Cirurgiões, anestesistas, equipe de enfermagem e diretores do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) e o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) foram apresentados ao Programa de Redução de Infecção de Sítios Cirúrgicos (Prisc), em reunião na quarta-feira (22). A iniciativa é voltada para a assistência integral ao paciente desde a primeira consulta até o período pós-alta.
O programa foi idealizado para reduzir complicações cirúrgicas, aprimorar o fluxo de atendimento e garantir mais segurança aos pacientes. “As infecções em sítios cirúrgicos representam um dos principais desafios em hospitais, sobretudo em países de média e baixa renda”, afirma o coordenador do projeto, Julival Ribeiro.
As infecções em sítios cirúrgicos representam um dos principais desafios em hospitais | Fotos: Marcus Vieira/IgesDF
A iniciativa foi elogiada pela Associação Brasileira dos Profissionais em Controle de Infecções e Epidemiologia Hospitalar (Abih), destacando o pioneirismo do programa no país. Segundo o infectologista do Hospital de Base, Tazio Vanni, o desenvolvimento do Programa contou com contribuições de instituições de prestígio, como a Universidade de Catalunha, na Espanha, o Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC) e a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid).
“A troca de conhecimentos com especialistas internacionais, incluindo o cirurgião e diretor-assistente de Saúde Global da Usaid, Atul Gawande, da Universidade de Harvard, foi essencial para a formulação das estratégias incluídas no Prisc”, segundo Julival. “Cabe salientar que até 60% das infecções do sítio cirúrgico (ISCs) podem ser prevenidas com medidas baseadas em evidências científicas”, acrescentou Daniel Pompetti, do HRSM.