cinema brasileiro”, diz. No início de março, o professor Ronivan de Sousa Vieira exibiu o filme Eduardo e Mônica com legendas e intérprete de Libras Durante a pandemia, Ronivan conta que experimentou levar o objeto do Cine Brasília até as escolas. Numa espécie de “cinema na mochila”, como ele diz, o professor visitava as unidades agendadas e exibia filmes brasileiros, realizava debates ao final e desenvolvia projetos de cinema-educação com alunos e professores. “Apesar das restrições da covid-19, conseguimos atender a muitas unidades escolares”, comemora. Ronivan, em sua prática pedagógica, discute com os estudantes a importância do Cine Brasília como patrimônio cultural, estabelece a relação do espaço com a criação da capital e das quadras-modelo lá existentes (SQS 107, 108, 307 e 308), e discorre sobre o papel do cinema na história da cidade. “Percebo que a maioria dos alunos nunca havia ido ao Cine Brasília ou mesmo ao Plano Piloto, e por isso tenho tentado, por meio de dinâmicas pedagógicas, fomentar a aproximação e a identificação dos alunos com esse território que, para muitos deles, é estranho e distante”, elabora. No início de março, Ronivan exibiu o filme Eduardo e Mônica com legendas e intérprete de Libras. “Foi maravilhoso. Pudermos incluir os alunos surdos que são, muitas vezes, excluídos das atividades culturais”. O docente atendeu cerca de 400 alunos dos Centros de Ensino Médio (CEM) 2 e 4 de Sobradinho e CEM 2 do Guará. ‘Museu voador’ Doutora e mestra em arte pela Universidade de Brasília (UnB) e especialista em Gestão Escolar, Leísa Sasso é responsável pelo programa educativo no Museu Nacional da República (MUN). Ela usa uma metodologia que media o processo de aprendizagem com o uso criativo de impressões e informações. Leísa provoca os visitantes no Museu Nacional com questões que estimulam a reflexão sobre conceitos fundamentais na educação patrimonial – identidade, pertencimento, cidadania e cuidado. Leísa Sasso, doutora e mestra em arte pela UnB e especialista em Gestão Escolar, é responsável pelo programa educativo no Museu Nacional da República Olhar para o céu de Brasília com o objetivo de reproduzi-lo a partir de um estudo de cores; pensar na estrutura do museu como a de uma oca, cujas janelas para o mundo são os quadros; ou a de um disco voador que pode transportar os jovens usuários para outros lugares estão entre as vivências pedagógicas sugeridas pela professora. Docente de arte-educação e servidora da Educação desde 1991, Renata Azambuja frisa que projetos culturais constituem um eixo transversal (um recorte combinando conhecimentos de várias áreas), que usa o patrimônio – material e imaterial, tombado ou não – para produzir vínculos de identidade, memória e pertencimento. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Renata destaca ainda que o termo “território” também é especial. Significa espaço vivenciado, em que sujeitos se reconhecem, se localizam e pensam sobre o lugar onde moram. Ela festeja a parceria entre Cultura e Educação. “É importantíssima! Fazemos um trabalho em rede que gera vínculos institucionais mais fortes”. Territórios Culturais Para solicitar o agendamento, é necessário preencher o formulário disponível online – clique aqui – e aguardar o retorno dos professores do projeto. – Museu Nacional da República: 3325-5220 / museu@cultura.df.gov.br – Museu do Catetinho: 3338-8803 / educativo.catetinho@cultura.df.gov.br – Memorial dos Povos Indígenas: 3306-2874 / 3344-1155 / educativo.mpi@cultura.df.gov.br – Cine Brasília: 3325-7777 / cinebrasiliaeducativo@cultura.df.gov.br – Conjunto Cultural Três Poderes: 3322-7025 / agendamento.cc3p@cultura.df.gov.br – Museu Vivo da Memória Candanga: 3327-2145 / mvmc@cultura.df.gov.br *Com informações da Secretaria de Cultura
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