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10/11/2017 às 17:22, atualizado em 10/11/2017 às 18:38
Até que os danos emergenciais sejam reparados, governo quer que todas as equipes estejam trabalhando. Depois disso, 75% do quadro deve permanecer em atividade. Determinação é que os dias parados sejam descontados
A Companhia Energética de Brasília (CEB) moveu ação na Justiça, nesta sexta-feira (10), para volta imediata dos servidores que estão em greve desde segunda-feira (6). Com a medida, o governo retira a proposta que havia feito aos trabalhadores.
“Nós julgamos essa greve inoportuna, abusiva e extremamente prejudicial à população de Brasília. É uma greve que pune a sociedade”, disse o secretário da Casa Civil, Sérgio Sampaio.
Em entrevista coletiva na tarde de hoje, no Palácio do Buriti, Sampaio fez um apelo em defesa do interesse público. “Deixar as pessoas privadas do abastecimento de energia elétrica, podendo levar muitas delas a correr risco, inclusive de vida, é algo muito grave.”
De acordo com o secretário, o governo já determinou que fossem cortados os pontos dos grevistas. Além disso, a Procuradoria-Geral do DF pediu o retorno imediato de todos os servidores até o completo restabelecimento do serviço.
[Olho texto='”Julgamos essa greve inoportuna, abusiva e extremamente prejudicial à população de Brasília. É uma greve que pune a sociedade”‘ assinatura=”Sérgio Sampaio, chefe da Casa Civil do DF” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
Só depois disso, segundo explicou, volta a valer a regra de manutenção de pelo menos 75% do quadro em atividade. Atualmente, apenas 30% das 45 equipes de plantão estão em operação.
Para o diretor-presidente da CEB, Lener Silva Jayme, a defesa corporativa não pode estar acima do interesse público. “Nós chegamos ao nosso limite do que poderia ser concedido neste momento de recessão. A proposta, portanto, fica retirada e o processo será todo em juízo.”
A companhia havia oferecido recomposição inflacionária do último período; manutenção de todas as cláusulas do acordo coletivo; três abonos salariais, cada um no valor de um ticket de alimentação; e o ticket adicional natalino. Além disso, haveria R$ 150 de acréscimo no ticket, que passaria a ser de R$ 1.218 ao mês.
De acordo com Lener, os transtornos não seriam sentidos pela população caso todos os funcionários estivessem trabalhando. “A rede estava completamente preparada. Com o sistema operacional que conquistamos, nós passaríamos tranquilamente por essa situação, que não está instalada por conta da chuva intensa, mas pela redução de equipes”, disse.
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De acordo com ele, atualmente a companhia tem um dos melhores indicadores de desempenho da País.
Hoje, até às 16h30, 2.684 unidades espalhadas por todo o DF ainda estavam sem energia elétrica. Alguns locais, de acordo com a CEB, já estão sem luz há cerca de 70 horas. Para a manutenção, estão sendo priorizados hospitais e outros setores de maior interesse público.
Devido à paralisação, os clientes da CEB terão redução na conta de energia, conforme prevê legislação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). “Se o consumidor se sentir lesado também por algum dano a algum equipamento elétrico, ele tem como buscar o ressarcimento”, explicou Lener.
Edição: Vannildo Mendes