Evento encerra Setembro Verde com pacientes, familiares e profissionais de saúde reunidos
Diagnosticada com hepatite autoimune em 2007, a professora aposentada Maria Alice de Souza, 53 anos, recebeu um novo fígado há 12 anos. “A doação de órgãos me deu um tempo inestimável e me transformou depois de processos de espera e de recuperação difíceis”, revela. Maria Alice se recorda do passado e do esforço para se sentir bem outra vez. Hoje, não esquece de tomar os remédios e segue vigilante ao ritual de cuidados que irão acompanhá-la para sempre. “O transplante é um tratamento, por isso, é preciso ingerir as medicações continuamente. É um procedimento que, por si só, modifica a vida, mas temos que fazer a nossa parte”, ressalta. Em evento, o ICTDF comemorou histórias como a de Maria Alice de Souza e de tantos outros pacientes transplantados | Fotos: Matheus Oliveira/Agência Saúde DF Com o fígado em funcionamento, Maria reconhece que só leva a vida normal de hoje porque alguém aceitou doar os órgãos. “Não há um dia em minha vida que eu não agradeça à família que aceitou a escolha de alguém que se foi. É complicado: ao mesmo tempo em que meus familiares choravam pela incerteza da minha sobrevivência — e depois celebravam o novo fígado —, um outro lado chorava a perda de uma pessoa amada. Em meio à dor, eles ainda tiveram a coragem e a generosidade de autorizar a doação que iria me salvar”, conta. Celebração Maria Alice de Souza: “Não há um dia em minha vida que eu não agradeça à família que aceitou a escolha de alguém que se foi" Para comemorar histórias como a de Maria Alice e de tantos outros pacientes transplantados, o Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal (ICTDF) realizou, na última quinta-feira (25), um evento em alusão ao Setembro Verde. “Quando um paciente transplantado recebe a oportunidade de uma nova vida, todos nós também ganhamos uma nova perspectiva”, afirma o assessor de Mapeamento e Estratégia Assistencial da Secretaria de Saúde, Lucimir Henrique Pessoa Maia. Processo de transplantes [LEIA_TAMBEM]Para que um paciente seja inscrito na lista de espera, é necessário passar por uma avaliação médica com profissionais autorizados. Após a confirmação da necessidade de um novo órgão, a pessoa será inserida na lista única do Sistema Nacional de Transplantes (STN). Na capital federal, a Central Estadual de Transplante (CET-DF) coordena todo o processo de transplantes, desde o gerenciamento do cadastro de receptores até a logística e a distribuição dos órgãos. A lista é nacional e o gerenciamento passa pelo SUS, ainda que alguns transplantes possam ser realizados na rede complementar. Atualmente, o DF realiza transplantes de coração, rim, fígado, pele, córnea, medula óssea, válvula cardíaca e músculo esquelético. Na rede pública, o Hospital Regional da Asa Norte (Hran) é a referência para transplantes de pele. Outros procedimentos passam pelas equipes do Hospital de Base (HB-DF), Hospital Universitário de Brasília (HUB) e ICTDF. Já o Hospital da Criança de Brasília (HCB) é responsável pelo transplante de medula óssea autólogo pediátrico. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Aeronave do Detran-DF faz o transporte do 21º coração para transplante
Na tarde desta quarta-feira (18), a tripulação da aeronave do Departamento de Trânsito do Distrito Federal, Sentinela, participou mais uma vez do traslado de um órgão para transplante em parceria com a Central Estadual de Transplantes. Trata-se do 21º coração transportado este ano pela autarquia. O órgão, vindo de Goiânia (GO), chegou ao DF por um voo da Força Aérea Brasileira e, da Base Aérea de Brasília até o Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal, no Cruzeiro, o traslado ficou sob a responsabilidade da equipe da Unidade de Operação Aérea do Detran-DF. O Detran tem desempenhado um papel essencial no salvamento de vidas, seja em operações terrestres, seja em aéreas | Foto: Divulgação/Detran-DF “Quando acionados, atuamos com máxima agilidade para atender aos chamados da Central de Transplantes, conscientes de que cada segundo é crucial. A eficiência no processo de captação e transporte de órgãos é determinante para a qualidade do material e o sucesso da cirurgia”, ressalta Takane Kiyotsuka, diretor-geral do Detran. A autarquia tem desempenhado um papel essencial no salvamento de vidas, seja em operações terrestres, seja em aéreas. Os responsáveis pelo voo de hoje foram o comandante Ricardo Timóteo, o copiloto Sergio Dolghi, e o operador aerotático, Fernando Garrido. A parceria entre Detran-DF e a Central Estadual de Transplantes existe desde 2015 e tem garantido a agilidade necessária ao aproveitamento dos órgãos nos transplantes realizados no Distrito Federal. Até o momento, já foram transportados 77 corações pelo Detran-DF, sendo 21 só este ano, 6 fígados, 6 córneas e um rim. *Com informações do Detran-DF
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Aeronave do Detran-DF faz o transporte do 20º coração para transplante em 2024
Na tarde desta terça-feira (3), a tripulação da aeronave do Departamento de Trânsito do Distrito Federal, Sentinela, participou mais uma vez do traslado de um órgão para transplante em parceria com a Central Estadual de Transplantes. Trata-se do 20º coração transportado este ano pela autarquia. O órgão, vindo de Londrina (PR), chegou ao DF por um voo da Força Aérea Brasileira e, da Base Aérea de Brasília até o Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal, no Cruzeiro, o traslado ficou sob a responsabilidade da equipe da Unidade de Operação Aérea do Detran-DF. A parceria entre Detran-DF e a Central Estadual de Transplantes tem garantido a agilidade necessária ao aproveitamento dos órgãos nos transplantes realizados no Distrito Federal | Foto: Divulgação/Detran-DF A parceria entre Detran-DF e a Central Estadual de Transplantes existe desde 2015 e tem garantido a agilidade necessária ao aproveitamento dos órgãos nos transplantes realizados no Distrito Federal. Até o momento, já foram transportados 76 corações pelo Detran-DF, sendo 20 só este ano, seis fígados, seis córneas e um rim. “Sempre que acionados, agimos com a maior celeridade para atender ao chamado da Central de Transplantes, pois sabemos que cada segundo é muito importante nessa ação, já que o procedimento eficiente de captação e transporte do órgão influencia diretamente na qualidade do mesmo e no sucesso da cirurgia”, destaca o diretor-geral do Detran, Takane Kiyotsuka. A autarquia tem colaborado para salvar muitas vidas tanto em ações em terra quanto no ar. Os responsáveis pelo voo de hoje foram o comandante Sergio Dolghi, o copiloto Ramon Chagas e o operador aerotático Fernando Avelar. *Com informações do Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF)
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Viaturas garantem agilidade no transporte de coração e fígado para transplante, nessa quinta (14)
Na noite desta quinta-feira (14), mais um coração e um fígado foram transportados com o auxílio do Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF). Desta vez, o translado foi realizado por via terrestre, devido às condições climáticas, que não permitiram o uso do helicóptero da autarquia. Somente em 2024, o Departamento de Trânsito do Distrito Federal transportou 19 corações e dois fígados para transplantes | Foto: Divulgação/Detran-DF Os órgãos vieram de Goiânia, e a agilidade no transporte, da Base Aérea de Brasília até o Setor Hospitalar Sul, ficou por conta das equipes de policiamento e fiscalização de trânsito do Detran-DF, que abriram caminho para a ambulância de forma segura, considerando a forte chuva e a pista molhada. “No meio da tarde, recebemos a informação de que esses órgãos chegariam à noite e, prevendo que não seria possível realizar o transporte por via aérea, organizamos as equipes da Unidade de Operações Aéreas para que o deslocamento em solo fosse realizado sem prejuízos na agilidade”, explicou o chefe da Unidade de Operações Aéreas do Detran-DF, Sérgio Dolghi. A celeridade no procedimento de captação e transporte de órgãos para transplante influencia diretamente no sucesso da cirurgia. Por isso, a Central Estadual de Transplantes firmou parceria com o Detran-DF em 2015 e, desde então, já foram transportados 75 corações. Somente este ano, foram transportados 19 corações e dois fígados, garantindo a agilidade indispensável para o aproveitamento dos órgãos nos transplantes realizados no Distrito Federal. *Com informações do Detran-DF
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Setembro Verde: Doação de órgãos salva vidas
A Campanha Setembro Verde, celebrada nesta sexta-feira (27), tem por objetivo chamar a atenção para a doação de órgãos. A data tem o objetivo de conscientizar sobre a importância desse ato e incentivar a conversa familiar aberta sobre esse gesto de esperança e solidariedade, já que a autorização é feita pela família. O mote da campanha do Ministério da Saúde (MS) deste ano é “Doação de órgãos: precisamos falar sim”, que alerta para o diálogo e desmistificação do assunto. Cerca de 66,2 mil pessoas aguardam na lista de espera por um órgão no Brasil. A lista para transplantes é única e vale tanto para pacientes do SUS quanto da rede privada. No Distrito Federal (DF), são 1,6 mil pessoas no aguardo: 801 por rins, 732 por córneas, 44 por coração e 23 por fígado. Até agosto deste ano, foram realizados 545 transplantes, sendo 207 de córnea, 177 de órgãos (incluindo rim, fígado e coração) e 161 de medulas ósseas. Campanha Setembro Verde tem o objetivo de conscientizar sobre a importância desse ato e incentivar a conversa familiar aberta sobre esse gesto de esperança e solidariedade | Foto: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF Desde 2007, foram realizados mais de 400 transplantes de coração no DF. O cirurgião e chefe do transplante cardíaco do Instituto de Cardiologia e Transplantes do DF (ICTDF), Fernando Atik, destaca que a campanha é necessária para esclarecer e sensibilizar sobre doação. “O transplante cardíaco é o tratamento padrão ouro para pacientes com insuficiência cardíaca avançada e aumenta a sobrevida neste grupo de pacientes com melhoria substancial da qualidade de vida e da capacidade física e funcional”, aponta. De acordo com o Registro Internacional de Transplante de Coração e Pulmão, a sobrevida após o transplante de coração é de 13 anos, em média. Alguns critérios podem fazer o receptor ter prioridade na lista, como pacientes com maior gravidade no quadro de saúde, por exemplo, uma vez que a condição clínica inspira maior cuidado. Também é levado em conta a impossibilidade de diálise, para pacientes renais; a insuficiência hepática aguda grave, entre doentes do fígado; a assistência circulatória, para cardiopatas; e a rejeição a órgãos recém-transplantados, além de tipagem sanguínea, compatibilidade genética, peso e altura do paciente. Caso dois pacientes atendam aos mesmos critérios, é respeitada a ordem de entrada na lista. Doadores Há dois tipos de doador: O doador vivo que pode doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea ou parte do pulmão. O segundo tipo é o doador falecido. São vítimas de lesões cerebrais irreversíveis, com morte encefálica comprovada pela realização de exames clínicos e de imagem. A técnica de enfermagem Rita de Kassia de Souza Santos autorizou a doação de rins, coração, fígado e córneas de seu filho Gabriel Henrique de Souza Veras: “O meu sim renovou e restaurou outras vidas” | Foto: Arquivo Pessoal A técnica de enfermagem do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), Rita de Kassia de Souza Santos, 40, praticou um ato de amor diante da perda de seu filho Gabriel Henrique de Souza Veras, que morreu em janeiro de 2023, aos 18 anos, após um choque elétrico durante uma partida de futebol. Ela doou os rins, o coração, o fígado e as córneas do jovem. “Em algumas conversas comigo, ele me contou que gostaria que seus órgãos fossem doados. Quando foi constatada a morte encefálica do meu filho, lembrei e fiz o desejo dele”, conta Rita diz ainda que acredita ter feito a escolha certa. “Pensar no próximo, ter amor e empatia foi a parte mais linda dessa história. Essa data tem um significado importantíssimo na minha vida porque, através do meu filho, salvamos outras seis famílias. O meu sim renovou e restaurou outras vidas. Falar em doação de órgãos, por mais que me doa, aquece meu coração”, completa. Serviço de transplante no DF A Central Estadual de Transplantes do Distrito Federal (CET-DF) é responsável pela coordenação das atividades de transplantes no âmbito do DF, abrangendo a rede pública e particular de saúde. A diretora Gabriella Ribeiro Christmann, ressalta a importância da conversa com a família na busca pela ampliação de possíveis doadores de órgãos. “Sem a autorização familiar, não há doação. Por isso é muito importante que as pessoas que desejam doar conversem sobre esse assunto com seus familiares e deixem claro a sua vontade. Quando a pessoa fala que quer doar, facilita para a família tomar a decisão e aceitar a doação”, explica. Na saúde pública, o ICTDF, contratado pela SES-DF, faz transplantes de coração, rim, fígado, córnea e medula óssea. O Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) realiza transplante de medula óssea autólogo pediátrico. No Hospital de Base (HB) e no Hospital Universitário de Brasília (HUB) são feitos procedimentos de rim e córnea. O HUB também realiza transplante de medula óssea. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)
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Sentinela transporta mais um coração e um fígado para transplante
Na tarde desta sexta-feira (13), a aeronave do Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF), o Sentinela, transportou mais um coração e um fígado para a realização de transplante no Distrito Federal. O coração e o fígado foram transportados pela Força Aérea Brasileira (FAB) de Palmas (TO) até Brasília. Da base aérea até o Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal (ITCDF) o transporte foi realizado em dois voos do Sentinela. O primeiro transportando o coração e o segundo, o fígado. Participaram dos voos o comandante Sergio Dolghi, o copiloto Ramon Chagas e os operadores aerotáticos Gilson Queiroz e Fernando Avelar. O coração e o fígado foram transportados pela Força Aérea Brasileira (FAB) de Palmas (TO) até Brasília | Foto: Divulgação/Detran-DF A parceria entre Detran-DF e a Central Estadual de Transplantes existe há nove anos, garantindo a agilidade necessária para o transporte de órgãos, indispensável ao aproveitamento nos transplantes realizados no Distrito Federal. Balanço Desde 2015, foram transportados 72 corações pelo Detran-DF e, destes, 11 aconteceram em 2023 e 16 neste ano de 2024. Quanto ao fígado, este foi o 1º deste ano e o 5º desde 2015. São muitas vidas salvas com a colaboração da autarquia, que não tem medido esforços para salvar vidas, tanto em ações terrestres quanto aéreas. *Com informações do Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF)
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Distrito Federal lidera em taxa de transplantes de fígado por milhão de habitantes
Entre os diversos tipos de transplante de órgãos e tecidos que a rede pública de saúde do Distrito Federal oferece em sua gama de procedimentos, a capital federal foi líder, em 2023, nos transplantes de rim, fígado, coração e medula óssea – considerando-se a taxa de transplantes por milhão de habitantes. Com 121 transplantes de fígado realizados em Brasília no último ano, quantidade que vem aumentando desde 2019, a taxa do DF é de 43,3. O número é quase quatro vezes maior que a média nacional, de 11,6. Arte: Agência Brasília Como funciona O Sistema Único de Saúde (SUS) é responsável por coordenar e executar os transplantes de órgãos no Brasil, incluindo no Distrito Federal (DF). O processo envolve diversas etapas, desde a identificação de potenciais doadores até o acompanhamento pós-transplante. Normalmente, os doadores são pacientes que sofreram morte encefálica em unidades de terapia intensiva (UTIs). Após a confirmação do quadro, é necessário obter o consentimento da família para a doação de órgãos. Esse processo é coordenado pela Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos do DF (CNCDO/DF), onde profissionais de saúde treinados abordam as famílias para discutir a possibilidade de doação. Uma vez obtido o consentimento, uma equipe médica avalia a condição dos órgãos do potencial doador para garantir que estão aptos para transplante. Os órgãos viáveis são então captados e preservados adequadamente para ser transportados. Normalmente, os doadores são pacientes que sofreram morte encefálica em unidades de terapia intensiva (UTIs) | Foto: Davidyson Damasceno/IgesDF A distribuição dos órgãos segue critérios rigorosos estabelecidos pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT), e a prioridade é dada com base em fatores como compatibilidade sanguínea e tecidual, gravidade da doença do receptor, tempo em lista de espera e urgência do caso. Quando um órgão é designado para um paciente, este é convocado imediatamente para o hospital onde será feito o transplante. Entre os hospitais públicos preparados para realizar esses procedimentos no DF estão o Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) e o Instituto de Cardiologia do Distrito Federal (ICDF). Acompanhamento integral Quem necessita de um transplante é identificado por qualquer ambulatório que, após consultas e exames que comprovam a necessidade do procedimento, encaminha a solicitação para a Central Estadual de Transplante. Após ser inscrito na lista de espera, o paciente aguarda até chegar a possibilidade de realizar a cirurgia e conta também com o acompanhamento pós-transplante, onde continua recebendo cuidados intensivos. A distribuição dos órgãos segue critérios rigorosos estabelecidos pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT) e a prioridade é dada com base em fatores como compatibilidade sanguínea e tecidual, gravidade da doença do receptor, tempo em lista de espera e urgência do caso A equipe médica monitora a resposta do corpo ao novo órgão e ajusta a medicação para prevenir a rejeição. O acompanhamento contínuo é crucial para o sucesso a longo prazo do transplante. Segundo a diretora da Central Estadual de Transplantes da Secretaria de Saúde do DF (SES), Gabriella Christmann, atualmente a fila para transplante de fígado está em 25 pessoas, número que varia constantemente. “O Brasil tem o maior serviço público de transplante do mundo, e o acesso gratuito permite que não haja discriminação por conta de poder aquisitivo. É um acesso integral pelo SUS, desde o pré até o pós-transplante, sem precisar de um serviço complementar privado”, destaca. Uma nova chance de vida A diretora frisa que o transplante só ocorre mediante a doação. “A gente precisa que as pessoas se sensibilizem, porque necessitamos 100% da população para dar uma nova chance de vida para esse paciente”, observa. Para ser doador de órgãos, é importante que a pessoa, em vida, deixe isso claro para os familiares, visto que atualmente o sistema funciona com a lei consentida. A doação só é permitida perante autorização de um familiar de até segundo grau. Doenças crônicas como diabetes, infecções ou mesmo uso de drogas injetáveis podem acabar comprometendo o órgão que seria doado, inviabilizando o transplante. Por isso, a entrevista familiar realizada após a permissão do doador é essencial, permitindo à equipe avaliar os riscos e garantir a segurança dos receptores e dos profissionais de saúde.
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Aeronave do Detran-DF realiza o segundo transporte de coração de 2024
Na tarde desta segunda-feira (5), a aeronave do Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF), o Sentinela, realizou mais um transporte de coração para a realização de transplante no Distrito Federal. Esse foi o segundo coração transportado pela equipe da Unidade de Operações Aéreas (Uopa) neste ano. Segundo coração transportado neste ano pela aeronave do Detran-DF foi levado ao Hospital das Forças Armadas (HFA) | Foto: Divulgação/Detran-DF [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O órgão, de Campo Grande (MS), foi transportado pela Força Aérea Brasileira (FAB) e chegou a Brasília por volta das 17h, no Pátio Militar do Aeroporto Internacional. A aeronave Sentinela, composta pelo piloto Ricardo de Oliveira Timóteo, pelo copiloto Ramon da Silva Chagas e pelo operador aerotático Fernando Avelar, fez o traslado entre o Aeroporto e o Hospital das Forças Armadas (HFA). A parceria entre Detran-DF e a Central Estadual de Transplantes existe há nove anos, garantindo a agilidade necessária para o transporte de órgãos, indispensável ao aproveitamento nos transplantes realizados no Distrito Federal. Desde 2015, foram transportados 58 corações pelo Detran-DF; desses, 11 foram feitos em 2023 e dois neste ano. *Com informações do Detran
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Detran-DF auxilia no traslado do primeiro coração para transplante do ano
Nesta quinta-feira (4), o Departamento de Trânsito do Distrito Federal realizou o primeiro transporte de órgãos de 2024 pela autarquia, um coração procedente da cidade de Anápolis (GO). O Detran-DF transportou 11 corações em 2023 | Foto: Divulgação/Detran-DF O órgão inicialmente foi transportado pela Força Aérea Brasileira (FAB) e chegou a Brasília por volta de 19h30, no Pátio Militar do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek. A equipe de policiamento e fiscalização de trânsito já estava a postos para fazer o traslado até o Hospital das Forças Armadas (HFA), por meio da Sentinela 01, aeronave do Detran-DF. Desde 2015, foram transportados 57 corações pelo Detran-DF; desses, 11 em 2023. A parceria entre Detran-DF, FAB e a Central Estadual de Transplantes permite a agilidade no transporte de órgãos, indispensável ao aproveitamento nos transplantes. *Com informações do Detran-DF
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Complexa rede de logística assegura transporte de órgãos no DF
Quatro horas. Esse é o tempo que um coração resiste à falta de circulação e oxigenação sanguínea após ser removido do corpo de um doador. Diante do curto prazo, é preciso contar com uma complexa e eficiente rede de logística capaz de assegurar que o órgão transportado chegue dentro do limite de tempo ao receptor inscrito para recebê-lo. No Distrito Federal, cabe à Central Estadual de Transplantes (CET) a missão de coordenar toda essa operação. O trabalho da central começa logo após a constatação da morte encefálica do potencial doador. “Havendo a sinalização de eventual doação e com receptor compatível, iniciamos a operação de logística para retirada e transporte desse órgão. É preciso que consideremos o tempo de isquemia de cada um deles, para que esse transplante permaneça viável”, detalha a diretora da CET, Gabriella Ribeiro Christmann. Sérgio Dolghi, chefe da Unidade de Operações Aéreas do Detran: “É uma equipe que trabalha 24 horas de sobreaviso. Fazemos todo o planejamento para quando a aeronave da FAB tocar o solo, já estejamos ao lado para efetuar o transporte” | Foto: Paulo H. Carvalho/ Agência Brasília Órgãos com maiores tempos de isquemia, ou seja, maior duração sem aporte sanguíneo, costumam ser transportados por meios convencionais, como ambulâncias ou viaturas fornecidas pela própria CET. “Em ambos os casos, toda a logística é acompanhada por uma equipe médica qualificada e credenciada”, enfatiza a diretora. Cooperação Em casos com maior urgência — envolvendo órgãos com menor tempo isquêmico ou doadores de fora do DF –, o transporte demanda a utilização de meios alternativos, como aeronaves. “Se o órgão não é de um doador local, o transporte interestadual é realizado por um avião da Força Aérea Brasileira (FAB). Quando esse avião pousa na base, a gente faz a captação utilizando um helicóptero nosso e o levamos até o centro onde será realizado o transplante”, explica Sérgio Dolghi, chefe da Unidade de Operações Aéreas (Uopa) do Departamento de Trânsito do DF (Detran-DF), que integra a rede de cooperação técnica de transporte de órgãos. [Numeralha titulo_grande=”65″ texto=”órgãos transportados pela Unidade de Operações Aéreas (Uopa)” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A parceria da aeronave do Detran com a Secretaria de Saúde do DF (SES) e outras corporações, como Polícia Militar (PMDF), Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF) e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), existe desde 2015 e já viabilizou a entrega de 65 órgãos, sendo 54 corações, quatro fígados, um rim e seis córneas. Atualmente, a Uopa conta com dois comandantes, quatro copilotos e seis tripulantes de prontidão para executar o serviço de transporte de órgão, uma vez que o acionamento ocorre. “É uma equipe que trabalha 24 horas de sobreaviso. Fazemos todo o planejamento para quando a aeronave da FAB tocar o solo, já estejamos ao lado para efetuar o transporte”, prossegue Dolghi. O médico Marcelo Botelho compara a logística de transporte dos órgãos a uma “operação de guerra” A mais recente atuação da Uopa ocorreu na madrugada do último dia 24. A aeronave do Detran viabilizou o transporte do décimo coração do ano. O órgão veio de Goiânia e foi levado à Base Aérea de Brasília. O receptor foi um homem de 38 anos. O procedimento de transplante foi realizado no Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal (ICTDF). O médico Marcelo Botelho, coordenador clínico de transplante cardíaco do ICTDF, compara com uma “operação de guerra” a logística de transporte dos órgãos. “A logística de transporte para fazer essa captação à distância é fundamental. Por isso, a gente precisa tanto dos órgãos públicos nos ajudando nesse processo de viabilização do transplante”, enfatiza. Segunda chance Alexandre Ventura Domingues passou por um transplante de coração: “Hoje, consigo respirar, encher meu pulmão de ar, uma coisa que todo mundo faz, acha normal e não dá tanta importância” Foi a eficiência da logística de distribuição de órgãos do DF que viabilizou o transplante cardíaco de Alexandre Ventura Domingues, de 46 anos. Em 2013, o servidor público sofreu um infarto e chegou ao ICTDF com 50% da função do coração já comprometida. “Minha insuficiência foi evoluindo, e, em 2017, chegou ao ponto de eu precisar ser incluído na lista de espera de transplante”, relata. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Na ocasião, Alexandre chegou a ser submetido a uma tentativa de transplante, sem sucesso. “Não deu certo. Quando acordei, os médicos me disseram que minha única chance de vida seria utilizar um coração artificial. A perspectiva era ficar só um ano com o aparelho, que serviria de uma ponte para o transplante, mas logo em seguida veio a pandemia e precisei ficar com ele por mais três anos”, prossegue. O coração artificial não conseguiu manter a qualidade de vida do paciente, e, em abril, ele precisou retornar à lista por transplante. A espera, contudo, durou pouco. “Em menos de um mês eu fui chamado. O doador era aqui do DF, e a proximidade garantiu uma agilidade ainda maior. O transplante mudou tudo: me deu uma nova esperança, eu ganhei uma chance de uma segunda vida. Eu carreguei durante quatro anos um aparelho que me limitava. É um renascimento. Hoje, consigo respirar, encher meu pulmão de ar, uma coisa que todo mundo faz, acha normal e não dá tanta importância”.
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