Nesta quarta-feira (10), ocorreu a segunda reunião da Rede Distrital de Proteção aos Órfãos do Feminicídio, no Anexo do Palácio do Buriti. Durante a reunião, foram identificados pontos críticos e avaliadas medidas para garantir o cumprimento das legislações pertinentes. Também foram apresentados relatórios sobre a ampla divulgação do programa, visando alcançar os beneficiários do programa Acolher Eles e Elas, que proporciona assistência financeira, incluindo um salário mínimo (R$ 1.412) para cada órfão de feminicídio.
Segundo o levantamento do primeiro trimestre, constatou-se a existência de 244 órfãos menores de idade, dos quais 93 já foram cadastrados, dois não foram aprovados por não atenderem aos requisitos e cinco recusaram o benefício.
Os programas Acolher Eles e Elas e Direito Delas tiveram resultados apresentados no encontro | Foto: Tiago Peixoto/SMDF
A subsecretária de enfrentamento à violência, Maíra Castro, destacou que nos primeiros meses de atividade, o Acolher Eles e Elas está transformando vidas. “Queremos atender o máximo de órfãos possível. Para isso precisamos estar em constante debate sobre como podemos acolher cada um em suas necessidades. Essa é uma rede que toca nosso coração, quando percebemos que as marcas do feminicídio são muito maiores do que a orfandade. Do crime em diante tem vidas que precisam ser assistidas”, disse.
A equipe da Secretaria de Justiça (Sejus) apresentou o programa Direito Delas e discutiu a criação de um fluxo de atendimentos para avançar na implementação de novos programas e projetos, destacando o atendimento psicossocial, capacitação profissional e ações de proteção e atenção. Thalita Carrijo, diretora de Prevenção e Combate à Violência da Subsecretaria de Apoio à Vítima (Subav), informa que serão realizados ciclos de atendimentos individuais e em grupo. “Após o acolhimento, por meio do programa Direito Delas, os órfãos vão passar por atendimento social, psicológico e jurídico”.