10/04/2024 às 14:57

Verticalização de estoques aperfeiçoa gestão de insumos hospitalares

Nova estratégia está em implantação para atender UPAs e hospitais sob a responsabilidade do IgesDF, o que vai permitir uma economia estimada de R$ 2 milhões por ano

Por Agência Brasília* | Edição: Saulo Moreno

Com a meta de melhorar a distribuição dos insumos hospitalares e administrativos enviados para as unidades de saúde sob sua responsabilidade, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) investiu em uma solução para aumentar a produtividade e a eficiência logística. “A verticalização do nosso estoque é uma estratégia que visa utilizar o espaço físico disponível na nossa Central Logística no SIA em sua integralidade, do chão ao teto, para melhor organização e otimização dos recursos”, explica a superintendente de Administração e Logística, Bárbara Santos.

Com a implementação da verticalização dos estoques do IgesDF, a estimativa é de que serão economizados R$ 2 milhões de reais no ano | Foto: Davidyson Damasceno/IgesDF

“Quando cheguei, percebi a necessidade de melhorias em toda a cadeia de suprimentos do instituto. O cumprimento das boas práticas de armazenamento, distribuição e transporte é fundamental para assegurar a qualidade em todo o nosso processo”

Bárbara Santos, superintendente de Administração e Logística

O objetivo final é melhorar a qualidade e a gestão dos insumos que são distribuídos diariamente para as unidades de pronto atendimento (UPAs), o Hospital de Base (HBDF), Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) e para o Hospital Cidade do Sol (HCS). A estimativa é que, com a implementação da verticalização, haverá uma economia de, no mínimo, R$ 2 milhões no ano.

Mudança

Anteriormente, a organização do estoque estava sendo realizada de maneira linear, as caixas eram empilhadas. Com a verticalização, foram montadas estruturas de aço, porta-pallets e prateleiras, que permitem aplicação do sistema de mapeamento como o endereçamento logístico, em que todos os insumos possuem um endereço no Centro de Distribuição. “Dessa forma, no momento de atender uma solicitação de reposição do estoque das unidades, o colaborador consegue localizar pelo endereço onde o item está armazenado”, explica a superintendente.

A nova estrutura já está toda montada. A mudança trará benefício direto para os pacientes que irão receber esses insumos no tempo, quantidade e qualidade adequados

De acordo com Bárbara, a verticalização do estoque aumenta a capacidade de armazenamento, sem precisar expandir fisicamente. “Podemos implementar sistemas de movimentação, como FIFO, a sigla para ‘First In, First Out’, ou seja, o primeiro a entrar é o primeiro a sair e o PVPS (Primeiro que Vence, Primeiro que Sai) para redução de desperdícios.”

Em outras palavras, com a verticalização, será mais eficiente o recebimento, o armazenamento e a expedição dos insumos, de forma a sempre priorizar que sejam distribuídos aqueles elementos que chegaram primeiro. “Isso vai reduzir consideravelmente perdas de medicamentos por prazo de validade, aumentar a nossa capacidade de controle de estoque, além de permitir uma melhor distribuição com menor custo”, ilustra Bárbara.

Outra vantagem dessa forma de organização dos insumos é o manuseio de equipamentos como empilhadeiras e transpaleteiras elétricas que promovem melhores condições de trabalho para os colaboradores do setor.

A nova estrutura já está toda montada e o armazenamento dos insumos será concluído até o mês de junho. A mudança trará benefício direto para os pacientes que irão receber esses insumos no tempo, quantidade e qualidade adequados. De acordo com Bárbara, “com a verticalização teremos mais segurança, redução de risco de falta de itens e melhor agilidade na distribuição entre estoques.”

A superintendente já havia liderado um projeto de otimização em um centro de distribuição durante sua passagem por outra empresa. Percebendo a necessidade de implementação de projetos dessa natureza no instituto, o diretor de Administração e Logística, Antônio Carlos Garcia Martins Chaves, a convidou para levar essa experiência para o IgesDF. “Quando cheguei, percebi a necessidade de melhorias em toda a cadeia de suprimentos do instituto. O cumprimento das boas práticas de armazenamento, distribuição e transporte é fundamental para assegurar a qualidade em todo o nosso processo”, finaliza Bárbara.

*Com informações do IgesDF