O Distrito Federal (DF) conta com uma ampla estrutura de farmácias públicas que atendem às necessidades de saúde da população, oferecendo medicamentos para diferentes níveis de atenção. São mais de 27 milhões de dispensações gratuitas por ano feitas pelas unidades básicas de saúde (UBSs), farmácias hospitalares, de atenção secundária e de alto custo. Ao todo, a rede dispõe de 192 pontos de dispensa de remédios distribuídos pelas regiões administrativas.
Nas UBSs, os remédios fornecidos são voltados ao tratamento de condições comuns, como hipertensão e diabetes, enquanto as farmácias de atenção secundária atendem pacientes encaminhados por especialistas para tratamentos mais complexos. Já as do Componente Especializado, mais conhecidas como farmácias de alto custo, com cerca de 190 tipos de medicamentos diferentes, garantem acesso a remédios de alto valor, como o nusinersena, que custa R$ 320 mil a unidade.

São 192 pontos de dispensa de remédios distribuídos pelas regiões administrativas | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília
Segundo a diretora de Assistência Farmacêutica da SES-DF, Sara Cristina Lins Ramos, o objetivo é ampliar cada vez mais o acesso da população aos medicamentos: “Recentemente, fizemos um documento orientando que os próprios farmacêuticos pudessem fazer receitas em casos mais simples de atendimento. Isso facilita o acesso do paciente e melhora o fluxo na rede”.
Com uma média de 10 mil atendimentos por mês, farmácias de alto custo têm medicamentos fornecidos a pessoas que atendam aos critérios estabelecidos nos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) do Ministério da Saúde ou da Secretaria de Saúde (SES-DF). “Hoje, cerca de 70% dos nossos medicamentos da farmácia de alto custo vêm do Ministério da Saúde. Então, a gente depende do planejamento deles para abastecer os nossos estoques”, detalha Sara.
Além do fornecimento de remédios para a garantia de tratamentos em saúde, as farmácias de alto custo representam mais economia no bolso do brasiliense, como é o caso da corretora Marta Soares, 55 anos: “Meu filho é diabético e já tem uns cinco anos que a gente vem aqui todo mês pegar os medicamentos. Se eu fosse comprar tudo no particular, sairia uns R$ 800. Aqui, pego tudo de graça. No postinho, a gente consegue as fitas de medir a glicemia. A caneta e as agulhas também são fornecidas pela rede. É tudo de graça, isso é maravilhoso”.

O programa Medicamento em Casa beneficia aproximadamente 10 mil pacientes cadastrados nas farmácias de alto custo
Para quem não consegue se deslocar a uma unidade física, a Secretaria de Saúde disponibiliza a entrega em domicílio. Desde a pandemia de 2020, o programa Medicamento em Casa beneficia aproximadamente 10 mil pacientes cadastrados nas farmácias de alto custo. O serviço de entrega se manteve, e o critério é de acordo com a receita. O aposentado Romildo Soares de Carvalho, 65 anos, é um dos que não precisam sair de casa. Com mobilidade reduzida, ele conta com o programa para receber os medicamentos para dar continuidade ao tratamento.
