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Capacitação reforça combate à tuberculose no DF

Enfermeiros, farmacêuticos, médicos e demais servidores da Secretaria de Saúde (SES-DF) que atuam na assistência direta às pessoas com tuberculose participam, até esta quarta-feira (10), da Oficina para Capacitação no Manejo de Tuberculose em Adultos. O objetivo é fortalecer as ações de controle da tuberculose, fornecendo o diagnóstico oportuno e o tratamento adequado à população. O panorama da tuberculose no DF foi um dos temas abordados durante a capacitação | Foto: Matheus Oliveira/Agência Saúde-DF Promovida pela Gerência de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis (Gevist) da SES-DF, a oficina contou com a presença de especialistas da Coordenação-Geral de Vigilância da Tuberculose, Micoses Endêmicas e Micobactérias Não Tuberculosas (CGTM) do Ministério da Saúde. “A cura é possível, mas o diagnóstico precoce e o cuidado adequado são fundamentais” Gisela Unis, consultora técnica da CGTM Segundo a gerente da Gevist, Beatriz Maciel, a tuberculose ainda é um desafio no DF. “Nos últimos cinco anos, registramos, aproximadamente, 1.594 novos casos”, contabiliza. “A taxa de cura está em torno de 53%, e o abandono chega a 14%”, especifica a gestora. "Estamos intensificando o monitoramento, organizando fluxos para populações mais vulneráveis, como a do sistema prisional, e construindo a linha de cuidado para a doença. Esta capacitação é um passo importante para fortalecer a rede e melhorar os indicadores.” Entre os temas da oficina estão o panorama epidemiológico da tuberculose no DF, prevenção, diagnóstico e tratamento da doença. Consultora técnica da CGTM e uma das ministrantes da capacitação, Gisela Unis lembra que a tuberculose ainda é uma das doenças infecciosas mais letais do país: “O Brasil registra 90 mil casos de tuberculose por ano, e cerca de seis mil pessoas morrem em decorrência da doença. O tratamento é eficaz, e a cura é possível, mas o diagnóstico precoce e o cuidado adequado são fundamentais”. Doença A tuberculose é causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis (conhecida como bacilo de Koch) e transmitida por gotículas expelidas na tosse, espirro ou fala de pessoas infectadas. Os principais sintomas incluem tosse persistente por mais de três semanas, febre baixa, suor noturno, cansaço, falta de apetite e perda de peso. [LEIA_TAMBEM]Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2023, cerca de 10,8 milhões de pessoas adoeceram por tuberculose no mundo e 1,25 milhão morreram devido à doença, sendo considerada a principal causa de morte por agentes infecciosos, superando a covid-19. Além da exposição ao bacilo e das condições imunológicas, o adoecimento está ligado a fatores socioeconômicos. Pessoas em situação de rua, privadas de liberdade, indígenas, imigrantes,quem vive com HIV ou Aids e profissionais de saúde são mais vulneráveis em comparação à população geral. No DF, todas as 181 unidades básicas de saúde (UBSs) oferecem diagnóstico e tratamento gratuitos. A recomendação é procurar atendimento caso a tosse ultrapasse três semanas. Encontre a sua UBS de referência aqui.  *Com informações da Secretaria de Saúde

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Servidores são capacitados sobre tratamento da tuberculose em crianças e adolescentes

Servidores da Secretaria de Saúde (SES-DF) participaram, nesta semana (8 e 9), de uma oficina voltada ao manejo da tuberculose em crianças e adolescentes. O curso se destina a profissionais atuantes, preferencialmente, na Atenção Primária à Saúde (APS), entre enfermeiros, técnicos de enfermagem, médicos e farmacêuticos de todas as regiões de Saúde da pasta. A iniciativa foi organizada pela SES-DF junto ao Ministério da Saúde (MS). A tuberculose pode ser tratada e curada; medicamentos são ofertados exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) | Fotos: Yuri Freitas/Agência Saúde-DF Segundo o gerente substituto de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis (Gevist), Sérgio D’Ávila, há forte correlação entre a tuberculose e as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), em função dos riscos que representam à saúde e por afetarem pessoas em situação de vulnerabilidade. “A tuberculose é uma doença extremamente negligenciada, na perspectiva de que ela tem determinantes sociais importantes. Desse modo, é fundamental montarmos uma rede de atenção integrada e articulada para solucionar as dificuldades de acesso ao tratamento", avalia D'Ávila.  A principal maneira de prevenir as formas graves da doença na infância e juventude se dá pela vacina BCG, disponibilizada pela Secretaria de Saúde logo nos primeiros dias de vida Consideradas as vulnerabilidades das pessoas mais afetadas, é crucial, de acordo com o gerente, que os serviços de saúde fortaleçam ações de acolhimento, busca ativa, investigação de possíveis contatos e oferta de tratamento adequado. A tuberculose pode ser tratada e curada, ao passo que os medicamentos são ofertados exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). [LEIA_TAMBEM]Crianças e adolescentes Segundo o Boletim Epidemiológico da Tuberculose 2025, publicado pelo MS, crianças e adolescentes representam 12% dos casos de infecção no mundo. A principal maneira de prevenir as formas graves da doença se dá pela aplicação da vacina BCG. O imunizante é disponibilizado gratuitamente pelo SUS em dose única e deve ser aplicado em recém-nascidos com mais de 2 kg, de preferência nas primeiras 12 horas após o nascimento. Caso não seja possível a vacinação ainda na maternidade, a dose pode ser administrada até os 4 anos de idade, com horários específicos definidos por cada unidade básica de saúde (UBS). Confira os locais de vacinação no site da SES-DF. Além da vacina BCG, a prevenção da tuberculose pode ser feita com o tratamento profilático, a partir de busca ativa e avaliação de contatos, mediante teste da prova tuberculínica e exame de sangue IGRA (sigla em inglês para Ensaio de Liberação de Interferon Gama), ambos disponibilizados pela SES-DF. *Com informações da SES-DF

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BCG, proteção que começa na infância

Logo nas primeiras horas de vida, um gesto simples pode mudar o futuro de uma criança: a aplicação da vacina BCG, indicada para prevenir as formas mais graves da tuberculose. Segundo o Boletim Epidemiológico da Tuberculose 2025, publicado pelo Ministério da Saúde, crianças e adolescentes representam 12% dos casos da doença no mundo. Cobertura vacinal do DF já alcançou 121,6% este ano, superando a meta de 90% estabelecida pelo Ministério da Saúde | Fotos: Sandro Araújo/Agência Saúde  “A BCG é muito importante porque protege contra meningite tuberculosa e tuberculose miliar, por isso deve ser administrada o mais cedo possível”, explica a gerente da Rede de Frio Central da Secretaria de Saúde (SES-DF), Tereza Luiza Pereira. O Brasil registrou um importante aumento na vacinação de BCG nos últimos anos: de 84,3% em 2023 para 92,3% de cobertura em 2024. No DF, esse índice já alcançou 121,6% neste ano, superando a meta de 90% estabelecida pelo Ministério da Saúde. “Esses números mostram um avanço significativo, mas é fundamental manter o compromisso com a vacinação de todas as crianças”, ressalta a gerente. Quem deve tomar O imunizante é disponibilizado gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em dose única e deve ser aplicado em recém-nascidos com mais de 2 kg, preferencialmente nas primeiras 12 horas após o nascimento. Caso não seja possível a vacinação ainda na maternidade, ela pode ser feita até os 4 anos de idade, com horários específicos definidos pela unidade básica de saúde (UBS) mais próxima da residência da família. Confira no site da SES-DF.  “Se a mãe usou anticorpos imunossupressores, essa condição pode ser transferida ao bebê, exigindo atenção antes da imunização”, orienta Tereza Pereira, gerente da Rede de Frio Central da SES-DF  A BCG também é recomendada a pessoas que têm contato com portadores de hanseníase. A aplicação gera uma reação no local, com vermelhidão, pequena ferida e posterior cicatriz - o que é esperado e não requer medicamentos ou curativos.  No entanto, por conter bactéria viva atenuada, a vacina é contraindicada a indivíduos imunodeprimidos, como pacientes com vírus da imunodeficiência humana (HIV), oncológicos e recém-nascidos de mães que usaram imunossupressores durante a gestação.  [LEIA_TAMBEM]“A imunossupressão precisa ser avaliada antes de aplicar a vacina”, alerta Tereza Pereira. “Se a mãe usou anticorpos imunossupressores, essa condição pode ser transferida ao bebê, exigindo atenção antes da imunização.”  Data histórica Nesta terça-feira (1º), é celebrado o Dia da Vacina BCG. Foi quando, em 1921, os cientistas Léon Calmette e Alphonse Guérin, que haviam atenuado uma bactéria denominada Bacilo de Calmette e Guérin (por isso, a sigla BCG). Com ela, foi possível combater o bacilo de Koch, causador da tuberculose. A doença pode afetar pulmões, ossos, rins e meninges. Os principais sintomas incluem tosse persistente, febre, suores noturnos, fraqueza e perda de peso.  No Brasil, a BCG completa 48 anos. O imunizante foi incorporado ao calendário nacional de vacinação em 1977 pelo Ministério da Saúde, por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI), tornando obrigatória sua administração em crianças.  *Com informações da Secretaria de Saúde  

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Doença infecciosa que mais mata no mundo, tuberculose tem tratamento nas UBSs do DF

Começou aparentemente como uma gripe fraca. Não demorou para que a tosse seca evoluísse e as dores nas costas sugerissem acometimento dos pulmões. Jorge da Silva, 56 anos, buscou o Centro Especializado em Doenças Infecciosas (Cedin), da Secretaria de Saúde (SES-DF), no início de fevereiro de 2023. Lá, realizou exames e recebeu o diagnóstico de tuberculose pulmonar. Antes do fim daquele mês, na própria unidade especializada, ele deu início ao tratamento. Após seis meses, o morador do Gama estava curado da doença. Jorge alerta que não se pode minimizar a gravidade dos sintomas: “É preciso investigar direito, ir atrás de assistência, realizar os exames. Por teimosia, um quadro pode ser agravado e até levar ao óbito”. No Dia Mundial de Combate à Tuberculose, instituído como 24 de março, a secretaria conscientiza sobre os sintomas e a importância de buscar atendimento nos primeiros sinais da doença. Arte: Secretaria de Saúde Atendimento especializado A transmissão da tuberculose ocorre por via respiratória, pela eliminação de aerossóis (partículas respiratórias) contaminados com o bacilo de Koch (Mycobacterium tuberculosis) na tosse, na fala ou no espirro. Calcula-se que, durante um ano, uma pessoa sem tratamento possa infectar de dez a 15 pessoas. Caso a tosse siga por mais de três semanas, é necessário procurar atendimento em uma das 176 unidades básicas de saúde (UBSs) do DF. “A tuberculose é uma doença que pode ser diagnosticada em qualquer idade. É fundamental manter o vínculo com as equipes de Saúde da Família (eSF)”, explica o responsável técnico pela tuberculose na Gerência de Vigilância das Infecções Sexualmente Transmissíveis (Gevist) da SES-DF, Ricardo Gadelha. A transmissão da tuberculose ocorre por via respiratória | Fotos: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde Todas as UBSs do DF oferecem o diagnóstico e o tratamento – que deve ser seguido rigorosamente até o final. Para encontrar a unidade de referência, basta indicar o CEP. Crescimento A tuberculose é a principal causa de morte por doenças infecciosas no mundo, superando a covid-19, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Em 2023, foram diagnosticados aproximadamente 8,2 milhões de casos – o maior número desde o início do monitoramento global, em 1995. Lembrado nesta segunda-feira (24), o Dia Mundial de Combate à Tuberculose conscientiza sobre os sintomas e a importância de buscar atendimento nos primeiros sinais da doença. UBSs realizam diagnóstico e oferecem tratamento para tuberculose Desde 2020, os diagnósticos de tuberculose no Brasil têm mostrado uma tendência crescente. Em 2020, a taxa era de 33,1 casos por 100 mil habitantes. Já em 2023, esse número subiu para 40 ocorrências a cada 100 mil habitantes, representando um aumento de mais de 15 mil casos por ano. No DF, em 2024, foram identificadas 480 novas ocorrências, sendo 392 de tuberculose pulmonar ー a forma mais frequente e também a principal responsável pela manutenção da cadeia de transmissão. *Com informações da Secretaria de Saúde

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DF tem rede referência de assistência a pacientes com doenças infecciosas

Causadas por micro-organismos como bactérias, fungos, vírus, parasitas e protozoários, as doenças infecciosas quando atingem gravidade têm um percentual relevante de mortalidade em todo o país. Por esse motivo, a prevenção, o diagnóstico precoce e o acesso a tratamentos são essenciais para a manutenção da saúde da população. No Distrito Federal, a rede pública conta com uma cadeia de assistência a pacientes com as patologias que começa nas unidades básicas de saúde e pode passar por ambulatórios, hospitais e até o Centro Especializado em Doenças Infecciosas (Cedin). A rede pública do DF conta com uma cadeia de assistência a pacientes com doenças infecciosas que começa nas UBS’s e pode passar por ambulatórios, hospitais e até o Cedin | Fotos: Matheus H. Souza/ Agência Brasília “O mais importante em relação ao atendimento é que as doenças infecciosas perpassam todas as áreas. Tem um conjunto de doenças em que o tratamento acontece dentro dos próprios hospitais, com os pacientes internados. Temos também tratamentos nas áreas ambulatoriais especializadas, onde temos demanda sobretudo de pessoas com HIV, Aids e hepatites virais, mas a própria Atenção Primária consegue atender muitos casos, já que a imensa maioria tem um desfecho favorável desde que atendida nos primeiros estágios”, comenta o médico infectologista e Referência Técnica de Infectologia da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES), José David Urbaez. As doenças infecciosas habitualmente têm um espectro clínico de iniciarem de forma leve, mas se não forem tomadas as devidas providências, elas evoluem e se tornam casos graves. Alguns componentes também são importantes para o desenvolvimento da doença, como a vulnerabilidade social e a imunossupressão. Segundo o médico infectologista, quadros de febre são considerados sinais de alerta para as patologias infecciosas em geral. Prevenção, diagnóstico precoce e acesso a tratamentos são essenciais para a manutenção da saúde da população, em especial no que diz respeito a doenças infecciosas “Muitas delas têm uma característica fundamental que é provocar febre, que talvez seja um elemento muito orientador de tudo. Teve o sintoma, a orientação é procurar uma unidade básica de saúde para se fazer a abordagem semiótica e toda a parte de cuidados básicos, bem como os testes rápidos. A partir de um diagnóstico precoce rapidamente é possível tomar as atitudes cabíveis e tratar a doença”, informa. Atendimento especializado Há mais de dois anos, José (nome fictício) recebeu o diagnóstico de HIV. “Estava passando muito mal, com a imunidade baixa, a pele muito vermelha e fui em busca de saber o que era. Fui à UPA [unidade de pronto atendimento], fiz o exame, fui diagnosticado e me encaminharam para cá”, diz se referindo ao Cedin, local onde faz acompanhamento desde então. “Fiz mais exames aqui e uma semana depois passei a tomar o tratamento e fui melhorando”, conta. Para o homem, ser acolhido em um espaço especializado fez toda a diferença. Seja porque conseguiu abaixar a carga viral, seja pela assistência que conta no local. “O Cedin é a melhor coisa que tem. Está salvando a minha vida de forma gratuita. Querendo ou não, é uma grande ajuda. Eu não teria como comprar os medicamentos, seria tudo muito caro. Além do medicamento e dos exames, tenho tido acompanhamento psicológico e psiquiátrico, o que é muito acolhedor”, destaca. Atualmente, o Cedin é referência nos tratamentos para HIV/Aids, hepatites virais crônicas, tuberculose e hanseníase e também atende casos de HTLV (infecção causada pelo vírus T-linfotrópico humano) e de ISTs (infecções sexualmente transmissíveis) complicadas, que não foram resolvidas na Atenção Primária. Por não se tratar de um serviço “porta aberta”, os pacientes são encaminhados por outras áreas de atenção da SES. “Atendemos pessoas que foram diagnosticadas com esses agravos fora daqui e que precisam de um atendimento mais específico. Servimos de retaguarda para a rede”, explica a infectologista do Cedin, Denise Arakati. A infectologista do Cedin, Denise Arakati, ressalta a importância do diagnóstico precoce: “A população precisa se atentar para os sinais e sintomas dessas doenças” A maior parte dos atendimentos no centro especializado é de pacientes com HIV. O local atende 60% dos casos em todo o Distrito Federal. “Temos em torno de 5,5 mil pacientes ativos com HIV. Também atendemos muitos casos de tuberculose resistente ou complicada, mas como eles têm alta, o número oscila bastante. A média é de 30 a 40 pacientes em acompanhamento”, acrescenta. A infectologista destaca a importância do diagnóstico precoce. “A população precisa se atentar para os sinais e sintomas dessas doenças, e procurar um serviço de saúde. Hoje, no Brasil, temos 100 mil pessoas com HIV que não sabemos quem são. Da mesma forma acontece com a tuberculose, detectamos de 80% a 90% dos casos, mas temos esse outro percentual que o sistema não consegue capturar. Então é importante se testar para essas doenças”, revela Denise.

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Bebês nascidos no Hospital Regional de Santa Maria recebem vacina BCG nas primeiras horas de vida

A aplicação da vacina BCG é preconizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde nas primeiras horas de vida ou nos primeiros 30 dias de vida do recém-nascido. No Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), a aplicação é feita o quanto antes, assim que os bebês chegam à Maternidade. As únicas exceções são aqueles que pesam menos de 2 kg e se a mãe tiver recebido biológicos durante a gestação – nesse caso, o bebê deve receber a vacina BCG quando completar seis meses. Na rotina, a vacina é destinada a crianças na faixa etária de 0 meses a 4 anos, 11 meses e 29 dias. A vacina BCG é aplicada em recém-nascidos no Hospital Regional de Santa Maria, nas primeiras horas de vida, para a proteção contra casos graves de tuberculose | Foto: Jurana Lopes/IgesDF A BCG previne contra as formas graves da tuberculose (meníngea e miliar) e é feita com o bacilo de Calmette-Guérin, que é uma forma enfraquecida da bactéria que causa a doença. Ao longo dos anos, a BCG demonstrou eficácia significativa. Estudos demonstraram que a vacinação neonatal proporciona mais de 80% de proteção contra a tuberculose grave. “É uma vacina de dose única e que, geralmente, protege para a vida inteira. Na maioria das vezes, deixa uma marquinha no braço. Mas, caso não fique a cicatriz, não tem problema, a pessoa está protegida do mesmo jeito. Não existe recomendação de dose de reforço”, explica a técnica de enfermagem da sala de vacina da Maternidade, Helenice dos Reis. É recomendada a aplicação no braço direito (região deltoide), via intradérmica (embaixo da pele), que resulta numa pequena elevação com aparência de casca de laranja, que desaparece cerca de oito horas após a imunização. Cerca de três semanas depois, o local começa a ficar vermelho e, possivelmente, formará uma ferida, que poderá demorar até três meses para cicatrizar. Para que todos os bebês sejam vacinados nas primeiras horas de vida, Helenice pega uma lista de todos os recém-nascidos que chegaram na Maternidade e passa de quarto em quarto chamando os pais para levarem à sala de vacina, localizada no mesmo andar. A profissional explica como funciona a cicatrização da BCG e faz a aplicação. Comodidade “É uma picadinha que fica para o resto da vida. Minha filha já vai sair do hospital protegida e isso é extremamente importante. Gostei demais de poder vaciná-la aqui” Alexandre Ferreira, pai da recém-nascida Laura A sala de vacina da Maternidade funciona de segunda a sexta-feira. No local é ofertada a BCG, já a vacina contra hepatite B e a vitamina K são aplicadas ainda no Centro Obstétrico. “Já tem alguns anos que trabalho focada na aplicação da BCG. Geralmente, tem mais bebês pra vacinar em dias de segunda-feira ou pós-feriado. Amo meu trabalho, gosto muito do que faço aqui”, diz Helenice. De acordo com dados da Vigilância Epidemiológica do HRSM, em todo o ano de 2023 foram aplicadas 3.073 doses da BCG, já nos primeiros três meses de 2024 foram 823 doses. Os cuidados pós-vacinação consistem em lavar normalmente com água e sabão na hora do banho e secar com toalha limpa, sem esfregar; manter a criança com camiseta de manga para proteger o local de poeira, insetos e para que a criança ou irmão não mexam no local e manter as unhas cortadas e não deixar coçar. Guidty Rodrigues, de 30 anos, vacinou o pequeno Harick, de apenas 4 dias, na sala de vacina da Maternidade do HRSM. Ele é seu segundo filho e ela lembra que o mais velho, de 8 anos, teve que tomar a BCG na unidade básica de saúde. Por isso, avalia o quanto facilitou. “Eu acho ótimo ter a vacina aqui mesmo no hospital, sem eu precisar ir num posto de saúde quando eu receber alta hospitalar, ainda sem condições por conta do resguardo. É uma comodidade ele ter tomado a BCG e a de hepatite B aqui, agora só com dois meses. No meu primeiro filho foi bem mais complicado pra mim”, afirma. A pequena Laura, de cinco dias, recebeu a vacina e teve a ajuda do papai, Alexandre Ferreira, de 48 anos, para segurá-la. “É uma picadinha que fica para o resto da vida. Minha filha já vai sair do hospital protegida e isso é extremamente importante. Gostei demais de poder vaciná-la aqui”, avalia. Proteção A tuberculose é uma doença infecciosa de transmissão respiratória, causada por uma bactéria denominada Mycobacterium tuberculosis, também conhecida como bacilo de Koch. Segundo dados da OMS, no Brasil, ocorrem cerca de 70 mil casos novos da doença ao ano e 4,5 mil mortes. A vacina ainda se constitui como a única forma de proteção contra formas graves de tuberculose em crianças. Apesar da doença afetar prioritariamente os pulmões, ela pode também acometer outros órgãos e/ou sistemas, causando as formas designadas miliar (quando um grande número de bactérias se desloca pela corrente sanguínea e se dissemina pelo corpo, atingindo vários órgãos) e a forma meníngea (quando afeta as meninges, que são membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal). A vacina BCG começou a ser aplicada no Brasil em 1977. *Com informações do IgesDF  

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Com tratamento especializado, DF tem menor mortalidade de tuberculose

O Distrito Federal teve, em 2022, a menor mortalidade por tuberculose do Brasil. Dados do Ministério da Saúde (MS) apontam uma taxa de 0,9 óbitos anuais a cada 100 mil habitantes. A média nacional é de 2,71. Em números absolutos, foram 18 óbitos na capital em 2022 e 12 em 2023, com dados até o fim de novembro. Por trás do resultado positivo, está uma rede de atenção capaz de atender desde os casos considerados mais simples até os mais complexos: as 175 unidades básicas de saúde (UBSs) estão preparadas para fazer o diagnóstico e iniciar o tratamento. Já os casos graves são encaminhados ao Centro Especializado em Doenças Infecciosas (Cedin). Com atendimento integrado em todos os níveis de atenção, o DF registrou a menor taxa de tuberculose do Brasil em 2022 | Foto: Breno Esaki/Arquivo Agência Saúde-DF A gerente de Vigilância das Doenças Transmissíveis da Secretaria de Saúde (SES-DF), Kenia de Oliveira, alerta para a importância dos serviços de diagnóstico e de tratamento, especialmente se iniciados com antecedência. “O número de casos pode aumentar se os indivíduos infectados não forem devidamente diagnosticados, tratados e acompanhados, por isso a relevância da identificação dos sintomas e das populações de maior risco”, explica. Os principais sinais são tosse seca ou com secreção por mais de três semanas – há possibilidade de tosse com pus ou sangue. Cansaço excessivo, febre baixa, suor noturno, falta de apetite, emagrecimento e rouquidão são outros sintomas prováveis. A orientação é buscar a rede de UBSs para fazer uma avaliação e, se necessário, o “teste do escarro”, uma das técnicas de confirmação do diagnóstico e definir o melhor caminho. Como tratar? Casos graves de tuberculose são encaminhados ao Centro Especializado em Doenças Infecciosas (Cedin) | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília O tratamento costuma ser longo: são seis meses tomando cerca de quatro comprimidos por dia, algumas vezes com efeitos colaterais como dor abdominal, náuseas, formigamento nos pés e alterações no humor. Porém, como o quadro geral do paciente melhora significativamente já nas primeiras semanas, o abandono da medicação é um dos maiores desafios no enfrentamento à doença. “Depois de interromper o tratamento, a pessoa vai ficar alguns meses se sentindo bem, mas quando a doença volta, em geral volta pior que da primeira vez. E, às vezes, nesse retorno, o sucesso terapêutico é bem menor”, alerta a médica infectologista Denise Arakaki, do Cedin. O centro atende pacientes mais graves infectados com a tuberculose, incluindo os que abandonaram o tratamento e apresentaram retorno da doença, aqueles em quem os exames apontam para a ineficácia das medicações padronizadas e portadores de doenças que afetam o sistema imune, como é o caso da Aids. “Cerca de um terço dos casos de mortes de quem tem HIV [sigla em inglês para vírus da imunodeficiência humana] é causado pela tuberculose”, acrescenta a infectologista. A médica infectologista Denise Arakaki, do Cedin, alerta que o abandono da medicação é um dos problemas mais desafiadores no tratamento da tuberculose | Foto: Humberto Leite/Agência Saúde-DF Além de ser mais vulnerável e necessitar de um acompanhamento complexo, a população com HIV apresenta 19 vezes mais chances de adoecimento por tuberculose que as pessoas em geral, conforme dados compilados pelo MS. Entre a população privada de liberdade, a possibilidade de desenvolver a doença é 32 vezes maior que quando comparada ao restante da sociedade. Já a população em situação de rua apresenta 54 vezes mais chances. Entre a população em geral, destacam-se os condicionantes sociais. Quem mora, estuda ou trabalha em ambientes com grande número de pessoas no mesmo espaço, pouca ventilação e baixa iluminação natural tem mais chances de ser infectado. Em geral, não há riscos de transmissão em espaços onde se passa um tempo limitado, como no transporte público ou em um cinema, por exemplo. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] No DF, a SES-DF também faz diagnósticos de tuberculose entre pacientes que vão fazer ou estão em tratamentos que reduzem a capacidade do sistema imunológico, como a quimioterapia. Aumento no número de casos Apesar do indicador abaixo da média, o número de registros de tuberculose tem subido no DF. Em 2021, foram 383 casos; em 2022, 431, e até o final de novembro, 495 casos confirmados. Porém, os especialistas apontam que isso pode significar uma situação melhor do que a fase mais aguda da pandemia, quando serviços de saúde foram afetados e havia a possibilidade de pessoas infectadas não terem diagnóstico. Os dados atuais mostram um retorno a números próximos aos vistos antes da pandemia, o que permite uma maior quantidade de pessoas em tratamento. “Com o coronavírus, a população sintomática respiratória tem buscado mais o serviço de saúde, o que possibilita a investigação de outras doenças, como a tuberculose, principalmente quando há uma negativa no diagnóstico de covid-19”, detalha Oliveira. Detectar e iniciar o tratamento é fundamental, inclusive, para proteger as populações mais vulneráveis. “Quando tratamos quem está doente, interrompemos a cadeia de transmissão”, completa Denise Arakaki. *Com informações da Secretaria de Saúde  

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Ação na BR-040 comemora Dia Mundial da Saúde

Quem passar pelo km 2,65 da BR-040 no sentido Brasília, entre 9h e 11h desta quinta-feira (7), poderá conferir ação da Secretaria de Saúde para marcar o Dia Mundial da Saúde. Chamada de “Saúde na BR”, a iniciativa foca na divulgação de informações para promover uma vida mais saudável e equilibrada. Arte: Secretaria da Saúde-DF [Olho texto=”“O Dia Mundial da Saúde é uma data de reflexão sobre o cuidado com a nossa saúde e com o planeta. Isso envolve questões individuais e coletivas, como trânsito e meio ambiente” – Surama Oliveira, representante da Secretaria de Saúde no Comitê Intersetorial do Programa Vida no Trânsito no DF” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Os motoristas e passageiros poderão fazer testes de acuidade visual, sífilis, HIV, hepatite, tuberculose e glicemia, além de aferir pressão e receber preservativos. Haverá ainda nutricionista para avaliar o Índice de Massa Corporal (IMC) e prestar orientações. Também haverá profissionais para falar sobre saúde bucal e postura. O enfrentamento do tabagismo terá destaque no projeto “Saúde na BR”. Quem for ao local poderá conferir como anda sua capacidade respiratória, realizar o teste de dependência de nicotina e receber orientações sobre cigarros eletrônicos. Também será feito o encaminhamento às unidades de tratamento de fumantes. “O Dia Mundial da Saúde é uma data de reflexão sobre o cuidado com a nossa saúde e com o planeta. Isso envolve questões individuais e coletivas, como trânsito e meio ambiente”, afirma a enfermeira Surama Oliveira, representante da Secretaria de Saúde no Comitê Intersetorial do Programa Vida no Trânsito no DF. “Queremos aproximar a população dessas questões e, ao mesmo tempo, levar serviços aos cidadãos”, completa. O evento, organizado pela Secretaria de Saúde, conta com participação do Detran, DER, Ministério Público do Trabalho, Sest/Senat e da ONG Rodas da Paz. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Serviço – Evento: Saúde na BR – Quando: Quinta-feira (7), das 9h às 11h – Local: Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST), antigo posto da Sefaz-DF, no km 2,65 da BR-040, próximo ao Terminal do BRT em Santa Maria *Com informações da Secretaria de Saúde do DF

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Apreendida 1,4 tonelada de produtos de origem animal

[Olho texto=”“Dia e noite as equipes de Defesa Agropecuária da Seagri estão presentes nas ruas do Distrito Federal, em vigilância, zelando pela segurança dos produtos. Esse trabalho ajuda a proteger a saúde dos rebanhos e dos consumidores”” assinatura=”Danielle Araújo, subsecretária de Defesa Agropecuária” esquerda_direita_centro=”direita”] A Diretoria de Fiscalização do Trânsito da Secretaria da Agricultura do Distrito Federal (Seagri-DF) apreendeu, no quarto trimestre de 2021, cerca de 1,4 tonelada de produtos de origem animal, como carcaças suínas, carne bovina, frango, queijo, presunto, bacon e calabresa, entre outros. Os produtos apreendidos são resultado da fiscalização do trânsito de produtos de origem animal nas vias e rodovias do Distrito Federal, atividade realizada continuamente pela Seagri-DF. O objetivo é coibir a circulação de produtos de origem animal que estejam em desacordo com a legislação, colocando em risco a saúde dos rebanhos e de consumidores. Para a subsecretária de Defesa Agropecuária da Seagri-DF, Danielle Araújo, a fiscalização do trânsito de produtos agropecuários traz benefícios para toda a população. “Dia e noite as equipes de Defesa Agropecuária da Seagri estão presentes nas ruas do Distrito Federal, em vigilância, zelando pela segurança dos produtos. Esse trabalho ajuda a proteger a saúde dos rebanhos e dos consumidores”, afirmou Danielle. Entre os produtos apreendidos pela Diretoria de Fiscalização de Trânsito da Seagri-DF estão carcaças suínas, carne bovina, frango, queijo, presunto, bacon e calabresa, entre outros | Fotos: Divulgação/Seagri-DF [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Isso porque os produtos de origem animal podem veicular uma série de doenças e contaminar outros animais e até mesmo pessoas, causando importantes prejuízos ao setor produtivo e à saúde humana. “A fiscalização do trânsito de produtos de origem animal contribui para evitar a disseminação de doenças de grande impacto na economia e na saúde pública, como febre aftosa, brucelose, tuberculose, entre outras”, complementou a diretora de Fiscalização do Trânsito da Seagri-DF, Fernanda Oliveira. *Com informações da Secretaria de Agricultura do DF

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Hospital Dia agora se chama Centro Especializado em Doenças Infecciosas

No mês da campanha pela prevenção e tratamento do HIV/Aids, o espaço de acolhimento para as pessoas com a infecção no Distrito Federal desde a década de 80 passa a se chamar Centro Especializado em Doenças Infecciosas (Cedin). O local já foi um centro de saúde (antiga nomenclatura para as atuais UBSs), unidade mista e hospital. Agora, a unidade se firma como referência no tratamento de agravos como HIV, hepatites virais crônicas e as formas graves de tuberculose e hanseníase. A mudança de nome para Centro Especializado define o local como referência no trato de doenças infecciosas | Foto: Breno Esaki/Agência Saúde [Olho texto=”“Nosso intuito é oferecer um tratamento cada vez melhor para esses agravos. É o que temos feito nas últimas décadas, o que sabemos e queremos fazer”” assinatura=”Denise Arakaki Sanchez, gerente do Cedin” esquerda_direita_centro=”direita”] Segundo Denise Arakaki Sanchez, gerente do Cedin, o novo nome reflete a expertise dos profissionais que atuam no espaço. “Quando estamos na frente de um paciente e temos uma decisão para tomar, colocamos muitas horas de estudo, de trabalho e de experiências na área para escolher a melhor prescrição”, reflete a infectologista. A mudança para Centro Especializado define o local como referência no trato de doenças infecciosas. “Nosso intuito é oferecer um tratamento cada vez melhor para esses agravos. É o que temos feito nas últimas décadas, o que sabemos e queremos fazer”, declara a gerente do Cedin. A equipe médica do estabelecimento é multidisciplinar e possui infectologista, dermatologista, pneumologista, pediatra, tisiologista, radiologista, ginecologista, psiquiatra, endocrinologista e urologista. Na carta de serviços, destacam-se a profilaxia pré-exposição ao HIV (PreP), a profilaxia pós-exposição ao HIV (Pep) e o Ambulatório de Diversidade de Gênero, mais conhecido como Ambulatório Trans, que disponibiliza tratamento e orientação para quem quer fazer a redesignação sexual. Até setembro deste ano, foram 28,5 mil procedimentos realizados na unidade. Desde 2019, o número de atendimentos ultrapassa 127 mil. [Olho texto=”A equipe é multidisciplinar e possui infectologista, dermatologista, pneumologista, pediatra, tisiologista, radiologista, ginecologista, psiquiatra, endocrinologista e urologista” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Quem fez e faz “Era como se nós não tivéssemos identidade”, opina a médica Rosiane Pereira sobre o antigo nome do local. Dermatologista, ela entrou para o quadro da Secretaria de Saúde em 1991 e, desde o início da carreira, trabalhou com hanseníase. Tanto que, de 2000 a 2010, foi coordenadora do programa distrital da doença. “Por isso eu sempre estive muito próxima do Centro, porque aqui, desde a fundação da cidade, é referência no tratamento da hanseníase”, conta Rosiane, que também foi vice-diretora da unidade de 2013 a 2017. A dedicação é tamanha que a médica, aposentada desde 2017, atua de forma voluntária prestando atendimento na assistência e auxiliando a direção do Cedin. “Eu considero esse lugar como uma extensão da minha família”, comenta, emocionada. Quem também tem história no local é a servidora Ana Maria Martins, que atua no Cedin desde 1994. “Eu vi o centro de saúde se tornar centro especializado”, reflete Ana, que hoje é uma das mais antigas do local. “Cheguei no tempo em que aqui ainda tinha médico clínico, farmácia da atenção básica, sala de vacina e até programa de tabagismo”, recorda a analista de saúde. Para Ana Maria, o que mais marca a rotina é a relação com as pessoas que se tratam na unidade. “É muito bom ouvir deles que somos casados há 19 anos, por exemplo, porque são pacientes que estão conosco desde o diagnóstico, fazendo todo o acompanhamento”, comenta. Denise Arakaki Sanchez, gerente do Cedin, lembra que o centro é o primeiro local no DF a prestar assistência, aconselhamento e todo o tratamento hormonal para quem deseja mudar de sexo | Foto: Breno Esaki/Agência Saúde Histórico Fundado em 1959 para tratar casos de tuberculose e hanseníase, principalmente entre os trabalhadores que construíam Brasília, em 1981 se tornou o “Centro de Saúde nº 1″, seguindo a política pública da época. Nesse período, atuou com programas de saúde para toda a população, incluindo vacinação. Por causa da epidemia de HIV, na década de 90, o centro atendia pacientes portadores do vírus que recebiam medicação endovenosa, principalmente por causa de infecções oportunistas. “Chegavam de manhã, tomavam várias doses ao longo do dia, se alimentavam aqui e à noite iam embora”, explica Denise. Por isso, em 1997, o local passou a se chamar Hospital Dia, em referência ao tratamento diurno oferecido aos pacientes. A designação, porém, não refletia a totalidade do atendimento prestado. De acordo com a gerente do Cedin, esse público específico atendido pelo estabelecimento de saúde enfrentava muito preconceito e, às vezes, nem a família os apoiava. O local, então, significava acolhimento para quem enfrentava a Aids. “Era um momento em que esse paciente era bem recebido pelos profissionais e encontrava outras pessoas na mesma situação”, lembra Denise. Em 2001, com o avanço do tratamento do HIV/Aids, a internação durante o dia praticamente deixa de acontecer. Assim, o local passa por uma nova mudança: virou unidade mista de saúde, ou seja, passou a oferecer serviços básicos de saúde e continuou sendo referência no atendimento às doenças infecciosas. [Olho texto=”Atualmente, o Ambulatório Trans tem 250 usuários inscritos e mais 400 na fila para atendimento” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) foi agregado ao Hospital Dia em 2014, aumentando a carta de serviços. O CTA fica na Rodoviária do Plano Piloto e oferece testes rápidos para HIV, sífilis e hepatite e orientações para casos positivos e prevenção. Em 2017, foi criado o Ambulatório de Diversidade de Gênero, e, em 2018, inaugurado o Ambulatório PreP, onde é oferecida a profilaxia pré-exposição ao HIV. “Fomos aumentando nossa oferta de serviços, mas, nas duas últimas décadas, dá para perceber que fomos nos especializando no cuidado às pessoas com HIV”, afirma Denise. Além disso, o estabelecimento de saúde continua sendo referência no tratamento de hepatites virais crônicas (tipos B e C), de tuberculose (tuberculose de difícil diagnóstico, tuberculose extrapulmonar e as formas da doença resistentes aos medicamentos comuns) e de hanseníase (principalmente para as formas mais graves da doença). Ambulatório Trans O Ambulatório de Diversidade de Gênero fica no segundo andar do prédio, onde, antigamente, os pacientes com HIV ficavam internados recebendo medicação durante o dia. A equipe também é multidisciplinar e conta com médicos endocrinologistas, urologistas e dermatologistas, além de psicólogos e fonoaudiólogos, que atuam em todas as fases da redesignação sexual dos pacientes. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O local é o primeiro a prestar esse tipo de assistência no Distrito Federal e oferece aconselhamento e todo o tratamento hormonal para quem deseja mudar de sexo. “O primeiro passo é garantir, para as pessoas que não se identificam com o corpo em que nasceram, um espaço para serem acolhidas, mesmo que, logo de cara, não queiram fazer a redesignação”, explica a gerente do Cedin. Atualmente, o Ambulatório Trans tem 250 usuários inscritos e mais 400 na fila para atendimento. Caso, após o trabalho de orientação pelos profissionais, o paciente opte pela mudança, todo o processo de redesignação é feito pela equipe do Ambulatório Trans. Apenas o que não está incluído nos serviços são as cirurgias, como a mamoplastia masculinizadora. *Com informações da Secretaria de Saúde

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