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vírus linfotrópico de células T humanas (HTLV)

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HTLV: capacitação de servidores busca reduzir riscos de transmissão e garantir cuidado

Como parte da capacitação contínua de servidores da saúde, o Hospital Regional de Ceilândia (HRC) sediou a palestra HTLV: o que você precisa saber?, direcionada aos profissionais das Regiões de Saúde Oeste e Sudoeste. Promovido pelo Comitê de Transmissão Vertical da Região de Saúde Oeste nesta terça-feira (22), o evento abordou as formas de transmissão, prevenção e o acolhimento adequado de gestantes com diagnóstico positivo para o vírus linfotrópico de células T humanas (HTLV), uma infecção sexualmente transmissível (IST), da mesma família do vírus da imunodeficiência humana (HIV), que atinge as células de defesa do organismo. No Distrito Federal, a Secretaria de Saúde (SES-DF) se destaca por realizar a testagem de todas as gestantes atendidas no pré-natal, estratégia essencial para prevenir a transmissão do vírus de mãe para filho. Apesar de não ser uma doença de alta incidência e, na maioria dos casos, assintomática, o diagnóstico precoce é crucial. Promovido pelo Comitê de Transmissão Vertical da Região de Saúde Oeste nesta semana (22), o evento abordou as formas de transmissão, prevenção e o acolhimento adequado de gestantes com diagnóstico positivo para o vírus linfotrópico de células T humanas (HTLV) | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF “Desde 2013, o DF disponibiliza o teste diagnóstico e confirmatório para HTLV durante o pré-natal. Além disso, há dois anos, o Laboratório Central de Saúde Pública [Lacen-DF] oferece o exame para a triagem e diagnóstico da população geral, não gestante”, explica Beatriz Luz, da Gerência de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis (Gevist) da SES-DF. Diagnóstico O exame para a detecção do HTLV é realizado no primeiro trimestre da gestação. Segundo Luz, com o diagnóstico precoce, é possível adotar medidas que interrompam a cadeia de transmissão vertical e evitem a contaminação da criança. Nos casos em que a mãe é diagnosticada com o vírus, o Ministério da Saúde recomenda que o teste sorológico seja realizado nas crianças a partir dos 18 meses de idade. Mesmo com o diagnóstico positivo da mãe, o bebê pode não desenvolver a doença. Crianças com diagnóstico positivo devem ser acompanhadas por uma equipe multidisciplinar para monitoramento da evolução do vírus. Para a enfermeira e supervisora do Centro Obstétrico do HRC, Suely de Jesus Cotrim, o treinamento é fundamental aos profissionais que lidam diariamente com gestantes e parturientes. “A iniciativa de discutir o HTLV alerta sobre a necessidade de notificação dos casos e reforça que, embora seja uma doença de baixa prevalência, ela é grave e exige tratamento para proteger o bebê e evitar a transmissão vertical”, afirma. Entre as medidas preventivas está a contraindicação da amamentação, substituída pela oferta de fórmula láctea infantil. “Orientamos a mãe a não amamentar, iniciamos o protocolo para inibir a produção de leite e o Sistema Único de Saúde (SUS) garante o fornecimento das latas de leite para a alimentação do bebê”, explica Sueli. A palestra também contou com a participação da médica e consultora técnica do Ministério da Saúde, Mayra Aragon. “Falar sobre o HTLV é essencial, pois o vírus ainda é pouco conhecido pela população. Além disso, a orientação adequada às gestantes é fundamental para o sucesso das ações de prevenção”, destacou. HTLV Ainda que muitas pessoas permaneçam assintomáticas, o vírus pode causar doenças neurológicas degenerativas, dermatológicas, oftalmológicas, urológicas e até mesmo cânceres, como a leucemia/linfoma de células T do adulto (ATL). O HTLV não tem cura e não há vacinas ou um tratamento com antivirais específicos. A assistência é voltada ao controle das doenças ocasionadas pelo vírus. O tratamento das pessoas infectadas envolve o acompanhamento por uma equipe multiprofissional, que inclui infectologistas, fisioterapeutas, neurologistas, entre outros. A porta de entrada para acompanhamento de pessoas infectadas e testagem de HTLV em gestantes é a Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência. A prevenção envolve uso de preservativos internos ou externos nas relações sexuais, não compartilhamento de agulhas, seringas ou outros objetos perfurocortantes e, em caso confirmado de HTLV em gestantes e puérperas, não amamentar o bebê, que deve ser alimentado por fórmula infantil. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)

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Teste de HTLV agora é obrigatório no pré-natal das gestantes do DF

O teste para detecção do vírus linfotrópico de células T humanas (HTLV) agora faz parte da lista de exames obrigatórios no pré-natal das gestantes do Distrito Federal. É o que determina a Lei nº 7.619, publicada no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) em 18 de dezembro. A medida tem como principal objetivo prevenir a transmissão do vírus de mãe para filho e reduzir sua disseminação. O HTLV é da mesma família do vírus da imunodeficiência humana (HIV/Aids) e infecta as células do sistema imunológico. Ele pode ser transmitido por relações sexuais desprotegidas, compartilhamento de agulhas e seringas, transfusões sanguíneas e de mãe para filho durante a gestação, parto ou amamentação, sendo esta a chamada transmissão vertical. Segundo dados da SES-DF, a rede realiza, em média, 30 mil testes anuais para detecção do vírus, garantindo suporte às gestantes atendidas pelo SUS | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF A ginecologista obstetra da Secretaria de Saúde (SES-DF), Elielma Almeida, destaca a importância da iniciativa. “A identificação de gestantes infectadas pelo HTLV é fundamental para prevenir a transmissão vertical e conter a disseminação do vírus. Isso protege não apenas o bebê, mas também reduz os impactos do vírus na população a longo prazo”, explica. Embora muitos portadores do vírus permaneçam assintomáticos por décadas, o HTLV pode causar complicações graves, como lesões de pele, fraqueza muscular, alterações no caminhar e incontinência urinária. “O vírus reduz a imunidade e pode gerar sintomas severos a longo prazo”, alerta Almeida. Rede pública Antes mesmo da publicação da norma, o teste para HTLV já era disponibilizado na rede pública do Distrito Federal por meio da Rede Alyne – programa do governo federal, antes chamado de Rede Cegonha, que organiza o atendimento a gestantes, parturientes, recém-nascidos e crianças de até dois anos. A partir deste mês, com a publicação da Lei nº 7.619/2024 no DODF, o teste para detecção do vírus HTLV passa a integrar a lista de exames obrigatórios no pré-natal das gestantes do DF | Foto: Sandro Araújo/ Agência Saúde-DF Segundo dados da SES-DF, a rede realiza, em média, 30 mil testes anuais para detecção do vírus, garantindo suporte às gestantes atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Cuidados e prevenção O diagnóstico do HTLV é feito por exames de sangue seguidos de testes confirmatórios. Quando detectado em gestantes, medidas específicas são adotadas, incluindo a contraindicação da amamentação para evitar a transmissão para o bebê por meio do leite materno. Além disso, práticas preventivas, como o uso de preservativos, a não reutilização de agulhas e seringas e a triagem rigorosa de sangue para transfusões são fundamentais para reduzir os riscos de contágio. Todas as gestantes do DF podem iniciar o pré-natal nas unidades básicas de saúde (UBSs). O acompanhamento inclui o teste de HTLV e orientações para prevenir a transmissão vertical e garantir a saúde materno-infantil. Basta procurar a UBS de referência para receber o atendimento. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)

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